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História The Dream - Just keep a secret


Escrita por: Bear_ar

Notas do Autor


Boa noite pessual!
Voltei, e voltei melhor.
Finalmente to tentando terminar esta história. Com dificuldades, estou, claro.
Porém, continuo tentando kkkk
O que vocês acharam dos últimos capítulos? Gostaram?

Capítulo 9 - Just keep a secret


Fanfic / Fanfiction The Dream - Just keep a secret

Letícia On

“Não acredito que aquela vaca fez aquilo”, minha cabeça pulsava de raiva, assim como os meus paços rígidos no chão. “Vadia, vai se resolver comigo”, murmurei baixinho indo na direção da sala de cinema da chácara.

~ Lê – Jinyoung me interrompe de meus pensamentos, colocando a mão no meu ombro.
~ Sim ?
~ O que aquela garota te disse? – Claro, ele gostaria de saber o que me deixou tão furiosa
~ Ficou tirando sarro de mim por ser sua fã e tal – Mentir não é um dos meus talentos, mas eu tentei. Parecia ter sido bem sucedida.
~ Am, entendo... – ele da uma risadinha de canto – Não precisa ficar assim, sério. Eu que sou o seu maior fã agora – ele entrelaça nossos dedos. Como pode ser tão fofo assim?
~ Obrigada, sério... – sorrio, um pouco mais aliviada.

Entramos na sala juntos, de mãos dadas. A sala estava pouco iluminada, e só estávamos eu e ele lá. Não havia mais ninguém.

[...]

~ Lê?
~ Sim? – estávamos sentados em um sofá da sala, que colocamos de frente a tela. Jinyoung estava com o braço envolvendo meus ombros, e eu com o pacote de pipoca de micro ondas nas mãos.
~ Tem certeza que está tudo bem? – o filme continua enquanto ele para pra me encarar. Eu estava encolhida no calor de seu corpo e não queria me mover, não queria me expor.
~ Acho que não em, a garota do filme acabou de dar o fora no menino... Vai rolar uma bad por ai – me esquivo.
~ Não era disso que eu estava falando – ele pega o controle e pausa a reprodução do filme, e se posicionando melhor. O vento entrou entre nosso corpos e obrigatoriamente eu tive que me mover também, ficando na sua frente.
~ Não queria falar sobre isso agora, vamos continuar assistindo o filme...
~ Não consigo, você está uma pilha – ele confessa.
~ Não estou, impressão sua
~ Letícia Garcia, você não é uma boa mentirosa... – ele sorri
~ Ta se achando muito não? – pergunto, irônica.
~ Se poupe – ele revira os olhos
~ Ta bom... Você venceu. – murmuro – Vamos terminar de assistir o filme depois?
~ Só depois – ele consente e se aproxima de mim, colocando as mãos sobre as minhas pernas, que estavam cruzadas – me conta vai...

Então, eu contei tudo que tinha acontecido entre mim e Barbara tim tim por tim tim. E Jinyoung ía balançando a cabeça enquanto confirmava o que eu ía falando, vendo que fazia sentido segundo tudo que tinha acontecido. De certa forma, eu fiquei aliviada por falar toda a verdade pra ele, mas com medo em alguns momentos.
Jinyoung era paciente, mas eu via que ele tinha ficado tenso o saber do que se tratava agora.

~ Quer dizer que Jb está nesse momento em algum lugar da chácara, chorando?
~ Aparentemente sim...
~ Ta bom... – ele suspira – Precisamos pensar...
~ Eu preciso – o corrijo
~ Eu também preciso Letícia, porque sou seu namorado, e amigo do Jb – ele passa a mão no rosto com seus olhos fechados. Instintivamente ergui minhas mãos para tocá-lo, mas resisti – Me toca Lê, pode me tocar – suas mãos alcançaram as minhas e pousou seu rosto nelas, me permitindo sentir a aspereza de suas bochechas com a barba por fazer – Vai ficar tudo bem – ele respira fundo me olhando, e eu aproximo nossos rostos.

Eu estava morrendo de medo, mas estar ali com ele era um anestésico para a dor.

~ Eu sei que vai – dou um selinho em Jinyoung, e ele sorri.

Mordi meu lábio sem resistir... Que sorriso lindo. Que sorriso maravilhoso... Criei coragem e dei mais um selinho em seus lábios, dessa vez mais lento. Mordi com delicadeza a maciez de sua boca, desfrutando de seu sabor.

O clima mudou de repente, de cumplicidade para entrega e eu queria muito aquilo. Parecíamos sintonizados. Não me senti nem um pouco envergonhada por aquilo mesmo com todas as acusações de Barbara circulando pela minha mente, eu tinha somente um desejo, estar ali com ele.

Nos aproximamos, e ele me beijou. Me inclinei para mais perto dele, enquanto ele encostava sua coluna no sofá e segurava o meu rosto. Estava me puxando para ir para cima de seu corpo, e assim o fiz. Envolvi sua cintura com as minhas pernas, e apoiei meus braços sobre seus ombros. As mãos de Jinyoung desceram até minhas coxas, fazendo movimentos de vai e vem hesitantes em toca no meu quadril.

Eu sinceramente estava esperando que ele me tocasse de forma menos desrespeitosa naquele momento, principalmente porque estávamos sozinhos e a Bruna tinha frustrado as minhas chances de dormir com ele no mesmo quarto e outras coisas mais.

~ Jin? – paro de beija-lo um pouco ofegante.
~ Sim? –
~ Você está com medo de alguma coisa? – ele franze o cenho estranhando a minha pergunta.
~ Não, porque?
~ Porque você não está me tocando direito – sorrio um pouco constrangida pra ele, e ele da uma risadinha constrangida, abaixando a cabeça.
~ Como você quer ser tocada? – seu tom muda, ficando grave. Ele me olha sério e toca meus lábios inferiores com sua mão.
~ Quero que toque tudo, sem preocupação – pego sua mão do meu rosto e desço por minha clavícula até chegar em meus seios. Eu estava propositalmente sem sutiã pra ele ter um fácil acesso, mas o menino estava se fazendo de difícil, ou talvez, eu esteja desesperada?

Ele não falou nada, não esboçou nenhuma expressão de desconforto, o que eu até esperava. Ele só tocou meu seio com delicadeza com uma mão e com a outra, contornou as curvas do meu quadril até chegar no meu bumbum e deu uma leve apertada, o suficiente pra aproximar mais nossas intimidades.

~ Assim está melhor? – ele levanta o rosto, sério e sensual. Nunca tinha visto ele dessa forma, e sinceramente até me surpreendi, minhas costas ficaram arrepiadas e não resisti em dar uma risada contida. Jinyoung também riu, mas foi do meu retorno, balancei o rosto positivamente em sua direção, aproximando nossos lábios e voltando a beijá-lo.

Suas mãos não ficaram sempre nos mesmos locais, ele começou a me tocar com liberdade, também por baixo da minha blusa. Seu toque quente não me deixava constrangida, mas deixava um rastro de fervor sobre a minha perna. Eu estava completamente lubrificada, já pensando em quando ele pararia de me provocar pra me deixar sentir sua pele tocar diretamente na minha.

E, não demorou muito pra isso acontecer. Rapidamente ele deitou meu corpo contra o sofá, apoiando a minha cabeça em uma almofada, e se posicionou novamente entre as minhas pernas, mas dessa vez me fazendo sentir sua intimidade com mais propriedade.

Jinyoung beijava a extensão do meu pescoço e enquanto eu soltava alguns gemidos baixos. Ele estava me deixando maluca.

~Jinyoung, você tem camisinha? – ele estava com o cabelo desgrenhado e o rosto um pouco vermelho.
~ Preventivo ? – ele pergunta e eu consinto com a cabeça – Você quer mesmo?
~ Não é pra isso que estamos aqui? – arqueio as sobrancelhas, e mordo o lábio inferior. “Qual é Jinyoung, você é tão inocente assim?”, pensei.
~ Na verdade, eu não me preparei pra isso – ele ri, e me olha. – Achei que o clima já tinha passado... Sei lá. – Jinyoung se posiciona a ficar sentado no sofá, com as minhas pernas ainda a seu redor. Me sento também, fazendo pernas cruzadas no sofá e arrumo meu cabelo.
~ Okay – rio soprado – Você quer fazer isso?
~ Não é pra isso que estamos aqui? – ele zomba – Você não usa ante concepcional? – “Caramba, que direto.”, pensei. Não Jinyoung, não tomo, não era um plano arrumar um namorado tão cedo.
~ Não.. Já faz tempo que não tenho nada com ninguém, então não me preocupava em me prevenir. – confesso. Senti ele dar uma risada disfarçada, o que ele estava pensando? Aqui não é bagunça não.
~ Ta bom, como faremos?
~ Provavelmente os idols não tem camisinha masculina, certo? – ele nega com a cabeça, me respondendo – Okay... Já sei com quem posso falar.
~ Você vai assim?
~ Assim como? – estranhei.
~ Com o farol aceso – Jinyoung levanta na minha frente e passa a mão no bico dos meus seios, enquanto eu estava com as mãos na cintura, me perguntando ao que ele estava se referindo.
~ Park Jinyoung! – fico chocada. Como pode ficar abusado em pouco tempo assim? – ele para de me tocar e ri da minha cara, com as mãos levantadas em rendição, após eu ter dado um tapinha nas duas. Porém, ele tinha razão.
~ Toma aqui a minha camisa – ele a tira pra me entregar e eu a coloco por cima da regatinha que estava usando.

E saio.

[...]

Felipe estava sentado no sofá jogando vídeo game com os outros, bem distraído quando eu o abordei.

~ Fe, preciso da sua ajuda – falei, mas ele me ignorou, concentrado – Felipe Yoko fala comigo! – peguei o controle de de suas mãos e apertei o pause.
~ Você ta me zuando, né? – ele se virou para me olhar, com uma cara que eu poderia ter medo caso não o conhece-se, as o conheço muito bem.
~ Não, não estou brincando. Preciso de você urgente, vem logo, porque eu apertei o pause e não desliguei o jogo. – levanto o controle na sua direção, ele tenta pegar das minhas mãos, mas eu esquivo. – Vem ou não? – ele revira os olhos, mas anda por cima do sofá e para de braços cruzados na minha frente.
~ O que você precisa tanto?
~ Camisinhas – assim que termino de pronunciar as palavras, ele abre um sorriso malicioso, mas chocado.
~ Porque você não pede pra Bruna? – ele me sonda.
~ Porque ela não tem, dã. Você acha mesmo que ela traria essas coisas pra cá? – ele concorda com a cabeça, raciocinando melhor. Logo em seguida, ele pega sua carteira, e tira uma camisinha. Mas, não em entrega, fica balançando ela no ar, tento segura-la mas ele se esquiva.
~ Se precisar de mais me avisa – ele pisca a entrega pra mim, enquanto eu o olho com uma cara de taxo. – Agora, meu controle – Felipe estende a mão para que eu entregasse, e assim o fiz.
~ Bom fazer negócios com você – pisco pra ele, e me viro acelerada até onde Jinyoung estava.

 Andava o mais rápido possível. Iria acontecer e seria hoje, sim. Tenho certeza. Estava obstinada a transar depois de muito tempo, e seria com o homem que eu mais admirava, o Jinyoung.

Estava quase lá...

Mais alguns passos...

Era só abrir a porta....

~ Jin... – começo a falar, avisando que tinha chego, mas sou interrompida.

Bruna aparece por trás e toca no meu ombro, me chamando.

~ Letícia, o JB não ta bem, precisa de você. Ele bebeu de mais e ta causando na piscina. – de um sorriso animado, minha expressão foi murchando – Ele disse que só para quando você for falar com ele. Passei a mão no rosto, me esquecendo que estava com a camisinha na mesma mão, fazendo a Bruna arregalar os olhos. Sério, eu amava a minha amiga, mas ela era muito a senhora certinha. – Que isso Letícia? – ela me pergunta em tom de repreensão.
~ O que você acha que é Bruna? – respondi já irritada.
~ Achei que você tivesse entendido o recado quando eu disse que você e o Jinyoung não ficariam juntos nesse final de semana. – eu ri debochada.

~ Você está pensando que está falando com quem? – pergunto irônica, colocando uma tensão no ar.
~ Com você, minha amiga, que quero proteger de futuros problemas. – ela coloca a mão na cintura como se fosse minha mãe.
~ Bruna, sou adulta, eu sei o que faço. Cuida dos seus problemas, que eu cuido bem dos meus. – falo séria – Por sinal, o Felipe me disse que viu a Barbara ficando com o D.O. no jardim da chácara, o que você vai fazer a respeito? – Bruna se cala no mesmo momento e não me responde – Foi o que achei.

Me viro, e caminho em direção a piscina. Coloco a camisinha no bolso do meu shorts antes de chegar lá, e vejo Jb sendo segurado por Chanyeol, que o impedia de ir morrer na piscina. Quando apareço na porta, ele me avista, e começa a me chamar.

~ Olha só a destruidora do meu coração – ele fala alto, fazendo com que todos me olhassem. – Veio quando te chamei meu amor... – seu sorriso torto pra mim, juntando toda aquela cena que estava se instaurando no ambiente me fez ficar vermelha de raiva, e com uma expressão séria.

Hoje poderia ser o começo de um final de semana perfeito, maldita hora que eu fiquei com o JB.

~ Jaebum... – falo baixo e num tom sério, já próxima aos dois.
~ Sim minha linda... senti sua falta – ele fala e toca o meu pulso, puxando meu corpo para mais perto. Seu hálito era de álcool e meu estômago revirou assim que o senti.
~ Obrigada Chany, por ter segurado ele pra mim, pode deixar que eu cuido a partir de agora – libero Chanyeol antes que respondesse Jb.
~ Tem certeza que não vai precisar de ajuda? – Chany me pergunta, solícito. Porém eu consinto que estava tudo bem e ele vai em direção a piscina novamente.
~ Vamos Jb. – o coloco apoiado no meu ombro para caminharmos juntos até o quarto dele. – Vou te colocar na cama.
~ Vou a onde você for – ele fala perto do meu ouvido, me pegando desprevenida, mas não tive nenhuma reação que fizesse ele perceber, apenas continuei caminhando.
 

[...]

Por sorte Jb não estava sujo, apenas bêbado.

Abri a porta de seu quarto, entrando junto com ele, e o coloco em cima de uma cama qualquer, para poder ascender a luz do ambiente. Assim que o largo, o colocando com cuidado deitado, ele segura o meu pulso e me faz cair sobre sí.

~ Letícia, o que ele tem que eu não tenho? – ele disse baixinho, perto do meu ouvido. Isso sinceramente me abalou. Toda aquela fragilidade me fez hesitar por alguns segundos em cima dele, o suficiente pra ele tirar uma mecha de cabelo de frente do meu rosto.
~ Jb, não é isso...
~ Então o que é? – fiquei sem resposta. O que seria toda aquela resistência? Ele não tinha sido mau, ele tinha sido menos insistente que o Jinyoung. Mas, eu sempre olhei mais pro Jinyoung do que para o Jb em todo o meu acompanhamento sobre a carreira deles, e agora... Agora, eu só estava eufórica com o próprio Jinyoung me chamando de namorada. Eu nem dei a oportunidade pro Jb que tinha sido tão respeitoso e posicionado.

Ai Deus...

~ Jb, você precisa descansar... – fujo de sua pergunta e ele sorri Bêbado, porém, consciente o suficiente para entender do que tudo se tratava.
~ Eu não preciso descansar, eu preciso de você – “Ai senhor Jesus Cristinho”, pensei. Meu coração com certeza apertou nesse momento. Jb se levantou um pouco, o rosto suficientemente perto do meu para me beijar, não recuei naquele momento apesar de estar totalmente alerta do que estava acontecendo.

Um flash.

Iluminou rapidamente nós dois antes que ele realmente pudesse me beijar. Me levantei automaticamente, com medo, do que poderia ter sido. Me levantei pra procurar, fui até a porta e olhei para os dois lados, mas não vi ninguém.

“Merda, merda, merda, merda”, repetia essa palavra repetidas vezes pra mim mesma, enquanto JB estava apenas apagado, deitado em cima da cama, que eu sinceramente nem sabia dizer se era a dele mesmo. Aproveitei toda aquela situação para deixa-lo ali, e saí, encostando a porta em silêncio do quarto para ele não acordar.

[...]

Barbara On

Jb já estava ficando chato, causando toda aquela cena desnecessária. Todo mundo sabia que ele tinha sido rejeitado, qual a graça nisso? Corenao é foda.

Eu estava com D.O do lado oposto da piscina, observando tudo, enquanto nossos pés estavam dentro da água. O clima estava meio pesado com tudo aquilo acontecendo, e por culpa da Letícia. Porque ela foi ficar com esse inferno? Carência depois de muito tempo? A cara dela isso. Com certeza.

Aquela garota me fazia despertar sentimentos que nem eu mesma sabia que tinha. E isso não começou do nada, aconteceu quando ela começou a dar em cima do meu amor, o meu Felipe.

Letícia apareceu muito tempo depois, após Bruna ir atrás dela pra cuidar da situação. Tinha que ser a minha chefinha, pode não parecer, mas eu gostava muito dela. Se a Letícia não tivesse tomado o meu lugar, eu com certeza seria a melhor amiga dela e da Michele, e do Felipe também, quem sabe.

[...]

Segui os dois até o quarto, observando tudo que estava acontecendo de longe. Para a minha sorte, o quarto era grande o suficiente pra ela não notar a minha presença assim que entrei logo após eles. Abaixei a luz da tela do celular pra não fazer escândalo.

Jb puxou Letícia, a desequilibrando e fazendo com que ela caísse sobre ele, o que já me chocou, mas mais ainda, ele indo na direção dela, para beijá-la.  Caramba! Caramba! Caramba!

Preciso registrar isso...

Click. Flash.

“Ai cacete, estava com flash”, pensei. Agora fui pega, agora já era. Desliguei o celular o mais rápido possível pra ela não me ver e me joguei para baixo da cama mais próxima entre mim e a porta, para não ser descoberta.

Letícia passou ao meu lado, e eu segurei firme a minha respiração. Ela olhou para os dois lados, e não me encontrou.

“Merda, merda, merda, merda”, ela dizia. E eu me mantinha quietinha.

Poucos segundos demoraram até que ela tivesse saído e fechado a porta atrás de si, esperei cautelosamente mais um pouco, me assegurando que Jb não acordaria.

Mas depois sai...

[...]

Jinyoung On

“Poxa, Letícia estava demorando”, pensei.

Eu já estava congelando de frio, o filme já tinha acabado, e ela ainda não tinha chego.

~ Saco... Será que aconteceu alguma coisa? – coço a nuca, e depois saio da sala. Cansado de esperar, cansado de passar frio, o ar condicionado era congelante. Sem Letícia, e sem camisa, eu estava passando um frio desnecessário.

O choque térmico entre o ar condicionado e o ambiente quente fora da sala, me deixou um pouco afetado, até soltando alguns espirros.

Caminhei lentamente pelo corredor, com os braços cruzados por não estar acostumado a andar sem camisa, mas levo um susto, alguém esbarra em mim.

~ Ai – reclamo com o impacto. Olho de relance e vejo o cabelo vermelho de Barbara passando como um furacão ao meu lado. Ela nem olhou para trás ou se desculpou. Achei estranho

Continuei andando para o salão onde haviam menos pessoas, a maioria estava conversando e bebendo; Olhei por todos os lados procurando Letícia, e nada. Andei por volta da piscina a procurando e ainda não a vejo. “Onde está essa garota!?”, pensei.

[...]

~ Finalmente! – falo alto. Letícia estava na cozinha, sentada. Com o copo de alguma coisa na mão, que não parecia ser suco. Ela não me respondeu, ou virou para trás, só continuou bebendo o que tinha no copo, como se não tivesse me ouvido. – Letícia? – toco em seu ombro.
~ Oi – ela se vira assim que percebe que eu estava atrás dela. Mas, sua expressão não era das melhores.
~ Está tudo bem? – me sento ao seu lado, a observando.
~ Adivinha? Jb ficou bêbado e eu precisei cuidar dele – ela bufa, e toma outro gole. Letícia nem olha na minha cara, sua expressão não era das melhores. Ela estava tensa, e eu sinceramente não sabia o que fazer.
~ O que posso fazer pra te ajudar? – passo minha mão nas suas costas, apelativo de certa forma. E então ela me olhou, com um olhar cansado.

Não precisei fazer muita coisa. Apenas isso, toca-la.

Letícia aproximou sua cadeira da minha, ficando perto o suficiente para deitar seu corpo em cima do meu, apoiando sua cabeça no meu ombro, ela cheirava um pouco de álcool, mas eu não a rejeitei, a abracei forte e deixei que a sua respiração fosse se acalmando, sem falarmos nada, ela apenas relaxou.

~ Faz tempo que não consigo relaxar, sabia? – Letícia comentou.
~ Seu trabalho parece bastante agitado mesmo.
~ Me desculpe não ter voltado pra sala, eu não estava no clima mais ...
~ Sem problemas, eu entendo. A viagem foi cansativa.
~ Você quer dormir comigo hoje?
~ A Bruna não vai achar ruim?
~ Não, não vai. Já falei com ela por hoje – Letícia começa a se levantar. – Eu realmente estou cansada hoje, e preciso de um pouco de paz. Se não quiser ir comigo agora, não me incomoda, tem bastante coisa pra fazer e comida pra comer ainda – ela toca meu rosto, me acariciando.
~ Vamos, eu vou com você – sorrio – Também estou cansado.

[...]

Flash Back Barbara

“É hoje, to sentindo nas minhas veias”, pensei.

Acordei super cedo, como todos os dias desde que estava substituindo o gerente que havia saído da companhia. Ele estava fazendo um trabalho bem merda, e eu reestruturei tudo o que estava fora do lugar, coloquei a casa em ordem novamente.

Os projetos estavam atendendo a demanda esperada, e o meu chefe estava feliz. Nunca recebi tantos elogios do Bruno Machado quanto nesses últimos tempos, e ele sabe o que eu quero, a promoção que eu estava trabalhando tanto pra conquistar.

~ Hoje, eu vou arrasar – falei pra mim mesma enquanto passava mascara para cílios de frente ao espelho do banheiro. Já estava toda arrumada, armada de otimismo para a reunião de hoje.

Estava cheia de expectativas para o que aconteceria na reunião.

[...]

A entrada do prédio do nosso escritório estava especialmente linda hoje, iluminada pelo sol. As arvores balançando com a brisa quente de verão, fazendo meus cabelos cacheados ganharem mais volume com o vento.

Eu entrei no prédio cumprimentando a todos como de costume, com o meu copo de café expresso na mão, minha pasta abaixo do braço. Um blaiser branco, calça jeans tradicional azul, com rasgos nos joelhos, uma camisa de seda branca, e um salto plataforma que eu amava, compunham meu estilo.

Maquiagem bem levinha, e sardas bem a mostra. Um batom vermelho, e um delineado bem trabalho pra deixar a cor dos meus olhos verdes bem vibrantes.

Assim que a porta do elevador se abriu no andar do escritório, que estava quase vazio naquele horário, uma sensação de paz e satisfação me invadiu.

~ Oi Fe – cumprimento Felipe, que também estava chegando cedo naqueles dias. Dias de muito trabalho.
~ Oi Babi, tudo bem? – ele acena pra mim de sua mesa, ainda olhando para um documento, que parecia um contrato.

Eu sentia uma atração particular por ele. Nunca cheguei a realmente falar pra ele o que sentia, mas o tanto que babava por ele era o suficiente. Felipe nunca me destratou, me tratava como uma colega de trabalho normal.

Sim, eu já tinha visto ele flertando com algumas outras garotas de cargos inferiores ao meu no escritório, as meninas da staff principalmente, mas ele sempre mantinha uma distância segura de mim, o que eu sinceramente não entendia.

Bruna, nossa colega em comum, já havia me dito que ele se posicionava dessa maneira, mas ela nunca tinha visto ele tendo nada com ninguém, o que me deixava um pouco mais aliviada. Mas, ele sabia do potencial que tinha, e abusava disso.

Já vi ele utilizando de joguinhos de sedução pra consegui várias coisas dentro e fora do escritório, mas nunca comigo. Por que?

[...]

~ Todos aqui? – Bruno pergunta. Procurando por toda a sala, pra ver se faltava alguém, e os presentes conscentiram. – Que bom, vamos começar oficialmente com a reunião....

Meu estômago estava me angustiando por dentro.

~ Primeiro, eu gostaria de bater palmas para o esforço de toda a equipe. Vocês fizeram um trabalho fantástico nesse semestre – ele bate palma e nós acompanhamos – Vocês terão uma bonificação bem gorda no dia 30 haha... E, eu gostaria de agradecer especialmente a Barbara, por ter quebrado o galho e colocado em ordem tudo que o Leonardo não conseguiu fazer. Barbara, você é de mais!

Sorri com os elogios e agradecimentos na frente de todos, mas ainda estava esperando algo mais.

~ Agora, tenho um grande anúncio a fazer... Vocês sabem que eu estava avaliando a situação e o que poderíamos fazer a respeito da saída do Leonardo. Mesmo que ele não estivesse fazendo um grande trabalho, sua saída causou um pouco de transtorno para nós e eu precisei buscar uma solução...

Meu sorriso foi se abrindo, eu sabia, ele iria me promover ali mesmo.

~ Foi por isso que depois de ter olhado bem pra dentro da nossa equipe, eu decidi colocar alguém que fosse digna e de confiança...

Fui me levantando lentamente, e confirmando com a cabeça cada palavra que ele falava.

~ E eu recebi ótimas indicações sobre ela, é por isso que eu apresento a vocês, a Letícia.

Eu já estava de pé quando ele anunciou outro nome que não o meu. Minha expressão ficou atônita. Como assim ele tinha escolhido outra pessoa que não eu? Depois de tudo que eu tinha feito pra esse filho da Put@. Me voltei novamente para o meu lugar, disfarçadamente enquanto a Letícia entrava na sala, e ficava ao lado do Bruno.

Felipe, que estava na minha frente, ficou olhando especialmente para ela, eu sabia que olhar era aquele, um olhar que ele não tinha comigo. De branca, fiquei vermelha, sem palavras...


Notas Finais


Olha, eu não sei vocês, mas eu tenho um ranço pronfundo da Barbara, sério.
O que será que ela vai fazer com a foto que tirou?


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