História Echotale - Mudando de rotina

Tudo estava calmo e tranquilo na cidade de Snowding. Eu estava dormindo na minha cama, bem confortável. Até que meu irmão Papyrus entra no meu quarto e grita. " SAAAANS! HOJE É SEXTA-FEIRA! VOCÊ TEM QUE IR PARA O SEU POSTO IMEDIATAMENTE! QUE COISA! POR QUE VOCÊ NÃO LEVA O SEU TRABALHO A SÉRIO? " Eu suspirei e pensei. Que saco! Pensei que era sábado. Mas como sempre, me engano nesses dias. Levantei um pouco, fiquei sentado na cama, peguei o meu cigarro que estava em cima da minha escrivaninha e acendi meu cigarro. 
" MEU DEUS SANS! VOCÊ NÃO TEM JEITO! NÃO PODE FUMAR AQUI DENTRO, SABE MUITO BEM DISSO! " Disse Papyrus irritado comigo. Saí do meu quarto para não levar mais bronca do meu irmão. Fui até a cozinha, peguei uma xícara e enchi ele de café com leite e sentei-me na cadeira. " Arg... Que saco. Pensei que hoje fosse sábado. " Eu murmurei para o Papyrus. Ele puxou uma cadeira e se sentou bem de frente comigo. " Irmão. Estou preocupado contigo. Ultimamente você anda mais depressivo do que... Não sei o que te dar de exemplo, mas me entendeu né? Você tem que arranjar o que fazer. Precisa arranjar uma nova rotina. Não pode ficar o tempo todo deitado na cama e ficar faltando nos seus trabalhos. " Disse Papyrus ao ajeitar o seu óculos.
Como sempre, Papyrus me dando sermão. " Ok Papyrus. Pode deixar, vou arranjar algo pra fazer, só preciso de tempo, ok? " Eu disse enquanto soltava fumaça de cigarro pela minha boca. Papyrus tirou seu óculos, colocou sua mão no seu rosto, deu pra ver que ele estava nervoso comigo. " Sans... Eu não estou te expulsando da minha casa nem nada do tipo, mas... Você sabe que estou num relacionamento sério e tudo mais, certo? Um dia essa pessoa pode querer morar comigo e o que vou dizer? Que não pode por que meu irmão não tira o seu traseiro da cama? " Disse Papyrus todo nervoso.
Naquela hora eu explodi. Coloquei minha xícara de café na mesa e disse. " Você quer que eu saia de sua casa?! Tá legal! Mas esqueça de mim beleza?! " Levantei da cadeira, subi as escadas e fui para o meu quarto. Com raiva, peguei os meus pertences e joguei nas minhas malas. Saí da casa do meu irmão com ódio dele, até que ele me segura pelo braço e grita. " Calma! Ei! Eu não falei pra você sair daqui! Vai demorar ainda pra mim e pra essa pessoa... Morarmos juntos! Você pode ficar aqui ainda! Mas não fique com raiva de mim só porque eu falei aquilo na cozinha. Eu só queria abrir os seus olhos, pra ver se você acordava e enxergasse onde você iria parar se continuasse com essa rotina! " 
Fiz o meu irmão soltar o meu braço e disse. " Você não quer morar com aquele robôzinho? Então, tá livre de mim... PRA SEMPRE! " Quando saí de perto do meu irmão, coloquei na minha cabeça que eu tinha que arranjar um lugar pra ficar. Sorte que tinha uma casa para comprar. Claro, eu tinha dinheiro pra comprar a casa, afinal, eu economizei a grana para caso de emergência e aquilo era pra emergência! Bom, fiquei satisfeito com a minha casa, tinha comprado minha casa, limpei a casa, comprei móveis etc. 
Deu um trabalho desgraçado pra deixar a minha casa do meu jeito, mas valeu a pena! Passou três dias e eu trabalhando um pouco e maioria das vezes... Faltando no trampo. Na Terça-feira eu estava dormindo no meu sofá, eu tinha assistido um filme do Michael Myers, até que tinha pegado no sono. Até que escuto um grito de uma criança. Acordei assustado e caí de cara no chão. " Mais que p*rra! O que foi isso?! " Gritei com raiva. 
Fui até a porta pra ver o que tava acontecendo, quando abri a porta, vi o bichinho amarelo com listras marrons pulando de alegria. Parecia que alguém tinha entupido ele de doce até o c*, porque não parava quieto. " Moleque! Para de gritar! To tentando dormir! " Gritei ao sair da minha casa. A criatura olhou pra mim e disse. " Aí! Sabe por que to animado? " Respirei fundo e respondi. " Não quero saber! Sai daqui! " Ele se aproximou de mim todo sorridente e disse. " Não seja assim! Tem um novo ser aqui no subsolo! Ela tá aqui na cidade! Ela é um humano! " 
Fiquei em choque quando ouvi aquilo. Um humano?! Faz tanto tempo que não tinha visto um humano! E se alguém visse o humano, o pessoal ia acabar com a raça dela! " Cadê o humano?! Você sabe onde ela tá?! " Perguntei ao colocar as minhas mãos nos ombros da criatura. " Sei sim! Quer que eu te mostre? " Respondeu o bichinho amarelo enquanto pulava de alegria. " Claro né! Vamos logo! " Eu disse ao trancar a porta de minha casa. 
O bicho amarelo foi correndo na minha frente pra mostrar onde tava o ser humano, quando chegamos no local, vi que estávamos num lugar cheio de flores amarelos. " Aí! Tem sementes voando por aí! Legal né? " Disse a criatura pequena. " Aham, legal... Espera, que?! " Eu disse em choque. Olhei pra frente, vi que era a Flowey. Ela tava prestes a atacar a criança que tava desacordado. Tive que usar Gaster Blaster pra salvar a criança.
" Ah! Você me paga G-Sans! " Gritou Flowey com raiva. Ela sumiu do local e fiquei aliviado, lógico. " Aí, vou falar pra turma que caiu um humano aqui! Eles vão comemorar! " Disse a criatura amarela. " Não! Tá maluco?! Escuta... Não conte pra ninguém sobre o humano, tá legal? Ou você quer que ela morra também? " Eu disse ao pegar a criança no colo. A criatura arregalo os olhos e disse. " Espera aí! Quer dizer que as outras seis crianças morreram? " 
Eu bufei, pensei em não contar para ele, porque né... Ele era um pivete! Era novo demais pra saber das coisas, mas por outro lado, tava na hora dele ver a realidade das coisas. " Sim. Morreram! Mas agora, dá pra me deixar em paz? Vou cuidar da criança ok? " Eu disse ao sair de perto do bicho amarelo. Corri o mais rápido que pude pra voltar pra minha casa, até que avisto no meio do caminho o Papyrus. Ele tava com sacola de compras. 
Tive que agir rápido. Usei meu Gaster Blaster pra ele segurar a criança pela boca enquanto eu tirava minha jaqueta. Quando finalmente tinha conseguido tirar a jaqueta, peguei a criança no colo e enrolei-a com a minha jaqueta. " O- Oi irmão. Como vai? " Perguntou Papyrus ao se aproximar de mim. Eu dei um grito meio afeminado, porque levei um susto. Tossi pra disfarçar um pouco e disse. " To sim. E você? Como vai sua namoradinha? " 
Papyrus arregalou os olhos, porque dei um grito meio afeminado, mas depois voltou ao seu normal. " Vai bem, graças ao céus! Irmão, posso te perguntar uma coisa? " Perguntou Papyrus ao coçar a sua cabeça. " Ah... Eu to meio ocupado agora Papyrus. " Respondi ao revirar os meus olhos. " É rapidinho! Eu sei que você ficou bravo comigo esses dias só porque eu tinha dito aquilo tudo, mas era para o seu bem. Mas se estiver bravo comigo ainda... Eu compreendo. " Disse Papyrus ao fazer uma cara de coitado. 
Eu ia falar que estava tudo bem entre nós, mas a criança estava se mexendo na minha jaqueta, então tive que dar uma resposta curta. " Tá tudo bem né cara! HAHAHAHAHA! Como eu tinha dito antes! To bem ocupado! Até mais brô " ---> ( Brô, irmão em inglês, encurtando de brother. ) Saí  correndo de perto do meu irmão e voltei pra casa quase morrendo, porque tava cansado demais. Quando coloquei a criança no meu sofá, vi que ela estava acordada. Ficou olhando para todos os cantos de minha casa e depois olhou pra mim.
A gente ficou se encarando por alguns minutos, fiquei pensando no que fazer com ela. Eu não podia ficar com aquela criatura presa na minha casa por muito tempo. Afinal, meu irmão poderia resolver vim me visitar. Quando fui perguntar quem era ela, a menina me solta com uma voz de criancinha. " Papai...? " Eu fiquei bravo, porque eu não era pai daquela coisa! " Eu não sou um humano sabia? Não da pra ver que não tenho carne, nem pele, nem nada disso? " Eu disse ao me aproximar da criança.
Quando olhei pra criança de um jeito bravo, ela começou a chorar. Daí que eu me ferrei. Não sabia como lhe dar com aquela criaturinha e o que podia fazer pra ela parar de berrar no meu " ouvido " vamos se dizer!