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História Efeito Cinderela - La Réunion


Escrita por: ifzkoo

Notas do Autor


Olá, minhas princesas! Como prometido!! <3

Capítulo 13 - La Réunion


Narrador - Paris, França - 16:45 pm

"O amor sempre achará o seu caminho." - A Bela Adormecida

Depois do shopping, Mylla queria ir visitar sua mãe, estava com saudade e fazia um bom tempo que não ia falar com ela. Passaram em uma floricultura para comprar uma flor. Jasmim azul. Sua mãe amava essa flor, e Mylla logo adotou como uma flor preferida também, pois lembrava de sua mãe. Clarisse dirigiu até o cemitério, e quando estacionou o carro começou a chover.

- Espere, coloque isto, sempre deixo no carro. -disse Clarisse pegando uma capa preta no banco de trás. Mylla o pegou e o vestiu, colocando a touca para se cobrir da chuva.

Mylla entrou no cemitério e viu que estava cheio, mas alguém tinha morrido. Mylla odiava cemitérios, tudo o que se relacionava com morte ela odiava, sentia uma energia muito negativa nesses lugares. Mylla caminhou até o sepulcro da sua mãe e se agachou, colocando a pequena flor em cima.

- Olá, mamãe... faz um tempo que não venho aqui, eu sinto muito. Clarisse e eu estamos começando a ficar amigas, isso não é bom? Eu nunca tive amigas, a senhora sabe, sempre fui uma menina solitária, mas isso não era ruim, não é? Eu tinha a senhora e o papai. E eu também conheci um garoto... Justin. Eu já te contei, não é? Sobre ele... sim, ele é maravilhoso. Um sorriso lindo. E olhos encantadores. Sabe, mamãe, eu quero muito vê-lo outra vez, a última vez foi no baile de máscaras, e foi tão incrível, tão maravilhoso. Eu poderia ficar horas e horas ali, só com ele... -mordeu os lábios recordando-se do baile- Espero muito vê-lo de novo... iria ser tão incrível, ele é tão carinhoso... nunca conheci ninguém assim. Sinto sua falta, mamãe... -Mylla colocou os dedos sobre a flor que tinha depositado no sepulcro.

- É você? -disse uma voz familiar, fazendo Mylla dar um pulo de susto. Olhou para trás e arregalou os olhos quando viu o dono da voz.

- Justin? -perguntou, Mylla paralisou, sentindo seu coração quase pular para fora do peito- O-O que faz aqui? -gaguejou.

- Eu que te pergunto, o que faz aqui? -perguntou ele curioso se aproximando da loira.

- Eu... eu vim visitar minha mãe. E você? -perguntou Mylla percebendo que Justin estava diferente. Seu nariz e olhos estavam vermelhos e Justin estava pálido, Mylla não conseguia ver vida dentro de seus olhos. Justin fungou o nariz e desviou o olhar de Mylla, olhando para seus pés, Mylla se aproximou dele com delicadeza- Você está bem?

- Eu... meu pai... -Justin tentou dizer para ela, mas não conseguia, Mylla arregalou os olhos e colocou a mão na boca como se não acreditasse.

- Oh, meu Deus. -logo Mylla o puxou para um abraço- Eu sinto muito, Justin. -ele a apertava em seus braços fazendo de tudo para não chorar ali na frente dela.

- Eu não queria que me visse desse jeito. -disse Justin baixo em seu ouvido enquanto apertava sua cintura.

- Eu não me importo... eu entendo muito bem a dor de perder alguém. -disse ela por fim. Justin não queria soltá-la, não de novo- Eu tenho que ir...

- Não, por favor, não! Não vá de novo. -implorou Justin, Mylla desfez o abraço e o olhou tendo uma ideia.

- Você conhece o o parque Belleville? -perguntou Mylla o olhando.

- Conheço, porque? -perguntou Justin confuso.

- Me encontre lá, hoje à noite. -disse Mylla fazendo Justin sorrir. 

- Você está falando sério? -Mylla sorriu.

- Sim, Justin, não falte. Eu prometo estar lá. -Justin sorriu- Agora eu preciso ir, te vejo hoje à noite.

- Que horas? -perguntou Justin.

- Dez horas. -respondeu Justin. Por que tão tarde? Justin sorriu assentindo.

Mylla se distanciou um pouco de Justin e o beijou no rosto, saindo correndo para o carro onde Clarisse esperava. Mylla deixou Justin com um sorriso no rosto, não via a hora de encontrá-la. Justin prometeu a si mesmo que hoje descobriria seu nome, e não a deixaria ir até que ela falasse.

[...]

A chuva já tinha cessado. E isso era bom. Mylla chegou em casa com um sorrido no rosto. Prendeu seu cabelo, despiu-se e tomou um banho quente pois estava frio. A chuva tinha acabado mas o frio não, opinou por uma meia-calça preta, uma saia curta florida e um moletom amarelo claro, quase bege, e botas de cano curto, em sua cabeça colocou uma touca preta.

Sentou-se na cama esperando dar o horário para encontrá-lo. Seu coração estava a mil, iria encontrar o dono das suas noites sem dormir, o dono que invadia seus pensamentos a cada hora do dia. Mylla estava nervosa, mais do que quando foi ao baile, o relógio parecia não funcionar pois estava demorando demais.

Enquanto isso, Mylla deitou-se em sua cama imaginando o que aconteceria hoje à noite, será que Justin daria o seu primeiro beijo? Mylla nunca tinha sido beijada por alguém, apesar dos seus 18 anos de idade, Mylla nunca fora tocada por alguém. Sua inocência era grande, e isso era incrivelmente raro. Quando pensou em tal alto, começou a surgir borboletas em seu estômago, fazendo o coração de Mylla pulsar mais forte ainda dentro de peito. Ela sorriu.

Enquanto isso, Justin, estava dentro de seu closet procurando alguma roupa para vestir. Estava frio, ele tinha que ir agasalhado. Opinou por uma calça jeans surrada, uma camisa cinza e um casaco com touca bem quente, colocou seus all star azul e uma touca cinza na cabeça. Pegou as chaves do carro em cima da mesinha, se olhou no espelho uma última vez e sorriu gostando do que via. Desceu as escadas rapidamente e entrou dentro de seu carro.

Mylla, do outro lado, abriu a porta do porão e subiu as escadas verificando se não tinha ninguém na sala e na cozinha. Foi na pontinha dos pés até a porta e abriu, saindo pela mesma. Caminhou em passos calmos até o parque que não era muito longe de sua casa, olhou para os lados e sentiu o frio invadir seu corpo. Olhou para céu e viu que daqui algumas horas iria começar a nevar e sorriu, pois fazia um tempo que não via neve.

Chegando ao parque, Mylla olhou para todos os lados tentando achar Justin. Não o viu. O parque estava vazio, à esse horário da noite realmente era vazio. Mylla deu uma volta sozinha pelo parque tentando de alguma forma encontrá-lo, tentativa falha, pois não o encontrou.

Mylla sentou em um banquinho e ficou por lá esperando Justin encontrá-la.

Esperou.

Esperou.

E esperou.

Justin não apareceu.

Mylla começou a entrar em desespero. Ele não viria? Será que ele esqueceu? Uma lágrima caiu de seu olho, suas esperanças de que ele aparecesse estavam se esgotando. Por que ele não viria? Será que aconteceu alguma coisa?

Justin estava no carro, cantando alegremente em direção ao parque onde iria encontrar a garota que tanto sonhara, a dona de seus sonhos. Apesar da morte de seu pai, Mylla era a única que podia curar a ferida de seu coração, ele estava feliz em poder vê-la de novo, e poder tocá-la, era tudo o que mais precisava. Justin ansiava em beijá-la. Mylla mexia tanto com a mente de Justin, que ele não poderia controlar todos os seus sentimentos. Se Mylla aproximasse de Justin, talvez ele não controlaria em beijá-la.

A única coisa que Justin queria era assustá-la. Mylla era diferente de todas as garotas que Justin conhecera, era delicada demais, tímida demais, uma garota daquele deveria ser cuidada delicadamente, pois uma flor como aquela era rara de nascer. Justin estava a caminho do parque, mas o trânsito que fazia às dez horas da noite era impressionando. Como assim? Porque trânsito à essa hora? Justin começou a buzinar para os carros andarem pois estava atrasado para seu encontro com a menina das flores.

Será que ela desistiu? -pensou. Quando o semáforo deu verde, pisou o pé no acelerador e correu entre as ruas de Paris. Não poderia perder a oportunidade de ver a menina das flores que tanto pensa.

Justin estacionou o carro em frente ao parque, caminhou o parque inteiro a procura dela, não a achava. Caminhou. Caminhou e caminhou. Onde estaria ela? Será que ela foi embora? Será que ela pensou que eu não viria e desistiu? Caminhou mais um pouco, triste mas caminhou.

Estava quase desistindo quando viu uma menina sentada num banquinho de cabeça baixa. Ela mexia seus pés com suas mãos presas no banco onde sentava, Justin sorriu logo que reconheceu seus cabelos dourados. Era ela. Justin caminhou até ela em passos lentos, ela ainda não tinha notado sua presença mas assim que Mylla ouviu passos vindo em sua direção levantou sua cabeça e sorriu. Era ele.

 


Notas Finais




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