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História Efeito Borboleta - Luzes


Escrita por: minggukji_

Notas do Autor


Estava pensando nisso a uns minutos antes: Capela Elétrica é a fanfic das tardes e Efeito Borboleta é a fanfic das madrugadas kkk, só posto altas horas :B
Mas fazer o que!

Oiiii, meu povo cheiroso. Carneirinhos da tia Kim <3
Preparem os corações só digo isso (': beijos, e boa leitura ~

vejo vocês lá em baixo com mais informações.

Capítulo 2 - Luzes


Fanfic / Fanfiction Efeito Borboleta - Luzes

 

Procuro minhas roupas, que por sinal estavam espalhadas por vários cantos naquele cômodo abafado. Me visto com certo receio de encontrar com ele...

 

Quando já estava descendo as escadas, ouço sua voz. Congelo. Não sei como agir ou o que falar, então apenas espero o que ele vai falar e tento parecer indiferente, mesmo por dentro não estando nada calmo.

 

- Já acordou meu amor, eu vim fazer uma boquinha. Deu fome depois do lanchinho que eu fiz com você lá em cima!

 

Ele foi se aproximando, e a cada passo que rangia no chão de madeira por seus pés descalços eu rezava.

 

Terminei de descer as escadas com um sorriso amarelo no rosto. Eu não fazia a mínima ideia do que ele teria feito comigo, mas sei que não foi uma coisa boa, já que eu estava todo dolorido.

 

- Sim, já acordei...

 

Disse mais baixo do que esperava. Ele se aproximou pegando em meu queixo puxando para maltratar meus lábios entre os dentes dele.

 

- Você parece nervoso gatinho, o que houve?

- Nada, eu só tenho que ir!

 

Falei rápido e tentando não demonstrar mais meu verdadeiros sentimentos. Ele acreditou e me deu um selinho estalado.

 

- Vai com cuidado.

 

Espera. Ele me desejando ir pra casa com cuidado? O que diabos está acontecendo aqui?

 

- Não quero que se machuque... Tem que estar inteiro pra eu acabar novamente com você...

 

Um arrepio. O que ele estava falando? Isso não me cheirava bem... Sorri falso e me afastei de seu corpo e segui rápido para a saída. Seu pai ainda não estava em casa, mesmo já sendo de noite.

 

Não sei o que deu em mim, mas assim que a porta daquela casa se fechou, meus olhos não se seguraram mais. E eu corri em direção a minha casa chorando.

 

 

 

 

-x-

 

 

 

Depois daquele ocorrido eu não falei mais com ele e muito menos com Jeongguk, que estava me procurando todos os dias.

 

Ele estava preocupado comigo. Mas eu senti vergonha. Vergonha por sentir que eu tinha me deixado usar.

 

Eu descobri o que ele tinha feito em mim, mesmo não sabendo como e nem me lembrando de nada. Ele me tocou. Tirou o que era para mim, mais precioso.

 

Minha pureza. Ou como os adultos falam, a tal famosa “virgindade”. Eu tenho apenas oito anos. Quase para completar nove, e sou uma criança. Apesar de ter uma cabeça madura para minha idade.

 

Isso, graças a minha vivencia. E ao meu melhor amigo. Preciso parar de me esconder de Jeongguk, e conversar com ele. Desabafar.

 

Ouço uns leves batidos na porta, e escuto a voz doce e melodiosa de minha mão por trás da mesma. Só a voz dela já me acalma. Amo tanto essa mulher.

 

- Querido?

- Pode entrar mãe.

- Filho... O Gukkie está aqui, quer que eu mande ele ir embora novamente ou vai vê-lo dessa vez?

 

É, minha mãe apesar de tudo me conhecia como ninguém, só perdia para meu melhor amigo. Acho que é por isso que estou com tanto medo de recebe-lo.

 

- Deixe-o entrar. Estou com saudades do Jeongguk.

 

Ela apenas sorriu docemente e me lançou um beijo no ar. Fechou a porta delicadamente e ouvi seus passos ficarem baixos e não demorou muito para ouvir estrondos.

 

Não, não vinham do céu e muito menos eram trovões. Era Jeongguk. Eu sabia.

 

Ele veio correndo com tudo e abriu a porta com força, fazendo ela bater fortemente contra a parede. Não pisquei e só senti o cheiro daquele shampoo de tutti frut que eu estava com saudades.

 

Seus braços me apertavam e eu apenas me deixava sentir Jeongguk ali comigo.

 

Definitivamente, ele me faz bem.

 

- Como pôde me ignorar? Eu fiquei tão preocupado. Hyung imprestável! Sua mãe estava preocupada também, fiquei sabendo que nem falava mais com ela. E ela até parou de te tratar mal Jimin! O que houve?

 

Disse por fim me soltando olhando com aqueles grandes orbes castanhos. Apenas sorri.

 

- Não houve nada demais!

 

Ele sabia que era mentira, mas eu ainda não ia lhe contar sobre o ocorrido, por justo não lembrar do acontecido.

 

- Ouve sim, te conheço hyung...

 

Suspirei, e Gukkie se arrumou na cama ficando ao meu lado. Com ambos pés para cima da cama. Me permitir virar ficando em sua frente.

 

- Eu não sei como lhe contar isso... Promete que não vai ficar chateado?

- Meu Deus... Jimin, o que você fez?

 

Segurei em suas mãos e seus olhinhos estavam tão arregalados. Jeon estava com medo.

 

- Não pense besteiras sobre mim, você me conhece!

- Conheço mas ultimamente você anda me evitando, não sei se já percebeu...

- Shh...

 

Soltei uma de suas mãos apenas para levar o indicador aos lábios finos do meu amigo em um sinal para calar suas palavra. E continuei.

 

- Eu não sei o que está acontecendo comigo. Ultimamente ando muito aéreo e as vezes do nada tudo fica em câmera lenta e branco... E por incrível que pareça, acontece as coisas eu estou presente mas não faço a mínima lembrança do que aconteceu.

- Por isso você estava me evitando?

- Não... Também...

- Tem mais Jimin? Eu pensei que contássemos tudo um para o outro!

 

Soltou minhas mãos e cruzou os braços no peito. Virou o rosto para o lado direito e pude ver suas bochechas infladas. Fofo.

 

- Ei... Gukkie...

 

Cutuquei sua cintura e ele se remexeu. Tinha cocegas e eu conhecia seus ponto fracos.

 

- Continuando... Isso aconteceu umas três vezes e da última eu acordei no quarto dele...

- Como assim acordou?

 

A expressão de Jeongguk se fechou em um misto de curiosidade e aflição e eu busquei suas mãos novamente apertando.

 

- Eu não me lembro o que aconteceu... Mas depois de chegar em casa eu percebi que não era mais puro... Acho que ele me...

- Não! Aquele comedor de grama!

- Gukkie eu não me lembro! Ele pode ter me batido, sei lá! Eu posso ter caído!

- Jimin... Ele te machucou... De uma forma ou outra que tenha sido...

 

Jeon já chorava. Soluçava e eu sentia meu coração apertar e os olhos arderem para novamente soltar aquelas águas salgadas por meu rosto.

 

Quando ia levando as mãos do meu amigo para beija-las, elas foram puxadas para longe bruscamente.

 

- Como você deixa ele fazer isso com você?

- Mas eu nem sei o que ele fez comigo!

- Sabe sim...

- Gukkie...

 

Tentei me aproximar mas o menino se afastou. Chorava muito que nem conseguia sessar os soluços. A porta estava aberta, e apesar de estarmos exaltando a voz minha mãe não havia aparecido para ver o que estava acontecendo.

 

- Eu estou bem!

- Está é? Então porque não sai desse quarto? Porque se escondeu de todos, inclusive de mim e de sua mãe? A titia está preocupada sabe!

- Gukkie... Me perdoe...

- Jiminnie... Eu gosto muito de você... Mas não consigo deixar que ele faça você sofrer...

 

Ele chorava tanto e suas palavras eram serias e cortantes. Por um lado ele estava certo. Ele me machucou. Mas eu amava ele, infelizmente.

 

- Mas eu o amo...

 

Jeon sorriu. Cinicamente. Como se aquilo fosse uma piada sem graça. Ele era mais novo. Só que sua cabeça era mais desenvolvida que a minha em diversas horas.

 

- Ama ele? Mesmo ele te machucando...? Tá.

 

Suspirou e se levantou. Já caminhando para sair do cômodo enxugou os olhos com a manga da camisa que usava.

 

E eu apenas observava. Não conseguia falar absolutamente nada. Chegava a ser perturbador.

 

Não ouvi mais a voz de Jeon e nem a sua fisionomia. Agora era apenas eu e eu naquele quarto. Chorei.

 

Abracei minhas pernas e me botei debaixo das cobertas quentinhas. Era uma noite fria. Assim como meu coração. Chorei até não conseguir mais.

 

Chorei por vários motivos. De não ter sido capaz de impedir Jeon de ir. De não conseguir me lembrar. De amar ele. De não ter mais meu aquecedor por perto.

 

Porque eu sentia. Jeongguk não ia voltar tão cedo para me proteger.

 

 

 

-x-

 

 

 

Uns dias tinham se passado e Jeon não tinha mais me procurado. Eu tinha voltado a conversar com ele. E ia quase todos os dias para sua casa.

 

Ele estava me tratando bem. Sem nenhum movimento ou palavras estranhas, como das últimas vezes.

 

Minha mãe estava tendo muitas crises. As vezes gritava muito comigo por alguma besteira que eu tinha deixado de fazer.

 

Mas ela sempre vinha pedir desculpas por ter gritado comigo. E passávamos um bom tempo jogando papo fora ou assistindo um filme juntos no sofá.

 

E foi numa dessas sessões de cinema em casa que fiquei sabendo.

 

- Gukkie disse para você que ele iria se mudar?

- An? Ele vai se mudar? Como assim?

- Naquela última vez que ele veio aqui. Era pra te avisar e ver como você estava. Pensei que ele tinha avisado.

- Não avisou...

 

A mulher ao meu lado voltou a prestar atenção no filme de terror que passava na tela não muito grande de nosso televisor.

 

Mas minha atenção não estavam no filme, apesar de meus olhos sim. Eu estava tendo um tipo de replay daquela noite com Jeongguk. Ele parecia mesmo que queria dizer algo para mim.

 

Minha culpa, e ele vai embora...

 

Esperei ansioso para o fim daquele filme e assim que este chegou, me agasalhei e avisei estar indo na casa de Jeon. Mas fui impedido.

 

- Não, não. Está muito tarde. Durma e amanhã cedo você vai lá!

- Mas mãe...

- Estou mandando!

- Sim senhora...

 

Me dirigi ao quarto. Me troquei e deitei. O sono não demorou a vir. Realmente estava bem tarde e meu corpo não aguentava mais ficar acordado.

 

Naquela noite sonhei com meu melhor amigo. No sonho eu perdia ele. E ele morria.

 

Acordei no meio da noite chorando e suado. Não gostava de ter pesadelos e este foi o primeiro que tive nesse contexto. E não gostei.

 

 

 

-x-

 

 

 

- Alguém ai? Gukkie!

 

Chamei batendo palmas incansavelmente mas ninguém me respondia. Nem ouvia os latidos do pequeno cachorrinho de Jeon. Estranho.

 

Resolvi pegar a chave escondida que eles tinham embaixo de uma pedra no jardim e abri a porta. Juro pelos céus que preferia ter ficado sem abrir.

 

Não havia nada dentro do imóvel.

 

Os moveis estavam intactos em seus lugares de sempre. Mas os objetos pessoais daquela família não estavam mais onde costumavam ficar.

 

Meu coração acelerou e corri para o quarto de Gukkie. E chorei.

 

Ele não estava lá. Jeongguk não estava em seu quarto e nenhum de sua família. Eles já tinham ido.

 

Me aproximei da cama que eu costumava pular com o dono, e me deitei deixando sentir aquele perfume doce ainda impregnado no travesseiro fofinho.

 

Minhas lágrimas inundaram meu rosto e o local onde minha cabeça repousava. Estava em pedaços.

 

- Eu perdi meu anjo da guarda...

 

Acabei adormecendo. Não tinha conseguido dormir naquela noite e ainda acordei muito cedo para falar com Jeongguk. Só para encontrar uma casa vazia.

 

Caminhei, após acordar, para a casa dele. Pelo menos eu ainda tinha ele do meu lado.

 

- O que foi garotinho rosa?

- Jeongguk foi embora...

 

Falei choroso e me joguei em seus braços. E quando pensei que ia ser afagado ele me empurrou. Fazendo meu corpo já frágil de tanto perder liquido cair no chão.

 

- Não acredito que ‘tá triste por isso! Me poupe Park Jimin! Aquele idiota já tinha de ter saído da tua vida faz tempo. Ele fez um favor!

- Não fala assim... Ele é meu melhor amigo...

- E eu, seu namorado! Agora para de chorar!

 

Tudo bem que ele nunca gostou de Jeon, mas trata-lo assim sem motivos...

 

- Porque odeia tanto o Gukkie?

- Você é cego?

 

E senti o ardor em meu rosto direito. Um tapa estalado.

 

- Já disse pra parar de falar desse imundice.

 

Outro tapa.

 

- E nunca mais fale esse nome na minha frente. Me dá nojo. “Gukkie”.

 

Fez uma voz fina e me puxou do chão, balançando meu corpo pelos braços.

 

- Você é meu! Meu. Não dele e nem mais de ninguém.

 

Senti seus lábios e sua língua tentando algum contato mas empurrei para longe. A boca que eu tanto amava beijar e ter em contato com a minha se tornou amarga.

 

Era um fel.

 

Corri para longe dele. Corri para minha casa. E tranquei a porta caso ele queira me perseguir. Corri para minha mãe.

 

- O que houve Jimin!?

 

Ela estava assustado. Também, eu estava chorando e todo batido e marcado. As marcas dos apertos em meus braços estava começando a adquirir uma coloração roxeada.

 

- Filho...

 

Ela começou a chorar e me abraçou. E eu chorei junto dela.

 

Depois que nos acalmamos, sentei com ela sobre a cama e contei tudo. Desde o início. Até de Jeonggu que não estava mais em sua casa.

 

- Filho... Se afaste dele.

- Irei mãe...

- Mas é sério!

 

Eu iria terminar tudo com ele. E não iria mais sofrer e nem me machucar. Iria ficar sozinho, mas não iria ter alguém me machucando. Fisicamente e psicologicamente.

 

 

 

-x-

 

 

 

Tomei coragem e bati palma. Minha mãe estava comigo. E eu havia ido em uma hora onde o pai dele estava em casa.

 

- Preciso falar com você.

- Entre.

 

Entramos e nos sentamos no sofá. Todos os quatro.

 

- Não posso mais namorar com você!

- Por que? Seu melhor amiguinho foi embora? A culpa não é minha!

- Não é por isso. Você me molestou.

 

Todos naquela sala estavam calados depois de minha acusação. O pai dele estava estático e surpreso. Minha mãe estava triste e segurava o choro só por causa da menção. E ele estava sério.

 

Mas logo soltou seu sorriso irônico.

 

- E ai? Você gostou!

- Chega!

 

Foi a vez de minha mãe levantar e se dirigir a palavra.

 

- Você não tem limites, pivete. Não quero perto do meu filho nunca mais! E olhe o senhor, se eu ver ele importunando meu filho, eu vou parar na delegacia e também na justiça com vários processos!

- Se acalme senhora... Nada disso vai precisar acontecer, eu juro.

- Pois que jure e cumpra! Vamos embora Jimin.

 

O pai dele estava realmente assustado. E antes de sair pela porta ouvi sua voz sair baixinha. O que impediu de minha mãe ouvir.

 

- Eu não te deixarei em paz tão fácil assim, Park Jimin...

 

Um frio. E eu sai logo daquela casa ruim.

 

Eu não estava mais com ele. Não tinha mis meu melhor amigo e minha mãe continuava tendo suas crises.

 

E assim eu fui vivendo.

 

 

 

-x-

 

 

 

Quatorze anos depois.

 

 

 

Faculdade. Vinte e dois anos. Queria artes porém minha mãe me forçou a fazer administração. Cabelos alaranjados. Morando atualmente em Seul com minha companheira vulgo mãe.

 

Olá meu nome é Park Jimin. E este sou seu. Estou já no terceiro semestre.

 

Tenho amigos. Mas nenhum como meu melhor amigo de infância. Jeon Jeongguk.

 

Todos esses anos e eu nem tinha mais ouvido falar dele. Minha mãe continuava amiga da família Jeon, entretanto, nenhuma mensagem vinha a minha pessoa.

 

No início eu perturbava para falar com Gukkie, e era a vez dele rejeitar e a minha de ser rejeitado. Aprendi a ficar calado.

 

Ele se mudou. Mas nunca me deixou em paz como havia dito. Durante todo ano que se passava eu recebia mensagens de números anônimos. Que no fim tinha o nome dele.

 

Mesmo se eu mudasse de número, ele arranjava uma forma de ter meu número novamente. Isso era assustador.

 

Minha mãe mandava grampear os números e olha que legal. Não tinha ninguém usando aquele número. O que era mais perturbador ainda.

 

A mulher com quem eu vivia, estava entrando em um quadro serio de depressão. Me agredia verbalmente, e passavam-se horas para ela vir se desculpar. Diferente de antigamente.

 

Mas eu amo ela. Apesar de as vezes querer apenas me livrar dessa dor.

 

Estava voltando da aula. Já estava começando a anoitecer. O dia tinha sido difícil. Um trabalho em dupla e por um grande azar, cai junto com meu rival.

 

A faculdade ficava perto de um grande bosque. Era muito bonito. Fui atravessar a rua para ir caminhar nas calçadas repletas de folhas.

 

Quando de repente um vulto. Vi ele. Mas não era ele e sim Jeongguk.

 

Luzes apareceram em minha vista e tudo ficou branco. Fazia tempo que isso não acontecia.

 

Acordei em um quarto que não era o de meu costume acordar. E sentia minha cabeça latejar, junto de uma dor inexplicável em meu braço esquerdo.

 

Observei bem e minha mãe cochilava em uma cadeira. Já estava de noite.

 

Não sei quem chamou, mas logo apareceu uma mulher vestida enfermeira na porta.

 

- Ah. Você acordou docinho.

 

Nossa. Faz tempo que não escuto me chamarem assim. Chega a ser nostálgico de uma forma ruim. Porque ele me chamava assim.

 

- Vou chamar o médico.

- Espere. Onde estou? O que aconteceu?

- No hospital bobinho, você sofreu um acidente. Tente olhar para os lados antes de correr no meio da rua.

 

Ela sorriu docemente e saiu. E não tardou a aparecer um homem pela mesma porta que a mulher entrará novamente atrás dele.

 

- Senhor Park?

 

Assenti mas minha cabeça doeu como se estivesse explodido. E ele fez um sinal para que eu não fizesse. Sorrio e caminhou até minha mãe, passando a mão delicadamente nas dela.

 

Se o objetivo era acorda-la ele fez corretamente. Assim que a mulher que eu mais amava abriu os olhos correu em direção a mim e ignorou a existência de todos a volta.

 

- Meu amor, não faça mais isso com sua mãe!

- Senhora se acalme.

 

Acho que minha mãe sabia que não poderia me apertar em seus braços ainda, porque ela estava apenas jogada de joelhos ao meu lado. Nem me triscar estava.

 

- Tudo bem doutor, me desculpe, me exaltei.

- Entendo. Ah, senhor Park, tem alguém que quer lhe ver também.

 

Olhei espantando em direção a minha mãe que parecia agora mais calma e corri os olhos aos de branco que estavam sorrindo.

 

Fez um sinal com a cabeça para a enfermeira e ela saiu do quarto.

 

- É pra sairmos?

- Acho melhor, dona Park.

- Mas mãe...

 

Murmurei. Não queria que ela fosse embora. E se essa pessoa fosse do mal querendo se fazer de amiga? E o pior, minha mãe não estava se importando com o que a pessoa poderia fazer comigo se ela não estivesse por perto.

 

- Está tudo bem. Você vai gostar da surpresa!

 

E saíram. Bufei revirando os olhos.

 

Já estava perdendo as esperanças de minha mãe voltar e dizer que a pessoa tinha desistido. Porque estava demorando.

 

A maçaneta girou e minha visão foi em direção a porta. Congelei. Meu coração foi a mil. Meus olhos se arregalaram e eu não proferia nenhuma palavra mesmo estando com a boca bem aberta.

 

- O que foi Jiminnie? Parece que viu um fantasma.

 

Como eu senti falta de ver aquele sorriso. Com as fileiras bonitas e perfeitas daqueles dentinhos brancos.

 

E sem falar naquele par bem ao centro, um pouco mais avantajados que os demais.

 

Ia falar algo, mas ele foi mais rápido quando se aproximou e me teve em seus braços. Era quente e apertado nosso contato.

 

- Pensei que nunca mais ia te ver Gukkie...

- Me perdoe...

 

Ambos sussurravam. Ainda abraçados sinto minha pele molhada. Será que... Sim. Jeongguk chorava.

 

- Não chore...

 

Murmurou algo que não entendi. E nos soltamos. Seu sorriso estava ali, mesmo com as lágrimas sujando a pele branca de sua face.

 

Conversamos. O médico voltou junto de minha mãe. Todos tiveram de sair. Eu ainda ficaria no hospital por um dia.

 

No fim, descobri que sorri um acidente de carro quando vi Jeongguk no parque e corri em sua direção. Tinha passado cinco dias em coma.

 

Conheci mais uma pessoa naquela tarde quando acordei. Jeongguk foi chamar alguém para me apresentar. Taehyung. Um rapaz muito bonito.

 

E no fim meu coração doeu. Eles eram namorados.

 

Mas bola pra frente. Que bom que Gukkie encontrou alguém. Só que não sei o motivo ao certo de ter o coração freado.

 

Devia apenas ficar feliz por meu amigo, né?

 

Descobri também, que Jeon estava fazendo faculdade de Artes. Em meu campus. Que ele sempre conversava com minha mãe e só não me procurou depois do tempo passar por medo de eu o rejeitar como todas as outras pessoas.

 

Gukkie ainda era um garotinho tímido.

 

 

 

-x-

 

 

 

O tempo se passou e eu sai do hospital. Voltei a conviver com a família Jeon e minha amizade com Gukkie só fez ficar mais forte.

 

Acabei conhecendo Taehyung direito e percebi muitas coisas. A principal era que ele amava mesmo meu amigo.

 

Fazia o curso que eu queria, e obviamente o curso que Jeon fazia. Se conheceram uns anos quando jeon entrou no colegial.

 

Os pais de Jeongguk são muito compreensíveis e quando o mesmo afirmou sua orientação sexual, foi uma “bomba” como me disse. Mas no fim, ele aceitaram a decisão do filho.

 

Minha mãe não sabe da minha. Na verdade nem eu. Nunca me interessei nisso.

 

Meu único interesse era em sobreviver, e fugir dele. Proteger minha família e ser uma pessoa com um futuro que dê para sustentar uma mãe que sofre de graves problemas psicológicos.

 

Todos os dias eu ia para a faculdade com os dois. Já estava virando rotineiro. Não fazíamos o mesmo curso, porém, a sorte fez feliz e deixou que pelo menos no mesmo turno ficássemos.

 

Já era hora da saída. E igualmente a hora de entrar, íamos juntos até o bosque bonito.

 

Era sexta-feira. Resolvemos ir tomar um milk-shake numa lanchonete estilo anos 50 que residia no outro lado da rua movimentada do bosque.

 

As folhas estalavam abaixo de nossos pés. E contávamos histórias aleatórias, quando de repente vi luzes novamente.

 

E um barulho estrondoso.

 

Um empurrão.

 

Meu nome sendo dito em um tom alto.

 

O baque no chão.

 

Sangue.

 

- J-JEONGGUK!


Notas Finais


OMG
o que será que aconteceu? Especulem, especulem :3
Eu mereço um tapa depois desse capitulo. Por vários motivos. Escolham um e me digam se eu mereço ou não um tapa -q isso vai ser legal

Carneirinhos estou amando escrever essa história. <3 amando mesmo ~

Espero que estejam amando assim como eu ;;; me preocupo muito com o que eu escrevo. Se vai agradar ou não.
Talvez, amanhã/hoje eu faça um 50 fatos sobre Kimichi :3 e tals, tô nessa vibe e é legal fazer isso ~
meche com o psicológico! "Como vou me listar? Nossa que difícil cara!" 'Tô errada? Não 'tô u.u

Awwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwn /moe moe
já viram a nova capa e as capas de capitulo que EB ganhou? *eu que fiz, mas ela que ganhou '3' shiu
Estou super apaixonada por essa capa gente, você não tem "nossão" ;;;;;

Bom, espero que amem minha outra bebê. Capela Elétrica, quem quiser acompanhar 'tá aqui o link (https://spiritfanfics.com/fanfics/historia/fanfiction-bangtan-boys-bts-capela-eletrica-5650517)
E que claro, continuem amando Efeito Borboleta. Afinal, são vocês que fazem minhas histórias!

HELP: quem nunca fingiu estar dormindo para os pais!? kkkk, eu já, e acabei de fazer isso kkk nossa, me senti com 5 anos de novo <3

PERA: eu queria informar que estou in-love com a música U&I do The Neigbourhood (certei o nome sem pesquisar antes eeeeeeeeeeeeh /fogos), escutem. Vale a pena, e se possível aqui oh (https://www.youtube.com/watch?v=NyBeMYTB23Y) morram junto de mim e comecem a escutar essa música pensando nesse video <3

beijo, fiquem com Deus e até o próximo <3


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