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História Ei, moça - Posso dormir com você?


Escrita por: SunHee_sun

Notas do Autor


Olá pessoas? Olha quem voltou e olha a hora que voltou hahaha eu sei que demorei para postar, mas é porque eu estava cheia de provas e trabalhos da faculdade OTL e nesse domingo ainda tive a prova de proficiência em japonês (gosto nem de lembrar...) mas enfim estou praticamente de férias e agora com tempo livre vou postar bastante capítulos pra vocês (uhulll~~ \õ/ )
Pra compensar a demora, hoje tem um capítulo grandinho hehe e espero que gostem, pois deu trabalho xD
brincadeira... espero que vocês gostem de verdade <3

Agora chega de blá blá blá e boa leitura *-*

Capítulo 10 - Posso dormir com você?


Fanfic / Fanfiction Ei, moça - Posso dormir com você?

[ Daehyun POV’s ]

 

-Alô, Sujin-sshi. Podemos nos encontrar mais tarde?...

 

Hoje não me encontrei com Tae Hee, na verdade faz mais de uma semana que não nos vemos, apenas conversamos por telefone.

Nesse meio tempo Tae Hee me contou que foi à delegacia prestar queixa sobre o ocorrido naquele dia, eu fiquei mais tranquilo apesar de ainda ter medo que aquele cara volte a chegar perto dela. Lá na delegacia contaram a ela que houve mais casos de tentativa de estupro naquela região, provavelmente deve ser o mesmo cara que está provocando isso.

Apesar do meu forte desejo de encontrá-la, nossos horários não estão coincidindo e, por conta disso, o telefone tem sido meu melhor amigo. Hoje eu teria tempo livre durante a noite, mas Tae Hee me disse que estará trabalhando no período noturno, então marquei de ir buscá-la na saída do trabalho dela. Eu ainda não sei onde ela trabalha, na realidade acabei esquecendo de pegar o endereço, mas achei melhor  deixar para ligar no final do expediente para não atrapalhá-la.

Ainda não contei nada para ninguém sobre o que aconteceu entre mim e Tae Hee e isso está me incomodando, eu preciso falar para alguém que estou iniciando um relacionamento, mas tenho medo da reação das pessoas próximas. Acho que ainda não é a hora certa pra isso.

-Daehyun- sshi! – ouço uma voz me chamar discretamente me tirando dos meus devaneios.

Era Sujin

-Ah, Sujin, eu estava um pouco distr...

-Eu percebi. – ela me interrompeu enquanto sorria para mim. – assim como combinado, aqui estou.

-Ah, sim...- me levantei. – estou precisando da sua ajuda.

Assim como da outra vez, Sujin vestia um curto e justo vestido de medidas que lhe cabiam perfeitamente. Indiquei para que me acompanhasse até a recepção, pedi uma suíte e para que entregassem uma garrafa de champagne.

-Vamos? – Sujin me seguiu.

Em poucos instantes estávamos de frente para a porta que rapidamente foi destrancada por mim. Eu entrei e logo atrás Sujin também adentrou o ambiente.

Me joguei na cama enquanto tinha um dos braços sobre meus olhos, me fazendo enxergar apenas a claridade que havia naquele quarto. Senti o colchão afundar, era Sujin que se deitava ao meu lado enquanto respeitava o meu silêncio.

- Sujin... – resolvi quebrá-lo.

-Hm? – ela me respondeu.

- Preciso da sua ajuda. – tirei meu braço que tapava meus olhos e dei de cara com ela ainda deitada do meu lado, mas agora apoiada em um dos cotovelos enquanto me olhava compreensiva.

Foi inevitável não lembrar de Tae Hee e do quanto eu queria estar com ela agora.

- Eu estou aqui pra te ajudar. – ela me respondeu enquanto tirava alguns dos meus fios de cabelo que estavam caídos no meu rosto.

- Lembra daquela outra vez? – não sei se era um bom jeito de se iniciar uma conversa com uma pergunta, mas só encontrei essa alternativa.

- Claro, lembro sim. – me respondeu. – você está com problemas, não é mesmo Daehyun-sshi?

- Sim... na verdade, eu... eu to precisando de alguém...

- Pra conversar. – ela completou minha frase enquanto sorria como uma mãe que sorri para o filho quando ele está com problemas. Um sorriso que diz que tudo ficará bem.

Fiquei em silêncio por um tempo sem saber como contar tudo, mas tinha chamado a Sujin justamente para isso, para contar o turbilhão de emoções e pensamentos que vinham me invadindo nesses últimos dias. Achei que contar tudo isso para alguém que eu não conhecesse há muito tempo seria mais fácil do que contar para alguém mais próximo, mas eu estava achando difícil da mesma forma.

- Ei, deita aqui. – Sujin se sentou na cama indicando para que eu apoiasse minha cabeça no seu colo.

Apenas obedeci e senti uma sensação de conforto e segurança invadir o meu peito.

- Você pode fingir que sou sua mãe, ok? Pode me contar o que quiser que eu não contarei nada para ninguém. – ela fazia cafuné nos meus cabelos. – vai ser o nosso segredo.

- Como você consegue fazer isso? – questionei enquanto fechava meus olhos para sentir melhor o cafuné de Sujin. – Eu realmente tenho a sensação de estar num colo de mãe.

- Talvez porque eu faça isso todos os dias? – ela riu suavemente.

- Como assim? – perguntei.

-Eu tenho uma filha e todas as noites ela quer me contar segredos. – dava para notar o carinho no tom de voz dela.

-Você tem uma filha?! – perguntei surpreso.

- Sim... sou mãe solteira, na verdade eu trabalhava numa empresa renomada, mas acabei me envolvendo com o meu chefe...

 No início, nós apenas saíamos para nos divertir, mas aconteceu que me envolvi mais a fundo com ele. Fiquei completamente apaixonada por aquele homem e eu me entreguei de corpo e alma àquele relacionamento enquanto, na realidade, o que ele queria era apenas pegação. Acabou que engravidei, mas quando fui contar toda a verdade ele disse que não assumiria a criança, pois seria um peso a mais em sua vida – explicou – ele me deu a opção de fazer um aborto, mesmo que clandestino. Disse que pagaria o quanto fosse necessário, mas eu recusei e decidi levar a gravidez adiante mesmo sabendo que sofreria muito preconceito e dificuldades por conta disso.

- Mas... como você... – tenho que admitir, estava surpreso em ouvir tudo aquilo da boca dela.

- Shh...- ela me fez deitar novamente no seu colo. – ainda não terminei de contar...

Fiquei trabalhando naquela mesma empresa, só que em outro setor. Dentro de alguns meses tive minha filha e durante os três primeiros anos de dela eu pude dar-lhe uma vida confortável, dar-lhe uma boa comida, uma casa, uma escolinha, médicos... tudo o que uma criança precisa para viver bem e confortavelmente, mas meu desespero começou num final de ano quando a empresa fez um corte de funcionários e eu estava incluída nessa lista. – Sujin suspirou. Eu escutava tudo atentamente. – Meus pais nunca aceitaram o fato de eu ser mãe solteira, mas tive que abaixar a cabeça e ir morar na casa deles, ser sustentada pelo dinheiro deles.

Tudo, exatamente tudo o que eu precisasse eu tinha que pedir a eles e era difícil ter que escutar certas coisas que me falavam. Eles amavam e amam muito a minha filha, por isso nunca negaram nada que fosse para ela, mas sempre jogavam na minha cara que eu era a vergonha da família por ser mãe solteira.

Até que alguns meses depois fui abordada na rua por um rapaz bem vestido, enquanto eu entregava currículos. Achei estranho o fato de ele chegar me elogiando, elogiando meu corpo e achei mais absurdo ainda a proposta que ele me fez. Me disse que tinha um grupo de gringos que estavam aqui na Coreia e que estavam em busca de boas mulheres para se divertir, e foi então que ele me propôs uma  boa quantia em dinheiro para passar uma noite com eles.

Na hora o xinguei de tudo quanto era nome, mas dias depois o desespero bateu novamente e eu liguei para ele dizendo que aceitava a proposta. Minha filha estava passando por um tratamento médico que custava caro e meus pais não estavam conseguindo dar conta de comprar todos os remédios, por isso resolvi aceitar aquela proposta.

Me senti muito mal em fazer aquilo, eu não queria, sentia nojo de mim mesma, mas era a única forma de comprar os remédios e salvar a minha filha. Foram um, dois, três meses assim, no final do quarto mês já havia me acostumado a deitar com homens desconhecidos, e foi assim que virei prostituta de luxo.

Minha filha melhorou e com o dinheiro que eu passei a ganhar, pude sair da casa dos meus pais. Pude alugar uma casinha para morar com a minha filha e dar-lhe as coisas que precisa. Não é fácil, mas não tenho escolha...

- Sujin, eu... eu não sei o que te dizer. – estava perplexo ouvindo a história daquela mulher. Olhando para ela, para a forma como ela encara a vida, nunca imaginaria o verdadeiro motivo dela fazer o que faz.

- Está tudo bem, Daehyun-sshi, não precisa se sentir na obrigação de dizer alguma coisa, pois você já vez o mais importante, que é me ouvir. Isso estava preso dentro de mim há bastante tempo, mas eu não tinha alguém de confiança para falar sobre meu passado, sobre minhas aflições. Por isso, pode ficar a vontade para contar o que aflige seu coração também. – ela disse tais palavras com ternura enquanto tocava meu peito com uma das suas mãos. – pode confiar em mim, ok?

- Eu nem sei o que dizer... agora percebi que minhas angústias diante das suas são insignificantes. –  me sentei na cama e permaneci em silêncio enquanto puxava um pedaço qualquer de linha que estava descosturada da manga do meu moletom.

- Que tal começar pelo início? – Sujin sorriu pra mim – essa sempre é a maneira mais fácil.

Respirei fundo e dei uma risada soprada.

-Lembra que eu te contei a respeito de uma garota na vez passada?

- Sim eu me lembro, o que aconteceu?

-Muitas coisas. Mas resumindo, eu admiti para mim mesmo que eu estou apaixonado por ela...

- Até que enfim admitiu - olhei para Sujin e a vi sorrindo com uma cara de “só você que não tinha percebido, seu idiota” – e quando você pretende fazer alguma coisa para contar tudo a ela?

-Eu já fiz! – respondi de forma agitada.

- Como assim?! Quero detalhes. – ela realmente ficou interessada.

- Acontece que um dia eu fui até a casa dela e depois de acontecer um fato bastante desagradável eu resolvi passar a noite com ela, e no dia seguinte fomos a um norebang e foi lá que tudo aconteceu. Eu me confessei e disse que queria ela na minha vida – contava afobado- sabe, eu não sei, mas acho que a gente tá namorando e o meu dilema consiste no fato de que existe uma cláusula no meu contrato que proíbe que eu namore alguém, a menos que esse alguém seja uma pessoa do meio artístico e...

- Espera. – me interrompeu. – quer dizer que você começou a namorar essa garota, mas esse é um relacionamento proibido?

- Sim, isso mesmo. – respondi. – e eu tenho muito medo de machucar minhas fãs também... eu não sei se seria justo que minha felicidade fosse a infelicidade de muitas pessoas, mas por outro lado eu gosto muito a Tae Hee.

- Gosta ou ama? – me provocou.

- Não sei bem dizer o que é isso... mas eu a quero muito ao meu lado.

Passamos a madrugada inteira conversando, eu contei tudo detalhadamente e Sujin me ouviu e me aconselhou nos momentos em que achou que deveria fazer.

Eu praticamente não vi a hora passa e quando me dei conta já eram 4:17. Tae Hee sairia do serviço às 5 da manhã, então achei melhor ir para pagar o hotel, pois eu ainda tinha que ligar para Tae Hee para saber o endereço do trabalho dela.

- Sujin, eu vou indo... – falei com uma certa ansiedade nos olhos.

- Okay, eu vou indo também – me respondeu também com ansiedade no olhar. Ela deveria estar ansiosa para reencontrar a filha assim como eu estava ansioso para reencontrar Tae Hee.

 

[ Tae Hee POV’s ]

 

Estava quase na hora de eu ir embora, faltava apenas ajudar a limpar a cozinha e servir uma refeição e logo poderia me trocar para ir. Estava muito ansiosa, pois Daehyun havia combinado de vir me buscar e eu não via a hora de poder encontrá-lo novamente.

- Tae Hee! – o chef chamou meu nome.

- Sim, chef. – respondi prontamente

- O pedido do 301 ficou pronto, pode levá-lo? – me indicou o prato. – só que a outra funcionária está usando o carrinho então você conseguria levar o pedido na mão?

- Consigo sim. – peguei a bandeja e coloquei o prato e as taças de vinho, como haviam pedido.

Peguei o elevador de serviço e parei no terceiro andar. O elevador ficava bem num canto, próximo à passagem de hóspedes. O hotel é pouco movimentado de madrugada, quase nunca se via alguém andando por aqueles corredores, mas naquele dia infelizmente aconteceu o contrário.

Acabei me chocando com um hóspede bem na hora em que estava virando rumo ao quatro 301 que merda! Pensei na hora. Só imaginei o quão ferrada estava agora, já que a refeição tinha ido para o brejo e tínhamos um hóspede sujo de molho de macarrão e vinho.

- Mil perdões! Mil perdões, senhor! – me desculpava loucamente enquanto tentava inutilmente limpar a camisa do cara, que estava imunda.

Meeerda, é agora que eu vou pra rua! Só conseguia pensar a fortuna que era aquele pedaço de pano que eu tinha sujado. Estava suando frio.

- Senhor, por favor me acompanhe até a cozinha para eu limpar melhor o meu estrago. – eu tentava tirar aquela porcaria de mancha, mas era em vão, ia acabar rasgando a camisa do cara de tanto esfregar o pano.

- Está tudo bem. Ér... eu já estava indo embora mesmo, então não tem problema moça... eu...- a voz parou de falar do nada.

Se eu achei estranho? Achei, mas não dei bola e continuei na minha saga de furar aquela camisa.

- Tae Hee?? – achei mais estranho ainda me chamarem pelo nome, mas beleza, por instinto levantei a cabeça e...

-DAEHYUN?? – como assim, cara?! Tive um colapso mental naquele momento. Mas que porra ele estava fazendo ali na minha frente?

Fiquei encarando ele por alguns instantes e nisso minha tentativa de tirar a mancha da camisa do cara, vulgo Daehyun, cessou aos poucos.

Balbuciei palavras desconexas enquanto meu cérebro processava tudo aquilo, mas foi uma tentativa em vão.

- Você já veio me buscar? –  apenas isso saiu da minha boca.

- Eu tava indo te buscar, mas... sei lá, to confuso. – constatei que ele também estava tendo um colapso mental.

Levantei meu olhar e dei de cara com uma mulher me olhando com uma certa curiosidade. A encarei e seu rosto me parecia familiar... parecia que eu já tinha a visto em algum lugar... ESPERA AÍ ! pensei e a reconheci, era aquela mulher doida que veio falar comigo da outra vez que ela esta...va com... o Dae? Espera aí de novo.

Fiquei alternando o olhar para a mulher e para Daehyun.

- Aaah entendi... agora é que eu vou furar essa porcaria de camisa mesmo! – era pra dizer só em pensamento, mas acabei falando em alto e bom tom enquanto esfregava o pano feito uma louca.

- Calma, calma calma, Tae Hee! Não é nada disso! Pelo amor...- ele tentava se desvencilhar de mim até que fui interrompida pela mulher doida.

- Ei, moça! Não é nada disso que você está pensando, somos só amigos... deixa a gente explicar.

Ela me olhava com uma cara de preocupada. Tentei aos poucos me acalmar. Daehyun suspirou aliviado.

- Tae Hee... essa é a Sujin- falava ofegante. – Sujin, essa é a Tae Hee...

- Prazer – me cumprimentou se curvando diante de mim – então você é a famosa Tae Hee? – me sorriu sincera.

- Prazer, Sujin.  – me levantei do chão e me curvei também, estava mais calma agora.

-Ah! Você é a moça daquele dia, não é mesmo? Lembra que eu pedi que entregasse um café da manhã para o Daehyun- sshi...? – eu tentei feito uma louca discreta fazer com que ela parasse de proferir tais palavras, mas ela foi entender isso tarde de mais...

 

 

[ Daehyun POV’s ]

 

-Ah! Você é a moça daquele dia não é mesmo? Lembra que eu pedi que entregasse um café da manhã para o Daehyun- sshi...?

Ouvir tais palavras me trouxe a tona as memórias da vez passada em que estive naquele hotel, e num lapso de memória me lembrei da possibilidade de ter atendido alguém pelado naquele dia, mas... não. Não era possível.

- Tae Hee... é só por curiosidade, mas por acaso, você já me viu pelado? – só vi Sujin não conter a risada por conta da minha pergunta repentina. – eu tenho a vaga impressão que atendi alguém pelado naquele dia...

- Eeeu???... Eu-e-e-eu – Tae Hee gaguejava. – nunca te vi pelado não, oppa. Pelo menos... não tudo... quase tudo.

- O que você quer dizer com quase tudo? – questionei.

- Ah, oppa. Você sabe...- gesticulava tentando dizer alguma coisa com as mãos – o peru, não vi o seu peru.

- Peru?! – não contive a risada em ver Tae Hee sem saber como falar do meu... peru, que seja.

- Por que tá rindo, oppa? Como você chama seu peru? – Ela ria de leve.

Resolvi deixar esse assunto pra lá, já tinha quase atendido Tae Hee pelado mesmo, agora isso não faria muita diferença.

- Hu-hum – Sujin nos interrompeu discretamente – É melhor ir, provavelmente meu irmão já está me esperando lá fora.

- Ah, tudo bem... – eu sabia que Sujin estava inventando essa desculpa e entendia os motivos dela.

- Até mais, Tae Hee, foi um prazer conhecê-la. Espero que possamos algum dia ter a oportunidade de conversar melhor – disse se despedindo de Tae Hee.

- Sim, claro, teremos essa oportunidade. – Tae Hee a cumprimentou. – me desculpe pelo engano.

- Imagina, não se preocupe com nada, tudo bem? – Sujin tocou a ponta do nariz de Tae Hee com a ponta de um dos dedos dando-lhe um doce sorriso. – se cuidem.

Tae Hee não esperava essa atitude de Sujin, dava para perceber pela sua reação. Na verdade, Sujin sempre surpreende todo mundo com suas atitudes, acredito que se Tae Hee tivesse alguma coisa contra Sujin, isso teria ido por terra naquele momento.

- Eu tinha a chamado para conversar um pouco. - me expliquei – talvez causasse algum transtorno se me vissem conversando com ela lá no saguão...

-Tudo bem, oppa. Não precisa se explicar, eu acredito em você. – mandou-me uma piscadela enquanto recolhia os objetos do chão.

- Não tá brava comigo? – me abaixei para ajudá-la a recolher as coisas.

- Por que estaria? – fez cara.

- Se você diz... – ri da expressão dela.

 

                                                   ***

 

Esperei Tae Hee terminar o expediente e logo estávamos a caminho da casa da minha namorada. Acho que poderia chamá-la assim, não é mesmo?

-Dae – ela me chamou.

-Hum? – respondi dirigindo meu olhar pra ela.

- A Sujin...- deu uma leve pausa – ela parece ser uma boa pessoa.

Ri de leve, me senti bem em ver que Tae Hee reconhecia isso.

- Sim, ela é. – concordei-  fica tranquila, tá?

-Eu sei. – Tae Hee passava a mão de leve pelos meus cabelos. – talvez fosse legal se algum dia a chamássemos pra jantar lá em casa.

Lá em casa... isso soou como uma verdadeira conversa de casal, admito que gostei.

 

 

[ Tae Hee POV’s ]

 

Logo chegamos ao nosso destino final.

Daehyun estacionou o carro em frente a minha casa e ficamos em silêncio por uns instantes. Olhei no painel do carro e o relógio marcava 5:37 da manhã e o sol já começava a dar sinais de vida.

- Senti sua falta. – Daehyun quebrou o silêncio enquanto pegava uma das minhas mãos.

- Eu também, oppa. – sorri ao ver o modo como ele me dirigia o olhar, um olhar sincero.

Me aproximei mais, de modo a deixar com que nossas testas colassem uma a outra.

- Oppa... posso te pedir uma coisa?

- Pode. – me respondeu de olhos fechados.

- Fica um pouco comigo? – vi ele sorrir. Sorri também.

- Posso te pedir uma coisa também? – me questionou.

- Pode. – falei o imitando.

- Posso dormir com você? – me olhou nos olhos esperando por uma resposta.

Imediatamente abri a porta do carro, sem dizer uma única palavra, e fui em direção à minha casa. Na metade desse curto trajeto peguei meu celular e mandei uma mensagem ao meu... namorado?

 

Por que ainda não desceu do carro?

 

Logo em seguida o escutei bater a porta do carro enquanto ria e corria até mim.

- Você me assustou agora. -  disse me abraçando por trás.

- Eu sei, é castigo pelo o que aconteceu hoje lá no hotel. – falei rindo enquanto retribuía o abraço quentinho daquele homem.

Entramos em casa e, assim como da outra vez, Daehyun preparou um pouco de leite para tomarmos naquela manhã que se iniciava sob o peso do frio característico das manhãs de outono.

Logo estávamos prontos para dormir eu tomei um banho e coloquei um pijama bem velhinho e bem confortável e perguntei se Daehyun queria tomar um banho também, mas o único porém é que ele não tinha uma troca de roupas...a única solução seria ele vestir um roupão de bolinhas rosas que me era muito grande. Daehyun não se importou e vestiu a peça.

- Hahaha tá cute, heim! – não pude perder a oportunidade de dar uma zoada.

-Gostou? Fiquei sexy? – ele também não perdeu a oportunidade de zoar e ficou fazendo pose.

Me deitei e indiquei que ele viesse também. A cama não era muito grande, mas diferentemente da vez passada conseguimos nos acomodar no meu colchão, deitados um de frente para o outro.

- Dae... – pedi atenção enquanto acariciava seu rosto com a minha mão.

- Fala. – ele me roubou um selinho.

- A gente já podia ter feito isso da vez passada, não é mesmo? – sorri

- O que você quer dizer com “ter feito isso”? – Daehyun me puxou pela cintura fazendo com que nossos corpos ficassem ainda mais unidos fazendo com que certos lugares ficassem próximos demais.

MDS! Será que é o peru dele?!  Eu estava sentindo alguma coisa me tocar lá nos países baixos, mas não dava para certeza se era mesmo o peru do Dae.

- Dormido na mesma cama, oras – não pude evitar de sentir meu rosto esquentar pela proximidade – você sofreu a toa dormindo aí no chão.

- Sim, eu sofri muito – dramatizou e eu não pude conter a risada.

- Já sei como posso aliviar seu sofrimento. – o provoquei.

- Como? – me indagou.

Sem pensar duas vezes colei minha boca na dele iniciando um beijo intenso e dessa forma o surpreendendo, mas não demorou muito para que fosse correspondida na mesma intensidade. Senti novamente uma pressão nas minhas intimidades, dessa vez mais forte. Sim! É O PERU!  Pensei naquele momento.

Nos beijamos por segundos, minutos, horas. Não sei, perdi completamente a noção do tempo na boca daquele homem e não demorou muito para que o tivesse sobre mim enquanto ainda me beijava intensamente, mas agora com um detalhe, as mãos quentes de Daehyun percorriam meu corpo distribuindo leves apertões por onde passavam. Era para ser apenas um beijos, mas coisa estava evoluindo mais e mais.

- Oppa...

- Shii... – me indicou que não falasse nada e tratou de calar a minha boca com outro beijo.

Resolvi não resistir e retribuir da mesma forma e não demorou muito para que as minhas mãos estivessem atarracadas nos cabelos daquele homem.

Provavelmente Daehyun estava sem cueca por debaixo do roupão, e pensar nisso me deixava com o rosto ainda mais quente. Era como se eu tivesse a impressão de que a qualquer instante ele pudesse jogar aquela única peça no chão completando a miragem que vi aquele dia no hotel.

- Tae Hee... – sussurrou meu nome enquanto roçava os lábios carnudos no lóbulo da minha orelha. – se você quiser que eu pare fale agora...

Dava para ouvir nitidamente a respiração ofegante dele no meu ouvido, e mais, dava para sentir perfeitamente que seu membro já estava começando a se enrijecer.

- Tae... eu estou a beira de perder o controle, então se a gente tiver que parar é agora. – se afastou alguns centímetros para me olhar nos olhos.

O encarei e o puxei de volta para outro beijo como resposta, como forma de dizer que não, que não queria parar ali.

Agora estávamos completamente entregues um ao outro e não demorou para que as mãos quentes dele invadissem o interior da minha blusa fazendo com que ela fosse parar no chão . Uma peça a menos para nos atrapalhar.

-Você não tem noção do quanto eu te quero, Tae.- dizia com a voz afobada enquanto beijava meu pescoço e descia a trilha de beijos parando no pedaço de pele exposto que havia entre meus seios.

Daehyun me olhou e riu de canto enquanto colocava uma das mãos por debaixo do meu sutiã apertando meu peito com vontade. Não pude evitar de gemer o nome dele.

Ele riu satisfeito em me ver gemer naquela cama e tratou de ser ainda mais ousado. Levantou o corpo de modo a abrir espaço para colocar uma das mãos dentro do shorts do meu pijama acariciando a minha parte íntima por cima da calcinha.

- Daehyun! – gemi novamente apertando com força os lençóis como forma de responder ao toque dele.

- Sua safadinha, já tá toda molhada. - me lançou um sorriso malicioso e colocou a mão por dentro da minha calcinha.

Eu não estava sabendo como reagir àquele momento, afinal de contas nunca tinha ido tão longe com homem algum... Daehyun seria o meu primeiro.

- Oppa... eu... o que eu devo fazer? – disse ofegante a cada movimento que ele fazia com os dedos por de baixo da minha calcinha.

- Tae, o que você quer dizer com isso? – sussurrou no meu ouvido sem deixar de me masturbar.

- É que... – os movimentos dele me faziam perder totalmente o controle de mim mesma. Era difícil até de falar qualquer coisa.

- Você é virgem?- ele me questionou olhando nos olhos.

- Sim, oppa. – respondi enquanto o trazia para próximo de mim.

Daehyun tirou sua mão de dentro da minha calcinha e com ela me puxou pela cintura para iniciar outro beijo.

- To indo rápido demais? – perguntou preocupado.

- Não... – disse entre um beijo e outro – eu só não sei o que devo fazer.

- Então posso te ensinar?

Daehyun se sentou na cama pedindo para que eu me aproximasse dele. Assim o fiz, e Daehyun me colocou sentada em seu colo, de uma forma que nossas intimidades se tocassem.

- Tae... – dirigi meu olhar a ele – pode me tocar, se quiser pode se movimentar também. – segurou as duas mãos na minha cintura e me puxou fazendo com que meu corpo fizesse um movimento de vai em vem sobre seu membro.

- Tão bom... – respondi de olhos fechados, apenas sentindo cada instante de prazer.

- Pode me tocar da maneira que quiser e experimentar tudo o que você tiver curiosidade. – me lançou aquele sorriso irresistível que só o Daehyun consegue ter. – antes de tudo quero que você se sinta confortável.

- Oppa...- aproximei minha boca do ouvido dele e sussurrei. – saranghae.

- Eu também te amo, Tae. Muito – me dizia enquanto acariciava meus cabelos.

Toquei o pescoço dele com uma das mãos e senti sua pele arrepiar como resposta ao meu toque. Não pude evitar de descer minha mão pela pele lisa do peitoral do Daehyun. Logo ele estava com a parte de cima nua e o restante do roupão preso apenas pela cintura.

Não pude negar ao desejo e ao instinto de tocar minha boca naquela pele macia que exalava um perfume que é próprio daquele homem.

- Tae... – ele se deleitava aos meus toques enquanto tirava meu sutiã e também o jogava em algum lugar qualquer do quarto.

Duas peças a menos para nos atrapalhar.

Num ato inesperado, Daehyun pegou uma das minhas mãos e levou até seu membro, que ainda estava coberto pelo tecido do roupão, mas que dava para ver claramente o volume que tinha ali em baixo.

- Pode tocar aqui também. – disse entre gemidos de prazer.

Fiquei encarando Daehyun e já que ele queria que eu o tocasse, resolvi fazer isso de forma mais ousada.

Coloquei minha mão por de baixo do tecido pegando no membro dele. Foi inevitável que ele, mesmo de leve, se contorcesse em resposta ao meu toque.

- Posso te masturbar? – perguntei enquanto olhava atentamente a cada resposta que ele tinha aos meus toques.

- Claro, eu to louco pra saber o que você pode fazer comigo. – disse provocativo.

Eu estava ficando cada vez mais confortável com a situação, já não estava mais tão nervosa, nem com muita vergonha e estava conseguindo relaxar para aproveitar cada segundo naquela cama.

Tirei o pano que cobria o membro ereto e Daehyun, imediatamente, tratou de tirar por completo aquele roupão. Três peças a menos para nos atrapalhar.

Eu fazia movimentos de vai e vem com a mão de modo a massagear toda a extensão do membro que ficava cada vez mais lubrificado.

- Oppa... quero experimentar uma coisa... – falei.

- Vá em frente – me respondeu entre suspiros e gemidos.

Não hesitei em aproximar minha boca da glande e abocanhá-la fazendo suaves sucções.

No momento em que fiz isso Daehyun pendeu a cabeça pra trás e gemeu de prazer. Talvez ele não esperasse que pudéssemos chegar a esse ponto.

- Ah! Tae Hee!– dizia ofegante. Dava para ver como ele estava bastante excitado, eu também estava, eu queria mais, queria ir mais a fundo e queria um Daehyun perdido de desejo na minha cama.

Passei a sugar o pênis dele com mais intensidade e acariciá-lo com a minha língua quando fui surpreendida por Daehyun. Ele se moveu de modo a me jogar deitada na cama e se postar em cima de mim.

Sem dizer uma só palavra tratou de tirar meu shorts junto com a minha calcinha. Pronto, agora não tinha mais nenhuma peça para nos atrapalhar. Dava para ver o tesão no olhar dele, na forma que olhava cada pedaço de pele nua do meu corpo. Nós dois estávamos excitados um desejando o corpo do outro. Não pensamos duas vezes em nos atracar novamente entre beijos naquela cama, o calor que eu sentia naquele momento não podia ser comparado a nenhum outro que já houvesse sentido, era um calor misturado com tesão de estarmos nos amando e nos querendo e isso fazia com que não restasse mais nenhum pingo de medo ou insegurança em mim.

- Eu prometo que serei gentil. Qualquer coisa se doer me avise, Tae. – Daehyun se posicionou na entrada da minha vagina.

Primeiro ele tratou de deslizar a glande pela entrada, aquilo foi extremamente delicioso e só me fazia desejar ainda mais aquele homem dentro de mim.

- Pronta? – perguntou me lançando o olhar.

Acenei com a cabeça em sinal positivo e logo pude sentir Daehyun me invadir aos poucos. Era muito prazeroso ver a expressão de satisfação que ele trazia no rosto.

Daehyun se movimentou um pouco e me penetrou um pouco mais, até que estivesse completamente dentro de mim. Foi só uma questão de me acostumar, pois não demorou muito para que estivéssemos totalmente entregues um ao outro.

Daehyun fazia movimentos intensos de vai e vem, entrava e saia de dentro de mim enquanto sussurrava inúmeras coisas no meu ouvido e chupava meu pescoço.

Eu gemia o nome dele e puxava seus cabelos e arranhava-lhe as costas. Nunca havia pensando que uma transa pudesse ser tão prazerosa assim. Meu corpo suava, latejava e se arrepiava a cada toque dele. O atrito do membro de Daehyun na minha vagina fazia com que ela ficasse ainda mais lubrificada fazendo com que ele deslizasse deliciosamente dentro de mim, era indescritível o prazer que nós estávamos proporcionando um ao outro, nos amando e nos unindo naquela cama.

- Que delícia, Tae! Você é tão apertadinha e quente. – me dizia entre gemidos.

- Continua, não para não – mordia meus lábios com força de tanto tesão que sentia.

Daehyun a cada hora me colocava numa posição diferente para me penetrar. Posições que se quer eu imaginava que existissem ou que pudessem ser tão prazerosas, tanto pra mim quanto pra ele.

Nessa hora já tudo o que queríamos era um ao outro, ou melhor, já estávamos completamente ligados. Tudo o que queríamos era nos amar sem pensar no em nada, completamente absortos do mundo e de qualquer problema.

Daehyun dizia algumas sacanagens no meu ouvido que me faziam estremecer ainda mais, minhas mãos consumiam as costas dele enquanto minha boca chupava aquele pescoço com desejo.

Tudo aquilo era tão prazeroso que se encaminhava para a loucura, meu corpo começava a tremer e gemidos foram substituídos por alguns gritos, que eram inevitáveis e que Daehyun os abafava com a boca enquanto me beijava.

Meu corpo estava arrepiado, suava e o lençol não conseguia mais conter o prazer refletido nos meus dedos, que seguravam o tecido com toda força possível. O barulho da madeira da cama nem era mais ouvido por conta das respirações pesadas de nós dois, o ar nos faltava, mas nem por isso deixávamos de diminuir o ritmo. Pelo contrário, cada vez mais estávamos à beira da insanidade.

Daehyun tinha o corpo quente como fogo, sua pele estava suada e deslizava sobre a minha que também se encontrava na mesma situação. Seus cabelos estavam molhados de tanto esforço, grudados na testa, a boca constantemente molhada por conta dos beijos e das mordidas que ele dava em seu próprio lábio, aquele lábio carnudo que me deixava ainda mais louca por conta das façanhas que podia cometer.

Dava apara sentir a quentura, o toque gostoso do pênis dele dentro de mim, dentro da minha vagina que insistia em se lubrificar mais e mais.

Calafrios invadiam todo o meu corpo, o coração acelerava e parecia que a minha vagina se contraía sem meu controle. Eu já não tinha mais controle nenhum, estava ficando louca e Daehyun não estava diferente, o pênis dele começava a pulsar dentro de mim quando uma onda de prazer começou a invadir meu corpo.

Senti como se meu corpo todo se contraísse por um instante e em seguida relaxasse, uma sensação maravilhosa.

-Tae... não to aguentando mais, eu vou gozar. – disse ofegante.

E em questão de segundos escutei ele gemer e parar por poucos segundos fazendo com que sentisse algo quente escorrer de dentro de mim. Daehyun também relaxou se deixando deitar ao meu lado.

Ficamos em por alguns minutos olhando um para o outro, em silêncio, trocando beijos e carícias. Talvez naquele primeiro momento não tivéssemos palavras para descrever o que havíamos acabado de viver. Talvez palavras não fossem suficientes para isso.

 

                              

 

- Saranghae – Daehyun tocou os lábios na minha testa depositando ali um beijo.

Retribui da mesma forma enquanto acariciava os cabelos dele que ainda estavam úmidos de suor.

- Doeu muito? – ele perguntou enquanto deixava uma das mãos percorrer carinhosamente o meu corpo.

- Não... pelo contrário,gostei muito, Dae. – desviei o olhar e ele riu de leve.

- Eu também gostei muito. Nunca me esquecerei desse dia. – ele me olhava com ternura. – Descanse, meu anjo.

Ele me acomodou na cama e se acomodou perto de mim puxando um lençol para nos cobrir.

- Tá precisando de algo? Tá com fome? – me questionou.

- Tudo o que eu preciso tá aqui, oppa. – me aconcheguei nos braços quentes dele e ele retribuiu me envolvendo completamente num abraço.

Estávamos exaustos, mas com uma incrível sensação nos dominando e não demorou muito para pegarmos no sono, eu e Daehyun abraçados e unidos naquela cama.

Tudo aconteceu tão rápido e de uma forma tão repentina nas nossas vidas que tudo ainda parecia muito surreal, como se fosse apenas um sonho. Mas eu sabia que não era, eu sabia que era o Daehyun em carne e osso que estava ali comigo, aquecendo meu corpo e sendo aquecido pelo calor do meu.

Era muita loucura pensar que eu estava vivendo um amor que eu vivi por anos apenas olhando fotos de um alguém que se quer sabia que eu existia.

Sabe, não sei dizer se realmente existe e se é possível um artista namorar uma fã, mas acontece que, ao nosso olhar, não éramos mais o artista e a fã, éramos apenas o Daehyun e a Tae Hee, duas pessoa que querem apenas se entregar a um amor.

 

 


Notas Finais


E aí, o que acharam? * se esconde *
Eu realmente não sei se ficou bom... eu nunca havia escrito uma cena mais quente, sabe? kkkkk na teoria é tudo lindo, mas na hora de passar pro papel a gente nunca sabe xD

Essa semana pretendo atualizar também a Le Noir e vamos nos vendo por aí <3 Bom restinho de semana pra vocês!

Beijinhos da tia aqui,

Até mais <3


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