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História Ei, Garoto! - I - Maldito Subúrbio


Escrita por: LadyBoy_Blue

Notas do Autor


Olá... eu sou Blue!
venho com minha primeira fanfic, e espero ansiosamente que gostem!
costumo me envolver mais com o gênero Yaoi, por conta da facilidade com Lemon ( experiências? talvez )
Bom, apreciem.

Enjoy it!

Capítulo 1 - I - Maldito Subúrbio


Fanfic / Fanfiction Ei, Garoto! - I - Maldito Subúrbio

Uchiha Company Mobile.

A empresa estava movimentada... era sexta-feira, e como de costume os funcionários comemoravam alegres pelo fim do expediente, finalizando seus relatórios e cumprindo as ultimas tarefas . Porém, para Uchiha Itachi a sexta-feira não era lá tão interessante.  Sua personalidade fria e extremamente séria  combinava terrivelmente com o cargo de presidente que ocupara na Empresa de seu pai, o temido Fugaku.

Apesar de seu mau humor constante, ele se dedica seriamente ao seu trabalho, nem se importando em passar algumas horas a mais para concluir o relatório das vendas e contratos fechados. Colocou os papeis sobre sua mesa, e recostou a cabeça sobre a cadeira macia de couro, fitando perdidamente a paisagem através da grande janela de vidro de sua sala... o céu estava arroxeado, quase anunciando o anoitecer. Apertou o botão do telefone e solicitou serviço de sua secretária.

-Srta Hyuuga, quero um café, como o de sempre.

-Sim, senhor Uchiha! Como sempre, meio amargo e fervendo.

- correto, obrigado- Desligou o telefone, logo solicitando outra chamada, desta vez ao seu amigo e chefe do departamento de markething-

-Hidan as ordens, chefe.

 -encerre por hoje o expediente, as metas foram cumpridas, só resta a mim o trabalho de analisar as últimas papeladas.

-Sim Sim, han... a propósito, você não vai sair hoje com a gente hoje para beber não é?

-Não. Você sabe que eu nunca curto sair para estes lugares, não sei porque ainda insiste.

-AAAH QUALÉ, o kakuzu e o kisame estão te chamando para sair com a gente, já faz um tempão que não reunimos a nossa gangue!

- continua sendo não..- Desligou o telefone na cara dos amigos, a atitude mais informal que fazia para debochar. – com licença Itachi-sama, aqui está seu café. - Hinata colocou o café sobre sua mesa com muito cuidado, dado ao monte de papeis que havia acima da mesma.- Obrigado, Hyuuga. A senhorita está dispensada por hoje, pode ir- falou o moreno, sem tirar os olhos dos papéis que analisava, logo em seguida dando um pequeno gole em seu café.

-Arigatou. Já nee. – a moça de olhos perolados despediu-se, fechando a grande porta de vidro.

As horas passaram lentamente, e com muito sacrifício e dedicação, enfim, assinou os últimos documentos necessários para o fechamento do semestre. Pegou o seu terno, as chaves do seu carro, e seguiu para o elevador onde entrou silenciosamente.

#######

Estava dirigindo seu carro. Entediado,  queria apenas relaxar.. todo este trabalho estava lhe custando os nervos. O sinal vermelho só piorou seu estresse- ah! Ótimo, que porcaria de lugar é esse? Um semáforo em cada esquina? –resmungou enquanto aguardava uma imensa fila de carros a sua frente. Impaciente e cansado, resolveu pegar um atalho para fugir da grande avenida desgraçada... seguiu como o seu GPS fora lhe indicando, cortando ruas e ruas...

–‘Diabos. Onde é que estou? Nada aqui se parece com o meu bairro.. já tem horas que estou dirigindo e nada’ - pensou até que com seus lapsos de raiva, esmurrou o pobre aparelho com defeito, o desligando para sempre. – está ótimo. Agora vou ter de pedir informação a qualquer um. – com seu ar de superior, olhava de forma medíocre as ruas e vielas onde passava.

Subúrbio. Ali definitivamente não era lugar para Uchiha Itachi. Fora passando ruas e ruas, e pelo horário avançado da noite, não conseguia encontrar uma alma viva. Parou o carro numa pracinha escura, e recostou a testa no volante, na esperança de aliviar a tensão...

-Toc toc toc.

Ouviu-se um barulho batendo no vidro da porta, o qual o assustou levemente. Desconfiado, olhou pela escura janela fumê até perceber que se tratava de um adolescente. Com muito cuidado, abaixou o vidro lentamente, até ver totalmente o rosto de quem o ‘importunava’. Olhos azuis, pele clara e longos cabelos loiros... um sorriso meigo e doce... oras. O que uma garota tão bonita fazia ali a esta hora? Indagou-se até ouvir a criatura abrir sua boca e de dentro dela sair uma voz da qual o fez pular do banco assustado!

- O senhor está perdido? –perguntou o garoto

“ WTF? Era um homem? Céus, um traveco!!”... sua face contorceu-se num misto de repugnância e frieza

- O que quer? 

--bom... o senhor estacionou aqui na praça... e geralmente só clientes param aqui a procura de garotos como eu e...

-Espera garoto.. clientes? Interrompeu  - Sim! Aqui é onde meninos de rua fazem programa... o senhor não sabia? –indagou o garoto inocente, com a maior normalidade no que dizia

- eu não vim aqui atrás de perversão, ainda mais com moleques de rua – falou friamente, arrependendo-se em seguida após ver o loiro apertar os lábios, abaixar os olhos e ir saindo da janela.

-Ei, Garoto!  Não tenho nada contra o que você faz, só não curto esse tipo de baixaria. Preciso de uma informação, como faço para sair desta zona?

O loiro o observou, e logo deu um sorrisinho de lado

-claro. São 10 pratas.

-O-O-que?! Você esta me cobrando por uma maldita informação?? – gritou incrédulo

-agora são 20. E se retrucar, aumento para 30. –sorriu ainda ao ver o moreno ranger os dentes

-seu moleque de M.... –respirou, e tentou relevar, sacou da carteira uma nota

-tem troco para 50? –bufou-  os olhos do loiro brilharam ao ver a cédula. – moço, por 50 eu mesmo te levo, e ainda ofereço turismo! – o moreno revirou os olhos.

- entra na carro. –  observou o garoto dar a volta e abrir a porta

-pode seguir direto, quando for pra virar eu digo!

Não obteve nenhuma resposta...

Dirigia em silêncio, apenas seguindo as ordens do menor, quanto a direção.

- vira a esquerda, ao lado desse autopeças.... hun... moço, qual é o seu nome? Sorriu.

- O que importa? – o moreno sibilou friamente.

– Eu só quis ser gentil, seu grosso, hun!- o loiro fez um bico e cruzou os braços, numa atitude que seria... infantil?

Passou um momento de silêncio até o mais velho se pronunciar.

-Me chamo Itachi. Não que eu queira saber, de nada me importa. Mas diga teu nome. Ok? – o loiro o olhou de canto de olho, caramba. Que homem mal-humorado.

-pode me chamar de Dei. Assim que me chamam.

-Certo. Então... por que estava naquela praça a uma hora destas. Sua mãe deve estar irada com você, garoto.  

O loiro que o olhava atentamente, baixou os olhos e deu um sorriso esmaecido, voltando a olhar pela janela

-Não tenho mãe.  Perdi quando era pequeno... vira a esquerda, nesse posto de gasolina.  

O moreno o olhou de relance, observando o garoto sem-graça ao lado – sinto muito.

-Não sinta oras. Foi a muito tempo. –suspirou logo dando um sorriso de canto.

Novamente um silêncio... Itachi não entendia o porque mas... queria saber ainda mais sobre o garoto. Sem mãe... fazendo programas...

-Com quem você mora Moleque? – falou tentando demonstrar nenhum interesse

-  tu viu aquela pracinha La onde eu tava?- o moreno assentiu – então, é lá onde moro! Bom, não lá na praça.. eu moro pertinho, num beco ao lado da Pastelaria Chan Li !-sorriu orgulhoso

O moreno ficou pasmo... ele morava na rua? Qual a idade daquele garoto para estar na rua, uns 14? –você mora na rua. é isso mesmo?- teve de perguntar novamente

-sim! Desde pequeno... hoje moro numa caixa de papelão... daquelas de geladeira sabe... é grande, dá pra mim facinho... só fica os pés de fora... mas aí eu dou um jeito. Né? Lá tem cobertor e um colchão! Passar frio eu não passo! – falou o garoto duma forma tão inocente e alegre. o moreno sentiu uma pontada no peito.

“ele tem tão pouco... vivendo numa vida extremamente pobre e miserável... e mesmo assim, continua sorrindo?  ” se perguntava... parou discretamente para observar mais aquele garoto. Um camisão meio encardido... um chinelinho azul com os pés meio sujos, magro além do normal...tendo de se vender. um garoto bonito... tinha de admitir, parecia um anjo... tão entregue a imundice e maldade humana” penalizou-se por dentro. a voz do loiro cortou seus pensamentos

-aqui... essa é a avenida principal! Daqui direto dá pra cidade dos ricos! – Itachi deu um sorriso de canto. – Cidade dos ricos? Como você sabe que sou da “cidade dos ricos”?

-bom... um carrão desse, com ar-condicionado, seu terno... e bom...- corou um pouco- o senhor é muito bonito... cheiroso... logo deve ser rico! Não é?? – sorriu com os olhos, o mais velho realmente era um rapaz bonito

-quase isso. moleque, me diz uma coisa. Porque você faz programa? – o mais velho o olhou fixamente, tentando ignorar o elogio.

-olha moço... as vezes eu vendo no sinal... nem sempre da pra comer. Ai um dia conheci um amigo que fazia e me ensinou... quando o dinheiro não dá, eu vou pra pracinha ganhar um trocadinho. Sorriu falando daquilo tão inocentemente, deixando o moreno perplexo.

-entendi... –pensou um pouco, e tirou mais uma nota de 50 da carteira.- se eu te der isso, prometa que vai lá pra sua caixa-de-papelão-casa, não se arrisque por hoje certo? Isso é perigoso moleque. Como pretende voltar?

-não esquenta moço! Eu sou da rua, sei me virar!! Muito Obrigado mesmo! É muito dinheiro! – comemorava o loiro vendo as duas notas de 50 em suas mãos. Abriu a porta do carro, fechando-a logo o olhando através da  janela  – tchau moço!!

 o moreno buzinou em forma de aceno.

 Itachi Parou um tempo... pensou...  saiu do carro e gritou – Dei, espera!! – mas o garoto havia sumido diante as ruas frias e vazias de comercio fechado

Sorriu de lado, entrou em seu carro novamente e deu a partida.

“Espero que se cuide, pirralho” – pensou consigo mesmo.

Estaria o grande Uchiha Itachi pela primeira vez se preocupando com algo além a si mesmo?  

 


Notas Finais


# Então. é isso.
Amores e Amoras,
Obrigado por chegarem até o final. próximo Post a vista!
se gostaram, favoritem. com certeza amarei seu comentário. isso com certeza é um ótimo incentivo.
Até o próximo capítulo. <3


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