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História Eel - Prólogo


Escrita por: valen07

Notas do Autor


Sinopse e capa temporárias.
Estou aqui pagando uma promessa.

Capítulo 1 - Prólogo


I – O INÍCIO.

 

Encontrava-me muito além do território dos Fenghuang, onde tinha sido designada para uma missão em nome da guarda de Eel. Levava comigo um mapa que porcamente me guiava pela mata, e minha esperança de encontrar tal clareira antes do anoitecer. Era a minha primeira missão solo em anos de serviço à guarda, talvez só agora lhe acorresse que eu não era uma infiltrada ou uma simples faeliana inútil e sonsa. Apesar de guardar comigo minhas dúvidas, eu preferia não decepcionar quem depositou um pingo de fé em mim.

                E é por isso que eu tenho que garantir o meu sucesso.

                Miiko percebeu que eu tinha um quê diplomático, conseguia fluir bem entre negociações entre povos e este é o motivo que me encontro aqui. Completamente perdida entre árvores e arbustos, onde todos parecem iguais. Implorando para que um milagre aconteça e eu encontre a vila dos Sagittas. Arrependo-me amargamente de ter recusado qualquer sugestão de companheiro, veja bem, eu queria brilhar sozinha, mas agora me sinto como uma vela quase apagada.

                Eu sou patética.

                Sentia como se estivesse andando em círculos, apesar de marcas as árvores por onde passava eu não encontrava tais marcações se seguisse adiante, o que me deixava ainda mais confusa. A noite dava seus primeiro indícios e eu já estava no meu limite de cansaço. Teria que armar um acampamento por aqui mesmo. Meu precioso kit de sobrevivência seria meu consolo.

                Meu colchonete surrado e velho de guerra implorava para que eu me deitasse nele, mas sabia que antes teria que fazer uma fogueira para afastar possíveis animais ou até mesmo cozinhar algo que eu achasse na minha bolsa.

                Com galhos e folhas secas nos braços escuto um piado alto e sinistro logo atrás de mim, virei-me devagar para encontrar uma grande coruja branca dando boas-vindas a lua que nascia.  Pode se passar anos e séculos, mas eu ainda irei me surpreender com a fauna e a flora de Eldarya, tudo aqui possui uma beleza poética que não seria compreensível ao todo no lugar de onde vim.

                A grande ave era no mínimo majestosa, seu rosto era o formato perfeito de uma maçã, o fim de suas longas penas era translúcido e ao mesmo tempo brilhavam de forma fantasmagórica, suas patas tinham um tom terroso, porém suas garras eram róseas igualmente translúcidas. E seus olhos pareciam ser dois buracos negros que me fitavam com extrema intensidade.

                 – É uma Rasga-mortalha.

                Uma voz feminina e forte soou logo atrás, imediatamente apertei os galhos secos contra mim, como se eles pudessem me proteger, ouvi o estalo de alguns se partindo com a força. Obviamente a mulher ouvira também, pois ouvi um risinho.

                – O que disse?

                Questionei virando-me para minha nova companhia, era mulher alta e bastante esguia, usava o que parecia ser uma saia e um colete de pele de animais, carregava também um arco e algumas flechas consigo. Imediatamente lembrei-me da adaga na minha bolsa.

                – A ave – ela apontou para o coruja – É uma Rasga-mortalha. Meu povo acredita que elas trazem mau agouro. Geralmente presságio de morte.

                Estava nervosa, não sabia se aquilo tinha sido uma ameaça, mas de qualquer maneira eu tentava encontrar possíveis rotas de fuga.

                – Espero que não passe de um mito. – Consegui soltar um sorriso, para encobrir o meu medo.

               – Tss – Ela mexeu nas suas tranças curtas e douradas enquanto soltava um meio sorriso – É só mais uma lenda dos Sagittas.

                Como se um grande letreiro neon escrito com a palavra SOLUÇÃO piscasse na minha cabeça e fogos de artifícios bombardeassem dentro de mim, eu mal pude conter minha empolgação ao ouvi-la dizer ser uma Sagitta.

                – Estou procurando seu povo. – Ela me olhou com uma grande interrogação estampada no rosto – Sou da guarda de Eel.

                A mulher pareceu ter se lembrado de alguma coisa e se aproximou mais – Oh sim, estávamos esperando um representante. Mas acreditávamos que iria aparecer hoje de manhã, contando com os dias que enviaram a carta.

                – Tive pequenos contratempos.

                “Eu me perdi” a verdade ficaria bem trancada nos meus pensamentos.

                – Bem, eu posso te acompanhar até nossa vila. Ou pretende passar a noite ao relento?

                Com uma clara referência aos galhos nos meus braços eu os soltei quase que imediatamente. Espanei a sujeira na roupa – Eu agradeceria, só tenho que pegar umas coisas.

                  – Aliás, meu nome é Anne.

                – Valendra.

                Ela se apresentou enquanto me acompanhava. A coruja, outrora esquecida, piou alto as nossas costas enquanto seguíamos para o meu pequeno acampamento.

 

 


Notas Finais


Capítulo não betado.


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