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História Edenis - Capitulo 07


Escrita por: Alexiel_LaRoux

Notas do Autor


Amores, eu demore, eu sei, mas parece que esse mês de agosto foi feito com 62 dias e não 31! Não acabava nunca e pra piorar eu passei ele quase que inteiro doente e sem animo de nada. Então perdão pelo atraso, não foi injustificado ou por preguiça.

Obrigada pelo carinho de todos, gostaria muito de saber a opinião de todos vocês sobre o que tão achando da historia, então fantasminhas, digam oi, eu gostaria muito de conhecer vocês!

Não vou enrolar mais, o capitulo de hoje tá pegando fogo! Espero que gostem! Bjjjj

Capítulo 7 - Capitulo 07


 

Jin encarava Namjoon surpreso, até que desviou o olhar por um segundo e suspirou.

- Eu não tenho muito tempo Namjoon, você sabe... o meu casamento é daqui a pouco.

- Eu sei, é sobre isso que eu queria falar com você. Queria pedir perdão. – Jin o olhou com uma expressão de surpresa se sentando sobre sua cama e o amigo se sentou ao seu lado – eu fui um idiota em não ter falado com você depois do seu noivado.

- Que você é um idiota, isso eu já sabia. – O outro torceu o nariz e Jin deu uma risadinha de canto. – Por que você sempre tem de fazer as coisas do modo mais difícil Nam?

-Porque eu sou um idiota que sempre estraga com tudo! – Ele engoliu em seco - achei que me afastar de vez fosse ser mais fácil, que doeria menos. Tentar arrancar de vez tudo o que eu sinto, me conformar, mas parece que isso machucou mais do que eu queria, me machucou, te machucou. – Jin o observava mordendo levemente o lábio. – Nós não temos direito a escolha, nos sempre soubemos que nossa vida seguiria as regras, crescer casar e manter a estabilidade de Edenis.

- E você gostaria que fosse diferente? Você sabe que não pode ser.

- Eu sei, mas a distância me fez ver coisas que tornaram essa dor ainda maior Jin. Eu sou egoísta, eu não quero te ver com outra pessoa, eu não quero ir naquela cerimônia e te ver casando com aquela garota. – Ele respirou fundo e Jin tinha os olhos espantados com o que ele dizia. – Não te quero só como um amigo ocasional, alguém que vejo poucas vezes... eu percebi que te quero Jin, quero para sempre.

- Mas Namjoon... nós – as lágrimas rolaram dos olhos de Jin – isso é errado, um pecado.

- Eu sei, por isso eu quase enlouqueci essas semanas, mas eu não consigo, não posso! – Ele levou a mão a nuca de Jin e segurou firme seus cabelos, colando as testas dos dois, seu rosto já estava lavado em lágrimas. – Foge comigo Jin, faz isso ser possível, não casa com ela, amor não pode ser pecado. Vamos viver uma vida longe desse lugar, por favor, eu só preciso de um sim, ou se não quiser, eu sumo de vez da sua vida e te deixo ser feliz no seu casamento.

Jin sentia seu corpo tremer, a respiração quente de Namjoon tão próxima a sua, seu toque o deixava tão confuso. Tudo que viveram passou pela sua mente naquele momento, seus sentimentos, suas dores. Sabia que sentia algo especial pelo homem a sua frente, mas encontrava-se em um conflito tão gigantesco. Já cogitara sentimentos a mais pelo amigo, mas a ideia de isso ser errado, sempre martelava tanto em sua mente que lhe doía a alma admitir que se encantara por um igual, que amava um igual. Não sabia o que responder, não sabia se deveria se entregar a abominação de algo que fora criado para não aceitar, ou se entregar-se-ia de corpo e alma a proposta de seu não somente amigo.

Seus lábios se entreabriram para uma resposta, estavam quase colados um ao outro, e o desejo de uni-los ali era grande, mas o som da porta do quarto se abrindo com violência e o grito que se seguiu era tudo que eles menos esperavam.

- Que pouca vergonha é essa dentro da minha casa!

***************

 

O pequeno e único templo da cidade estava todo decorado, casamentos em Edenis eram grandes festas, ainda mais quando duas das filhas da mais alta casta se casariam, mesmo eu os noivos não fossem tão importantes quanto se imaginaria e muitos se perguntassem o porquê daquilo.

As noivas já haviam chegado, ficando assim em um lugar reservado aguardando, e tudo estava pronto para começar, mas um dos noivos não havia chegado ainda. As pessoas já começavam a estranhar aquela demora e, obviamente, as fofocas já corriam. Porém um pouco afastado da multidão, esperando o momento de seu “feliz” casamento, um dos noivos mais parecia que iria para um enterro.

- Você está bonito! – Jungkook, que estava ansioso, sorriu sem graça quando percebeu a aproximação de Jimin.

- Você também... – ele desviou o olhar para o chão e inflou de leve as bochechas antes de suspirar. Estava sem jeito – E o Jin? Ele está demorando.

- Eu deixei o Jin pronto em casa, sai antes dos meus pais, já, já ele deve estar chegando. – Jimin evitava ao máximo olhar para o “amigo”. - Ansioso.

- Pelo casamento? Você sabe que eu preferia outra coisa... – suspirou cansado – Agora, por tudo isso acabar? Sim, louco para todo esse circo chegar ao fim.

- E então você será um homem casado... – a voz do menor saiu baixinha, carregada de dor.

- Ah Jimin não faz assim, eu odeio te ver tris.... Aiiiiii – ele levou a mão a cabeça.

- Kookie? Que você tem?

Jungkook se apoiou em Jimin e o mesmo viu os olhos do amigo brilharem, mudando de seu tom de castanho a um esverdeado. Os mesmos estavam vidrados, como se ele estivesse vendo, não o que estava ali diante de seus olhos, mas algo além, muito longe dali.

 

“- Matem esse maldito, essa vergonha!

Ouvia gritos com acusações terríveis, um grupo pedia por aquela punição com entusiasmo e ódio. O som de choro, seguido do horrendo soar de uma chibata e um grito de dor. As cenas eram embaçadas, confusas, via alguém desesperado gritando, implorando para que parassem de bater no outro. O carrasco dizia impropérios e acusações contra sua vítima a açoitando sem um pingo de pena. Em dado aquele que assistia a tudo em desespero gritava um nome e nesse Instante Jungkook pode ver a face, desacordada, daquele que era punido”

 

- Kookie, Kookie, me reponde, Kookie!

Jimin sacodia o amigo que continuava naquele transe. No momento em que os olhos de Jungkook voltaram ao normal e piscaram saindo daquele transe, um raio cortou os céus e um a chuva extremamente forte tomou conta do lugar, mesmo que aquela fosse uma manhã extremamente ensolarada.

- Jungkook, os seus olhos, eles mudaram de cor... – Jimin nem se dava conta de que a chuva destruiria todo o seu disfarce. Nesse momento Tae e Hoseok vinham correndo na direção deles.

- Jimin, o Jin, eu vi, eu vi algo, algo terrível acontecendo com ele...

- Jimin a gente tem que sair rápido daqui o disfarce, essa chuva repentina nos entregou... As pessoas nos viram no templo, viram a cor real do nosso cabelo, que nos despertamos. – Taehyung faltava sacudir Jimin que só tinha atenção para Jungkook.-  nosso disfarce foi descoberto por causa da chuva– Tae dizia desesperado, mas nesse momento ele parou em choque olhando para Jungkook.

- Kookie... – Hobi levava as duas mãos a boca em choque. O amigo ainda estava angustiado, perturbado, repetido o nome de Jin a todo momento, a chuva parecia piorar conforme o desespero dele. – O seu cabelo está clareando, você despertou também... Essa chuva é por sua causa!

- O que tem o Jin, Jungkook? O que você viu? – Jimin ignorava os amigos desesperado com o que Kookie ficava repetindo sobre algo acontecer a Jin. Foi nesse momento, que ele perdeu a paciência e decidiu ver por ele mesmo o que deixou o amigo tão chocado. Invadiu a mente de Jungkook e teve acesso total ao teor de sua visão – Não... seu poder não pode ser esse Kookie, você não pode ter visto isso... o Jin....

Ele saiu correndo desesperado dali em busca do irmão, ignorando o grito dos amigos que ainda tentaram segura-lo. Nesse instante, um grupo de homens, guardas pertencentes a casta dos sacerdotes e responsáveis pela segurança da Vila, vinha a distância na direção deles.

- Deixa o Jimin Hobi, eles não sabem dele ainda, nós temos que fugir! - Ele passava o braço, erguendo o amigo – Me ajuda com o Jungkook, nós temos que tirar ele daqui também.

- Nós precisamos de uma distração, com o Jungkook em choque assim não vamos muito longe. - Nesse momento Jungkook acabou desmaiando nos braços de Tae, devido à exaustão da explosão de seus poderes ali naquele despertar pleno – Merda ele desmaiou, mas ao menos isso fez a chuva parar! - Hobi olhava desesperado para os lados – Tae, está vendo aquele celeiro, está um pouco longe, mas eu sei que tem muito feno ali, consegue colocar fogo nele?

- É muito longe. Mas eu posso tentar! – Tae dizia receoso.

- Tentar não, você vai conseguir, nossa vida depende disso! Eu vou tentar carregar o Kookie, solta ele no chão!

Tae obedeceu ao amigo que com habilidade conseguiu fazer Jungkook levitar como uma pluma e assim poder carrega-lo. Taehyung se concentrou no celeiro, cada vez seus perseguidores estavam mais perto. Enquanto corriam dali para o bosque, os olhos de Tae brilharam, se tornando incrivelmente vermelhos como fogo. Ele esticou a mão a direção do celeiro e em um esforço monstruoso do garoto, o lugar se tornou em chamas altíssimas.

Não tinham tempo, a caçada havia começado e aquela fora a distração perfeita para ajuda-los a ganhar tempo. A prioridade agora era fugir.

****************

 

- Oras seu maldito! – O padrasto de Jin perdia totalmente o controle, o pegando com força pelos cabelos e começando a arrasta-lo do quarto. Fazia aquilo tão inesperadamente que deixou Namjoon sem ação temporariamente pelo choque. – Eu sempre soube que você era uma vergonha para essa família, mas nunca imaginei que fosse tão sujo. Sua aberração maldita.

Ele já o arrastava para o lado de fora de casa o sacodindo, no meio da rua, chamando a atenção de muitos ao seu redor. Namjoon veio correndo atrás deles, sendo seguido pela mãe de Jin que saltava sobre o marido o agarrando pela camisa, enquanto uma chuva torrencial se iniciava do nada.

- Larga meu filho, você vai machucar o meu menino!

Ele a empurrava, a fazendo cair ao solo com um baque forte que provavelmente a machucaria bastante. Namjoon perdeu a paciência pelo ato do homem, tanto contra Jin como contra a mãe do amigo, partiu para cima do outro homem. Esse, mais velho e mais forte, acertou um soco na mandíbula do jovem o nocauteando quase que instantaneamente pela posição que o havia acertado.

- Namjoon! – Jin gritou tentando ir à direção do amigo, quando sentiu suas madeixas serem puxadas com força pelo padrasto, com ódio, que também o socou e o segurou pela camisa voltando a agredi-lo. Jin já se encontrava tonto e sangrando.

- Você não vai ajudar o seu amantezinho! Torça para ele ter morrido pela pancada ou eu mesmo vou matar vocês dois.

- Do que você está falando? – A mãe de Jin tentava se levantar nesse momento, quando Jimin finalmente chegou correndo em auxilio a mãe. A chuva já havia parado e o fato de Jimin, depois do despertar, nunca mais ter andado sem usar blusas com capuz, o ajudavam a não revelar a mudança de seus fios.

- Esse maldito, o veadinho do seu filho, estava aos amassos dentro do quarto com esse lixo ai! – Ele cuspia com ódio onde Namjoon se encontrava desmaiado. – Esse cretino é uma aberração, uma vergonha que não conseguiu se segurar e fez essa merda debaixo do meu teto!

-  É mentira mãe! – Jin já chorava desesperado. A mãe tentava se levantar para ajuda-lo, mas estava machucada e sendo amparada pelo irmão. – Nos, não temos nada, nós somos só amigos. Isso é loucura da mente doente dele!

- Doente? – Ele dava um tapa tão forte que derrubou Jin em uma poça de lama – Doente é você que se relaciona com homens, seu anormal maldito, desonra dessa família. Eu te mato, eu te mato até lavar minha honra, a honra dessa família com seu sangue!

Ele ia partir para cima do enteado, mas Jimin, mesmo menor que o pai, o tentou segurar. O homem, mesmo descontrolado, nunca bateria no filho que tanto idolatrava. Nesse momento um grupo dos guardas da Vilas, chamados pelos vizinhos, chegou separando a briga. Ouviram o pai daquela família e todas as acusações feitas por ele. Obviamente o homem no auge de sua loucura, aumentava bem mais cena que presenciou entre o enteado e o amigo do mesmo.

Como resultado de toda aquela confusão, mesmo que em pedidos chorosos de uma mãe desesperada que jamais seria ouvida naquela sociedade, Jin e Nam acabaram sendo levados, presos sobre a acusação de terem um relacionamento amoroso. Aquilo pelo que eram acusados era um dos piores crimes cometidos em Edenis, talvez só não pior do que o próprio despertar da magia. Todos que viam a cena sabiam que a situação dos dois jovens rapazes não era nada boa e que provavelmente não sairiam com vida daquela.

Jimin, desolado e com a mente em frangalhos, imaginando que poderia ser ele no lugar do irmão, já que ele, ao contrário de Jin, realmente já havia se entregado em um beijo a um igual, amparou sua mãe chorosa. A levava para dentro de casa enquanto seu pai saia como um louco. Provavelmente beberia até não poder mais aquela noite, para descontar seu ódio. O caçula, cuidava da perna da mãe, que havia ficado ferida com a queda e o silêncio entre eles era terrível.

- Ele não precisava ter feito aquilo! – Ela soluçava – Eles vão matar meu menino. Aquele maldito exagerou no que viu, só pode ser isso.

- Mãe, fica calma, a senhora vai passar mal desse jeito. – Jimin pegava um pouco de água tentando acalmar a mãe, a mesma se encontrava sentada sobre a cama do casal e Jimin ajoelhado ao seu lado.

- Eu não posso ficar calma filho, você sabe como as coisas funcionam. Mesmo o Jin sendo inocente eles não vão lhe dar a chance de provar isso. – Ela suspirava chorosa – Seu pai conseguiu, ele derramou toda a raiva, ciúmes que tem do seu irmão por sermos unidos, ele não podia ter feito isso não podia!

Ela abraçou seu caçula e ambos choraram ali em agonia. Jimin tentava pensar em alguma forma de salvar seu irmão, não aguentava ver a mãe daquele jeito, seu coração sangrava com o sofrimento dela. A dor que havia caído sobre eles era tanta que Jimin acabara por esquecer de seus próprios problemas, de seu disfarce. Acariciando o filho, ela acabou por puxar seu capuz ao afagar os fios do filho. Em choque com o que viu ela acabou se afastando um pouco o fitando. Só nesse momento ele se deu conta do que havia acontecido.

- Não filho...  Não me diga que... – ela balançava a cabeça incrédula e Jimin engolia em seco – Você não... Você... Você...

- Por favor, mãe, não conta para ninguém, eu to me escondendo, ninguém sabe que eu despertei, por favor... – ele ficava desesperado, chorando, quando ela o puxava com força o abraçando tão forte que parecia que queria se fundir ao filho.

- Nunca, eu nunca contaria. Eu não posso perder você, meu pequeno, não posso perder mais um filho. – Ela o beijava com carinho e desespero, chorosa. – Nós temos que esconder isso, nós temos que dar um jeito, se seu pai descobre, mesmo sendo filho dele ele te entregaria. Eu não posso perder mais um dos meus bebês, não posso.

- Você não vai perder nenhum, mãe! – Ele dizia convicto e a olhava nos olhos. – Mãe, eu juro para a senhora, eu vou salvar o Jin! Vou salvar meu irmão e o Nam, a senhora não vai perder nenhum dos seus filhos, eu prometo! Eu vou dar um jeito, eu juro, eu juro!

Prometeu aquilo com toda a fé que existia em seu coração. Não permitiria sua mãe chorar pela perda de um filho. Se seu plano já era fugir de Edenis, agora o mesmo incluía salvar seu irmão e amigo antes de partir de vez daquele lugar maldito.

 


Notas Finais


É a coisa ficou feia pro lado do Jin e do Namjoon! E ai querem arrancar o couro do padrasto do Jin já? rsrs
Muito obrigada pelo carinho de vocês, deixem seu comentário, nem que seja um oi! Bjjj amores!


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