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História Efeito Colateral - Meredith Butwiskle não é amor!


Escrita por: Ringlets

Notas do Autor


Olá lindinhos. Eu demorei, mas sabe como é né. Bem, provavelmente esse é o último cap do ano. Vocês só me veram em Janeiro agora. Mas ok. Bem, um ótimo natal a todos vocês, e um feliz ano novo adiantado. Espero que gostem, bjs 💎💖

Capítulo 2 - Meredith Butwiskle não é amor!


NATAL DO ANO DE 2016, PRESENTE. EXATOS UM ANO DEPOIS.

A data não colaborava muito para que Bieber estivesse, de fato, animado. Passar o seu natal com os amigos em uma boate qualquer era tudo que ele poderia querer. Embora, de certa forma, a data comemorativa fizesse-o sentir vontade de abrir um buraco no chão e se enterrar até que tudo esteja, enfim, acabado. Mas, infelizmente, ele sabe que não tem muitas opções, e optou para a mais viável: fingir que tudo esta perfeito, quando, na verdade, nada está.

O barulho do motor de um Bentley preto ressoara no ambiente, chamando a atenção de quem estava na entrada da Dragon. O jovem loiro suspirou, procurando no fundo de si mesmo o motivo pelo qual estava fazendo isso. Procurou por coragem. Mas, sinceramente, em seus olhos era perceptível a desesperança e o pavor tomando seu corpo e o fazendo travar o maxilar. Sentia medo de que tudo se repetisse. Ele passava a visão de que não aguentaria outra dessas pancadas da vida, que acertam em cheio o ponto de dor mais profundo das pessoas.

Por um segundo sua antiga vida passara diante de seus olhos, e isso não era nada interessante. A dor forte no peito voltara como se fosse uma nova perda recente, dessa vez doía mais fundo, pois o choque do momento e a breve epifania lhe faziam ver que realmente havia perdido sua garota.

Desde o acontecimento do natal passado, Justin se privava de falar sobre Skyller, sobre o término, ou simplesmente pensar em Sky. Mas era mais difícil do que dizer, já que, em sua cabeça ela era podre, fraca e a destruidora de seu pobre coração, mas, neste órgão ferido, Sky ainda era o seu maior motivo de alegria. Parecia tolo, mas o coração ainda a amava demais para deixa-lo esquecer. Tanto que procurou conforto em outros braços, mas nenhum parecia lhe aquecer tão bem, capaz de o fazer esquece-la. O pior era que ele sentia falta de não sentir só dor e solidão. Ele queria poder receber e dar carinho novamente, mas não se permitia. Não conseguia se libertar completamente de Skyller Heather.

A festividade era típica e tradicional. Justin não aceitava que “furassem” a data especial. Era importante, e embora seu coração estivesse machucado, ele não deixaria de fingir alegria.

Então ele estacionou em frente a boate e desceu do Bentley, ajeitou o boné na cabeça e travou o carro, pondo-se a caminhar em direção à entrada. Cada passo parecia ser milimetricamente calculado, sua atenção completamente voltada à sua trajetória e, antes de passar pela porta, o louro suspirou e estampou em seu rosto o sorriso mais falso que podia.

Já do lado de dentro, ele se obrigou a cumprimentar alguns conhecidos no corredor de entrada, forçou alguns elogios à algumas vadias que estavam espalhadas por ali e continuou seu caminho até aonde Ryan estava; na pista de dança.

Geralmente era assim; Justin fingia estar muito bem e todos acreditavam como tolos, ou simplesmente não ligavam. Mas de fato, o louro não se importava com esses falsos amigos. Ele estava sempre ocupado demais se perguntando o que diabos havia feito de errado. Ele nunca encontrava uma resposta.

- Yo, Dude! – berrou Ryan ao ver a cabeleira dourada pontar-se no meio da multidão. Estabanado como é, empurrou algumas pessoas até que pudesse estar próximo de Justin o suficiente para lhe dar um tapa na nuca. – Esse ano tá violento, né? – Butler abraçou o amigo maltrapilho e levantou seu copo de vodca no ar, mostrando o local ao redor, que por sinal estava lotado.

- Com certeza, mas o épico do ano passado não acontece esse ano! – respondeu Justin, soltando uma gargalhada grave.

- Qual foi? Toma um pouco de Sangria e relaxa fingindo que está na Rússia. Eu sei que você queria estar lá! – Ryan o puxou pelos ombros em direção ao bar, por dentre a multidão. Ele não parava de tagarelar e dizer o quanto a Rússia seria magnifica se Justin e ele fizessem uma estádia por lá, e no quanto os hóspedes do hotel à frente iriam adorar a visão da sua bunda na janela. O que acabou fazendo Bieber rir verdadeiramente.

- Eu não iria querer te ver pelado de jeito nenhum, minhas noites já estão mal-dormidas demais. – Ryan ruborizou ao ouvir o riso pungente de duas garotas que estavam recostadas no balcão. Uma delas Justin pôde reconhecer.

- Angelina – o louro de olhos castanhos abriu os braços no ar, num breve cumprimento. Angel sorriu, virando-se de frente para olha-lo. – Vadia que é vadia não sai mesmo do puteiro. – zombou ele. Ryan se jogou sobre o corpo da morena, deitando a cabeça nos seios da mesma.

- Ah, Butler! – reclamou, o empurrando para longe de si. – A dor da solidão já passou? – Angelina e Justin nunca perdem a oportunidade de alfinetar um ao outro. Bieber apenas entortou o nariz, desviando o assunto.

- Amiga nova? – ele apontou para a loira que estava ao lado da garota e apenas observava.

- Essa é Meredith, minha prima extremamente caipira e ridiculamente chata. – vociferou a morena, sem ao menos se importar se ofenderia a loira. Mas, a mesma, num gesto totalmente contrário ao de Angel, se mostrou superior e apenas riu, levando aquilo tudo na brincadeira.

- Meredith Butwiskle – ela esticou a mão em direção à Justin, que, encantado com a ternura dos olhos cor de avelã, nem mesmo percebeu o cumprimento. Meredith recuou a mão e pigarreou, tendo a atenção do rapaz voltada à si.

- Eu-eu sou Justin – respondeu rapidamente, tomado por uma voz vacilante.

- O famoso Bieber – enfatizou o sobrenome. Seu sorriso ao pronuncia-lo parecia ter acertado Justin em cheio, pois Ryan franziu o cenho ao ter a certeza de ter visto Bieber tropeçar nos próprios pés.

- Famoso não, só Justin Bieber mesmo, que isso – disse o louro, tentando parecer modesto, o que não combinava nem um pouco com seu ar altruísta e confiante.

- Ouvi falar muito mau de você, garoto. – Meredith levou o copo de Sangria aos lábios, deixando os mesmos mais avermelhados que o normal.

- Que tipo de coisas “más” ouviu sobre mim, Medh? – ele empurrou Ryan para longe e se enfiou no vão dos bancos, entre Angel e Meredith.

- Você sabe a fama que tem. – ela deu de ombros, gesticulando com as unhas decoradas e enormes em direção ao peitoral do rapaz.

- Tudo bem. Você sabe sobre mim, mas eu não sei sobre você! – Justin se estreitou sobre o balcão e tomou em mãos seu próprio copo de sangria.

- Sabe que eu gosto de um bom drink Russo, é o suficiente por hoje. – a loira saltou da banqueta e curvou-se sobre o balcão, dando uma nota de cinquenta dólares ao barman.

-Espera, aonde está indo? – indagou ele, ao se levantar em seguida. – Me dá o seu número? – pediu, mas foi ignorado. – Aonde você mora? – Meredith caminhou para longe em silencio. – Quando vamos nos ver de novo? – ele gritou, dando dois passos à frente, mas ela parecia já estar longe demais.

Desapontado por ter perdido de vista à garota que mexera com seu consciente, ele ao menos percebeu que um papel havia sido deixado ao seu lado, no balcão. Mas, quando o notou, tomou o mesmo em mãos numa velocidade surreal e o abriu, quase rasgando. No mesmo dizia:

“Querido garoto mal-falado, caso queira conhecer mais sobre a garota dos drinks Russos, esteja nessa mesma boate no dia 31/12, neste mesmo horário. Não se atrase! – Medh”

Ele não havia notado que ela escrevera isso, mas, imaginou que tão ágil fora, enquanto estava debruçada sobre o balcão. Sua curiosidade pela loira era gigante, ela era um mistério para si, apesar de tudo, e a ansiedade para que os próximos dias apenas sumissem logo do calendário fervilhavam seu corpo inteiro.

Ryan tagarelava, mas, para Justin, era como se fosse só ele e a pista vazia após a loira serpentar para fora da boate; um vazio que ela precisava preencher.

- Uou – gritou Justin num uivo pungente assim que saiu do transe de minutos. Ele virou o restante do seu drink na boca e limpou a mesma com as costas da mão, se virou para Ryan e o chacoalhou pelos ombros. – Porra mano, você sentiu esse frenesi? – Butler franziu o cenho e balançou a cabeça em negação.

- Não senti nada, a não ser calor. Essa porra tá muito quente! – o garoto dos olhos azuis tirou a camiseta e a jogo em cima de Angel, que nada falava.

- Não. Mano, essa mina faz bruxaria? O que ela colocou na Sangria? – Bieber olhou o copo e passou o dedo na borda do mesmo, o cheirando em seguida. – Eu preciso saber mais! – gritou frustrado, largando o copo de lado sobre o balcão.

- A caipira, Bieber? – Angel questionou com sua voz debochada e o olhar superior. – Desceu da patricinha pra roceira? Triste. Todo amor. – ela desceu da banqueta e empurrou Butler tão forte, que, por conta de estar quase bêbado e desprevenido, o mesmo caiu direto no chão. A morena esbarrou propositalmente em Justin e também o empurrou, empinou o nariz e, rebolando, caminhou para longe.

- O que deu nela? – Justin perguntou, fitando a garota com uma visível confusão no olhar.

- Efeito Bieber – respondeu Ryan, ainda jogado no chão.

Justin o olhou ainda mais interrogativo, mas Butler apenas suspirou e se levantou. Ajeitou a bermuda e virou a garrafa de vodca na boca.

- Qual vai pegar nessa noite especial? – retorquiu o de olhos azuis, anuindo com a garrafa em direção à um grupo de garotas, depois à outro, e então voltando a atenção para Justin.

- A loira tá valendo?

- Qual?

- Meredith...

- Qual o seu problema? – Ryan explodiu, encurralando Justin na parede. – Acorda rapaz, o caso Skyller Heather não foi o suficiente pra você aprender que o amor tem uma única função: destruir os pobres carentes?! VAI FODER! Sai dessa fossa e vai viver! – dois tapas foram diferidos no rosto de Justin, um de cada lado. O louro levou a mão à bochecha e sorriu feito bobo ao dizer:

- Meredith Butwiskle não é uma destruidora de corações. Ela é uma amante de drinks Russos. Medh é uma desconhecedora nata do amor. E cara, isso é uma sina. Ela tem o controle da vida em mãos, e me controlou. Ela tem mar no olhar e sua boca é a sereia. Mas o que eu quero dizer, é que aquela loira não é amor; ela é um efeito colateral da Sangria!


Notas Finais


Me desculpem por não ter respondido vocês, a minha internet é ruim e tenho que aproveitar quando funciona pra postar ou ler. Bem, mil beijos, até janeiro, e me digam o que estão achando 💜


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