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História Edge of desire - Parte 2 - Let's try


Escrita por: _sweetsurvivor

Capítulo 50 - Let's try


Fanfic / Fanfiction Edge of desire - Parte 2 - Let's try

Ficamos ali por um tempo, apenas em silêncio. Minha cabeça estava repousando em seu ombro e levei uma de minhas mãos de encontro com uma das mãos dela, as entrelaçando.

Era como se um filme ficasse se repetindo em minha mente, de novo e de novo. Nada fazia sentido, por mais que buscasse encontrar um lógica para tudo aquilo. 

"Estava tudo bem antes...não entendo como tudo desmoronou tão rápido. Aquela ameaça escrita com sangue em sua carteira, a estaca cravada em sua perna, por que tentariam matá-la? e o símbolo do meu reino no meio de tudo isso...não consigo entender..."

- Eu não entendo porque alguém do meu reino tentaria te matar... 

- Bom, eu tenho minhas desconfianças... - ela disse, suspirando.

- Como assim? - perguntei, desencostando minha cabeça de seu ombro e me virado de frente para ela.

- Olha...meu pai me contou algumas histórias a respeito do povo do reino doce considerar os da família Abadeer como inimigos, então seja lá quem ainda mantém firme esse pensamento, deve me considerar como uma inimiga...  - ela me contou, me olhando nos olhos.

"Meu pai ainda pensa assim, mas não, ele JAMAIS faria isso..."

- Certo, mas a questão é: quem faria isso? Sabe, Marcy, é difícil saber, considerando que todas as pessoas que eu conheço do meu reino são extremamente dóceis, bom, literalmente... - disse, sorrindo, tentando me manter tranquila a respeito da possibilidade de ter realmente sido alguém do meu reino, pois seria imperdoável.

- Eu sei Bonni, mas é aí que está. Talvez algumas pessoas não sejam exatamente como imaginamos. Eu estou tentando não pensar mais nisso, sabe? deixar pra lá...mas confesso que é difícil, ainda mais por estarmos juntas... nada nem ninguém seria a favor da nossa relação. - ela disse, desviando o olhar.

"Eu odeio o fato de ela ter razão sobre isso... mas...algo poderia ser feito...poderíamos...tentar..."

- Mas...sei lá...e se tentássemos? Meu pai já estava desconfiado de nós duas e ele até meio que me proibiu de ficar perto de você, mas agora que eu tive coragem de enfrentá-lo fugindo com você como fiz, talvez eu consiga convencê-lo. E talvez, só talvez, se ele aprovar o nosso relacionamento, a pessoa que está tentando te machucar pare por respeito ao rei.   - sugeri, ficando levemente empolgada com a ideia e com a expectativa de que talvez, só talvez, isso realmente poderia ser uma boa.

- Bonni, por mais que eu queira e por mais que você seja importante pra mim, é um risco, pra nós duas. Sinceramente, eu não tô disposta a dar as caras lá pelo seu reino mais...  - ela disse, desviando o olhar para baixo.

Aquelas palavras dela fizeram meu coração apertar. 

"Mas se ela não estiver disposta, eu não sei..."

- Mas... não vamos conseguir ficar nos escondendo pra sempre...  - disse, olhando para baixo também, chateada.

De repente, ela colocou uma de suas mãos em meu rosto, o virando levemente para me fazer olhar em seus olhos.

- Bonni... eu...sei que isso deve ser difícil pra você, mas você é realmente feliz lá? Sabe...nós...podemos levar uma vida só nós duas, sem regras, sem tantas responsabilidades... só eu e você! eu dou um jeito de arranjar dinheiro, construímos uma casa só pra nós e tudo ficaria bem... - ela sugeriu, um pouco empolgada, mas cuidadosa.

"Uma vida só nós duas? isso seria...incrível...mas...meu Reino...minhas obrigações..."

Senti meu coração disparar. Decidir fugir com ela na noite do baile já foi algo muito ousado a se fazer, mas tudo bem, nem tanto. Agora, fugir para sempre, abandonar tudo? 

"Droga, Marcy...não me faça ter que decidir sobre isso..."

- Marcy... - sussurrei, a olhando nos olhos e apoiando minha mão por cima da mão dela que estava em meu rosto. Meu coração estava apertado. Eu não queria magoá-la, mas precisava ser sincera... - isso seria maravilhoso...mas...eu não posso...  - continuei, desviando o olhar.

- Por que não? 

- Por que eu...eu tenho minhas responsabilidades... isso seria...loucura... - disse, tirando sua mão de meu rosto e me virando para o lado,  ainda cabisbaixa.

- Olha...eu entendo que você é uma princesa e tudo mais...mas se isso não te faz feliz, por que insistir? você não deve nada pra ninguém... - ela insistiu.

"Marcy...não faça isso...você não entende..."

- Marcy, eu não posso...seria realmente maravilhoso, por favor não pense que eu não gostaria... eu só...não posso. - repeti, mais sem graça e chateada do que antes.

Ela ficou em silêncio, o que me deixou extremamente preocupada. De repente, suspirou e se levantou bruscamente.

- Entendi... tá, eu te levo de volta então. Me avise quando estiver com tudo pronto. - ela disse, de costas para mim, friamente.

Meus olhos se encheram de lágrimas com aquilo.

"Em nenhum momento eu disse que queria isso...pensei que fôssemos pensar em alguma outra alternativa...juntas..."

Ouvi seus passos se afastarem de mim. Fiquei extremamente chateada por ela ter dito aquilo. 

"Por que você não consegue entender? Por que tem que ser tão...radical...nas decisões? Por que não me ajuda a achar outra maneira?"

Senti uma das minhas lágrimas cair e suspirei.

"Talvez ela prefira não tentar e simplesmente me deixar de lado."

Limpei rapidamente a lágrima que estava escorrendo pelo meu rosto. Me levantei, sentindo até dor de estômago de tão chateada e triste que estava.

"Se ela prefere assim..."

Comecei a arrumar minhas coisas. Ela estava sentada debaixo da árvore onde havíamos feito amor noite passada. Não demorei muito, e, assim que recolhi tudo, fui em sua direção, não conseguindo nem olhar para ela.

- Eu...já peguei tudo... - disse, com a voz embargada, abraçando meus próprios braços.

- Beleza, vem comigo. - ela disse, se levantando e indo novamente até onde estávamos sentadas antes.

Ficamos uma ao lado da outra. Fiquei olhando para baixo, para esconder o fato de que meus olhos estavam cheios de lágrimas.

- Bom, você já sabe o esquema. - ela disse, friamente, fazendo um gesto para que eu a segurasse.

Me aproximei e a abracei pela cintura, contento a vontade de simplesmente abraçá-la.

Minha cabeça estava uma bagunça. Meu coração apertado, uma vontade enorme de chorar sem parar. Eu sabia que se ela me deixasse lá, talvez ela nunca mais voltaria para me ver.

"Está tudo errado...não é pra ser assim...eu não posso me esquecer de que eu simplesmente não sei viver mais sem ela..."

Ela começou a tomar impulso. De repente, eu a soltei e me afastei.

- Não... - disse

- Ué? O que foi??? - ela perguntou, me olhando seriamente e colocando suas mãos na cintura, num gesto de indignação.

- Eu não posso... - disse, me virando de costas para ela.

- Como assim "Não pode? Você esqueceu alguma coisa? - ela perguntou.

"Me esqueci de que simplesmente não posso ficar sem você. Me esqueci de dizer que te amo, que não quero me afastar."

- Bonni, você se esqueceu de alguma coisa? - ela perguntou novamente, se aproximando de mim.

- Esqueci...

- Esquece o que??? - ela perguntou, com um tom de irritação.

Assim que ela se aproximou um pouco mais, não resisti: me virei rapidamente e a beijei.

Ela não fez esforço algum para me afastar. Seus lábios me proporcionavam uma sensação de paz. O tipo de paz que eu jamais gostaria de perder...

Perdida em meus pensamentos e naquele beijo, comecei a chorar de medo de perdê-la. Ela colocou as mãos em minha cintura e me puxou para mais perto de mim.

Ficamos nos beijando por um tempo, até que precisei recuperar o fôlego, interrompendo o beijo e me encolhendo em seus braços, ainda chorando, e percebi que ela também estava.

- Que droga, Bonni...é tão difícil deixar você ir embora...

"Então não me deixe ir embora..."

- Marceline, eu não quero perder você...mas eu...eu queria tanto que você me entendesse quando nem eu mesma consigo...

Ela ficou em silêncio por um tempo, apenas abraçada comigo, e eu fui parando de chorar aos poucos.

De repente, ela me segurou pelos braços e me olhou nos olhos.

- Bonnibel...você me ama? - ela perguntou, com os olhos cheios de lágrimas.

- Marceline, eu te amo! Você sabe disse! - respondi com toda a certeza do mundo, a olhando nos olhos.

- Então eu vou com você.

Aquelas palavras fizeram meu coração disparar.

"Ir comigo? Isso é...sério?"

- Como assim??? Como assim "vai comigo" ??

- Você disse que poderíamos tentar, não é?

- Sim...não sei como...mas poderíamos... - disse, desviando o olhar.

- Então vamos tentar. - ela disse.

Fiquei algum tempo sem reação. Jamais passou pela minha cabeça que ela desejaria isso, não depois de ela me dizer que não pretendia nem pisar no meu Reino novamente.

Coloquei as mãos em seu rosto e a olhei fixamente nos olhos.

- Marceline...você...tem certeza? - perguntei.

"Não quero que faça nada que não queira..."

Ela sorriu e também colocou as mãos em meu rosto.

- Fala sério, eu voltei, te trouxe até aqui...Sinceramente, eu não tenho certeza de como as coisas irão acontecer, mas duas únicas certezas que eu tenho são que eu te amo e que vou lutar para fazer isso dar certo e isso é o suficiente para mim.

Aquelas palavras tocaram bem no fundo do meu ser. Ela realmente me amava, se não, não estaria fazendo tudo aquilo, e pensar nisso fez meu coração se encher de alegria, então sorri.

- Lutaremos, então.

Voltei a beijá-la. Depois de um tempo, segurei forte nela e então, com um impulso, voamos para longe dali.

Sinceramente eu não fazia idéia do que poderia acontecer, mas com ela eu estava disposta a tentar tudo.

"O não nos já temos mesmo..."



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