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História Egoist- Sua vida cabe em minhas mãos. - Sentimentos pesados


Escrita por: T0ki

Capítulo 19 - Sentimentos pesados


 

Que diabos eu estou fazendo? Perguntei-me desligando a ligação antes que ele atendesse, eu não sou o tipo de pessoa que fica brincando com sentimentos dos outros. Tudo bem que eu ficava com vários garotos quando jovem, porém eu sentia realmente algo por eles. Mesmo que fosse somente desejo sexual, nunca fiquei com ninguém que eu realmente não quisesse, somente por diversão. Encostei-me no banco e fiquei olhando o céu estrelado. Por que a noite estava tão bonita para um dia tão triste? Eu queria voltar para casa e deitar na minha cama, mas não queria passar por aqueles dois. Não quero ver o rosto apaixonado de Yuri por outra pessoa, finalmente, quais são seus objetivos comigo? Talvez eu realmente não o conheça bem. Quem garante que ele não me falou tudo aquilo somente para competir com o Egoist?  

 Engraçado que esse outro não retornou minha ligação, deve ter desistido de mim por completo, dei um sorriso falso para o nada. Acho que me acostumei com sua perseguição, em saber tudo sobre mim e ser tão dedicado em me provar seus sentimentos, mas mesmo assim eu não consigo acreditar nele. Alguém que cresceu tendo tudo que desejou na vida, que não aceita um irmão fora do casamento, não parece uma pessoa que se apaixona tão sinceramente por um pobre como eu. Talvez ele só esteja acreditando nisso para ter uma razão de competir com o irmão dele. Eu mesmo não sei o que quero desses deles. Apesar dos meus sentimentos pelo Yuri não terem mudado desde época da escola, não nego que o Ayato tem mexido também comigo; mas é impossível para alguém amar duas pessoas,  mesmo que eu escolha um, não tenho nenhuma garantia que o relacionamento dará certo.

 Levanto-me e vou até uma barraquinha de churros, onde algumas crianças faziam uma pequena fila para serem atendidas. Fiquei no final dela, me sentindo ridículo por estar numa fila onde só tinham crianças, mas o cheiro do churros estava realmente chamando meu estômago e como não poderia ir pra casa tão cedo, decidi passar essa pequena vergonha. Quando finalmente chegou minha vez de fazer o pedido, alguém atrás de mim deu uma nota em dinheiro maior e fez o pedido antes que eu falasse alguma coisa. Fiquei chocado, estava prestes a reclamar virando-me para encarar o indivíduo que achou que poderia furar a fila, mas quando vi quem era, fiquei sem reação. 

 — Dois, um para mim e outro para esse jovem.  — disse para o vendedor.

 — Ayato...— acabei chamando seu nome sem querer.

 — Prefiro quando me chama de Egoist, fica mais charmoso. — zombou.

 — O que você está fazendo aqui?— perguntei cruzando meus braços e dando uma boa olhada nele. Estava vestido informalmente com uma camiseta de botões azul claro e uma calça jeans com rasgados na parte das coxas. Foi a primeira vez que o vi tão despojado.  

 — Estava nas mediações quando alguém desligou o telefone em minha cara. Fiquei preocupado e resolvi ver o que aconteceu.  

 — Engraçado, por que não lembro de você ter atendido a ligação para dizer que desliguei na sua cara, mais engraçado ainda é o fato de você saber exatamente aonde eu estava. 

 — Esse destino... O que faremos com ele? Sempre aprontando dessas com a gente. — respondeu me entregando um dos churros e lambendo a ponta onde escorria o recheio de forma provocante enquanto olhava para mim.

 Senti o meu rosto queimar de vergonha, olhei para os lados me certificando que ninguém percebeu qual era sua intenção com aquela cena.  Eu não sei como ele consegue ser sedutor mesmo fazendo as coisas mais ridículas. Pior ainda é me deixar sem jeito toda vez que se comporta dessa maneira sinto que perco para ele de alguma maneira e isso me incomoda. Caminhei de volta para o banco onde estava sentado sendo seguido por ele que sentou ao meu lado.

 — Então, o que veio fazer aqui? — perguntei mesmo tento uma ideia da resposta.

 — Estava curioso, você ligou para meu número pessoal mesmo sabendo o que significava ligar para ele.

 — Foi um erro na digitação, não tinha intenção de ligar para você. 

— Sério? Seus dedos escorregaram? Isso significa que você salvou meu número no seu celular, devo ser otimista quanto a isso? Porém, algo me diz que você ligou porque precisava de alguém para desabafar por ter visto um bastardo qualquer se pegando com a namorada na frente da sua porta. — disse tranquilo, enquanto voltava a comer tratando sua confissão de perseguidor como algo nada demais.

Olhei para ele furioso. 

— Está admitindo que continua me espionando?

 — Quando eu neguei? — respondeu terminando de comer e amassando o guardanapo que estava enrolado o doce.

 — Eu já te disse que isso é crime! Quando pensa em parar com isso, ou eu deve ir na polícia para que eles te parem?

 — Calma!— disse passando o braço atrás de mim e repousando no encosto da cadeira — Não vigio mais sua casa, te dei esse voto de confiança. 

 — Você acabou de admitir isso, agora está desfazendo do que falou? — ironizei, ele sorriu para mim. Ele realmente me irrita quando não leva minhas broncas á sério. 

 — Você gosta tanto dele assim? — sua pergunta não veio acompanhada do sorriso de a pouco, parecia bem preocupado com minha resposta para ser sincero. Fiquei receoso em responder. 

 — Não sei, mas tinha uma queda por ele na época da escola e acho que ainda não superei. 

 — Só depende de você.

 — Isso foi um conselho?

 — Talvez.

 — Engraçado ouvir conselho de alguém excêntrico como você. Por que acha que está em posição de me aconselhar sobre amor quando você mal entende sobre o assunto?

 — Quem disse que não entendo? Está apaixonado por você por anos não me dá credibilidade? 

 — Isso é o que você diz, tudo pode não passar de um engano seu. Um pretexto para brigar com seu irmão.— respondi, amassando também o meu guardanapo.

 — Por que duvida de mim? — ele estava se comportando estranho, parecia curioso com minha opinião ao seu respeito. Essas suas atitudes ás vezes me surpreende.

 — Você é um cara rico que sempre teve tudo que quis, as pessoas se jogam aos seus pés por sua beleza e riqueza, menos eu, isso me torna automaticamente alguém especial para você, alguém que não está na palma da sua mão como de costume. Para melhorar, eu sou amigo antigo do seu irmão fora do casamento, o qual você odeia por motivos imbecis para um homem adulto. Essa situação só faz parecer que você quer provar que pode ter tudo que deseja e de brinde, perturbar um pouco seu irmão roubando uma amizade dele.

 — E eu que pensava que você me entendia pelo menos um pouco. Não estou interessado em você porque é alguém difícil de se conquistar, eu fui cativado por suas características que são únicas o que sim, te torna alguém especial par mim. Eu gosto de como seu rosto ruboriza quando fica raivoso ou tímido, gosto quando banca o machão, gosto de te ver sorrir, e como se esforçar para consegui suas coisas com seu próprio esforço. Também amo os gemidos que você faz na cama, e como se empina para ...— tampei rapidamente sua boca para evitar que mais coisas absurdas saíssem dela.

 — Pare de falar idiotices na rua seu maluco! — respirei aliviado pela praça está quase vazia, estava ficando bem tarde, então os pais estavam levando seus filhos embora, e poucos casais namoravam nos bancos ao redor sem se preocupar com o mundo exterior.

 Ele ria de mim, um riso não muito chamativo, mas confesso que era gostoso de ouvir. Quando ele sorria seus olhos sorriam juntos, eu acho engraçado como alguém bonito como ele, sorri tão pouco. Nem percebi que estava sorrindo em vê-lo sorrir. Não entendo isso, ao mesmo tempo que ele me deixa furioso, ele me acalma. Esqueci completamente o motivo de ter ido a praça por conta dele.  Acho que se domestica-lo bem, posso torná-lo meu amigo.

 — Tenho que ir para casa, estou cansado e quero descansar. — disse levantando-me do banco, ele fez o mesmo. 

 — Te levo até lá. 

 — Não é necessário,  não sou uma garota que você tem que proteger por ser tarde da noite.  — sem contar que eu estava evitando uma briga caso o Yuri ainda estivesse por lá com a namorada.

 — Pode não ser uma garota, mas é tão bonito quanto uma. Além do mais, para pervertidos, seu gênero é o que menos importa. Principalmente aqueles que aproveitam oportunidades como festas de final de ano para dar o bote.

— Espero que você não esteja falando do seu irmão. 

 — Outra qualidade que gosto em você, sua esperteza.— disse rindo.

 

Mesmo contra minha vontade, ele me trouxe até em casa. Ao chegar, o Yuri ainda estava lá, porém, sozinho. Ele havia acabado de sair da casa da proprietária com uma mochila nas costas, e nos olhou com muito desgosto, principalmente para mim.  Dei boa noite para o Egoist que ficou parado do lado de fora dos portões, com as mãos nos bolsos da calça observando se eu realmente entraria em casa. Antes de subir o segundo degrau, o Yuri parou próximo a escada e falou algo comigo.

 — Você gosta de se meter em encrenca, continua andando com esse cara mesmo depois de tudo que eu disse. 

 Não gostei do tom que ele falava, muito menos da sua repreensão. Principalmente vindo de alguém que alguns minutos atrás estava com a namorada na frente da porta, depois de me dizer coisas constrangedoras.

 — Qual seu papel na minha vida para dizer com quem eu devo ou não falar, Yuri? 

 — Wow! — exclamou Egoist que ainda estava parado escutando nossa conversa.

— Quem avisa amigo é, só te aviso isso. — respondeu saindo passando batendo ombro propositalmente no Egoist, eu nem fiz questão de olhar para trás, voltei a subir as escadas mais rapidamente, perto de abrir a porta senti a presença de alguém atrás de mim.  

— O que está fazendo aqui? Volte para sua casa você também! — falei para o Egoist.

 — Não seja malvado, eu subir rapidamente todos os degraus, estou cansado, nem na minha casa eu uso as escadas, pego o elevador. Seja gentil comigo.

 — Problema é seu, não te convidei de qualquer forma, passe bem e boa noite. — disse abrindo a porta e entrando, porém antes de fechá-la, ele me puxou e me deu um beijo de língua tão quente e gostoso que levei um tempo para recobrar a consciência e afastá-lo de mim. 

 — Boa noite, na próxima vez que me ligar, me deixe dormir com você. — respondeu sorrindo e descendo as escadas.

 Passei as mãos em meus lábios, eles ainda estavam quentes. Ele sumiu pela noite escura. Esse cara é imprevisível, apesar de saber que ele é do tipo que se aproveita de qualquer vacilo, ás vezes esqueço de sua malandragem e me pego desprevenido em suas armadilhas.  Entrei e joguei minha mochila em cima do sofá, comecei a me despir para um banho demorado. Sentei na minha pequena banheira, relaxando meu corpo e tentando não pensar em nada. No entanto, não era uma tarefa fácil, a primeira coisa que me veio à cabeça foi a imagem de Yuri conversando com sua namorada. Eu posso ver essas situações inúmeras vezes que eu ainda não me acostumo. Por que é tão difícil aceitar que não tenho chances com ele? Acho que o ver com frequência por aqui tem prejudicado meu juízo, devo começar a  cogitar mudar de apartamento, apesar que adoro esse. Alguém tocou a campainha da minha casa, enrolei a parte de baixo do corpo e fui atender. Respirei fundo imaginando que poderia ser o Egoist com algum pretexto de novo.

— Eu já disse que  você não irá dormir aqui! — fui falando assim que abri a  porta, mas para minha surpresa não era o Ayato. 

 — Que pena, posso ficar pelo menos um pouco ?— pediu Yuri 

 — Cla... Claro. — o que ele fazia na frente da minha porta com essa proposta? Eu não estava entendendo nada.

 Ele entrou e jogou a mochila do lado da minha e ficou em pé com as mãos no bolso da frente, parecia nervoso. 

 — Não veio aqui para se meter em minha vida novamente, não é?  — perguntei, queria saber se tinha que me preparar psicologicamente para outra discussão.

 — Não, quer dizer, não sei. Mas confesso que fico mais relaxado em ver que o Ayato não está aqui e que você não o deixaria dormir com você.  

 — Bem, se veio conferir  se eu obedeci seu conselho, devo estar satisfeito, mesmo que não tenha feito isso por você. Boa noite, então?  — caminhei até a porta e já iria abrir para ele ir embora, quando ele puxou meu braço.

 — Espera, Gabriel. Por que você está agindo como se não soubesse dos meus sentimentos por você?  

 Como assim, o que ele está dizendo?

 — Desculpe, mas primeiro, você não me confessou nada que eu pudesse levar muito á sério, segundo, não era você com sua namorada algumas horas atrás de boa no jardim? Você considerou meus sentimentos depois de ouvir dizer que sentia ciúmes de mim com outros, mas estava com sua namorada como se não tivesse me dito nada? Por que eu devo pensar nos seus sentimentos quando não se importa com os meus?

 — Eu havia terminado com ela exatamente por conta dos meus pensamentos depois de ter te reencontrado, e ela veio aqui para me entregar alguns pertences que deixei no apartamento dela, estava apenas conversando. Você nos viu fazendo  algo demais?

 — Não ...  — confesso, não vi eles se abraçando nem nada, só conversando mesmo.

 — Está com tanto ciúmes a ponto de enxergar coisas que nem aconteceram?  — perguntei sorrindo, achei ele muito convencido, por conta disso não respondi nem olhei para ele.

 — Você e o Ayato tem muito em comum, ambos se acham o último biscoito do pacote. Só podiam ser realmente irmãos. — resmunguei baixo indo para meu quarto me vestir.

Ele me seguiu e segurou minha mão, virei  para ele nervoso só por encará-lo, seus olhos estavam fixos no meu, o que me tirava toda calma, aposto que ele sentia todo meu corpo tremer só pelo toque. 

 — Eu gostaria de tentar namorar você, Gabriel. Posso?

 — O... O... O quê? Oi? Do que... Você...— fui pego de surpresa, eu não sabia o que falar, alias, eu acho que devo ter batido a cabeça e estou imaginando tudo isso enquanto me afogo na banheira.

 — Devo ser mais persuasivo? — depois de dizer isso, ele soltou minha mão e segurou meu rosto me forçando a encará-lo. Eu estava muito tenso, podia sentir o calor de suas mãos em meu rosto e como ele se aproximava devagar dos meus lábios até selar com um beijo o encontro. 

Não pode ser real o Yuri me beijando. Sonhei tanto com essa cena na adolescência que não pode ser possível que ela seja real. Porém, o Yuri era muito real, tão real que fez seu corpo todo estremecer. Oh, meu céus! Eu estou somente de toalha e meu corpo é extremamente sensível, eu já estou excitado, ele vai ficar com nojo quando perceber e meu coração ficará em pedaços, eu não posso deixar isso acontecer! O afastei de mim, empurrando-o para longe. Segurei forte a toalha no meu corpo, e sentei na cama para desfaçar o volume.  

 — Eu não sou uma garota, Yuri! As coisas nesse tipo de relacionamento não é igual!  

 — Eu sei que você não é uma garota. Não sou cego.

 — Se você sabe, por que me beijou? Você não é hétero? Sabe, quando alguém me beija assim, eu fico excitado como todo homem normal! Você... Você sabe o que é isso? Tenho certeza que não poderia lidar com uma situação dessa. Você ficaria com nojo! 

 —Foi por isso que me afastou? Você ficou excitado com um beijo somente? — ele deixou um sorriso idiota sair em seu rosto me deixando irritado. 

 — Não fique contente com uma besteira dessas! Você não é o único capaz de fazer isso, fique sabendo! 

 Ele ajoelhou-se na minha frente, e repousou suas mãos em minha coxa.  

 — Eu desejo seu corpo Gabriel, sempre desejei, só não tinha coragem para encarar esse meu desejo. — ele pegou minha mão e desceu até sua calça, pude sentir o volume avantajado dentro dela. Eu acho que terei uma parada cardíaca, meu coração está batendo de modo anormal. — Viu? É como eu fiquei só por te ver seminu.— disse surrando em meu ouvido.

 Ele começou a lamber o contorno da minha orelha,  eu já não podia mais me controlar. Seus beijos e lambidas ficavam intensos, eu não queria pensar nas consequências que aquilo poderia repercutir depois que o fogo abaixasse.  Estava feliz e receoso que ele se arrependesse no meio do caminho, mas não parecia que aquilo iria acontecer. Yuri estava sério e parecia viajar no seu próprio prazer pessoal em me tocar, quando me deitou na cama, começou a beijar meu peitoral, eu fiquei tímido e com medo dele olhar o meu corpo, ainda mais que as luzes do quarto estavam acessas. Não tenho confiança em transar com alguém que só pegava mulheres. Sou magro e um pouco esguio, porém, estou longe de parecer uma garota. Não tenho seios ou curvas estonteantes, e provavelmente não esboço um rosto fofo quando excitado.  

 — Yuri... par... pare. — pedia enquanto ele lambia minha barriga em volta do umbigo.  

 — Você não quer fazer isso comigo?  

 — Não é isso... — como explico de uma maneira que não me sinta tão pra baixo? — Eu... eu sou diferente de uma garota... Meu corpo não é excitante para você chegar tão longe. 

 — Eu não acabei de te provar que já estou excitado só por te tocar? Gabriel... — sussurrou meu nome ao deitar-se sobre mim — Tocar você, me deixa excitado. Eu sempre quis sentir seu corpo, na época da escola eu me masturbava pensando em você nu, por isso às vezes agia estranho ao seu lado, estava constrangido comigo mesmo.  

 Coloquei as mãos no rosto para esconder o quão envergonhado estava em ouvir aquilo. Era muita informação boa para aguentar. Ele removeu minhas mãos e beijou minha boca. Logo senti sua mão apertando-me embaixo, e não conseguir segurar o gemido. 

 — Ahrrr...  

 — Eu me controlei tanto tempo... Acho que .... Eu não consigo mais... — ele removeu a toalha do meu corpo, me deixando completamente nu em cima da cama, logo começou a despir-se também. Seu corpo atlético era lindo, quantas vezes sonhei com ele? Mal, posso acreditar que finalmente estou tão próximo do Yuri. Resolvi deixar o pudor de lado e tocar seu corpo antes que aquele sonho acabasse. Levei minhas mãos naquele abdômen definido e comecei a acariciá-lo, percorria os dedos em seu peitoral até a barriga, enquanto ele me beijava selvagemente. Queria sentir o quão excitado por mim ele estava, então toquei sua virilidade e ele gemeu ao sentir minha mão naquele local, comecei a massageá-lo enquanto ele movia-se em cima do meu corpo. A troca de beijos era ousada, dávamos mordidas e chupões um no outro. Esfreguei seu membro no meu, e começamos a arrastar-se em cima da cama, uma série de movimentos buscando prazer, mas eu queria senti–lo dentro de mim, então comecei eu mesmo, a preparar-me para sua entrada com meu dedo. Ele me olhava fascinado, nunca vi Yuri com aquele olhar, ele estava muito estimulado, parecia uma criança esperando receber seu brinquedo novo. Peguei novamente seu membro e coloquei aos poucos dentro de mim, ele ajudava empurrando mais e mais. Eu sentia que iria morrer, queria gozar antes mesmo dele entrar totalmente, somente pela excitação de ter Yuri daquele jeito.  Quando finalmente tornamo–nos um, ele me envolveu nos seus braços em uma dança com um ritmo perfeito. O meu corpo pegava fogo, era uma sensação deliciosa, uma fantasia tornando-se real! Nossas bocas buscavam-se com sofreguidão, tudo tão mágico, tão irreal.  Yuri me enchia por completo de desejo e felicidade, acho que morri e voltei quando chegamos ao clímax.  

 Deitado ao meu lado, ele ria consigo mesmo. 

 — Isso me torna gay?  

 — Acho que Bissexual. — respondi.  

 — Eu não imaginava que seria tão bom... — disse virando-se para o meu lado e novamente me envolvendo em seus braços. — Eu realmente gosto muito de você, Gabriel, hoje eu tive certeza disso.  

 Eu não consigo controlar as lágrimas em meus olhos, estava tão feliz que mal conseguia responder a sua declaração, e de repente um choque estalou-se em minha mente: Ayato! Deus, será possível que ele estivesse mentindo sobre ter parado de me vigiar dentro de casa? E se for mentira, ele acabou de me ver transando com seu irmão? Sentei na cama em pânico. Por quê? Por que eu estava tão desesperado por isso? Por que meu coração ficou pesado dessa maneira? Por quê?



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