1. Spirit Fanfics >
  2. E Se Fosse Verdade (ADAPTAÇÃO) >
  3. Eu Não Estou Morta...

História E Se Fosse Verdade (ADAPTAÇÃO) - Eu Não Estou Morta...


Escrita por: Ka-S

Capítulo 3 - Eu Não Estou Morta...


— Lauren você está bem? — Normani perguntou colocando a mão no meu ombro. — É... acho que sim. — Falei sem nenhuma certeza. — Mani por acaso você veio com alguém? — Não que eu saiba. — Normani deu risada. — você tem certeza que está bem? — Balancei a cabeça de forma positiva. — Cadê as compras que eu pedi pra você pegar? — Esqueci.. Já volto. — Voltei pra pegar as compras e aproveitei pra olhar até debaixo da cama, só pra ter certeza que aquela mulher não estava mais dentro da minha casa. — Acho que eu bebi demais. — Sussurrei pra mim mesma confusa. — Desse jeito a comida não vai ficar pronta nunca. — Normani pegou as sacolas da minha mão e voltou pra cozinha e eu fui atrás dela. — Mani você ouviu ou viu uma mulher aqui dentro? — Normani arqueou as sobrancelhas e me olhou confusa. — Não eu não ouvi e nem vi ninguém nenhuma mulher além de nós duas. — Fiquei pensativa e Normani percebeu. — Lolo eu sinto muito sua falta. — Falou com os olhos marejados. — Eu sei que foi horrível o que aconteceu, mas Diana não ficaria feliz de te ver assim, já está na hora de recomeçar sua vida. Não precisa falar nada, só pensa nisso tá bom? — Assenti. — Bom, agora me ajuda a preparar o almoço. O resto da tarde seguiu de forma confortável, eu já tinha esquecido de como é bom ter a Normani por perto, nos tornamos amigas quando ela e sua família saíram de Atlanta e se mudaram pro meu bairro. Enfim a noite chegou Normani se convidou pra dormir na minha casa e estranhou quando eu chamei o chaveiro pra trocar todas as fechaduras. — Boa noite Mani — Falei da porta do quarto de hóspedes onde Normani iria passar a noite. — Se precisar de alguma coisa é chamar. — Boa noite Laur. — Desejou Normani com voz de sono. — E digo o mesmo pra você, se precisar é só chamar. Voltei pro meu quarto e fui pro banheiro, tirei o pijama preto e joguei no chão. Tomei um banho demorado, enrolei a toalha no corpo antes de sair do box, fui na pia pra escovar os dentes. Abri uma lata de cerveja e passei a mão no espelho que estava embaçado por causa da água quente do chuveiro. — Eu já mandei você ir embora. — Dei um pulo ao ouvir a voz da invasora, vi seu reflexo no espelho, mas quando olhei pra trás ela não estava lá, decidi esquecer o assunto e fui dormir. Acordei com o Normani fazendo barulho na cozinha. — Que escândalo todo é esse? — Perguntei quando entrei na cozinha, Normani deu de ombros, abri a geladeira e peguei uma cerveja. — Mani vamos até o Jack's Bar? — Agora? — Perguntou incrédula. — Quero conversar com você e não quero que seja aqui em casa. — Normani não perguntou mais nada. Em menos de 15 minutos chegamos no bar, sentamos em uma mesa perto da janela e pedimos uma cerveja pra garçonete com o decote propositalmente exagerado. — E então... sobre o que você quer conversar. — Passei a mão na nuca, eu estava sem jeito pra falar isso. — Não é nada demais é só que... Eu tenho visto uma garota. — Ela abriu um sorriso enorme e apertou minha mão. — Mas isso é perfeito. — Era visível a felicidade estampa no seu rosto. — Você acha isso bom? — Perguntei confusa. — Mais é claro Laur, quem é ela? — Eu acho que você não entendeu. — Ela franziu a testa. — Normani eu quero dizer que eu estou vendo uma pessoa que não está lá. — Ela é comprometida? — Bufei e fiquei olhando pra ela. — Ah você tá falando que é uma alucinação? — Duas vezes no meu apartamento. — E quando viu essa mulher você estava bêbada? — Você sabe que eu bebi só um pouquinho. — Lauren não minta pra mim, você sabe que isso não ajuda. — Bufei. — Tá legal eu estava bêbada, mas nem por isso eu deveria estar vendo uma latina controladora andando pelo meu apartamento. — A garçonete trouxe as bebidas e ficou olhando pra minha cara. — Esqueci ela e presta atenção em mim. — Falou quando me viu olhando com cara feia pra garçonete. — Então você estava bêbada e viu uma latina controladora, andando pelo seu apartamento? — Você tem razão eu preciso parar de beber, eu preciso. — NÃO... — Normani gritou. — Você só precisa parar de beber trancada em casa. Olha à sua volta, existe um mundo junte-se e pare de nadar na própria mente que e uma área perigosa que vocês não deve andar sozinha. Lauren já isso já tem dois anos, chega de se esconder. Alguns dias após a minha conversa com Normani, eu andava pela casa procurando pela latina eu estava atenta a qualquer barulho, mas ela não apareceu. Passei o dia entre cerveja, televisão e procurar a latina eu estava exausta e só queria a minha cama. Abandonei meu amado sofá e me joguei na cama, meu corpo se sentiu aliviado por sentir a superfície macia do colchão, coloquei as mãos atrás da cabeça fechei os olhos pesados de sono. — Você ficou doida? Tá fazendo o que? — Dei um grito e sentei na cama, olhei pro lado e vi a latina nervosa com as mãos na cintura. — Eu não queria fazer isso, mas vou chamar a polícia. — Deixei meu corpo cair na cama. — Eu tô dormindo. — Peguei o travesseiro e coloquei no rosto. — Isso é um sonho, daqueles que você sabe que esta dormindo e tá sonhando. — Falei pra mim mesma. — Porque você ainda esta aqui. — Esbravejou. — É você que ainda está aqui. — Tirei o travesseiro do rosto pra falar e coloquei de novo. — Oh céus é mais sério do que eu imaginei. — Falou com ar de preocupação. — Vai embora você não existe. — Minha voz saiu abafado pelo trave ainda estar no meu rosto. — Olha eu vou fazer uma série de perguntas e quero que me responda com sinceridade. — Ouvi ela respirando fundo. — O seu consumo de álcool aumentou? — Aumentou e daí? — Está vendo coisas e ouvindo vozes que não são reais pra você? — Tirei travesseiro do rosto pra olhar pra ela que andava de um lado pro outro com uma mão na cintura e a outra no queixo. — Pra ser bem sincera eu estou. — Respondi com ironia. — Então procurou recentemente a ajuda de uma melhor amiga? — Me sentei apoiando as costas na cabeceira da cama e abracei o travesseiro. — O QUE? Como você sabe disso? Fica longe de mim. — Você se sente paranoica como se estivesse sendo perseguida? — Porque está fazendo tantas perguntas? — Me encolhi ainda mais. — Vou encarar isso como um sim. — Falou compreensiva se sentando na ponta da cama. — Você tem fantasiado de modo convincente de que você alugou um apartamento que de fato pertence a outra pessoa... Pega aquele travesseiro. — Apontou pro travesseiro que estava do meu lado direito. — Vai pega. — Peguei sem desviar os olhos dela. — Tem uma manchinha vermelha atrás onde eu derrubei xarope sabor cereja. — Virei o travesseiro e apontei pra mancha. — É essa mesmo. — Falou vendo a mancha. — E esses lençóis que você está sujando são da Strong, ainda tenho a nota que está bem naquela gaveta ali. — Apontou pra primeiro gaveta do criado mudo do lado esquerdo. — Pode abrir e olhar. — Olhei pra gaveta e depois voltei o olhar pra ela. — Eu acho que você tem que aceitar que está mentalmente doendo. — Apertei os lábios e ela me olhou com pena. — Você acha mesmo? — Perguntei confusa. — Acho... Esse é o meu apartamento, os meus lençóis, meu criado mudo e é a minha foto. — Levantou de forma brusca como se tivesse assustado. — Cadê a minha foto? — Qual... Qual... Qual foto? —Perguntei olhando na mesma direção que ela. — Tinha uma foto ali. — Apontou pro outro criado mudo. — Era do meu... — Deu a volta na cama e se aproximou do móvel... Tinha uma foto bem aqui nesse criado mudo. — Falou desesperada. — Não tinha nada aí quando eu me mudei pra cá. — Mas ela estava bem aqui. —Gritou. — Quer saber de uma coisa, já chega dessa história, vou chamar a polícia. — O que? Não... Não faz isso. — Tarde mais. — Tentou pegar o telefone mas sua mão passou direto. Franzi o cenho e ela alternativa entre olhar pra mim e pra sua mão passando pelo telefone sem conseguir pegar. — O que fez com o meu telefone? — Perguntou irritada. — Éééé... — Balancei a cabeça de forma negativa vendo o objetivo passando no meio da sua mão. — Porque eu não... — Tentou pegar com as duas mãos. — Não sai daí eu vou usar o da cozinha. — Meus olhos quase saltaram quando ela atravessou a parede, depois disso ela não apareceu mais nessa noite. — Oi Chris é a Lauren Jauregui. — Estava apoiando o celular no ombro enquanto eu trancava a porta. — As pessoas que colocaram o apartamento pra alugar, você sabe o telefone delas? — Segurei o celular e desci as escadas. — Porque algum problema? — Perguntou curiosa. — Não é que eu sou tô querendo saber do inquilino anterior é só isso. — Olha a mulher com quem eu tratei ela não quis falar, parece que foi alguma tragédia na família. — Parei no meio da escada de boca aberta. — E eu não perguntei detalhes porque eu não preciso de mais um drama na minha vida. — E você acha que a moça morreu? — Ouvi um riso da corretora. — É melhor torcer pra que isso tenha acontecido, porque é o único jeito de deixarem você foca com esse apartamento de vez. — Respirei fundo e passei a mão no rosto de no cabelo. — Não foi bem por isso que eu liguei. — Falei inocente. — Ah Lauren vê se cresce, o lugar tem uma vista incrível, tem lareira, as pessoas matariam a avó por muito menos nessa cidade. — Revirei os olhos ao ouvir seu risinho sarcástico e desliguei sem falar mais nada. Andei na rua como se fosse uma criminosa tentando não ser reconhecida, andava rápido e olhando pra todos os lados, avistei meu objetivo, entrei na loja Planeta Secreto e achei alguns livros sobre como fazer uma alma seguir seu caminho depois da morte. — Posso ajudar em alguma coisa. — Fechei o livro rapidamente quando ouvi uma voz feminina atrás de mim. — Não... Quer dizer acredita nisso? — Levantei o livro “Guia para outra vida.” — Não se acredita até acreditar. — Olhei pra ela com cara de “Hã” — Esse aí está ultrapassado, pegou o livro da minha mão o guardou no lugar e puxou um livro grosso da prateleira. —Eu recomendo Rose Fritz ela é incrível. — Me entregou o livro. — E aí que tipo de encontro você teve. — Perguntou curiosa. — Encontro? — Perguntei com a mesma curiosidade. — Ectoplasma? Etersonífero? — Correu os olhos nos livros da prateleira. — Eu tenho um ótimo livro sobre contatos se o interesse for comunicação. — Comunicação não é problema pra ela. —Hum então eu sei exatamente o que você precisa. — Jogou dez livros nos meus braços. — Pronto. Voltei correndo pra casa, sentei no chão e comecei a ler em voz alta o que um dos livros dizia. — Criatura desperte — Criatura aparece — Criatura sem medo. — Olhei em volta. — É... você está aqui? Porque eu acho que está. —Afirmei, continuei olhando em volta e nada. — Tá legal então vai ser do jeito difícil. — Peguei minha caneca e levantei. — Eu estou com uma caneca de café quente e úmida na minha mão, não tem descanso de copo na mesa e eu estou colocando ela nesse lindo móvel. — Por favor não faz isso. — Ela apareceu desesperada. — Nós precisamos conversar. — Sobre o que? — Por acaso já passou pela sua cabeça que pode ter algo esquisito no jeito em que você tem passado esses últimos dias? — Esquisito? Sabe o que eu acho esquisito? É ter uma invasora na minha sala. — Falou cruzando os braços. — Eu não sou nem invasora... Ok vamos recomeçar. — Levantei me aproximando dela. — Oi eu sou a Lauren Jauregui e você é? — Estendi minha mão e ela se afastou. —Eu... Eu sou... — Olhou pra mesinha de centro e esboçou um sorriso. — Camila eu sou Camila — Olhei pra mesinha e franzi o cenho. — Você não sabia disso, você teve que ler. — Falei apontando pra revista que chegou hoje à tarde. — Eu acho que eu sei o meu nome. — Falou brava. Me aproximei e ela foi se afastando. — Quando foi a última vez que você se lembra de ter falado com alguém que não seja eu? — Um outro dia desses. — Respondeu insegura. — Quando não está aqui, o que faz o resto do dia. — Eu aposto que mais do que você. — Respondeu sarcástica. — Não vamos perder o rumo da conversa Camz. — Não me chama de Camz eu nem te conheço, meu nome é Camila. — Deixa eu te perguntar, por acaso aconteceu alguma coisa dramática com você recentemente? — Tipo o que? — Sei lá tipo MORRER. — O que está insinuando sua idiota? — Ei calma Camz. — De forma automática minhas mãos tentaram segurar seus braços, mas minhas mãos passou direto pelo seu corpo. — Tira as mãos de mim sua tarada. — Calma eu não quero machucar você, eu só estou querendo te ajudar a encarar o fato de que vo... — Eu não estou morta. — Gritou. — Vamos encarar os fatos... Olha em volta deve ter alguma luz brilhante. — Que luz? — Vá para a luz Camila... — Não tem luz nenhuma aqui. Eu não estou MORTA, acho que saberia se estivesse. — Paramos e olhou fiquei com o olhar fixo eu suas pernas. — O que está acontecendo comigo. — Ela Perguntou quando viu que estava parada no meio do sofá. — VOCÊ ESTÁ MORTA. — Ela me fuzilou com o olhar e veio pra cima de mim. — Quer parar de dizer que eu estou morta. — Tentou dar um tapa na minha cara mas sua mão passou direto. — Acho que você errou. — Falei rindo e ela se irritou e tentou me bater mais algumas vezes. — Ri e ela pegou impulso e veio correndo, passou por mim e ouvi seus gritos quando caiu pela janela fechada. Olhei pra baixo e fechei a cortina. — Descanse em paz Camila. — Eu não vou à lugar nenhum. — Me virei e ela estava bem na minha frente com os braços cruzados, Revirei os olhos e saí. 




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...