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História E Se Fosse Verdade (ADAPTAÇÃO) - Vadia Destruidora de Lares...


Escrita por: Ka-S

Capítulo 6 - Vadia Destruidora de Lares...


Como já estava tarde fomos pra casa e amanhã pensaríamos em alguma coisa, a latina já não estava mais aqui, tomei um banho rápido e me joguei na cama, o sono não demorou pra chegar. A noite parece ter sido muito curta, o dia chegou e nem sinal da latina, fui ao banheiro escovar os dentes e ao olhar no espelho percebi que minhas olheiras estavam cada vez mais fundas, caprichei na maquiagem pesada ao redor dos olhos, vesti uma calça jeans preta rasgada no joelho, coloquei uma regata branca com a foto da Frida Kahlo por cima uma jaqueta couro sem manga e meu all star preto. Peguei meu celular e respondi algumas mensagens de Normani que ficou preocupada e outras mensagens dos meus pais e dos meus irmãos. Aguardei o celular no bolso da frente e fui pra sala, ao chegar no cômodo fiquei paralisada e mordi o lábio inferior ao me deparar com a latina de quatro procurando alguma coisa debaixo do sofá, meus olhos estavam fixos naquela bunda esculpida por Leonardo da Vinci. Como eu nunca tinha reparado nela antes? 

— Nossa... Que delícia. — Só percebi que tinha falado alto demais quando a latina olhou por cima do ombro e me viu parada com cara de psicopata desejando sua bunda, desviei olhar e cocei a cabeça, a morena levantou quase em um pulo e parecia mais sem graça do que eu. — Hã... Bom dia! 

— Oi... Tive uma ideia de por onde podemos começar.  

— Sério? E o que você tem em mente? 

— Nesse prédio tem 15 apartamentos contando com esse. — Assenti. — Eu moro aqui desde quando eu tinha 18 anos, então alguém deve me conhecer. 

— Ótima ideia. — E lá vou eu tocar a campainha do primeiro apartamento e de lá saiu uma senhora magra com cabelo vermelho. 

— Desculpa incomodar eu sou nova no prédio e eu gostaria de saber se a senhora conhecia a moça que morava no apartamento 715? 

— Eu acho que não morava ninguém lá. — Ela respondeu simpática eu agradeci e fui pro segundo, um homem loiro afeminado risonho até demais abriu a porta usando um avental sujo de molho de tomate. 

— Bom dia! Sou nova no prédio e eu gostaria de saber se a senhora conhecia a moça que morava no apartamento 715? 

— Era uma mulher que morava lá? — Ele pareceu surpreso. — Agradeci e fui pro terceiro e fiz a mesmo pergunta pro senhor calvo que me atendeu, fui em 9 apartamentos e ninguém conhecia Camila e outros nem sabiam que tinha morado outra pessoa lá antes de mim, eu já estava cansada de subir escadas e agora estava tocando a campainha do último apartamento do dia, fui recebida por uma mulher simpática vestindo uma calça legging branca e um top preto com o cabelo preso em um rabo de cavalo, ela abriu o melhor sorriso quando me viu. 

— Oi posso ajudar? 

— Finalmente alguém normal, acho que éramos amigas. — Camila falou empolgada. — O... O... Oi eu sou Lauren a nova moradora do prédio. — Seu sorriso se largou ainda mais e ela me cumprimentou com um beijo no rosto. 

— Oi Lauren eu sou Katrina entra. — Ela já ia me arrastando pra dentro do seu apartamento mais eu forcei os pés no chão. — Eu só queria saber se você conhecia a moça que morava no apartamento 715. 

— Acho que morava alguém lá... Mas ela era totalmente anti social. 

— É... Acho que não éramos amigas. — Camila resmungou. 

— Ela parecia uma velha dona de gatos sem gatos. — Eu e Katrina começamos a rir. 

— Já chega vamos embora. — A latina bufou irritada indo na frente. 

— Obrigada pela atenção. 

 — Olha eu sei que é chato, mas tem uma janela que eu não consigo abrir. 

— Só pode ser brincadeira. — Camila falou indignada e voltou pro meu lado. 

— Se ela foi pintada fechada você consegue abrir usando uma chave de fenda. — Eu juro que tentei mas não adiantou. — A mulher fez cara de cachorro pidão 

 — Sem preliminares? Incrível. — Camila falou debochada cruzando os braços. 

— Eu queria muito ajudar, mas tenho que preparar o jantar. 

— Eu tenho sobremesa — Ela falou piscando pra mim. 

— Tô com vontade de vomitar. — A latina falou revirando os olhos. 

— Talvez uma próxima vez, prazer em conhece-la Katrina. — Apertei a mão da mulher e subi um lance de escada parando na porta do meu apartamento. 

— Droga você não vem mais comigo. — Falei pra latina enquanto procurava as chaves no meu bolso. 

— Porque? Eu posso ajudar. 

— Porque você não cala a boca, parece um rádio quebrado que alguém colocou na minha cabeça. 

— Você não achou que ela foi vulgar e predadora? 

 — Qual é? E essas são duas coisas que as pessoas adoram. — Ela revirou os olhos. 

— Que merda acho que perdi a chave. 

— Tem uma chave extra embaixo de extintor de incêndio. — Falou apontando pro objetivo. Fui até lá e encontrei a chave, entrei em casa indo direto pra cozinha, abri a geladeira e peguei uma garrafa de vinho. 

— Impressionante como ninguém aqui sabe quem você era... Isso é que é ser desgarrada das pessoas. — Coloquei a garrafa no balcão e tentei abrir com a mão. 

— Você vai mesmo começar a beber logo cedo? 

 — Não se mete. — Abri a primeira gaveta procurando o saca rolhas. 

— Segunda gaveta da direita. — Fui até lá e procurei embaixo de alguns papéis que me chamaram atenção. 

— Olha só, tem um endereço aqui. — Peguei o pedaço de papel e ela se aproximou pra ver. 

— Ótimo agora temos um endereço e um ticket da lavanderia já é alguma coisa. Seguimos até a Lavanderia Clean que fica três quadras de distância, fui até o balcão onde um senhor com traços indiano estava lendo um jornal. 

— Com licença... O senhor sabe me dizer se alguma peça foi deixada aqui. — Entreguei o ticket e ele colocou o óculos que estava preso em seu pescoço por uma corrente. 

— Ah sim acho que era uma calça preta Armani eu acho. 

— É era uma calça Armani, me lembro que ela foi super cara. — A latina falou e eu revirei os olhos. 

—Você sabe me dizer mais alguma coisa sobre a mulher que deixou a calça aqui? —Ela era simpática mas meio triste. 

— Triste? —Eu e Camila perguntamos juntas. 

— É... Quando lembro dela eu penso eu tristeza e solidão. — Camila bufou. 

—Eu não pedi pra essa cara traçar meu perfil psicológico, pega minha calça por favor. — Posso pagar a calça? — Perguntei pro homem que ainda segurava o ticket. 

— Ficou aqui muito tempo, então mandamos pra um abrigo. 

— Você deu a minha calça ficou maluco? Era Armani. — Camila perguntou irritada encostando no balcão como se o homem pudesse ouvir. 

 —Tudo bem eu vou embora, obrigada senhor. — Entramos no carro e seguimos até o endereço que estava anotado atrás do ticket da lavanderia. Confirmei o número é parei em frente à uma mansão toda pintada de branco, saí do carro e segui até a porta pra tocar a campainha. 

— Oi. — Falei pro homem que abriu a porta, ele estava com roupa social e aparentava ter no mínimo 50 anos. 

 — Posso ajudar? — Ele perguntou curioso. 

— Eu sei que pode parecer estranho mas eu quero saber se o senhor conhece uma mulher morena com traços latino, que mete aproximadamente 1.57. — Ele me fitou sério. — Quem é você? Minha esposa que te contratou? Me diz quanto ela pagou que eu te pago o dobro. 

— Não senhor eu não quero seu dinheiro. 

— Eu sabia que ela ia descobrir... Ela está em casa agora, então volte aqui as seis que eu vou te dar um cheque. — O homem falou assustado e fechou a porta sem me deixar falar nada. — Olhei pra Camila desconfiada e seguimos até o carro eu estava tentando controlar minha risada, ela parou na minha frente e cruzou os braços. 

— O que foi? Você não está achando que eu transei com esse velho tarado não é? — Gargalhei e dei a volta entrando no carro. 

— Eu acho que sim Camz. — Falei colocando o cinto e ela se acomodou no banco do passageiro me olhando incrédula. 

— Meu nome é Camila e isso foi nojento. — Olha pelo lado bom, as seis horas eu venho ganhar uma grana. 

— Oh céus será que eu era uma vadia? Uma vadia destruidora de lares. Arranquei com o carro e parei no parque pra comprar sorvete e claro que Camila não calava a boca. — Acho que não tem nada demais em ser uma vadia com um apetite sexual saudável. 

—Não mesmo. — Falei debochada. 

— Olha só com quem eu estou falando, com a garota que estava secando minha bunda hoje de manhã. 

— Eu só estou tentando concordar com você. — Saímos do parque já que eu não encontrei a mulher do carrinho de sorvete, avistei uma sorveteria nova e atravessamos a rua. 

 — Lauren é aqui. — Camila parou em frente à um restaurante. 

— Você reconhece esse lugar? — Falei entrando no restaurante, eu e Camila ficamos em pé perto da porta olhando pro lugar que era de muito bom gosto e aconchegante. 

— Aqui é o Muses adoro esse restaurante. — Camila falou encantada. 

— Você comia sempre aqui? 

— Não eu nunca comi aqui. Eu lembro de ficar parada olhando pela vitrine pensando que um dia eu gostaria de comer aqui. — Então você era uma criança de rua? Porque nunca comeu aqui? 

— Eu queria mas nunca tinha tempo... Vai ver o cara da lavanderia tinha razão. — Suspirou triste. 

— Olá posso ajudar você? — Uma senhora simpática me perguntou. 

— Não talvez uma outra hora obrigada. — Virei as costas pra sair, mas antes de abrir a porta ouvi um barulho de alguma coisa caindo no chão, olhei e vi um homem caído no chão e as pessoas em volta assustadas. 

— Ivan liga pra uma ambulância é uma emergência. — A senhora na minha frente gritou pra alguém e foi correndo até o homem caído. 

— Vê se ele está respirando? Precisamos de um médico, tem algum médico aqui? 

— Sente o peito dele. — Camila falou olhando pro homem. 

— O que? — Perguntei sem entender. 

— O peito dele, vê se não tá inchado. 

— Como que eu vou saber disso? 

 — Anda logo. — Me apressou e eu fui abrindo caminho até o homem. 

— Com licença eu preciso sentir o peito dele. — Comecei passar a mão do peito dele. — Tá sentindo as costelas dele? 

— Eu vou sentir se eu apertar. 

 — Tá fazendo o que? — A senhora que em atendeu perguntou.

— Acha que está inchado? — Camila perguntou. 

— Eu acho que está. — Respondi. 

— Você acha o que? — A senhora perguntou. 

— Diz que você vai precisar se uma faca afiada e uma garrafa de vodka. — Camila falou. 

— Preciso de uma faca afiada e uma garrafa de vodka. — Pedi pra senhora que estava abaixada do outro lado do corpo me encarando. 

— Ivan você ouviu a moça, vai buscar o que ela pediu. — A senhora falou pro garçom — O que ele tem? — A senhora perguntou. 

— Pneumotóxica de Pressão. — Camila falou. 

— Eu acho que é uma Pericosia de Tensão. — Falei. 

— Pneumotóxica de Pressão. — A latina repetiu. 

— Corotóxica se Pressão. — Tentei de novo. 

— Pneumotóxica. 

— Pneucumaluma.

— Quer saber deixar pra lá. — Camila falou. 

— Deixa pra lá. — Repeti pra senhora que em olhava confusa. 

— Mas o que é isso afinal? — Que velha insistente. 

— O ar está escapando dos pulmões e ido pro peito. —Camila falou e eu repeti desesperada. 

— Abre a blusa dele. — A latina pediu. 

— Abre a blusa dele. — Falei pra senhora que aproximou as mãos do botão da blusa xadrez do homem. 

— Não você abre. — Camila falou irritada. 

— Não eu abro. — Gritei com a senhora e ela afastou as mãos assustada. 

— Tem uma válvula na abertura dos pulmões, se ela não abre contraí os pulmões e comprime os outros órgãos. — Camila explicou enquanto eu terminava de desabotoar os últimos botões. 

— Agora eu quero que sinta as costelas dele de novo. —Deslizei as mãos sobre as costelas do homem. — Um pouco mais pra baixo. — Desci as mãos. —Isso bem aí. Tá sentindo o ponto entre as costelas? — Assenti freneticamente com a cabeça. — Joga um pouco de vodka. — Peguei a garrafa da mão do garçom que estava em pé parado do meu lado e joguei no ponto onde Camila mandou. — Agora pega a faca. — Peguei a faca do garçom e respirei fundo. 

— Será que vocês podem se afastar um pouco? — Falei olhando pras pessoas que estavam em volta e todos se afastaram. — O que eu faço com a faca? 

 — Você vai fazer uma incisão. — A latina falou e eu olhei pra ela com medo. 

— Tá doida eu não consigo esfaquear um homem. 

— Lauren a vida desse homem está em suas mãos, não precisa ficar com medo é só fazer um buraquinho pro ar sair, coloca a faca nesse ponto aqui. — Apontou um lugar no meio das costelas do homem. Fechei um olho e deixei outro aberto e pressionei a faca no lugar que a latina mandou. — Pressiona mais... Coloca mais força. — Apertei mais a faca no corpo do homem e um pouco de sangue começou a escorrer. — Tá bom já chega. 

— Como você sabe dessas coisas? — Perguntei ainda tremendo. 

— Eu não sei, só que eu sei. Você está indo muito bem, agora pega o pico da garrafa e coloca na ferida que você fez. 

— Pra que? 

— Isso vai ajudar o ar preso sair. — Peguei a garrafa e dei longos goles, todos em volta ficaram olhando confusos e murmurando, Camila só ficou olhando sem dizer nada. Terminei e sequei a boca com braço. — Ok agora coloca o bico da garrafa na ferida... Anda logo. — Tirei o bico da garrafa e coloquei em cima do ferimento e vi o peito do homem subir e descer. — Ele tá respirando. 

— O homem tá respirando gente. — Falei empolgada. 

— Eu sou médica. — A latina falou surpresa. 

— Eu sou médica. — Falei alto repetindo de forma automática o que Camila tinha dito. Todos começara a bater palmas e a senhora veio apertar minha mão. 

— Deu pra perceber, ainda bem que você estava aqui a ambulância já deve estar chegando. 

— Pergunta a onde fica o hospital mais próximo daqui. — Camila falou. 

— A senhora pode me dizer aonde fica o hospital mais próximo daqui? 

 — Fica só a algumas quadras daqui é o Hospital For Miami. 

— Hospital For Miami? — Camila repetiu pensativa. Me despedi de todos que fizeram questão de me cumprimentar e saí do restaurante caminhando em direção ao meu carro. 

— Lauren eu conheço o Hospital For Miami, na verdade eu acho que eu trabalhei lá. Eu estou tão feliz, eu até posso ser uma vadia distribuidora de lares, mas pelo menos salvo vidas. — Camila falou empolgada. 

— Você pode me dizer o que é isso? Mostrei minha mão trêmula pra ela. 

— Ah é só um pouco de sangue. — Ela deu de ombros e eu senti minha visão escurecer, minha cabeça pesar e meu corpo cair no chão...



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