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História Ei Lucy, sabe que eu te amo né? - Capítulo Doze.


Escrita por: LunaHeartfilia3

Notas do Autor


Oi Oi gente <3
Como estão?
Eu estava ansiosa para postar esse capítulo :3
Espero que gostem e obrigada a quem comentou e favoritou :3
Boa Leitura.

Capítulo 13 - Capítulo Doze.


Quando entrei, vi minha mãe e Virgo no sofá assistindo um filme na Tv.

- Cheguei. – Anunciei.

- Oi filha. Se divertiu? – Minha mãe deu batidinhas ao seu lado no sofá, me chamando para sentar e contar sobre o dia.

- Sim. Wendy é um amor. – Me sentei como ela pediu.

- Ela cresceu bastante desde que chegou. – Virgo falou, provavelmente se lembrando de quando a conheceu – Grandine trouxe ela aqui quando a adotou. Ela era toda tímida. – Sorriu ao terminar de falar.

- Como foi o passeio?

- Foi legal. Assistimos o novo filme do Homem-Aranha no cinema, depois comemos e levamos Wendy para jogar nos jogos que tem lá. – Mostrei o Momon para elas – E ganhei um pássaro de pelúcia.

As duas sorriram, senti meu celular vibrar e peguei para ver o que era. Uma mensagem de Erza.

“Caramba, você morreu? Por que não me atende?” – De Ruiva Invocada

Junto dessa notificação mostrava 10 chamadas não atendidas dela. O que será que aconteceu?

- Mãe, eu vou subir.

- Não está com fome, princesa? Guardei um pouco do jantar para você. – Virgo falou sorridente.

- Obrigada Virgo, mas comi bastante lá.

Dei um beijo na bochecha de cada uma junto com um boa noite e subi. Me troquei rapidamente e liguei para Erza. Ela atendeu no terceiro toque.

- Erza? Desculpe pela demora em te responder.

- Onde você estava? – Sua voz demonstrava irritação.

- Eu sai com o Natsu e a Wendy. O que aconteceu? – Respondi preocupada.

- Nada. – Seu tom de voz ficou baixo – Só queria te contar sobre a minha conversa com o Jellal.

- E como foi?

- Eu falei que não queria esse clima estranho entre nós e para esquecer tudo que aconteceu.

- E o que ele respondeu? – Perguntei enquanto deitava na cama.

- Respondeu que tudo bem, que o importante é a nossa amizade. Não sei exatamente que tipo de reação eu esperava que ele tivesse, mas confesso que senti uma pequena tristeza ao ouvir sua resposta. – Ouvi um suspiro – Mas foi meio estranho, ele pareceu decepcionado. Não sei muito bem, não entendo o que se passa na cabeça dele. Homens são tão complicados. - Consegui imaginar a ruiva revirando os olhos.

- Verdade. – Respondi com um sorriso fraco.

- E ainda falam das mulheres.

- O ser humano é complicado.

Soltei um suspiro e ficamos em silêncio durante alguns minutos.

- Então você saiu com o Natsu? – Ela mudou de assunto. Consegui visualizar o sorriso malicioso que provavelmente estava em seu rosto.

- E com a Wendy. – Completei.

- É só comprar alguma comida que ela faz qualquer coisa que você quiser, além de que tenho certeza de que ela está doida para o Natsu terminar logo com aquela cobra loira. E qual a melhor candidatada para tomar o lugar dela do que você?

Revirei os olhos.

- Você pensa muito longe Erza.

- Eu só disse a verdade.

- Não aconteceu nada demais.

- E onde foram?

- Ao cinema.

Contei sobre a suposta tristeza sobre a viagem dos pais que Wendy fingiu sentir para convencer Natsu a leva-la ao cinema. Sobre o filme que assistimos e a nossa derrota no jogo de dança.

- E ainda ganhei um pássaro de pelúcia. – Terminei de contar.

- Como ganhou?

- Num jogo de mira com arco e flecha.

- Mas você é péssima de mira.

- Natsu me ajudou. Mas sabe, - Ouvi um murmúrio, insinuando que estava me ouvindo – depois que acertei, vi ele olhando para alguma coisa e fechar a cara. Mas não consegui ver o que era e foi tão rápido que quase penso que foi imaginação minha.

- Estranho. Talvez ele tenha visto alguém que não goste.

- E tem alguém que ele não goste?

Nunca vi Natsu implicar com ninguém. Só com o Hibiki aquele dia, mas não acho que tenha sido ele.

- Pensando bem, nunca vi ele ter problemas de verdade com alguém. Não imagino quem pode ter sido.

 Ficamos em silêncio por um tempo.

- Mas como você ficou depois de sua conversa com o Jellal? – Retomei ao assunto do início da ligação.

- Ah fiquei um pouco chateada, mas estou bem agora. Não vou chegar ao fundo do poço porque o cara que eu gosto quer apenas minha amizade.

- Me promete que vai ficar bem?

- Eu estou bem, Lucy. Sério.

- Eu te conheço muito bem Erza, você só está se fazendo de durona. Me promete que vai ficar bem.

- Ta. Prometo.

- E promete que se sentir vontade de chorar vai vir correndo me falar.

- Como você é exagerada. Não vou chorar. – Suspirou – Mas se qualquer coisa acontecer, prometo que vou correndo te falar.

- Tudo bem. É uma promessa de dedo mindinho viu.

Ouvi sua risada.

- Certo. Promessa de dedo mindinho.

Esse era nosso jeito de fazer promessas desde crianças. Na primeira vez que brincamos juntas, prometemos desse mesmo jeito que seriamos amigas para sempre e a partir disso, todas as promessas que já fizemos foi de dedo mindinho. Fiquei feliz em ter certeza que isso não mudou.

- Melhor nós irmos dormir. – Ela falou depois de alguns minutos de silêncio.

- Sim. – Concordei – Boa noite, ruiva.

- Boa noite, loira.

 

[...]

 

Acordei me sentindo muito cansada, o que era bem estranho. Dormi logo depois de encerrar a ligação com Erza, e era até cedo para dormir, então acabei dormindo mais do que o de costume e ao invés de acordar disposta e cheia de energia, sinto que fui atropelada por um caminhão. Talvez um banho faça eu despertar.

Me arrastei da cama até o banheiro e a sensação da água morna caindo sobre mim foi uma das melhores. Estava tão relaxante que eu poderia dormir de novo. Encostei minha cabeça na parede e fechei os olhos, sentindo as gotas do chuveiro caindo como uma chuva sobre mim. E quase dormi de novo.

- Acho que o banho não está ajudando tanto quanto eu esperava. – Murmurei de olhos fechados.

Desliguei o chuveiro e fui me arrumar para a aula. Coloquei o uniforme e me observei no espelho. Senti vontade de fazer alguma coisa diferente no cabelo, talvez prender de um modo diferente. Decidi fazer uma simples maria-chiquinha.

- Ficou bom. – Sorri satisfeita com o resultado. Me senti um pouco mais disposta – Talvez o banho tenha ajudado mesmo.

Desci para o café da manhã. Virgo estava sozinha na mesa da cozinha.

- Bom dia Virgo. Meus pais já foram? – Perguntei estranhando a ausência dos dois.

- Sim. Você demorou um pouco mais para acordar.

- Estou atrasada? – Franzi o cenho.

- Muito atrasada, não. – Ela respondeu me olhando – Mas vai precisar andar rápido.

O dia que eu durmo mais cedo, me atraso para a escola. É Deus me falando que não devo dormir cedo?

Não quero ir correndo para a escola. Peguei uma maçã e me despedi de Virgo. Andei um pouco mais rápido que o costume. Cheguei na escola um pouco cansada e sentindo minha garganta seca, preciso beber água. Natsu tem razão, eu sou uma sedentária.

- Bom dia meu doce.

Respirava fundo, tentando recuperar o fôlego quando ouvi a voz. Olhei para o lado e vi uma Erza muito sorridente. Estranhei.

- O que aconteceu? – Perguntei achando estranho seu humor.

- Não posso estar feliz, não? – Ela cruzou os braços e revirou os olhos.

- Pode, mas você nunca está de bom humor de manhã.

- Hoje é diferente.

- Por quê?

- Sinto que alguma coisa boa vai acontecer. – Descruzou os braços e sorriu para mim – E eu te prometi que ficaria bem. Promessa de mindinho não se quebra.

 Sorri para ela, achando graça de sua atitude.

- Bom dia garotas.

Gray apareceu com Juvia. Os dois me olharam estranho.

- O que aconteceu Lucy? Correu uma maratona? – Juvia perguntou. A olhei sem entender. – Você parece cansada e ofegante.

Sua fala fez eu me lembrar de que precisava tomar água.

- É o sedentarismo. – Natsu apareceu com seu sorriso costumeiro.

- Cala a boca, Natsu. – Respondi revirando os olhos.

- Nossa Luce. Ótimo dia para você também.

Me contentei em revirar os olhos mais uma vez, ele apenas riu da minha cara.

- Eu acordei um pouco atrasada hoje. – Expliquei – E tive que vir mais rápido. Vou tomar água antes que o sinal bata.

Fui em direção ao bebedouro, Juvia e Erza me acompanharam.

- E você Erza? O que aconteceu? – Juvia perguntou com a sobrancelha levantada.

- Caramba, não posso estar um dia de bom humor? – Erza se irritou.

- Pode ué. Só não estou acostumada a te ver feliz de manhã cedo.

Ela bufou e eu ri junto de Juvia. Fiquei quase cinco minutos bebendo água e quando me senti satisfeita, o sinal bateu e começamos a correr para conseguir entrar antes da professora, chegamos praticamente juntas. A professora Evergreen nos olhou irritada. Fomos para nossos lugares e Erza começou a conversar normalmente com Jellal, Levy e Gajeel me deram um aceno. No caminho para meu lugar, vejo uma loira me olhando com um olhar assassino.

Revirei os olhos. Qual o problema agora?

Ignorei seu olhar e me sentei em meu lugar. Me sinto cansada de novo, preciso começar a fazer algum exercício físico.

As aulas passaram rápido e eu me sentia cansada e com sono. Quando saímos para o intervalo e nos sentamos em uma mesa, meu primeiro ato foi deitar minha cabeça na mesa.

- Qual o problema, Lucy? – Levy perguntou dando um leve chute em minha perna por de baixo da mesa.

- Parece que está morrendo. – Gajeel me observou.

- Me sinto muito cansada. – Respondi ainda de cabeça baixa.

- Você dormiu mal? – Jellal perguntou.

- Pior que não. Dormi cedo, mas acordei acabada. – Respondi levantando a cabeça para olha-los.

- É só preguiça. Hoje você compra nosso lanche. – Juvia falou me enxotando da mesa.

- Por que eu? – Perguntei desanimada.

- Porque você quase nunca vai.

Gray respondeu rindo. Contra a minha vontade, me levantei e fui até a pequena lanchonete que tinha na escola. Fiquei na fila esperando minha vez e comecei a observar a multidão de alunos que ficavam por aqui nessa hora, mas o que me chamou a atenção, foi um casal que estava um pouco afastado de todos, aparentemente brigando. Jenny parecia histérica e Natsu não dava a mínima atenção para o surto dela, só escutava tudo. Conhecendo como o conheço e pelo jeito que sua postura está, tenho certeza que ele não está prestando atenção em nenhuma palavra que ela está falando. Ele faz bastante isso quando não está interessado em algo.

- O que deseja senhorita? – A moça da lanchonete perguntou, fazendo eu desviar a atenção da briga do casal.

-Ahn quero... – Na verdade eu não sabia o que eles queriam comer, comecei a olhar as coisas que tinham e decidi que levaria uma coisa que todos gostam – Quero seis pedaços de pizzas e sete sucos de laranja de caixinha.

A moça saiu para pegar o que eu pedi. Voltei a olhar o casal, olhei a tempo de ver Jenny sair irritada do lugar e Natsu se virar, dei risada ao vê-lo revirar os olhos. Ele me viu e veio em minha direção.

- Aqui está. – A moça me entregou tudo, seria um pouquinho complicado levar tudo sozinha para a mesa.

- Obrigado, Bia. – Natsu agradeceu pegando um pouco das coisas para me ajudar.

- Oi Natsu. Chegou uma novidade aqui na lanchonete. – A moça da lanchonete que graças a Natsu descobri que se chama Bia, falou animada.

- O que? – Ele perguntou interessado.

- Uma máquina de sorvete. – Natsu abriu um sorriso – Os sabores são morango, chocolate e creme e tem sorvete na casquinha também. Minha mãe ainda vai comprar umas caldas para agradar mais o pessoal.

- Tia Dulce sabe mesmo como agradar. Qualquer hora venho comprar um de chocolate. Até mais Bia.

Andamos em direção à mesa.

- Obrigada por me ajudar. – Agradeci.

- Meu coração amolece ao ver uma pessoa frágil como você carregar tudo sozinha. – Um sorriso irritante estava em seu rosto.

- Idiota. – Murmurei – Você parece bem íntimo da moça da lanchonete.

- Está insinuando alguma coisa ou é só ciúmes mesmo? – Ele perguntou franzindo o cenho.

- Não tenho ciúmes de você. – Revirei os olhos.

- Bia é amiga da maioria dos alunos. – Ele explicou. – Você não a conhece porque não vem muito aqui.

Não sei se devo perguntar se ele está bem, realmente não parece que se importa por ter acabado de brigar com a namorada. De qualquer forma, isso não é de minha conta.

- Que demora, Lucy. – Gray falou.

- Não reclame. – O olhei irritada.

Natsu e eu colocamos as coisas na mesa.

- Você trouxe pizza para todos? – Levy perguntou insatisfeita.

- Eu não sabia o que iriam querer. Então trouxe pizza porque todo mundo gosta de pizza.

- Não às 10 da manhã. – Juvia demonstrou sua insatisfação também.

- Eu gostei. – Gajeel pegou seu pedaço. – Mas podia ser refrigerante no lugar do suco.

- Vocês reclamam demais. – Me emburrei - Na próxima vocês que vão comprar.

Falei irritada.

- Podia ter trago meu bolo de morango. – Erza pegou seu pedaço desanimada.

- E você não pegou para mim. – Olhei irritada para Natsu.

- Você nem estava aqui.

- Está muito estressada, Lucy. Se acalme. – Jellal falou sorrindo.

Apenas revirei os olhos e fiquei em silêncio enquanto tomava meu suco.

- Qual é a próxima aula? – Gray perguntou.

- Educação física.

Tinha esquecido que hoje tem essa aula chata. Me acostumei com o professor Scorpio e com sua aula, mas isso não significa que criei algum gosto por ela. Educação física continua sendo a pior aula para mim.

Quando o intervalo acabou, fomos direto para o vestiário como de costume. Coloquei o uniforme e prendi o cabelo em um rabo de cavalo. Fomos para a quadra e formamos um círculo.

- Bom dia alunos. – Scorpio apareceu e se juntou ao círculo – Hoje vamos ter uma aula um pouco diferente. Estou achando que os rapazes estão com muito corpo mole. – Os meninos começaram a murmurar em protesto – Silêncio. As meninas vão ficar aqui jogando queimada e os rapazes vão ficar na área verde praticando exercícios físicos. – Mais protestos por parte dos meninos – Se vocês se comportarem, deixo jogar uma partida de basquete antes do fim da aula. Vamos rapazes e garotas, já venho dividir as duas equipes para a queimada.

Dito isso, saiu com os meninos.

- Seria bom se esses exercícios físicos fossem para você. – Natsu falou ao meu lado.

- Por acaso está me chamando de gorda? – Perguntei

- Gorda não. Sedentária.

- Anda logo, Natsu. – O professor o chamou.

- Isso já está repetitivo e chato. – Revirei os olhos.

Com um sorriso, correu junto dos outros meninos.

- Oi Lucy. – As gêmeas Strauss vieram até mim – Como está? Não temos conversado muito. – Mira sorriu.

- Estou cansada, mas estou bem. – Respondi.

- A aula ainda nem começou para você estar cansada. – Lis franziu o cenho.

- Não acordei muito bem.

Erza, Juvia e Levy vieram até nós. Fiquei em silêncio enquanto elas conversavam entre si. Essa camiseta e esse short-saia são muito colados e me deixa incomodada.

- Eu realmente detesto esse uniforme – Falei me olhando.

- Mas você fica bem gostosa nele. – Erza falou maliciosa.

Revirei os olhos para ela.

- Achei que você tivesse entendido meu recado. – Jenny apareceu do nada e ficou de frente para mim.

-Do que está falando? – Perguntei já sem paciência.

- Se afasta do meu namorado. – Ela falou com voz autoritária.

Olhei bem em seus olhos e soltei uma leve risada.

- Sinto muito, mas não vai dar. – Sorri cinicamente para ela.

- Eu não estou brincando. – Me olhou com raiva.

- E eu estou com cara de quem está brincando? – Revirei os olhos.

Percebi olhares em nós. Erza estava como um animal, pronta para atacar a qualquer momento. Jenny se aproximou mais e segurou meu braço, fincando suas unhas nele. Senti minha pele sendo levemente machucada.

- Você não faz ideia do que eu sou capaz, Heartfilia. – Olhava furiosa em meus olhos, sustentei seu olhar.

Qual o problema dessa garota? É tão difícil me deixar em paz?

-Você está ameaçando ela? – Erza parou ao meu lado, a fuzilando com os olhos.

- Solta o meu braço. – Falei séria.

Ela me olhou e foi sua vez de dar um sorriso sínico.

- Estou apenas dando um recado, mas entenda como quiser.

Me soltou e saiu andando. Olhei para meu braço, estava muito vermelho no lugar que antes estava suas unhas.

- Juro que ia quebrar a cara dela se ela não saísse logo. – Erza cruzou os braços.

- Se juntem aqui meninas. – O professor voltou – As que tem as iniciais do nome de A a L, serão o time X e as que tiverem as iniciais de M a Z, serão o time Y. – Explicou – Time X, lado direito da quadra e time Y lado esquerdo. É um jogo de queimada normal, porém já que só tem meninas, para dificultar só um pouco, vocês jogarão com essa bola que é um pouco mais pesada que a normal. – Mostrou uma bola vermelha. – Sem brutalidade e podem começar.

Cada equipe foi para o seu lado da quadra e o jogo começou. Queimada é praticamente a única coisa que gosto de fazer em educação física. Não sou boa de mira, mas sou boa em desviar. Vou me esforçar para meu time ganhar.

Erza é a mais competitiva e agressiva de nós. E a bola era mesmo mais pesada que uma bola normal, o professor chamou sua atenção duas vezes para que ela pegasse mais leve. Eu estava me dando bem, desviava e me defendia em todas as vezes que a bola vinha em minha direção. Levy foi a primeira de nossa equipe a ser queimada.

- Não se preocupe Levy. Eu me vingarei por você. – Erza falou olhando ameaçadoramente para a garota que queimou Levy.

- Pegar leve, Erza. Sabe o que isso quer dizer? – Juvia revirou os olhos.

O jogo continuou. O forte da outra equipe era a Minerva que estava focada em tirar Erza do jogo.

- Essas duas estão levando o jogo muito a sério. – Lisanna falou para mim.

Em seguida levou uma bolada na perna. Foi uma bolada forte, na hora a perna de Lis ficou vermelha e na hora do impacto, ela se desequilibrou um pouco. Olhei irritada para Minerva que piscou para alguém, segui seu olhar e vi que o “alguém” era a Jenny.

- Então você está mandando ela nos machucar de propósito. – Murmurei.

O jogo continuou. Não restava muitas pessoas nas duas equipes, Erza continuava empolgada e Juvia conseguia se virar. Nessa vez a bola estava com Minerva, ela olhava fixamente para Erza, desviou os olhos por um momento e deu um pequeno sorriso. Ela jogou a bola em uma direção diferente da de Erza e deu para ver que usou consideravelmente sua força nessa jogada, a bola passaria do meu lado, mas Jenny me empurrou e a bola acertou em cheio minha barriga, me fazendo cair sentada no chão.

- Ai. – Murmurei.

- Está tudo bem? – Juvia perguntou ajudando-me a levantar.

- Vou sobreviver. – Respondi baixo e um pouco sem ar.

O impacto foi forte, estava sentindo uma ardência na pele onde a bola foi acertada. Fiz uma careta ao levantar um pouco minha camiseta e ver que estava muito vermelho e um pouco ralado.

- Vou acabar com você.

Ouvi um grito e olhei em sua direção. Arregalei os olhos ao ver Erza agarrando o pescoço de Jenny e começar a chacoalha-lo freneticamente. Juvia correu para segura-la e outras meninas foram fazer o mesmo, o rosto de Jenny estava quase roxo devido ao aperto das mãos da ruiva e dava para ver que ela estava sem ar. Sua única ação era tentar tirar as mãos de Erza de seu pescoço.

- Erza, solte ela.

O professor foi interferir e segurou Erza, afastando ela da loira que caiu sentada no chão ao ter o seu pescoço solto das mãos da ruiva. Algumas meninas foram até ela ver se estava tudo bem.

- Tente machuca-la de novo e eu vou esfregar esse seu rosto anoréxico no asfalto. – Erza gritava e esperneava nos braços do professor – Não mexa com nenhuma de minhas amigas, sua desgraçada.

Me levantei do chão e fui até ela.

- Erza, se acalme. – Cheguei perto.

Ela parou de espernear e me olhou.

- Ela mexeu com você, Lucy. – Falou com raiva - E não foi a primeira vez. Por culpa dela, Juvia e Gray quase terminaram. Ela merece levar uma surra.

- Já chega. – O professor soltou a ruiva e gritou – Jenny, consegue respirar? – A loira parecia um pouco em choque, tinha os olhos arregalados e respirava rápido. – As duas vão falar com o diretor Makarov agora. As outras estão dispensadas da aula. Alguém por favor avise aos meninos que podem vir jogar o basquete.

- Eu aviso. – Mira falou e foi até os meninos.

 O professor saiu ajudando Jenny a andar e Erza foi ao seu lado.

Juvia e Levy vieram perto de mim.

- Erza é nervosa, mas esses surtos não acontecem com frequência. – Levy falou vendo eles saírem da quadra.

- Vem Lucy. – Juvia me chamou e saiu andando – Vamos na enfermaria passar uma pomada na sua barriga.

- Vem também, Lis. – Chamei ela e fomos andando até a enfermaria.

Entramos devagar na enfermaria e a Porlyusica nos olhou com seu mal humor de sempre.

- Você de novo garota? – Perguntou para mim.

- Mas dessa vez estou consciente. – Dei um sorriso sem graça.

- Só precisamos de uma pomada. – Juvia falou – Elas se machucaram na aula.

Mostrei minha barriga e Lis mostrou sua perna. A rosada foi até um pequeno armário que tinha ali e nos entregou uma pomada.

- Não exagerem no uso.

Passamos a pomada e voltamos para a quadra. Os meninos estavam jogando basquete, nos sentamos na arquibancada para assisti-los.

- Eles jogam bem né. – Levy falou observando seu namorado.

- Gajeel não tem muito jeito com a bola. – Juvia respondeu com uma careta.

Observei os garotos. Gajeel realmente não tinha jeito com a bola. Gray e Natsu se destacavam. Com certeza são os melhores. É a primeira vez que vejo Natsu jogando e ele realmente merece o título de capitão. É o mais rápido e o mais ágil do grupo, consegue pegar a bola do adversário com maestria e não errou nenhuma cesta. O uniforme fica muito bem nele, a regata branca está colada em seu corpo devido ao suor, de um jeito que deixa levemente seus músculos marcados e seu cabelo está bagunçado, de um jeito bem atraente.

- Está um calor né. – Me abanei com as mãos.

As meninas me olharam com curiosidade. Juvia foi quem se pronunciou.

- Sente calor ao ver os meninos jogando, Lucy? Mais especificamente o Natsu? – Sorria maliciosamente para mim.

- N-Não. – Desviei o olhar do jogo. – Só está calor.

Elas arquearam a sobrancelha e voltaram a atenção para o jogo.

- Falta muito para acabar? – Perguntei me referindo ao jogo.

- Não.

Natsu está todo suado, deve estar com muito calor e ele já é quente naturalmente.

Cuidado com os pensamentos Lucy.

- Estão sabendo que agora vende sorvete aqui na escola? – Perguntei e elas negaram – Vou lá comprar.

Fui calmamente até a lanchonete e pedi um sorvete de chocolate. Foi esse o sabor que ele falou que viria comprar a qualquer hora, certo?

- Você é nova aqui né? – Bia perguntou enquanto arrumava o sorvete.

- Sim.

- E já é amiga do Natsu?

- Somos amigos desde crianças.

- Oh entendi. – Ela me entregou o sorvete. – Posso falar uma coisa? – Fiz que sim – Vocês formam um belo casal.

Ela sorriu e me deu uma piscadela. Senti meu rosto corar um pouco e sai um pouco sem graça de lá. Voltei para a quadra com o sorvete em mãos e a visão que tive me fez parar, fiquei estática no lugar. Natsu estava passando uma toalha pequena em seu cabelo e estava sem sua camiseta. Meu conhecimento sobre seu corpo só tinha ido até sua camiseta colada que deixava seus músculos marcados que observei enquanto ele jogava, nunca os vi ao vivo e caramba, que visão. Seu abdômen é definido, seu peitoral e seus braços são fortes, todos os seus músculos são definidos.

Admito, eu estava embasbacada. Gotículas de suor escorriam lentamente pelo seu corpo, essa é cena mais sensual que já vi.

Senti algo tocar o canto de minha boca e ao olhar para o lado, me deparo com Erza com um paninho em sua mão, deduzi que foi esse pano que senti tocar minha boca. Ela riu e passou novamente o pano pela minha boca.

- O que está fazendo? – Perguntei.

- Limpando a baba que está escorrendo de sua boca enquanto você seca o Natsu sem camiseta. – Riu maliciosa.

- Não sei do que está falando. – Virei o rosto para evitar que ela veja vermelho do mesmo devido ao flagrante que ela me deu – Não deveria estar falando com o Makarov? – Mudei de assunto.

- E eu estava, mas a conversa já acabou.

- E como foi?

- Ele só ficou falando e falando e no fim, deu suspensão para nós duas. Só voltaremos segunda.

A olhei em choque pela calma com que ela falava. Ela apenas deu de ombros como se não se importasse.

- E esse sorvete? – Perguntou.

- É para o Natsu.

- Da uma verificada para ter certeza de que sua baba não caiu nele. – Deu risada e saiu andando.

Revirei os olhos e fui em direção a Natsu. Ele entregou a toalha para um cara qualquer enquanto eu me aproximava. Certo. Respire Lucy e não olhe para o corpo dele.

- Oi Lucy. – Ele sorriu quando me aproximei.

Estava extremamente sensual.

Foco Lucy.

- Trouxe sorvete para você. – Lhe mostrei o sorvete.

- Awn que fofa. – Ele apertou minha bochecha e eu revirei os olhos.

Estávamos próximos. Tentei com todas as minhas forças, mas foi impossível não descer os olhos para seu corpo, analisei cada parte mais de perto. Minha atenção ficou presa em seu abdômen. Nunca quis tanto tocar em alguma coisa quanto quero tocar em seu corpo agora.

- Valeu Luce. Está bem quente aqui. – Pegou o sorvete de minha mão.

- Sim, muito quente. – Murmurei sem perceber e sem desviar meu olhar de seu corpo.

- Disse alguma coisa, Luce?

Sai do transe ao ouvir sua voz. Me senti extremamente envergonhada e o tom de vermelho em meu rosto devia estar mais forte que os cabelos de Erza, principalmente ao notar seu sorriso sacana de lado.

- N-Não. – Respondi sem graça.

Observei ele colocar a ponta do sorvete na boca. Como consegue ser tão sexy assim?

Seus lábios ficaram com vestígios do sorvete, observei o movimento de sua língua limpando esses vestígios. Cada movimento parece ser em câmera lenta. Desci o olhar para o seu pescoço, analisando cada detalhe, observei sua clavícula e vi uma gota de suor descendo lentamente, fazendo um delicioso caminho de seu peito até o final do abdômen, contornando cada músculo definido que ele possui.

Senti um calor subindo pelo meu corpo e sem perceber, mordi meu lábio inferior.

- Está tudo bem, Lucy?

Ergui meu olhar para sua boca ao ouvir a pronúncia de meu nome.

- Lucy?

Meu nome nunca me pareceu tão atraente e sensual quanto me parece agora ao ver Natsu movimentar sua boca para pronuncia-lo.

Senti meu queixo ser erguido por uma mão quente e dei de cara com seus olhos verdes profundos me observando.

- Se distraiu, Lucy? – Perguntou lentamente e com o mesmo sorriso sacana de antes.

Não.

Agora está mais sedutor.

Pisquei e percebi o que estava fazendo. Me senti totalmente sem jeito.

Eu estava secando o Natsu na completa cara dura!

- O-O que? – Gaguejei – Não. – Ele soltou uma risada, uma risada muito gostosa de ouvir – É-É eu já vou indo então.

Me virei para sair de perto dele. Não estou conseguindo raciocinar direito.

- Espera. – Ele segurou minha mão, me impedindo de ir.

Voltei a olhar para ele, o sorriso ainda em seu rosto. Senti seu dedo acariciar o dorso de minha mão.

- Por que está nervosa, Lucy? – Falou de forma sedutora.

Soltou minha mão e foi subindo com as pontas dos dedos pelo meu braço, senti um formigamento na pele durante esse caminho que ele fazia com os dedos.

- N-Não estou nervosa.

 Eu me sentia quente e senti o calor que seu corpo emanava. Meu interior estava agitado. Minha mente estava nublada, não conseguia formular nenhum pensamento coerente.

O que está acontecendo?

Encarei seu sorriso e em seguida seus olhos. Suas pupilas estavam dilatadas, pude enxergar um brilho em seus olhos.

- Natsu!

A voz estridente de Jenny me fez voltar a realidade. Ela apareceu gritando e puxou Natsu pelo braço, o afastando de mim. Meu coração estava disparado e minha respiração rápida. Respirei fundo para me acalmar e fui para junta das meninas, que me olhavam de um jeito estranho.

- O que foi? – Perguntei franzindo o cenho.

- Ah nada. Só a tensão sexual que estava rolando entre você e Natsu na frente de todos.

Senti meu rosto esquentar.

- Foi até meio erótico de se ver.

A palavra “erótico” fez eu me lembrar da cena em que ele colocou a ponta do sorvete na boca e não controlei o que saiu da minha boca em seguida.

- Ele com o sorvete na boca? E como foi erótico. – Abanei meu rosto com a mão e me toquei do que disse.

Opa.

Falei demais. E acho que ela não estava falando sobre isso.

Parabéns Lucy.

- Quero dizer, - tentei consertar o que disse – não sei do que estão falando.

- Realmente não sabe, hein Lucy.

Elas deram risada. Olhei para Natsu no canto com Jenny, ela parecia reclamar de algo e ele demonstrava impaciência. Hoje não está sendo um dia bom para os dois.

 

[....]

 

Tinha acabado de almoçar com Virgo e agora estava deitada em minha cama, repassando aquele momento na minha cabeça.

O que aconteceu comigo?

Eu simplesmente fiquei estática na frente dele, não conseguia pensar, não conseguia fazer nada. Fiquei em transe e com uma cara de pau enorme.

Fiquei completamente atraída por ele.

Aquele sorriso.

Aquele corpo.

Aquele calor.

Fechei os olhos.

Quando sua boca se movimentou ao pronunciar meu nome. O que ela seria capaz de fazer se estivesse na minha?

O som de meu celular tocando interrompeu meus pensamentos. O que foi bom.

O que você está pensando Lucy?

- Alô. – Atendi sem olhar quem era.

- Lucy? – Reconheci a voz de Juvia – Não vai acreditar no que aconteceu.

- O que? – Perguntei curiosa.

- Uma notícia que vai abalar o mundo todo.

- Fala logo Juvia.

- Natsu terminou com a Jenny.

- O que? Sério? – Me sentei na cama ao ouvir a notícia, não evitando o enorme sorriso que brotava em meus lábios.

- E foi tipo assim, na frente de quem quisesse ver. – Não acredito – Se você não tivesse tão apressada para ir embora, teria visto também. A cara dela quando ele deu as costas e saiu andando foi a melhor. – Ouvi sua gargalhada.

A porta do meu quarto se abriu e Natsu entrou.

- Ele está aqui Juvia. Te ligo depois.

- Quem? Natsu?

- Sim. Beijo. – Desliguei o celular.

Ele se jogou ao meu lado na cama. Tentei disfarçar o enorme sorriso que estava em meu rosto.

- Terminei com Jenny. – Ele falou olhando para o teto.

Ao ouvir isso de sua própria boca, soltei uma gargalhada que não consegui segurar.

Eu estava feliz.

Ele me olhou com a sobrancelha arqueada.

- Desculpa. – Coloquei a mão na boca, tentando evitar o riso que queria sair – Eu quis dizer, nossa, sinto muito Natsu.

Ele me olhou estranho e a risada saiu de mim novamente.

- Desculpa. – Pedi entre risadas e ele me olhava como se eu fosse louca, talvez a notícia tenha mesmo me deixado louca – Não consigo esconder minha felicidade. – Respirei fundo para me acalmar – Por que terminou?

- Eu nunca gostei dela desse jeito. – Voltou a olhar para o teto – E ela tem me irritado ultimamente, tudo implica, tudo reclama, fora que ela não te deixa em paz.

Encarei seus olhos ao ouvir o final de fala.

- Ontem quando estávamos no tiro ao alvo com arca e flecha, vi Angel e Minerva nos olhando e tirando uma foto. – Revirou os olhos.

Ah então foi por isso que ele fechou a cara. Não foi mesmo imaginação minha.

- Hoje Jenny passou a manhã toda enchendo o saco. E depois que brigou com a Erza, me encheu ainda mais, dizendo que eu deveria fazer alguma coisa a respeito e blá blá blá. Erza não vai pra cima de alguém sem motivo. O que aconteceu?

- Ahn Jenny meio que me ameaçou. – Ele me encarou – E depois mandou Minerva me machucar no jogo de queimada. Erza disse que ela estava mexendo muito com a gente e que merecia uma surra.

Ele suspirou.

- Cansei dela e de sua infantilidade e de todo o mimo que ela quer receber.

- Eu sempre achei que ela não era a garota certa pra você. – Um sorriso discreto apareceu em meus lábios.

Ele me olhou, um olhar curioso. Pude ver um sorriso provocador em seus lábios e me lembrei do nosso momento estranho na aula de educação física. Ele se sentou de frente para mim e perguntou:

- E qual seria a garota certa para mim?

Desviei meu olhar do seu. Me senti nervosa de repente.

- Bom, acho que seria uma que te apoie e que sempre vai estar com você. Que esteja disposta a te ouvir quando precisar falar. Que te repreenda e dê um puxão de orelha quando precisar. Que te ame na mesma intensidade que você a ama, que antes de namorada seja sua amiga. – Ele foi um pouco para frente, ficando mais próximo de mim. - Uma que esteja disposta a te aguentar e tenha bastante paciência, porque sabe, muitas vezes você é insuportável.

Sorri e ele sorriu de volta. Um sorriso maravilhoso.

Devagar, foi chegando mais perto de mim enquanto me olhava nos olhos. Prendi meu olhar no seu e observei sua aproximação sem mexer um músculo. Senti meu coração disparar e um frio gostoso em minha barriga. Como borboletas que batem as asas agitadas. Ele ficou perto o bastante para eu sentir sua respiração misturada com a minha, senti o cheiro de seu perfume. Em nenhum momento desviamos os olhos um do outro.

- Consegue imaginar alguém assim? – Perguntei baixo, ainda mantendo o contato visual.

Ele guiou sua mão para minha nuca, abaixou os olhos para minha boca e sorriu, voltou os olhos para os meus e ainda sorrindo, respondeu minha pergunta.

- Consigo.

Foi a última coisa que ele disse antes de me puxar para colar seus lábios nos meus.

Juvia exagerou ao dizer que a notícia abalaria o mundo todo. Mas com certeza ela abalou meu mundo.


Notas Finais


E então, gostaram? Quero muito saber o que acharam ^^
Até o próximo o/


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