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História Egó kai eseís (Eu e Tu) - Inesquecível


Escrita por: JuhhG18

Notas do Autor


Olá!! Espero que gostem do capítulo. Talvez vcs achem que eu estou indo muito devagar, mas estou apenas tentando estruturar bem o texto e a fic em si.
Enjoy!!

Capítulo 3 - Inesquecível


Acordara. Não iria trabalhar hoje, Lance a proibira. Vestiu um moletom qualquer, azul escuro, deitou-se no sofá da sala. Mas antes, fez para si mesma um capuccino. Sentou-se e começou a tomar a bebida extremamente quente. De repente, o Sol baixou, então não havia mais luz, nem cheiro, tudo parecia um sonho entrelaçado com realidade. Tentou se levantar do sofá, cambaleou, quase caiu duas vezes seguidas. Parecia uma bêbada sem rumo. Levou as mãos a cabeça, enquanto sussurrava a si mesma que estava tudo bem, que a tonteira iria passar. Tentou gritar por Lance, uma, duas, três vezes. Nenhum som saia de seus lábios, a não ser um lamento baixo. Sua visão enturveceu. A imagem ganhou um brilho esquisito, como se tivesse passado por um tratamento, quase translúcido. E então, aconteceu.

Sentiu uma mão fria sobre a sua, macia e gelada como a neve. Ela estremeceu de leve, fechando os olhos com força, e franzindo o cenho igualmente. Não, ele não, ele está em Washington DC, Emma, e você não o atropelou ontem. Não, Emma, não ouse acreditar por um segundo que é ele, ele te deixou, ele não está mais aqui. Mas nada do que ela pensasse poderia confortá-la. Então, decidida, ela decidiu abrir os olhos, mesmo estando a ponto de lacrimejar. Ela os abriu.

Quase cuspiu a bebida que estava tomando, quando notou que ele estava sentado ao seu lado. Impossível. Como? Ele olhou para ela. Os cabelos cobre dele estavam reluzindo contra o sol, tornando-se cada vez mais avermelhados. Devem ser as alucinações que Félix falou. Não é ele, Emma. Os olhos acinzentados, não estavam beirando o castanho tão profundamente, havia traços, claro, mas estava quase como que subentendido. Os olhos dela lacrimejaram. Surpreendentemente, ele foi se acalmando aos poucos. Esquecera o quanto a presença dele a deixava serena, completamente à deriva. Ouviu a doce melodia vocal:

-Surpresa em me ver?

Agora o cheiro almiscarado dele tornou-se mais presente. Ele tinha um olhar triste, quase que solitário. Ela gaguejou, e por fim permaneceu quieta, de cabeça baixa.

-Você... É só uma alucinação, Peter.

Ignorando a afirmação dela, ele retirou a mão gelada de cima da dela, e a deslizou suavemente sobre o pescoço dela, fazendo com que ela corasse violentamente e se arrepiasse em igual intensidade. Os dedos dele eram longos, e seu toque aveludado, sensual, convidativo. Ele recolheu uma mecha rebelde do cabelo castanho claro sem-graça dela, e começou a brincar com os fios, enrolando-os no próprio dedo. Ao fazer isso, lentamente, ele aproximou-se dela, seus hálito quente acariciou- lhe o ouvido, fazendo com que ela se arrepiasse novamente. Então, ele sussurrou, endurecendo o semblante.

-Você já esteve melhor, Emma.

Ele continuou com sua tortura. Encostou o nariz na curva do pescoço dela, e então ela sentiu a respiração dele, que inspirava, absorvendo o odor dela. Ela não conseguia, não podia se mexer. Se sentia paralisada, impedida. Ele respirava calmamente no seu pescoço. Ela se acostumou com a sensação. Ele disse:

 -Hematomas. Uma costela deslocada, o pulso direito torcido. Um corte no braço direito. Uma perna quase trincada. Forte pancada na cabeça,

Ele continuou a senti-la. Até que percorreu uma das mãos até o meio das costas dela e a arranhou. Ela gemeu em um som agudo e aflito.

-Eu esqueci que sua pele era tão macia.

Ela levantou uma das mãos e tocou seu rosto. A pele era pálida. Tocou na cicatriz do queixo dele, ele era tão real, sua pele era tão quente, seus olhos tão vivos... Ele lambeu seu pescoço, antes de depositar um beijo na curva do mesmo. Ela se arrepiou.

-Como... Você está aqui?

-Eu simplesmente estou, Emma.

Ela começou a lacrimejar.

-Eu... eu senti tanto a sua falta...

Ele a ignorou.

-Sangue seco, um leve cheiro adocicado e... - Ele faz uma pausa, como se tivesse concluído algo.- Aí está. Rosas vermelhas, livros novos, mel. São cheiros irritantes.

Ela baixou a cabeça. Sentia-se rejeitada, só. Disse em um sussurro:

-Você costumava gostar...

Ela fungou baixinho. Passou as costas da mão sobre o nariz, e sobre os olhos, que agora estavam vermelhos e inchados, por causa das lágrimas. Conseguiu olhar no fundo dos olhos dele, cheios de lamento e pesar. Mas então, ele desapareceu.

E foi-se.

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 Aos poucos a dor de cabeça e as náuseas foram se esvaindo. E então, após algumas crises de choro, ela se sentia mais lúcida. Não eram nem três da tarde quando ela ouviu batidas sutis na porta da frente. Tropeçando em si mesma, ela abriu a porta, e deu de cara com um sorriso aberto e olhos verdes bem conhecidos, uma voz grave provocadora, e um tom de pele bronzeado.

-Lance. -Ela se esforçou para dar um sorriso fraco. - Porque veio?

Ele coçou a parte de trás da nuca enquanto a encarava, dando um sorriso enviesado e dizendo-lhe com voz rouca e grave:

-Vim ver se você está bem.

Ela colocou as mãos na cintura, fingiu uma expressão brava, e disse:

-Você não precisa cuidar de mim, Lance. Eu sei me virar sozinha.

O sorriso dele pareceu apagar um pouco. Ela arrependeu-se de tê-lo advertido.

-Eu sei que você não precisa. É que... Talvez eu me preocupe.

Ele corou de leve, e desviou o olhar da face dela. Ela suspirou, e adquiriu um olhar cansado.

-Tudo bem... Bom, entre.

Ele caminhou através da porta e ambos sentaram no sofá. Lado a lado. Ela olhava para baixo. Estava em silêncio, quieta demais. Isso o incomodava.

-Hmm... Algo aconteceu, Emma?

Ela não queria falar pra ele sobre Peter.

-Não... Nada. Só tenho tido umas dores de cabeça e enjoos. Nada demais. E vou ter de ficar um mês em casa, sem ir trabalhar. Não é horrível?

Ele riu e sorriu para ela. Parecia estar se divertindo com a situação.

-É sim. Vai ter que aguentar minhas visitas todos os dias.

Ela franziu o cenho em uma expressão engraçada.

-Você pretende me visitar todos os dias?

Ele riu ainda mais.

-Se for para ver essa sua cara de tentando ser nervosa, posso pensar em fazer mesmo isso!

Ela sorriu fracamente. Ele percebeu o semblante magoado dela. Então ele tocou o queixo dela com o polegar.

-Ria para mim, por favor...- agora ele adquirira uma expressão compreensiva- Não suporto te ver triste. Sinto que não sou o bastante...

Ele desviou o olhar e retirou o polegar do queixo dela. E então ela percebeu de vez, que era mais do que ela tinha pensado. Encorajando-o, ela encostou a cabeça no ombro dele. Mesmo teso e arrepiado com o toque dela, ele parecia feliz.

Ficaram um tempo assim, ela refletindo sobre ele, e ele querendo mais dela. Até que ele se levantou, e fez um chá verde para ambos. Beijou-a no canto da boca quando teve de voltar para a própria casa. Mas ela não sabia se sentia-se invadida ou amada. Afinal, o que ela sentia por ele? Ele amava ela, mas ela tinha um par de olhos cinzentos acastanhados dentro do coração. Ela despiu-se e foi tomar um banho. O chá ainda revirava na boca de seu estômago quando ela foi dormir. Ela assustou-se logo depois de deitar-se, pois sentiu uma mão gélida familiar sobre a sua. E depois adormeceu. Sonhou. Lembrou.

 Lábios quentes sobre os seus, uma língua igualmente sensual, dançando com a sua. Mãos com dedos longos e pálidos, que percorriam suas costas nuas. Ele beijou-lhe o queixo, o maxilar, mordiscando-o como sempre, a pele delicada do pescoço dela, sua clavícula. 

  Ambos arfavam, querendo mais um do outro. Ele encarava-a, e os olhos que uma vez frios estavam quentes, fervendo, lambendo a pele dela como labaredas de fogo.

  Ele mordeu o pescoço dela. Com força, marcando-o. Ela não pôde deixar de emitir um som satisfeito.

  Com a voz rouca aveludada, ele disse:

  - Rosas vermelhas, livros novos, mel.

  Ela riu baixinho, e ele continuou, apertando-a contra si.

  -Você é a minha cocaína.

  Ela tascou-lhe uma mordida no ombro enquanto arranhava as costas dele. O cheiro almiscarado era mais forte.

 

Num pulo, ela acordou. Os lençóis suados, o rosto quente, o corpo quente. Sim, ela ainda amava aqueles olhos, afinal. Aqueles olhos, aquele cheiro, aquele toque, aquela voz.... Ele. Seria sempre ele, não havia como. Sempre ele. Sentia-se molhada, completamente molhada. Resolveu tomar um banho. E foi dormir de novo. Mas aquela lembrança a provocava toda a vez.

" Você é a minha cocaína."

Ela não poderia esquecer. Não conseguia, não queria.

Ela saiu a sacada, e sussurrou ao vento:

-Você é a minha também...

E foi-se dormir. Sem sonhos.

 


Notas Finais


Oiii genteee
Eu sei que está pequeno esse capítulo, e que eu demoro pra postar, mas perdoa a minha enrolação e não desiste de mim :3
Espero que estejam gostando, eu irei postar o próximo assim que conseguir. Comentários são bem-vindos.


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