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História Egoist- Sua vida cabe em minhas mãos. - Flores quentes


Escrita por: T0ki

Capítulo 10 - Flores quentes


Acordei ansioso com o encontro, depois de anos vivendo somente no mundo online, finalmente iria sair com alguém.  Se isso acontecesse há uns anos atrás, eu não estaria preocupado ou nervoso, ao contrário, estaria me divertindo por sair com alguém novo. O Gabriel que me tornei é mais precavido, e depois do Fernando, estou mais esperto ainda.

Saber que outra pessoa do passado surgia em minha vida me deixava um pouco preocupado, eu e o Caio nunca tivemos um relacionamento, ele era o irmão mais novo do meu paquera, tenho certeza que a imagem que ele tem de mim ainda é do antigo Gabriel, e isso me incomoda. Não quero que aconteça o mesmo que aconteceu com o Fernando. Aceitei seu pedido de encontro porque queria que ele conhecesse a pessoa que me tornei, e também para saber que adulto ele se tornou. Espero que continue gentil e doce como antes.

Terminei de me arrumar escolhendo um cardigã azul claro com uma calça jeans quase no mesmo tom,  e uma camiseta salmão. Dei uma leve escovada no cabelo para ajeitar minha franja de lado, esbofeteei um pouco as bochechas para dar vida ao meu rosto que estava um pouco apagado, passei perfume, peguei um suco e fiquei sentado no sofá esperando ele chegar. Dez em ponto da manhã ele tocou a campainha da minha casa, estava bonito vestido uma roupa esporte social, imaginei se ele se produziu assim para chamar minha atenção e parecer mais maduro.

— Bom dia, Gabriel! — disse quando me viu.

— Bom dia, Caio. Você está muito bonito.

— Obrigado, você está radiante como sempre. Vamos?

Entramos em seu carro, no caminho ele começou a puxar assunto comigo.

— Estou muito feliz por ter aceitado o meu convite. Eu praticamente não dormir de tão ansioso.

— Tem certeza que isso é algo para compartilhar comigo estando dirigindo? — perguntei preocupado.

— Não se preocupe, estou bem acordado, meu sono não chegará cedo hoje.

— Espero que sim, não quero morrer. — por via das dúvidas conferi se meu cinto de segurança estava devidamente fechado.

— Gabriel, eu posso te fazer uma pergunta?

— Faça a próxima.

— Se você não houvesse sido expulso da escola e tivesse terminado seus estudos lá, acha que sei lá, com o tempo eu teria chances com você?

Que pergunta era essa? Sei que não sou santo e percebi de longe suas intenções, mas não esperava que ele fosse tão direto assim. Mal nos reencontramos!

— Olha, Caio. Para te ser sincero, acho que não. Você è muito mais novo do que eu, tenho queda por homens mais velhos, sem contar que era irmão do Eduardo uma pessoa que saia na época. Mesmo que nosso caso terminasse, como terminou, eu não te olharia com desse jeito. Desculpe. — respondi para ele que fez uma cara feia.

— O fato de eu ser dois anos mais novo do que você, não me faz ser uma criança sabia? Eu tenho experiência em relacionamentos, sei muito bem como tratar alguém que gosto, e se fosse eu no lugar do meu irmão na época da escola, eu nunca deixaria você passar por tudo aquilo sozinho. Sempre estaria do seu lado.

— Acho fofo da sua parte esse carinho por mim, mas gostar de uma pessoa não é algo baseado somente na idade. Tem outros fatores que interfere como meu tipo de homem, intimidade essas coisas. Eu sempre te vi como um irmão menor, então não seria nada simples mudar minha opinião naquela época.

— Posso então considerar que agora eu tenho uma chance de mudar sua opinião? Não sou mais o seu irmãozinho. — disse me olhando.

Realmente, não tinha como vê-lo como um irmãozinho menor, ele estava um homem e muito bonito e sedutor. É possível que a gente possa até se pegar, mas não acredito que passaria disso.

— Quem sabe... — respondi, arrancando um sorriso dele.

Chegamos no local da feira das rosas, muitos carros estacionado, para um evento que não vi muita divulgação na mídia, estava bem cheio. Como tinha muita gente andando nos pequenos corredores seguidos de várias barracas de flores de demonstração e venda, por vezes o Caio segurava minha cintura me conduzindo pelo caminho. Isso me deixava meio sem jeito. Chegamos ao salão principal, onde rolava uma apresentação com criadores de rosas falando sobre o tema, o Caio muito empolgado me puxou pelo braço me levando para conhecer os vários tipos de rosas.

— Respire fundo esse aroma, Gabriel. — pediu ele.

— É muito gostoso esse aroma, e as rosas são lindas. Eu não sabia de tantas variedades dela assim, sempre achei que só existiam as vermelhas.

— As rosas são flores tão antigas que tem registros delas em fósseis. — relatou.

— Nossa, eu não sabia disso.

— Geralmente elas são solitárias, elas meio que me lembram você. Bonitas e distantes. — disse cheirando uma rosa e me olhando.

— Verdade combina comigo. — respondi rindo.

— As rosas não tem muitas opções, já você é solitário por que quer. Posso mudar isso se quiser. — falou colocando uma rosa de plástico no canto da minha orelha como um acessório. Nem percebi o momento que ele comprou ela.

— Ficou bom em mim? — pergunte rindo.

— Você é  um rival para elas. — respondeu apontando para as rosas em nosso redor.

Continuamos nosso passeio, Caio estava muito empolgado, mesmo tentando agir como adulto ele parecia uma criança na sessão infantil de uma loja. Relatava todo o processo de criação de uma rosa, desde a temperatura até a melhor condição da terra para o cultivo. Eu percebia que algumas mulheres e meninas adolescentes nos olhavam curiosas, algumas encantadas, acho que era estranho para ela verem dois homens animados com flores. Algumas delas foram corajosas o suficiente para se aproximar e fingir interesse em saber as informações sobre as rosas que o Caio falava tão avidamente. Finalmente ele cansou um pouco, me chamou para comer alguma coisa em uma stand que fazia comida com as pétalas da rosas.

— Chá de rosas? Isso é coisa de rico, hem! — brinquei com ele experimentando a bebida. Não era ruim.

— Ele é cheio de vitamina C, depura nosso organismos, atuando nos níveis do fígado e vesícula, regula também a retenção de liquido. Sem contar que é um excelente antioxidante.

— Calma, Caio. Não estamos em uma excursão escolar e você não é meu professor.

— Desculpe, às vezes me empolgo querendo passar as informações para as pessoas. Foi mal se fui irritante.

— Não foi irritante, gosto de ver como é inteligente. Mas, é que estamos em um pequeno encontro não? Amigavél, mas é, então é um pouco chato quando faz parecer uma excursão da escola.

— Você tem razão. O que pretende fazer mais tarde?

— Acho que vou dar uma estudada, a semana de provas está se aproximando.

— Antes disso, que tal uma sessão de filmes em minha casa? Meu pais viajaram e não gosto de ficar muito tempo sozinho em casa, você poderia me fazer companhia pelo menos pela tarde, depois te levo de volta para casa. Prometo que te mostro meus dotes culinários também.

— Oh, sabe cozinhar? Que legal, eu sei um pouco, dar para me virar e sobreviver. Acho que irei aceitar a proposta. Só não faça comida com rosas, acho que é o suficiente por um dia. — disse rindo, ele também achou engraçado e prometeu que as rosas não estariam no cardápio.

Visitamos mais alguns stands de rosas quando terminamos de comer, ele me explicou que rosas do tom laranja significavam deslumbramento e encanto, e acrescentou que era uma flor que combinava comigo por esses motivos. Fiquei sem graça por suas pequenas investidas, meio incomodado também por me sentir sendo tratado como uma garota adolescente. Fico imaginando que tipos de experiências ele diz ter, com homens ou garotas? Estou começando acreditar que seja a segunda opção. O certo é não me iludir muito com as coisas que ele fala.

Ele me levou para sua casa que ficava em um condômino fechado de classe média alta. O local era muito lindo, eu nem tinha percebido até então, o tipo de família que  o Caio e o Eduardo faziam parte. Eu sabia que o Du era muito vaidoso e sempre usava coisas caras, também a escola que estudávamos era considerada a melhor da cidade, não era fácil estudar lá, a maioria dos alunos eram filhos de famílias abastardas. Eu tive sorte em ganhar uma bolsa para estudar lá. Ele me levou para o seu quarto, para ficarmos mais à vontade, seu quarto era maior que minha kitnet, sua Tv dava três da minha, me senti dentro de um quarto de hotel ao invés do quarto de um adolescente.

— Fique à vontade, Gabriel. Irei preparar algo para gente e volto.

— Não tem ninguém em casa? Tipo, nem as funcionarias que devem trabalhar aqui?

— Eu liberei todas hoje. — disse sorrindo e saindo do quarto.

Liberou? Por que tenho a sensação de que isso foi premeditado? Coloquei minha bolsa em uma poltrona que tinha no quarto e sentei na sua espaçosa cama. Era um colchão delicioso. Imaginei quantas garotas ele teria chamado para esse quarto para ganhar “experiência”. Demorou pouco tempo para ele surgiu com uma bandeja com suco, mouse de morango, cookies, algumas torradas, e um pequeno prato com lasanha.

— Lembrei que tinha feito essa lasanha mais cedo, esquentei ela, assim não perderia muito tempo preparando algo ao invés de curtir sua companhia.

— Irei provar, pela cara, ela parece apetitosa. — falei enfiando o garfo no prato e provando— Hummm, delicioso, já dar para casar.

Ele sorriu feliz da vida pelo elogio.

— Então, Caio esse que é seu “abatedouro”? — perguntei continuando a comer meu lanche.

Ele roubou um dos cookies do meu prato e abocanhou.

— O que quer dizer?

— É para cá que trás suas namoradinhas para transar?

— Esse é meu santuário, não trago namoradas para cá. Você é a primeira pessoa que tenho interesse que convido para minha casa e entra no meu quarto. — respondeu me encarando.

— Uau... Eu sou uma pessoa que você tem interesse, então...

— Sempre foi, Gabriel. Eu sempre quis ter a sorte do meu irmão de beijar os seus lindos lábios. Você sempre foi tão lindo, tão legal. Não mudou muito ficando adulto, continua tão lindo quanto antes, e esse meu desejo só fica maior com o tempo. — ele tocou meu rosto e com o polegar alisava minha bochecha, eu percebia sua aproximação aos poucos, e mesmo sabendo o que isso daria, eu não consegui reagir e acabei permitindo que ele me beijasse.

Seu beijo era doce e lento, o toque de nossas línguas era quase um encontro amigável, nada violento ou selvagem como o Fernando tentou comigo. Estava me deixando levar quando percebi a situação, o que estou fazendo com um garoto tão mais novo do que eu, na casa de seus pais quando eles estão fora? Não estou tão desesperado a esse ponto. E eu sei que o modo que o Caio me ver é poetizado, sua visão de mim é tão mitológica que nem de longe sou do jeito que ele imagina. Isso com toda certeza seria problemático se eu desse seguimento.

— Desculpe. — falei o afastando e interrompendo o beijo. Ele me olhou sem entender porque parei repentinamente.

Ele fez uma careta de desgosto, tentei contornar a situação lembrando da sessão que havia me prometido. Ele me passou o controle remoto da televisão e me pediu para escolher o que queria assistir, era obvio que não tinha vontade alguma de assistir filme, mas continuei insistindo. Ele deitou ao meu lado com os braços atrás da cabeça, deixando a blusa um pouco levantando mostrando seu abdômen. Engoli em seco e liguei a TV, antes que me arrependesse de ter juízo.

— O que iremos assistir? — perguntei.

— Não estou interessado em ver nada. — respondeu parecendo uma criança de birra.

— Você que deu a idéia, e agora diz que não está interessado?

— Isso foi antes de sentir seus lábios no meu, por mim, continuaria te beijando ao invés de ver filme. Acho mil vezes melhor.

Respirei fundo e fui direto com ele.

— Caio, com quantos garotos você saiu nessa sua vida?

— Nenhum...

— Nenhum? Quer dizer, nem ao menos tem experiência?

— Eu tenho experiência com garotas, e sei que não é muito diferente.

— Não, é extremamente diferente! Isso explica a sensação de ser tratada como uma garota o dia todo. Olha, eu parei de brincar e servir de professor do mundo gay para os garotos, na época da escola. Não tenho nenhuma pretensão de voltar a reviver aquele tempo. Eu tentei de explicar que não sou o Gabriel que você  conheceu, na verdade, você mal sabia de mim naquela época, sabia pouco e o resto era especulação. Se envolver com homens não é brincadeira ou experimento científico... — fui interrompido pelo seu beijo surpresa, ele me deitou na cama com força segurando meus ombros, enquanto sua língua invadia com fúria minha boca, e chupava meus lábios puxando eles e soltando. Fiquei sem fôlego com seu desempenho.

— Eu não quero ser comparado a uma criança que está fazendo um experimento. Eu sempre gostei de você, era você que não me olhava dessa forma, agora que tenho a oportunidade de mostrar que não sou mais um garotinho você quer dizer que estou blefando? Meus sentimentos por você não são blefe, se não tive experiência com outros caras foi porque o único cara que tenho interesse é você. Eu pesquisei tudo sobre relacionamento entre homens, sexo, lubrificação, tudo! Eu me preparei para um dia ter essa chance. Por muito tempo você foi o meu incentivo na hora de me masturbar, então eu sei que não é algo passageiro.

Eu não sabia o que responder com ele em cima de mim, segurando-me daquele jeito. Eu sentia seu membro crescendo dentro da sua calça, roçando na minha barriga.

— Sei lá... Eu acho que isso não tá certo...

— Não ache nada, Gabriel. Só me deixe te provar isso. — disse voltando a me beijar, dessa vez tentou tirar minha camisa, e eu por algum motivo que não sei explicar, o ajudei. No fim, estava indo de contra aos meus novos princípios e deixando o velho Gabriel assumir meu corpo. Ajudei ele remover sua camisa, abri sua calça, e ele fez o mesmo com a minha, começamos nos tocar, acariciando um ao outro entre beijos ardentes. Ele começou a beijar meu peito, e passar a língua no bico deles.

— Não é muito diferente de chupar os seios de uma garota, me sinto tão excitado quanto... — sussurrava enquanto me lambia.

Ele ainda é um adolescente, tinha que fazer comparações estúpidas em momentos inapropriados. Sua mão já não queria ficar mais acariciando meu pênis por cima da cueca, já estava entrando dentro dela. Tanto tempo sem ser tocado, eu estava facilmente sendo conduzido por um garoto. Mordi a ponta da sua orelha, queria que ele me lamber-se mais embaixo, ou mordesse minha bunda, coisas que me excitavam.

— Eu quero entrar em você, Gabriel. — dizia ao pé do meu ouvido.

— Terá que me deixar bem excitado para isso.

Ele estava de joelhos na cama puxando minha calça para removê-la quando ouvimos a voz da mãe dele perguntando se ele estava em casa. Como pegos em flagrantes, eu pulei da cama desesperado, vestindo o mais rápido possível minha blusa e puxando minha calça.

— Calma, para onde vai? — me perguntou ele não percebendo a gravidade da situação.

— Seus pais chegaram e você fala como se isso não fosse nada? Não é como se tivesse trazido uma garota para seu quarto, entende?

— Meus pais não entram no meu quarto sem antes bater e receber minha confirmação que pode entrar. Não tem motivos para sai correndo desse jeito. Posso simplesmente dizer que estou jogando com um amigo e eles não iram nos interromper. Volta para cama, vamos continuar o que estávamos fazendo. — pediu ele me puxando.

— Não, eu prefiro ir para casa.

— Podemos continuar na sua casa?

— Não, você ainda é de menor...

— Eu não sou menor de idade, fiz dezoito a dois meses atrás. Deixa de besteira, há alguns instantes você não estava pensando assim, a gente estava quase transando se meus pais não chegassem. — respondeu com cara emburrada, levantando-se e se ajeitando também.

— Se quer que alguma coisa sai disso tudo, tem que saber deixar alguém  confortável, e transar na casa de seus pais com eles em casa, não é o que eu chamaria de confortável. Me leve até a porta, irei para casa, depois nos falamos.

— Eu posso te levar para casa.

— Não, prefiro ir sozinho. E por favor, antes de sair do quarto tente fazer seu amiguinho voltar ao normal. — disse apontando para seu volume na calça, ele deu risada.

Depois de um tempo, ele me levou até a porta, passamos por seu pais que ficaram surpresos em perceber que estávamos em casa e não havíamos respondido a eles. O Caio deu uma pequena desculpa dizendo que estávamos brincando com seu novo brinquedo de realidade virtual que não notamos a sua chegada. Eles aceitaram a desculpa, e eu respirei aliviado por eles não se lembrarem que eu era o garoto que eles pediram aos filhos para nunca mais ter contato.

Voltei para casa de ônibus, estava cansado e frustrado. Eu quase saio da seca, mas infelizmente não foi dessa vez. Para piorar minha situação, quando chego em casa o Yuri estava regando as flores de sua avó sem camisa com uma pequena com um pequeno regador. Claro, minha mente voou longe. Nem percebi que estava parado o  admirando por alguns minutos até ele me acordar.

— O que faz parado, aí?

— Ah... Eu nada, adoro essas rosas, são lindas... — respondi sem graça, minha cara estava quente de vergonha.

— Notei que não fazia nada, por isso te perguntei. Pode passar, acho muito difícil te molhar com nessa distância.

— Ok. — disse subindo para minha casa, mas assim que entrei fui para a janela espiá-lo por trás das venezianas. Me sinto tão estúpido fazendo isso, mais depois de ter meu corpo “reativado” hoje, não tem como não sonhar com o Yuri me tocando. É a primeira vez que o vejo sem camisa, ele sempre evitava as aulas de educação física por causa disso nunca tinha oportunidade de vê-lo mudando de roupa. Morto de inveja de sua namorada que pode tocar esse lindo corpo quando tiver vontade, ser desejada por ele. Tenho certeza que se fosse nós dois hoje no quarto, independentemente que a proprietária chegasse de repente, eu não iria querer parar. Só por ser o Yuri. Ele olhou para cima, na direção da minha janela e eu pulei no susto para trás. O que estou fazendo? Estou me comportando como um adolescente bobo, mesmo assim, esperei alguns segundos e voltei a observá-lo, mas quando olhei não estava mais lá.

Pequena decepção, ficaria o tempo todo olhando seu  corpo seminu e imaginando o que poderia fazer com ele. Fui tomar um banho para baixar um pouco esse meu fogo, assim que sai do banheiro a campainha tocou, enrolei a toalha em volta da cintura e fui atender a porta. Era o Yuri, dessa vez, usando camisa.

— Oi. — respondi sem graça.

Ele me olhou de baixo para cima, me senti nu sob seu olhar penetrante. Ele segurava um buquê de rosas pretas! Nunca tinha visto rosas como aquelas. Apesar de parecem algo gótico, eu achei lindas.

— Oi, o entregador veio mais cedo e deixou essa encomenda para você. — disse me entregando as flores.

— Obrigado.

— Aqui, ela tem um bilhete, estava dentro do buquê mais caiu, não se preocupe não abrir para ler. — disse me entregando uma pequena cartinha. — Era somente isso o motivo da minha visita, até.

— Espera, Yuri! — pedi, ele parou no inicio da escada.

— O quê?

— Por que parece que sempre foge de mim? Pensei que depois de nos reencontramos poderíamos ser amigos novamente. Mas você continua desaparecendo ou fazendo pouco caso disso. — não sei o motivo de está desabafando isso com ele.

— Não estou fugindo de você, só não tenho motivos para ficar todo o tempo vindo a sua casa.

— Discordo! Todo esse tempo distante é motivo suficiente para termos vário assuntos para conversar. Tipo os locais que você freqüentou suas experiências. Tudo isso para mim é interessante e gostaria de ouvi-las.

— Eu não sou de ficar falando sobre mim, pensei que soubesse disso.

— Se percebeu, eu continuo sendo aquele que insiste que se abra. — respondi.

— Tenho que ir, boa tarde. — disse descendo as escadas e dando o assunto por encerrado.

Fechei a porta com raiva, sua atitude parecia mais fria do que na ultima vez que nos vimos, cada dia que nos vemos sinto que estamos regredindo. Abri o bilhete para ver quem me mandou aquelas rosas raras.

“ Rosas turcas Halfeti, flores perfeitas para alguém egocêntrico como você. Não percebe? Ninguém mais combina com você do que eu. Meu pequeno egoísta.”

Não era preciso assinatura para eu saber de quem se tratava.



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