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História Efeito Borboleta - Flash


Escrita por: minggukji_

Notas do Autor


Opa!

Pois é, não é Capela Elétrica mas cá estou eu :3
Trazendo uma fic novissima (sério, comecei a escrever hoje e já postei porque sou apressada ;-;)
É mais um presente na verdade. Vai ser curta, apenas quatro capítulos e eles não serão grandes (ou não), então aproveitem e eu digo logo: Baseada no filme The Butterfly Effect (o um 'tá gente, é o único que presta) e na vida da minha amiga ~

Boa leitura e nos vemos lá em baixo :3

Capítulo 1 - Flash


Fanfic / Fanfiction Efeito Borboleta - Flash

- Você 'tá me escutando Park Jimin!?

 

Sua voz era alta e irritadiça. Mas eu não tinha mais medo daquelas ações.

 

- Porra, eu falei contigo!

 

Não sei de onde tirei tanta coragem. Mas só vi em um Flash quando ele se aproximou rapidamente e eu levei a mão direita a sua face, e a mesma virar brutamente para onde eu havia batido.

Pensei nele. E vi em minha visão, o meu redor ficando branco. Finalmente eu iria refazer tudo.

 

 

 

-x-

 

 

 

- Olá, meu nome é Park Jimin e eu sou novo aqui. Sou seu vizinho.

 

Sorri carinhoso, mas ele não me deu muita bola. Então ergui uma das mãos com a intenção de ser retribuído. E quando estava perdendo as esperanças, eis que ele segura meio nervoso. Sinto suas mãos macias porém geladas. Seus dedinhos eram finos e grandes, diferente dos meus.

 

- Olá... Meu nome é Jeon Jeongguk...

 

E quando ele finalmente sorriu eu pude ver como ele era simpático e infantil. Era tímido assim como eu, mas eu sempre engoli essa timidez e tentei supera-la cada dia mais. Eu não larguei de seu pé.

 

Nossos pais logo viraram amigos, igualmente a nós. Viramos os melhores e mais cumplices amigos. Compartilhávamos tudo, contávamos tudo, não havia segredo em nosso meio. E éramos felizes. Quando conheci ele eu tinha seis anos, e ele era mais novo, tinha quatro. Apesar da diferença de idade nos dávamos otimamente bem.

 

Ele era menor que eu. Mas quem sempre cuidava de mim e me protegia quando eu encarnava com um valentão mas não tinha coragem de me defender era ele.

 

Jeongguk sempre foi meu maior orgulho. Tanto na personalidade quanto nos estudos. Disputávamos quem tirava as maiores notas das nossas classes. E era incrível que sempre um bimestre era eu e o outro era ele. Parece que era combinado. Mas não era.

 

Quando completei oito anos conheci uma pessoa. Começamos a nos aproximar pela idade e pelos gostos. Ele havia se mudado de cidade e ia frequentar nossa escolhinha, e acabou indo para a minha classe.

 

E por ordem do destino eu havia estar passando pelo corredor bem na hora que os brutamontes do nono ano estavam perturbando ele. Corri para defende-lo.

 

Ele era bonito, mas não era um galã nem nada. Ele era legal comigo. Era ele que me defendia quando Jeongguk não estava por perto, já que estava ocupado em sua sala de aula ou fazendo as suas obrigações com sua família.

 

Eu já não tinha uma família como a dele mais. Meu pai tinha me abandonado. Traído minha mãe e largado toda nossa ligação e amor. Mas eu ainda o amava, não conseguia sentir raiva dele e nem nojo.

 

Talvez minha mãe tenha se estressado muito ultimamente. E ele acabou cansando. E apenas saiu de jogo.

 

Ele me ajudou a superar. Jeongguk também, mas algo me dizia que ele estava com pena de mim. E não gosto quando sentem pena de mim. Brigamos e eu acabei fugindo para a casa dele. E ele me pediu em namoro.

 

Prometeu me amar, e nunca me abandonar. E eu aceitei seu pedido com bom gosto.

 

Não sabia o que significava ser gay. Mas por ele eu iria ser. Ele enxugou minhas lágrimas e dormimos abraçados naquele dia. E assim foi o resto dos tempos. Quando eu brigava com Jeongguk ou com minha mãe acabava dormindo na casa dele.

 

E eu havia brigado com Jeongguk na hora. Por ciúmes de meu relacionamento com ele. Estava em sua casa. Mais precisamente em seu quarto, jogando um vídeo game de corrida. Eu estava ganhando.

 

- Dessa vez eu vou ganhar!

- Dúvido, sou ótimo nesses jogos de corrida!

 

Ameacei e ele me olhou de uma forma mais ameaçadora e sussurrou perto de meus ouvidos me fazendo arrepiar de medo.

 

- Se eu ganhar você vai ver só...

 

E começamos a disputar. Estava distraído por suas palavras que acabei saindo da pista e ele passou por mim, e acabei perdendo a partida.

 

Vi ele comemorar, pulando e fazendo uma espécie de dança sem ritmo e gingado. Sorri nasalado e tudo ficou branco em minha visão.

 

Fechei os olhos em um piscar. Quando abri, estava escuro já e eu me encontrava deitado na cama dele. A televisão estava ligada e ele estava jogando sentado no chão. Dessa vez um jogo de luta, bastante sangrento para minha conta.

 

Me levantei devagar e só ai percebi que estava sem meus shorts, e minha cueca estava um pouco puxada. Tanto para baixo quanto para cima.

 

- Ei, o que aconteceu? Como vim parar aqui?

 

Ele virou e me encarou meio incrédulo. Mas antes deu pause no jogo.

 

- Você não se lembra?

- Não.

 

Respondi simplista e ele riu. Franzi o cenho e soltei a pergunta um pouco rude demais.

 

- Onde está meu short?

- Onde você jogou, bobinho.

 

Que? Isso não está me cheirando nada bem. Olhei ao redor e encontrei o tecido azul claro jogado em cima de uma coleção de carrinhos de metal que ele possuía em um de seus armários.

 

Me levantei e fui pegar para me vestir.

 

- Você fica lindo assim, Jiminnie. Poderia andar só de cueca o tempo todo pra mim, sabia!? Sua bundinha é tão redondinha, dá vontade de morder todinha.

 

Virei rápido escondendo minhas nádegas com as mãos e logo me vesti. Estava vermelho de vergonha e ele apenas ria divertido.

 

- Vou voltar para casa.

- Pensei que dormiria aqui comigo, não brigou com aquele seu vizinho irritante?

- Eu já disse que ele não é irritante. Briguei mas quero ir, te vejo depois. Tchau.

 

Sai um pouco rápido demais de sua casa que nem me despedi direito de seu pai que assistia algo sem graça na programação aberta de televisão.

 

Algo estava muito errado. Como eu havia parado na cama dele? E sem roupa quase? Corri para minha casa, que ficava a uma quadra de distância. Fui recebido por um cheiro agradável de sopa que somente a minha mãe conseguia me fazer comer, por ser sua.

 

Eu era muito feliz com minha mãe, ela era meu pai e mãe juntos. Eu não lhe julgaria mal, pois me cuidou muito bem desde quando meu pai saiu de casa com a outra mulher.

 

- Que bom que está aqui querido, porque não ficou com seu namorado?

- Não quis hoje. Posso ficar com a senhora?

- Quanto tempo quiser, meu amor...

 

Sorrimos um para o outro e me sentei a mesa, sendo acompanhado pela mulher que eu mais amava na vida, após servir a sopa que cheirava tão bem na mesa.

 

Não falei para minha mãe o real motivo de ter voltado para casa se havia avisado passar a noite com ele. E ela pareceu aceitar minhas desculpas depois de retornar a perguntar sobre o motivo que me levará a voltar antes do previsto.

 

Minha mãe gostava dele, e por algum milagre deixou eu namorar com ele, mesmo sendo menino e bem novo. Uma criança. Ele conquistou minha mãe de uma forma magica que a mulher aceitou tudo que veio dele para mim sem pestanejar.

 

 

 

-x-

 

 

 

Acordei com muitos sacudidos e pedidos tímidos de desculpas do meu melhor amigo. Jeongguk estava lá, ao meu lado, todo brilhante com aquele sorriso infantil nos lábios.

 

- Jimin-hyung me desculpe por ter gritado com você ontem e ter dito que seu namorado era feio.

 

Os argumentos que ele usava para se tratar de meu namorado eram fofos, pois nenhum era de baixo calão e sim eram infantis. Jeongguk era infantil de todas as formas e eu amava isso nele.

 

- Claro que te desculpo, Gukkie.

 

Puxei seu braço esquerdo que era erguido por sua mão apoiada em minha cama, para um abraço. Que foi retribuído logo. E ficamos ali por minutos, apenas nos abraçando. Sentindo o coração bater forte. Mas o dele era mais forte e batia também mais rápido.

 

Depois de nos soltarmos, fui me cuidar. Tratei de tomar banho. Jeongguk me esperou no quarto enquanto escolhia as roupas que eu ia usar depois do banho, afinal, ia ter churrasco na casa dele e minha mãe havia sido convidada.

 

Igualmente quando nos conhecemos. Era tradição, todo ano no dia que completava o ciclo em que eu havia me mudado. Os pais de Jeongguk e minha mãe – antes meu pai se juntava nas preparações – faziam um churrasco ao ar livre no quintal da casa deles.

 

Era muito divertido. Eu adorava passar meu tempo ao lado de Jeongguk. E ele dizia adorar também passar ao meu lado.

 

 

 

-x-

 

 

 

Não era a hora do lanche ainda mais por algum milagre divino a professora chata de coreano simplificado tinha liberado mais cedo. E mesmo ele me convidando para lanchar eu recusei, o que lhe deixou muito irritado.

 

Dei de ombros e fui procurar por meu melhor amigo. Quando viro em direção ao corretor quase abandonado das salas de aula perto dos banheiros, o que vejo me assusta. E apenas minhas pernas se moveram sozinhas em direção a Jeongguk que estava cercado por – novamente – os brutamontes do nono ano.

 

- Ei!

 

Minha voz pareceu um eco enorme em meus ouvidos e me vi rapidamente pegar um pela gola da camisa que usava e acertar sua face com força antes de tudo ficar branco e em um piscar de olhos eu ver ao lado na sala dos diretores, Jeongguk com o rosto machucado em um pequeno corte na bochecha.

 

- Você me entendeu senhor Park? Ou preciso repetir?

- Po-poderia repetir por favor?

 

Perguntei com a voz tremula e tentando não demonstrar minha confusão por novamente ter acontecido aquilo comigo. E eu nem ao menos saber o que era aquilo.

 

- Se eu ver ou até mesmo souber de mais uma de suas estripulias irá ser suspenso e só poderá entrar na escola na presença de sua mãe. Entendeu agora?

 

Acenei e Jeongguk se encolheu ainda mais na cadeira ao meu lado. Ele parecia tão assustado quanto eu. Assim que saímos daquele quarto de hospício tratei de fazer um horror de perguntas.

 

- O que aconteceu? Meu Deus Gukkie sua bochecha ‘tá sangrando! Cadê aqueles covardes? Você ‘tá bem? Não tem mais algum machucado?

 

Mas antes de eu formular outra pergunta fui surpreendido quando seus braços me pegaram e apertaram de uma maneira medrosa e carinhosa.

 

E eu me senti tão bem, tão seguro e tão amado. Que senti que aquele ato era um “obrigado” mudo que ele me dizia.

 

- Eles estão na enfermaria Jimin-hyung... Não se lembra mesmo do que houve?

- Não...

- Você deu uma surra neles! Foi como nos filmes que assistimos de luta! Nem parecia você! Parecia mais o Bruce Lee na minha frente!

 

Disse e eu ri. Ri alto e com gosto. Jeongguk era uma pessoa infantil. Mas eu realmente não me lembrava do que havia acontecido.

 

Perdemos a merenda toda com essa história. E por essa razão fomos mandados para a biblioteca “estudar e repensar sobre nossos atos impróprios em uma instituição de ensino”. Palavras do diretor Yoon.

 

Nossas horas seguintes se resumiram a muitas risadas e ouvir a senhorita Bernadeth brigar para fazermos silencio dentro da biblioteca, mas não dava para parar ao ouvir a voz engraçada dela.

 

 

 

-x-

 

 

 

Depois de muito perturbar deixei Jeongguk para poder passar uma tarde com meu namorado. Claro que meu amigo ficou chateado, mas lhe prometi uma rodada de guloseimas no dia seguinte e ele acabou cedendo.

 

Fui para a casa dele depois do almoço. E ele me esperava em seu jardim. Brincava com seu gato. Katy. Que era uma gata afinal.

 

Ficamos por ali e brincamos de várias coisas. Eu amava me divertir com ele, ele me fazia bem. Mas no fundo sentia estar abandonando Jeongguk e isso perturbava meu íntimo.

 

Talvez fosse sua risada menos gostosa de se ouvir que a do Gukkie. Ou o rosto totalmente diferente a minha frente. As brincadeiras que com ele eram mais pesadas e adultas do que com meu amigo. O palavriar de ambos, muito distinto. Sem falar no tom de voz, Jeongguk tinha voz de anjo, enquanto ele tinha voz de... demônio.

 

- O que ‘tá pensando? Esse sorriso bobo não sai da tua boca Jimin.

 

Demorei um pouco para desviar o olhar do céu azul e virar meu rosto para o seu e esquecer que quem habitava meus pensamentos naquela hora era meu melhor amigo.

 

- Jeongguk... Pensava nele. Gosta de olhar para o céu assim como estava fazendo, ai ele me veio na mente.

- Já disse que é pra pensar em mim quando estiver comigo e não naquele moleque filho da mãe.

- E eu já disse que ele tem nome e que não é para trata-lo assim! Poxa.

 

Me levanto entrando em sua casa. Seu pai estava para o trabalho ainda e a casa estava vazia. Me dirijo a cozinha pegando um pouco de água para molhar a garganta e só escuto sua voz me chamar lá da frente.

 

Começo a andar mas tudo começa a esbranquiçar e ficar lento. Pisco algumas vezes demoradamente e quando posso abrir os olhos devagar, noto que estou no quarto dele.

 

Mais certamente em um dos cantos. Escondido e minhas bochechas estão quentes e sinto algo molhar meus braços descobertos. Era água.

 

Estava chovendo e aquilo era uma goteira? Não, eu estava chorando. Mas por qual motivo!? E só depois de um tempo percebi que estava não apenas com os braços despidos mas sim meu corpo todo.

 

Estava nu, chorando num dos cantos daquele quarto tão frequentado por mim mas que agora não me parecia mais o mesmo e estava com uma certa tensão no ar. Abafado.

 

Olhei um pouco para os lados e fui saindo engatinhando do lugar onde estava em casulo. Não havia outra alma encarnada naquele quarto. Somente eu e uma cama totalmente bagunçada.

 

Senti meus olhos se enxerem de água e minha voz saiu embargada.

 

- O que aconteceu aqui...?


Notas Finais


O que acharam? Aaaaaaaaaaaaain ~
Não vai ser igual ao filme, apenas tive inspiração enquanto assistia. E peguei os fatos que aconteceram com a minha unnie (não todos também, apenas alguns), e botei no meu caderninho a muuuuito tempo atrás, e agora deu vontade e eu 'tô perdendo sono kkkk
Mas é por uma boa causa :3 Bom... eu acho né

Tentei um novo modo de escrever, o que acharam? Eu gostei, mas ainda prefiro o jeito que escrevo CE llkkk

Obrigada mesmo por todos que me acompanham em CE. Amo vocês carneirinhos sz
E espero que amem também minha nova filha -q
Postarei intercalando com Capela Elétrica então aguardem <3

beijo e fiquem com Deus ~


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