História É só um encontro - Fro também acha!

— Tenho certeza que era por aqui... -resmungou o gatinho verde mais uma vez. Sabia que era o caminho certo, tinha certeza que sim! 

. . .

Era mais uma tarde de verão em Fiore, perto do centro da cidade de Magnolia, Frosh andava em círculos, passou pela mesma rua três vezes seguidas. Não era a primeira vez que acontecia, não mesmo. Ele já se perdeu de Rogue em outros passeios... 

Bom, em muitos deles! 

Olhou as placas das ruas com atenção, olhou aquela multidão aos calcanhares apressados com seus afazeres, inclusive, alguns magos da Fairy Tail por ali passavam; 

— Hey, Gajeel, não é o Frosh? -Levy McGarden, considerada a maga mais inteligente da Guilda das Fadas, apontou para o pequeno gato nas roupas rosas-

— Hey, gato, o que faz aqui sozinho? -como sempre, a indelicadeza de Gajeel vinha antes da preocupação e curiosidade. 

— Ah, olá, Gajeel! -acenou num sorriso- Você viu o Rogue por aí? 

— Não, você se perdeu dele? 

— Não, só estou tentando saber se ele já foi para casa. 

— E você? Também não vai pra casa?  

— Gajeel! -a baixinha devoradora de livros repreendera o grandalhão, ficou na altura do Exceed e sorriu meiga- Você quer saber para que lado fica a Sabertooth? 

— Não, não, só queria saber do Rogue mesmo. -sorriu alegremente- Muito obrigada! 

— Por nada! -ela levantou- Tome cuidado! 

— Certo! 

E com um aceno, Frosh voltou a andar sem rumo pelo centro da cidade. 

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Entre solavancos e tropeços, de arbusto em arbusto, de muro em muro e de pedra por pedra, Rogue seguia seu melhor amigo na encolha, outra vez deixou-o se perder (culpa própria, acredita); como podia ser tão irresponsável a ponto de não vigiá-lo corretamente enquanto andavam? 

— Vamos Frosh, você consegue! -sussurrava alto (se isso é possível) para si- Tenho fé que vai conseguir chegar em casa sozinho! 

— Mas de novo?! -Sting reclamou pela décima vez- Cara, aceita, ele não vai saber fazer isso sem ajuda. 

— Quieto Sting, não fale como se o Frosh fosse incapaz de se virar! 

— Bom, continue tentando! -sentou-se ao lado do irmão carregando uma careta de tédio, logo em seguida, sendo imitado por Lector, o gato pardo- Vamos apenas observar a minha teoria vencer a sua. 

— Tsc, idiota... -resmungou ofendido, sabia que Frosh era muito inteligente e esforçado, ele absolutamente chegaria em casa sem problemas. 

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Duas horas inteiras se passaram e o pequeno gatinho verde só se perdeu ainda mais. Rogue estava quase dando o braço a torcer, quando de repente, algo... melhor, alguém, pareceu ser a salvação de todos. 

— Hn?... Uma maga? -Frosh olhou o outro lado da grande avenida principal que cortava Magnolia ao meio, e ali, estava uma mulher esbelta, de longos cabelos escuros e olhos dourados, suas roupas brancas eram tão impecáveis... E ela carregava uma Katana em sua bainha. Talvez ela pudesse ajudá-lo. 

Olhou os dois lados antes de atravessar e não tardou para ficar de frente com a tal mulher, que ao seu ver, era muito bonita. — Ahn, com licença... -sorriu para cima e ela, olhou para baixo. 

— Um gato? 

— Olá... Eu acho que me perdi, poderia me ajudar? 

— Mas é claro! -ao agachar-se, sorriu doce e encarou os olhos dele- Você é o gato alado da Sabertooth, não é? Aquele que está sempre com os Dragões Gêmeos. 

— Sim. Você é uma maga da Mermaid Heel, não é mesmo? 

— Sim, me chame de Kagura, se quiser. 

— Eu me lembro de você, senhorita Kagura, você já me ajudou uma vez, em Crocus. 

— Está procurando o caminho de volta pra lá? 

— Bem... -suspirou entristecido- na verdade estou procurando meu amigo. 

— Amigo? 

— O Rogue nunca me deixa sozinho, mas agora ele pode estar muito triste por não estarmos juntos no momento. Você poderia me ajudar a procurá-lo? 

Kagura refletiu rapidamente, então era verdade que os sentimentos dos animais são bem mais fortes que dos humanos. 

Abafou um sorriso compreensivo e concordou em ajudá-lo, sempre adorou a aparência e o jeitinho inocente de Frosh, era como se fosse a criança mais pura do mundo. Como exímia maga que é, já sabia que Rogue estava por perto apenas sentindo a pressão de sua magia, e não demorou para que ele saísse de trás de alguns arbustos altos e fosse correndo até o amigo. 

— Frosh! 

— Rogue! 

— Você está bem? Eu fiquei preocupado! 

— Eu estou bem! -riu- A senhorita Kagura me ajudou a te encontrar! -apontou para a mesma, que mantinha sua postura de sempre- 

Talvez, esta seja a primeira vez que Rogue Cheney admirava tão de perto uma mulher, no mesmo segundo sentiu uma dor no coração, uma dor que se transformou em transe rapidamente. Ela era uma miragem, não era? Tão linda... 

. . .

Ops, desde quando pensava assim sobre alguém? Mal se conheciam e já estava tendo ideias como esta?!

Seu rosto corou intensamente, Rogue sacudiu a cabeça e tentou, sim, tentou falar algo, mas nada saía. 

— E-e-eu... 

— Fico feliz que tenha encontrado seu amigo, senhor Cheney. -Kagura fez uma leve mesura, sorriu para Frosh- Espero ter ajudado. 

— Obrigada por ter cuidado dele. -por fim a frase desenrolou-se da garganta do Dragon Slayer- Sinto muito por ter te dado tanto trabalho. 

— Não foi de nenhum incômodo. 

— Bom, para te compensar... -Rogue se aproximou devagar, sendo o mais gentil possível, tomou a mão delicada da maga e sorriu de leve- Quer dar uma volta com a gente? 

— Ahn... -as bochechas de Kagura ficaram vermelhas, nunca "deu uma volta" com um homem, essa novidade a deixara tímida- E-eu... não sei se é necessário, afinal, não foi nada demais... Não precisa me compensar. 

— Mas eu quero... -sorriu mais meigo- venha, é só uma volta... 

— B-bom... então tudo bem. 

Ao aceitar, Kagura apertou seus dedos com suavidade na mão estendida de Rogue, que agora, tinha uma dama ao seu lado e um gato em seus ombros. Mesmo não entendendo bem o que estava acontecendo com seu corpo, não haveria problema algum em dar um passo de cada vez, quem sabe agora consigam se tornar amigos? 

— O dia está bem quente, quer sorvete? -indagou a mais nova... guia do seu melhor amigo. 

— É uma boa ideia... -ela sorriu-

— Fro também acha! -o gatinho sorriu contente, realmente ás vezes é bom se perder. Você pode acabar encontrando o caminho de casa e novas pessoas, até mesmo, novos amigos, não é? 

. . .

E enquanto os três seguiam rumo pela cidade, Sting olhava entre os arbustos com a cara mais maliciosa de todas. Quem diria que seu irmão deu o primeiro passo para uma grande conquista. 

— Rogue, safadão!...