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História Egoist- Sua vida cabe em minhas mãos. - Máscaras


Escrita por: T0ki

Capítulo 25 - Máscaras


 

Levantei da cama e me limpei com o short úmido que havia usado na piscina, sem nem olhar para o seu rosto, sai do quarto. Sentia nojo e raiva de mim. Estou sempre cometendo um erro atrás do outro, sinto-me intoxicado pelo Egoist, ele está acabando com todos os meus planos de futuro do lado do Yuri. Como poderei encará-lo depois do que aconteceu hoje? Minha cabeça doía, não sei se era pela raiva ou pelo peso da consciência. Eu precisava sair o mais rápido que podia dessa casa, acelerei o passo nas escadas ao invés de pegar o elevador, não queria correr o risco dele me alcançar, apesar que não vi sinal de sua pessoa tentar me seguir.

Janaína estava deitada do lado da Sayuri naquelas cadeiras de beira de piscina, agachei-me do seu lado e sussurrei para que fossêmos embora.

— Por que? O que aconteceu? — perguntou ela sem entender.

— Depois te explico, eu só quero ir embora agora. Por favor, vista suas roupas e vamos comigo. — disse pegando sua bolsa para adiantar o processo.

— Aconteceu alguma coisa? — perguntou Sayuri removendo o óculos escuros que usava, eu podia jurar que vi um sorrisinho malicioso em seu rosto. 
       — Você sabia não era? Foi tudo armado por vocês dois.—  a acusei.

— Do que você está falando, Gabriel? Não teve um sono confortável? Quer que eu peça a algum empregado que prepare um chá relaxante para você? 

Eu sentia um clima irônico da parte dela toda vez que abria a boca, posso está enganado, mas sinto que ela está envolvida nesse plano.

— Você me fez dormir no quarto do Ayato de propósito para que o Yuri entendesse tudo errado caso chegasse, não foi? Você sabia que ele chegaria em casa,  e mesmo assim, nenhum momento foi me avisar que ele estava aqui. 

— Desculpe, mas nem mesma eu vi ele chegar. Você viu, Janaína?_ perguntou ela.

—Não, pelo menos por aqui ele não passou.— respondeu Jana tentando se situar na conversa.

— Viu? Você está me acusando injustamente por algo que nem fiz. Eu somente te ofereci um quarto para descansar como queria, eu não te vi saindo dele mesmo sabendo quem era o dono. Se o meu irmão entrou no quarto dele e vocês fizeram algo que não deveria, por que a culpa é minha? Não é você a pessoa comprometida que devia se manter fiel ao seu namorado? Ou será que estou enganada? 

Finalmente a máscara da Sayuri caiu. Ela realmente estava envolvida nisso tudo junto com o Ayato, provavelmente ela sabia que ele estava em alguma parte dessa enorme mansão. Me sinto estúpido por ter caído tão facilmente nesse plano e acredita em suas boas atitudes. Mal posso me defender quando eu sei que estou errado, eu deveria ter saído assim que percebi que era o quarto do Ayato. 

— Como você sabe se ele traiu ou não o Yuri?— perguntou Jana.

— Alguma dúvida? Olhe como ele está transtornado e tenta a qualquer custo jogar a culpa dele para cima de mim. 

— Eu esperava essa atitude vindo do Ayato que não suporta o Yuri e é bem explicito quanto a isso, mas de você? Eu estou surpreso. Você se faz de boa irmã na vista dele, que o entende, que quer o bem do Yuri quando na verdade você o apunhala pelas costas.— desabafei.

— Eu o apunha-lo pelas costas? Foi você quem o traiu, não eu!— gritou irritada, ela parecia ter perdido o controle totalmente— Você é um verme que surgiu para destruir a vida dos meus irmãos, foi você quem se intrometeu entre a gente.  O Yuri era um ótimo rapaz antes de te conhecer, agora as pessoas ficam cochichando sobre ele pelos cantos por estar saindo com um homem. Você suja a imagem e reputação dele, você afastou ele de mim. Eu era a única pessoa que importava para o Yuri, a única que o apoiava e estava com ele em todos os momentos. Daí você surge do nada fazendo a cabeça dele e do Ayato. Você não merece está do lado dele, eu mereço! 

— Você fala como se o visse como um homem e não como um irmão. — falei.

Para minha surpresa ela ficou vermelha e tentou não me encarar, ela passava as mãos pelos cabelos freneticamente como se tentasse disfarçar a resposta.

— Oh, Meu Deus! Você é apaixonada por ele! — exclamei com nojo.

— Eu o amo sim!— assumiu orgulhosa — E agora ele irá saber que sou a única pessoa confiável ao seu lado, que você o traiu com o irmão mais velho dele em sua própria casa assim que ele virou as costas. Você não vale nada!

— Quem não vale é você! Ele é seu irmão apesar de meio-sangue. Se eu trai o Yuri você fez muito pior, fingindo ser amiga dele enquanto armava pelas costas dele com o Ayato. Você é nojenta.

— Cale-se, seu imundo! — ela veio para cima de mim tentar me dar um tapa, mas a Janaína se enfiou entre nós dois e deu um tapa bem sonoro em sua face.

— Eu já ouvir absurdos demais saindo da sua boca. Ele não pode te bater por ser uma mulher e sei que ele não bateria porque diferente de você ele tem princípios. Mas, eu posso bater por ele, e se continuar falando suas asneiras, eu não irei me controlar e não ficaremos só no tapa. — disse Jana bem séria.
Ela engoliu em seco e se afastou. 

— Vão embora da minha casa, não se preocupem que eu contarei ao Yuri o que aconteceu de verdade. 

— Vamos, Jana. Eu não aguento ficar nem mais um minuto aqui olhando para essa garota. 

Saímos da mansão, pegamos um Uber do lado de fora para voltarmos para casa já que o ponto de ônibus era em outro bairro muito distante para irmos a pé. Comecei a pensar na relação do Yuri com a Sayuri. Eu me lembro o Egoist comentar que ela só veio a conhecer ele no inicio da adolescência, talvez por esse motivo ainda não havia se acostumado a vê-lo como seu meio-irmão e acabou nutrindo esse sentimento por ele. Em meu apartamento, contei a Jana tudo que aconteceu entre mim e o Egoist naquele quarto. Ela ficou indignada.

— Gabriel, você precisa denunciá-lo! Isso é estupro! — reclamava ela com a mão na cintura na minha frente.

— Não foi bem um estupro...

— Claro que foi! Você estava dormindo, ele abusou do seu corpo. Não é porque você estava dormindo no quarto dele que ele tem o direito de usar seu corpo só por está lá. 

— No começo eu realmente pensei que estava sonhando, mas depois eu percebi que era ele de verdade e mesmo assim continuei lá fazendo o que não deveria. Eu sou o pior. O Yuri ficará arrasado quando ficar sabendo disso, ele vai terminar comigo. Eu traí a confiança dele e a Sayuri vai está lá para piorar ainda mais minha situação. — escondi a cabeça entre as mãos querendo sumir da face da terra.

— Você tem essa mania de fica poupando esse cara das atitudes erradas dele, sabe o que mais, estou começando a acreditar que no fundo você tem interesse nele por isso vive se sabotando. Tudo que ele faz de errado você tem uma desculpa para explicar e por fim aceitar os absurdos dele. 

— Não tem nada a ver! Por que todos vocês querem decidir por mim sobre quem eu gosto? Estou cansado, vou dormi. Feche a porta quando sai.

Entrei em meu quarto trancando a porta atrás de mim, me joguei na cama nervoso. Confesso que sinto uma atração física muito forte pelo Egoist, mas isso não quer dizer que eu o ame como amo o Yuri. São coisas totalmente diferentes. Eu somente tenho azar em minhas relações, e costumo ser fraco com tentações. Eu não presto, essa é a verdade. Ninguém merece ter alguém como eu sendo seu namorado. Não sou digno de confiança nem de lealdade. Não quero ver os olhos tristes de decepção do Yuri, não quero que a Sayuri faça sua cabeça contra mim. Eu não sei o que deve fazer agora. 



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