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História Effet Papillon - Dreams


Escrita por: Hiritos

Notas do Autor


Voltei! Eu não morri!!!!
Desculpe por demorar muito para postar um novo capítulo. Estava com um enorme bloqueio de criatividade para fanfic de ML. Mas vai voltar ao normal porque já tenho os dois próximos capítulos em mente!
A tradução desse título é: "Sonhos" para quem não conseguiu entender.

Antes queria avisar que a personalidade das pessoas vai mudar um pouco. A relação que eles tem um com o outro evoluiu. Lembrem-se que nessa fic se passou dois anos (levanto em conta que na série eles estão no 1° ano do ensino médio e na fanfic eles estão no 3°e último ano do ensino médio) então os personagens cresceram e amadureceram.

Capítulo 3 - Dreams



Ainda era cedo quando Mestre Fu chegou na casa de seu velho amigo. 
Deu algumas leves batidas na porta de madeira que se abriu quase instantaneamente. Ele entrou na casa e foi logo recebido por um homem alto usando um terno risca preto. Seus cabelos eram negros como a noite e seus olhos azuis como o céu. 
- O que te trás aqui? - perguntou ele, retirando seus óculos do rosto e os colocando na bancada. Bagunçou seus cabelos negros e fitou Mestre Fu.
- Eu preciso de um favor. - falou o velho erguendo a bolsa no qual se encontrava os Miraculous. 
- Pensei que tivesse desistido dessa carreira. - zombou ele. - Ou pelo menos não quisesse dar as caras depois que Hawk Moth invadiu um lugar de Paris.
- Eu não vim aqui discutir novamente, Thales. - Mestre Fu deu um suspiro cansado ao se lembrar da última vez que discutira com ele. - Só vim pedir para você cuidar deles.
- Por que eu, velho?
- Você já tem experiência com eles.  - interveio Wayzz, saindo de dentro da bolsa. -  E o mestre já está velho, já é difícil para ele cuidar de todos nós e procurar novos donos quando preciso.
Thales ficou pensando por algum tempo. Entrava em um canto da casa e saia de novo, como se estivesse conversando com algo. No fim, ele encarou o Kwami e o mestre.
- É, acho que posso fazer isso por vocês. 
- Sabia que você ia fazer a escolha certa. - disse Mestre Fu com um sorriso calmo no rosto.
Com cuidado, retirou caixa por caixa da bolsa e as colocou na mesa de centro de Thales. franziu a testa ao ver apenas três caixas no local. Procurou mais afundo na bolsa. Nada.
- Nooroo. - falou Mestre Fu com o rosto preocupado.
- O que tem ele, velho? - perguntou Thales.
- O Miraculous de Nooroo, sumiu.
Ƹ̴Ӂ̴Ʒ Ƹ̴Ӂ̴Ʒ Ƹ̴Ӂ̴Ʒ
A lua cheia refletia nas águas de Paris e se exibia por toda a cidade, deslumbrando as pessoas que a observavam.
Em volta da famosa Torre Eiffel vários casais se encontravam mas, um em especial, destacava-se dos outros.
Os heróis de Paris.
Ladybug e Chat Noir.
- My Lady, - falou o gato preto ao notar sua amada chegando próximo a ele. - há quanto tempo!
A heroína de Paris revirou os olhos mas não pode deixar de abrir um sorriso nos cantos dos lábios.  Era bom poder estar de volta. Sim, eles apareceram várias vezes para deter bandido, mas nada fora tão grande quanto eles esperavam. Ambos temiam que teriam de devolver seus Miraculous. Mas, a energia dos dois heróis foi renovada ao saberem que o Miraculous de Hawk Moth havia sido roubado mais uma vez. Eles ficavam feliz de poder se encontrar muitas outras vezes ao longo dessa aventura.
Lógico que estavam preocupados com o que ladrão faria com o Miraculous. Sabiam que não podia mais ser Jean já que o mesmo se encontrava em um prisão muito segura que a França já tinha visto.
Ladybug suspirou ao ver todas as luzes acesas na capital. Era tão bom todos estarem seguros.
- Sim, Chat, há quanto tempo. - disse por fim com um sorriso sonhador nos lábios.
Ao longo dos anos que se passaram desde que os dois receberam seus Miraculous, Ladybug percebeu como o seu parceiro a via. Não igual antigamente, já que antes ela sabia que Chat Noir estava apaixonado pela joaninha. Mas, recentemente, ela vira que era amor.
Para a infelicidade do herói, Ladybug não podia retribuir o que ela sentia por seu companheiro. Sim, ela o amava. Mas eram dois tipos diferentes de amor.
Enquanto Ladybug o via como um amigo que sempre estava lá para o que ela precisasse - que fosse para salvar Paris, o mundo ou apenas reconforta-la - Chat Noir via Ladybug como a garota que podia faze qualquer coisa. Ela o ajudara quando Adrien pensou que seu pai era Hawk Moth, ela ouviu o que Chat Noir sentia por seu pai não ser tão presente em sua vida e o mais importante de tudo para ele: Ela era ela. 
Ladybug era uma garota forte que sempre queria o bem dos outros. Era esperta, bonita, leal, agressiva, sabia ouvir, sabia dar conselhos, sabia confortar os outros, entendia como Chat se sentia, o alegrava quando demonstrava tristeza. E era isso que ele amava. O seu jeito doce. Ladybug sempre aguentava suas cantadas e piadas - coisa que ele admirava muito nela.
Chat arregalou os olhos e ao olhar para algumas ruas abaixo, suas orelhas negras foram para trás e sua cauda levantou. Segurou sua amada pelo pulso com força, demonstrando a tensão que ele sentia.
- Lady, - o herói apontou o dedo para baixo, mostrando onde ele queria que a joaninha visse. - acho que temos mais um trabalinho para nós.
- Mas o que...? - Ladybug franziu as sobrancelhas e depois suas expressão se tornou de terror. Três grandes homens com algumas armas nas mãos assaltavam um jovem grupo.
Ambos os heróis desceram de seu refúgio e foram confrontar os bandido.
Minutos de muita luta se passaram voando. Ladybug e Chat Noir conseguiram pegar a arma de todos e devolver o que foi roubado para seus respectivos donos. 
A joaninha e o gato preto sentaram-se na borda de um largo prédio abandonado.
- Você foi ótima, my lady! - elogiou Chat Noir. - Quer dizer, quem mais consegue usar aquele io-iô para pegar armas de fogo? 
- Obrigada, Chat. - respondeu Ladybug corada. - Mas você também foi ótimo. A ideia de desarma-los com o bastão poupou um tempo valioso para nós.
- Não foi nada. - o herói coçou a cabeça. - Sabe, só estava fazendo o meu trabalho.
- O nosso trabalho. - corrigiu Ladybug.
- Sim, Lady, nosso trabalho.
A joaninha encostou sua cabeça no ombro de Chat Noir e ficou admirando a lua cheia que brilhava no alto do céu.
Os olhos da heroína começaram a pesar mas, antes que todo seu corpo relaxasse, Chat a chamou atenção.
- Você não está preocupada com todos esse acidentes que vem acontecendo? - perguntou ele, observando a grande lua.
- Se refere com toda essa violência? - Chat Noir assentiu. - Eu não sei o que pensar - revelou  Ladybug, abaixando a cabeça. - Sei que Paris nunca foi uma cidade violenta. Mas, nesses dias, o número de roubos a mão armada tem aumentado. Não sei se é por causa de Hawk Moth e do impacto que ele causou. Não sei se são pessoas revoltadas com nós, heróis, ou que simplesmente querem chamar atenção. Mas sei que os cidadãos estão assustados. Eles precisam que protejamos eles. 
- E você? - perguntou o gato. Ao ver a cara confusa de Ladybug, apressou-se em explicar. - Tem medo do que pode acontecer futuramente?
Ladybug encarou os olhos esmeraldas de Chat, antes de responder.
- Tenho.  Tenho medo de falhar com essa cidade. Que eu não consiga proteger todos. Que eu seja fraca demais.
Chat riu debochado.
- Você? Fraca? - ele soltou outro riso. - Desculpe, desculpe. Mas como a incrível Ladybug, heroína de Paris, é fraca? Veja todas as coisas que você já fez! Lembra da Fragance? Eu fui transformado em um segundo. Mas você continuou de pé, lutando e vencendo!
Ladybug abaixou a cabeça e exibiu um pequeno sorriso envergonhado. Apoiou-se na cabeça do parceiro e adormeceu sem sequer perceber.
Ƹ̴Ӂ̴Ʒ Ƹ̴Ӂ̴Ʒ Ƹ̴Ӂ̴Ʒ
Após Ladybug acordar, ela saiu apressada - voltando para casa, Chat presumia.
Ele se destransformou próximo a sua casa. Plagg falava que era melhor direto no seu quarto, mas Adrien insistia que ele tinha que ir por ali. Com todo cuidado, abriu a porta de sua mansão.
- Adrien. - falou uma voz conhecida por ele. Seu pai, Gabriel Agreste, estava sentado nas poltronas brancas que ficavam ao lado da escada. - Chegou tarde hoje.
- Bem, - Adrien segurou com mais força o seu anel. - Ladybug meio que cochilou no meu ombro e eu não queria acorda-la.
Gabriel abriu um pequeno sorriso. Ele entendia a sensação de estar apaixonado por alguém que você não podia sequer saber a identidade. Ele se lembrava da época que ele estava no lugar do filho e que sua amada dormindo em seu colo. Seu sorriso logo ficou triste.
- Melhor ir dormir. Amanhã você tem aula. - o estilista indicou com a cabeça para as escadas de mármore branco.
- Boa noite, pai. - falou Adrien indo até seu quarto.
- Boa noite, filho. - sussurrou Gabriel, vendo o loiro subindo as escadas.
Ƹ̴Ӂ̴Ʒ Ƹ̴Ӂ̴Ʒ Ƹ̴Ӂ̴Ʒ
Adrien não teve uma boa noite de sono.
Seus sonhos se tornavam pesadelos confusos e sombrios. Em todos ele, Chat Noir, morria. Que fosse aos braços de sua amada Ladybug ou, após ver o corpo sem vida de sua joaninha no chão, ele se matava. 
Toda vez que Adrien achava que já havia se acostumado com a dor de ver sua amada morta, outra onda de fortes imagens invadiam sua mente. Seu coração se apertava e se comprimia como uma bolinha de papel. 
O loiro ficou sem palavras e abalado quando viu a próxima memória. 
Chat Noir matava um herói. 
O corpo do herói caiu no chão. Os braços estavam abertos, como se protegessem alguém. E foi aí que ele a viu.
Sua frágil Ladybug - com roupas diferentes do que ele conhecia - estava tremendo e com as mãos cobrindo sua boca. Os olhos castanhos estavam assustados.
- Chat... - falou a joaninha com a voz fraca. - como você pode?
- Não se preocupe, mi mariquita. - Chat Noir falou com um sorriso ameaçador nos lábios. - Porque, logo, você se juntara à ele.
Enquanto o gato preto se aproximava de Ladybug, Adrien tentava impedir seu corpo de chegar até ela. Só depois ele percebeu que, por mais que fosse ele, Adrien não podia escolher as ações. Aquilo era apenas o eco de um passado distante.
A cada passo que Chat dava, Ladybug recuava. Por fim, a joaninha bateu suas costas contra uma parede.
Chat Noir estava cara a cara com Ladybug e ele mantinha o sorriso de um louco no rosto.
- Por favor, Chat, - implorou a heroína. - pare. Volte para mim. E-eu preciso de você.
O gato hesitou, dando tempo o bastante para Ladybug tentar sair correndo. E foi isso que ela fez. Ela tentou. Apenas tentou. Chat segurou o pulso da antiga parceira e puxou-a contra si. 
- Eu até gostava de você, maraquita. - falou ele. - Mas aquilo tudo não passava de ilusão.
Com uma das garras, que na época eram de metal, Chat deslizou o indicador lentamente sob a bochecha da heroína. O sangue escorreu por toda a extensão do rosto até um pingo cair no queixo, por onde Chat segurou a menina.
- Desculpe, Lady, mas você não é mais necessária.
O gato levantou a mão na altura do rosto dela e foi ao encontro de sua face. Em um instinto de auto-proteção, Ladybug pegou a pequena faca que estava na bainha e atravessou a barriga de Chat com a mesma.
Ele olhou incrédulo para ela. Mas seu olhar não estava mas assassino. Mesmo Adrien não conhecendo esse Chat por muito tempo, ele soube que a visão que estava tendo agora de seu antecessor era o herói que esse Chat fora.
- Chat! - Ladybug gritou quando o gato caiu para trás. Ela se ajoelhou do lado dele e apoiou a cabeça do gato em seu colo. Lágrimas escorriam pelos rostos de ambos. 
- D-desculpe, maraquita. - falou ele com um sorriso sincero nos lábios. - E-eu não queria. Não queria fazer isso com ele e nem com você.
- Não foi sua culpa, gatito. - ela acariciou a bochecha dele. - Você não tinha controle sobre você. Foi culpa minha...
- Não diga isso. -ele a repreendeu em uma voz fraca. - Você foi a heroína aqui. E eu, fui o vilão. Não espero que me perdoem. Mas sei que irei para um lugar melhor, onde não machucarei mais ninguém.
O olhar de Chat Noir foi voltado para o céu azul acima da cabeça deles.
- O céu está lindo hoje.
- Está mesmo. - confirmou Ladybug.
- O céu...
Os olhos de Chat Noir se fecharam e tudo escureceu.
Adrien acordou em um sobressalto.
Sua mão foi até o anel - seu miraculous - e o apertou com força, na tentativa de acalmar sua respiração ofegante e assustada.
- Mais pesadelos, garoto? - perguntou Plagg, o Kwami de Adrien, em uma voz preocupada.
O loiro assentiu, se levantando da cama e indo em direção ao seu guarda-roupa.
- Você precisa falar logo com seu pai. - falou Plagg, comendo um pedaço de camembert .
- Eu já me decidi, Plagg. - Adrien olhou furioso para o Kwami de gato. - É melhor não contar para ele.
- Seu pai tem mais experiência com Miraculous do que você imagina. Ele estudou por anos o livro dos Miraculous e aprendeu o passado dessas joias quando foi Peacock.
Adrien colocou, por fim, seu casaco preto. Ele se virou para o Kwami.
- Plagg, - Adrien falou com a voz trêmula. Nesse momento, Plagg percebera que o pesadelo foi mais assustador do que imaginou. - eu prefiro não dizer nada a ele. Vou preocupa-lo e não desejo isso. Então, por favor, não fale mais desse assunto.
O Kwami olhou com tristeza para Adrien.
- O nome dele era Vicenzo.
O loiro olhou confuso para o pequeno ser.
- O nome do Chat que você sonhou. - Plagg especificou. - Ele era um bom herói. Seu coração era grande demais. Só que ele foi mantido como prisioneiro por um feiticeiro e, bem, você sabe o resto.
Adrien abaixou a cabeça. Ele se lembrava como seu antecessor havia matado a sangue frio o outro herói e quase matara Ladybug.
- E quem ele era? - Plagg ergueu uma sobrancelha. - O outro herói que ele matou?
- Ah. - o Kwami suspirou triste. Plagg parou de comer seu queijo e o abaixou. - Ele era um...
Algumas batidas foram ouvidas na porta.
- Adrien? - falou Nathalie abrindo a porta devagar. Plagg se escondeu atrás do garoto. - Já está pronto? Você precisa ir logo para a escola.
- Já estou indo. - falou ele andando até a porta.
Adrien deu uma última olhada em seu quarto. Ele fechou os olhos e se concentrou em todos aqueles pensamentos obscuros. Ao fechar a porta, imaginou que todas aquelas imagens que assombrariam seus sonhos por muitos anos, ficariam ali, de lado, a deriva do vento.


Notas Finais


"Mi maraquita"- Minha joaninha - espanhol
"maraquita" - joaninha - espanhol
"gatito" - gatinho - espanhol

Não sei quando sairá o próximo capítulo, mas espero que em breve.
Obrigada por todos os favoritos e comentarios, isso me ajuda muito a escrever.
Um beijo no Miraculous e até o próximo capítulo!


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