Eu fui para casa e quando cheguei estava todo mundo dormindo, amanhã é dia vinte e quatro, talvez eu não ache o Richardson tão cedo, existem varias pessoas com o mesmo nome, eu não consegui dormir, ficava revirando na cama, fechar os olhos só me fazia lembrar dele tocando em mim...é quase como se sentisse de novo.
-Bom dia- Falou minha Karoline abrindo a porta.
-Oi...- Falei.
-O que aconteceu?- Perguntou Karoline.
-Nada que eu queira compartilhar- Falei.
-Tudo bem...mas qualquer coisa estou aqui- Falou Karoline saindo.
Desci para tomar café da manhã.
-Filha, vamos passar o natal com a minha amiga Klaus, acho que não conhece ela...- Falou minha mãe.
-Não conheço- Falei.
-Olha aqui o cartão de natal deles do ano passado- Falou ela me mostrando.
Meus olhos caíram diretamente sobre aquela face que me aterrorizou na ultima noite, nunca pensei que ia ser fácil assim, peguei das mãos da minha mãe e fingi que tinha gostado e queria simpatizar com eles, eu subi para o meu quarto e anotei o endereço, depois fui direto para lá, fiquei espiando do lado de fora, seu pais saíram e eu entrei de fininho, coloquei minha luvas, procurei em casa quarto até achar o cidadão, não parecia ter mais ninguém na casa, ele estava no jardim lendo um livro, voltei para a cozinha e peguei uma faca, mas ficou difícil de encontrar.
-Esse povo não tem faca não?- Falei baixo.
-Na ultima gaveta- Falou alguém então finalmente achei e me virei.
-Quem é você?- Pergunto ao garoto.
-Uma pessoa anonima, veio aqui para matar ele, então te ajudo- Falou ele.
Eu não queria dar para trás então acabei aceitando, eu me escondi no quarto que o garoto falou e quando alguém entrou avancei e a faca fez seu trabalho, ele cambaleu para trás e caiu no corredor.
-Vo-cê...- Falou ele.
-Antes que você morra...- Eu também tinha pegado uma vasora.
Eu abaixei suas calças e enfiei o cabo da vassoura no seu anus, ele gritou, e quando mais ele gritava eu apertava mais, chegou uma hora que ele não suportou mais e morreu.
-Você tortura bem- O garoto apareceu.
-Pratica- Falei.
-Precisamos esconder isso- Falou ele-Me ajuda.
-Quer deixar ele onde?- Perguntei.
-Já ouviu falar daquele parque abandonado? Todo mundo que morre lá é enterrado como indigente- Falou ele..
-Já- Falei.
O sangue que saia dele não era tanto, mais ainda sim tinha um pouco no chão, colocamos ele dentro de um saco plastico preto e eu esperei dentro do carro, já que ele estava limpando o chão, foi fácil, depois que chegamos jogamos ele perto do Carrossel, o garoto foi bora dirigindo e eu disse que preferiria ir sozinha, eu ainda fiquei olhando ele por um tempo.
-Você estuprou a pessoa errada- Falei.
...Depois...
Claro que depois do repentino desaparecimento do filho desmarcam o natal que passaríamos juntos.
-Como sua cara mudou tanto?- Perguntei.
-Depois que meu irmão morreu eu consegui viver- Falou Harrison- E alguma atividade aceleraram meu processo de "Amadurecimento".
-Só pra ter certeza, você não é mesmo algum tipo de sádico?- Perguntei.
-Você acha que só se mete com esse tipo não é?- Falou ele- Acredita em mim.
-Eu não sei...- Falei.
-Me dá uma chance ok?- Falou ele- Sou um pouco diferente sim,mas pelas coisas que passei.
-Desse jeito como posso te diferenciar do Harry?- Perguntei- Ele fez a mesma coisa que você.
-Harry de novo...- Ele suspirou- Pode pensar só em mim?
-Eu to brincando- Peguei na sua mão-É claro que eu te dou uma chance.
-Sabia escolha- Falou ele- Mas o que meu irmão fez com você?
-Ele estuprou a garota errada- Falei encostando minha cabeça no seu ombros.
-Sempre soube que ele era fraco com mulheres, mas nem tanto...- Falou ele que começou a fazer carinho no meu cabelo.
-Ele foi um covarde, isso sim- Falei-Incapaz de chegar uma mulher e conquistar com palavras, naquela época eu era tão fácil que só algumas palavras e ele não precisaria disso.
-Hum...
-E você, me dá uma chance?- Falei.
-Da onde veio isso?- Falou ele surpreso.
-Eu praticamente já te contei quase todas as coisas horrorosas que já fiz- Falei- Eu nem sei se tenho moral para escolher alguém ainda...
-Se ficar com a auto estima baixa desse jeito não quero- Falou ele.
-Não...- Falei triste.
-Eu to brincando- Ele riu, e me deu um selinho- Posso pedir uma coisa?
-Pode - Falei.
-Odeio pedir isso, odeio mesmo- Falou ele- Mas mesmo que só tenha te visto uma vez do lado dele já quis estrangula-lo.
-Harry?- Perguntei- Quer que eu fique longe dele?
-Não...- Falou ele- Eu confio em você, só quero que não me deixe ver vocês conversando.
-Você está escondendo alguma coisa de mim...- Falei, ele com certeza tem motivo de não ter gostado do Harry.
Ele ignorou o que eu falei e do nada me pegou no colo, eu tentei me soltar mais ele me levou até o andar de baixo onde estavam meus pais.
-Adivinha quem aceito namorar comigo?- Falou ele.
-Finalmente filha!- Falou minha mãe.
-Sabia que ia acontecer- Falou meu pai sorriso.
-Aaaaaa me solta seu maluco- Falei rindo.
-Já falo com sua mãe?- Perguntou a minha.
-Não...- Falou ele- Eu devia ter pedido pra ela primeiro né?
-Eu converso com ela...preparo o terreno pra você- Falou minha mãe
-Obrigado- Falou ele.
Agora entendo por que a mãe tem tanto ciúmes dele, é o único filho que restou a ela...
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