História Ei, moça - Seria um pecado ser feliz?

[ Tae Hee POV’s ]

Já fazia quase quarenta dias que a minha vida havia mudado desde o dia do teste, acabei trocando de emprego e agora eu podia ver Daehyun todos os dias. Não que a gente ficasse próximos um do outro, pois tínhamos que manter a descrição e fingir não ter nada além de uma amizade de trabalho, mas só a sensação de estarmos mais próximos já nos agradava. Não vou mentir, era difícil ter que fingir ser alguém que não sou, mas também não podíamos nos expor assim de repente, já que Daehyun poderia colocar sua carreira em risco por minha causa. Mas o lado bom da histórias é que pelo menos duas vezes na semana tínhamos ensaios das cenas juntos e isso me deixava confortável.

Passei a ir todos os dias na empresa para fazer aulas de atuação, por isso me demiti do meu antigo emprego e agora eu estava trabalhando num hostel, pois eles me permitiam ter um horário mais flexível. Começava a trabalhar de manhã e terminava às três da tarde e então eu ia para as aulas. O salário não tão bom quanto o meu antigo emprego, mas dava para pagar minhas despesas.

Anteontem, eu e Daehyun completamos três meses de namoro. Como o tempo passa rápido! Queríamos ter comemorado juntos, mas ele teve que ficar até tarde praticando, no entanto, nem por isso deixamos de trocar algumas mensagens.

A verdade é que como não podemos conversar abertamente em público, sempre quando temos algum tempo livre o usamos para trocar mensagens ou enviar fotos um do outro.

Ontem, ele chegou bastante cansado no dormitório, por isso não conseguimos conversar muita coisa, apenas deixamos no ar a possibilidade de ir a algum lugar comemorar nossos três meses, ou quem sabe fazer um jantar aqui em casa. Algo simples, apenas para não passar em branco.

[ Daehyun POV’s ]

Dormi pouco essa noite, mas deu para tirar a canseira mais pesada do corpo. Ontem eu estava tão exausto que mal consegui conversar com Tae Hee, apenas combinamos de fazer alguma coisa para comemorar nosso terceiro mês juntos.

Na verdade a data já passou, mas mesmo assim não queríamos deixá-la passar em branco, por isso farei o possível para conseguir ir até a casa dela hoje a noite.

Estar ao lado de Tae Hee me faz muito bem, mas às vezes me sinto mal por estar escondendo tudo isso das babys, me sinto um tanto culpado... uma sensação de que estou enganando-as, mas eu sei também o quão arriscado seria assumir esse relacionamento tão repentinamente, ainda mais por causa de algumas cláusulas do meu contrato.

- Bom dia, meu anjo. Dormiu bem? – resolvi telefonar para Tae Hee antes de sair de casa.

- Sim e você, Dae? – ouvi a voz matinal dela do outro lado da linha.

- Ainda está deitada? – perguntei imaginando a provável cena.

- Simm... – nossa conversa foi interrompida por um bocejo – mas já estou me levantando para ir trabalhar.

- Hoje durante a tarde estaremos fazendo a prova dos figurinos do mv, então provavelmente não vamos conseguir nos ver na empresa. Talvez eu chegue na hora que você estiver indo embora. – expliquei.

- Mas você vem hoje aqui em casa? – me perguntou se mostrando compreensiva.

- Farei o possível, meu anjo. – ouvi alguém bater na porta. – agora tenho que desligar, mais tarde mando mensagem... Te amo, Tae.

Ouvi um outro “eu te amo” do outro lado da linha e tive que desligar apressadamente apara atender um Himchan mais apressado ainda que veio falar que eu estava atrasando a todos.

[ Tae Hee POV’s ]

O dia no hostel foi bastante tranquilo, como não era época de alta temporada, não tinha muita gente e, consequentemente, não tinha tanta sujeira para limpar, por isso consegui sair um pouco mais cedo.

Meus chefes são um jovem casal que resolveram montar um hostel na antiga propriedade, são pessoas bastante agradáveis, tanto que quando termino meu serviço antes do horário eles me liberam meia hora mais cedo, o que já me ajuda muito.

Hoje a aula foi bastante tranquila, mas assim como Daehyun havia me falado mais cedo não conseguimos nos encontrar lá. Fiquei esperando por alguma mensagem, mas ela não veio durante o dia todo. Deduzi que ele esteve ocupado e na verdade eu também estive bastante atarefada.

Na volta pra casa, passei no mercado para comprar algumas coisas que estavam em falta. Infelizmente, eu tenho o péssimo hábito de comprar as coisas de casa quando elas estão prestes a acabar.

Ao chegar,  minha primeira providência foi tomar um banho para tirar a canseira do dia. Não vou negar que estava com bastante fome e queria saber se Daehyun viria para jantar ou não. Talvez depois do banho fosse uma boa hora para enviar uma mensagem perguntando a respeito.

Assim que terminei de me trocar fui até a cozinha beliscar um restante de pão que ainda havia no armário e beber um copo de suco. Peguei o celular para digitar-lhe a mensagem quando ouvi o celular apitar. Era Daehyun.

“ Tae, acabei de chegar na empresa, pode jantar sem mim. Você deve estar faminta, não é mesmo?

Mas de toda forma eu irei para aí assim que sair daqui e o que você acha de sairmos mais tarde para comer naquele café em que fomos no dia que nos conhecemos?”

Tenho que admitir que fiquei empolgada em poder ir novamente com Daehyun no café em que fomos no dia em que tudo começou... seria perfeito!

                                       ***

O relógio marcava dez da noite quando escutei a campainha tocar. Era Daehyun.

- Finalmente cheguei. – encontrei um Daehyun sorridente do outro lado da porta.

- Que bom que deu certo de você vir, oppa. Estou com saudades do seu beijo! – o puxei para dentro de casa colando nossas bocas.

Não sei o que era mais difícil, passar dias sem vê-lo como antigamente, ou vê-lo praticamente todos os dias e não poder beijá-lo. Mas enfim, o que importa é que pudemos matar nossas saudades mais urgentes.

- Tá pronta? Podemos ir? – me disse animado.

- Sim, to arrumada faz um tempão. – brinquei e logo saímos de casa.

Dessa vez o caminho foi muito mais agradável do que naquele dia. Diferente da outra vez, não havia naquele carro um silêncio mortal que era constantemente quebrado por a voz irritante da mulher do GPS.

- Tae, você jantou? – perguntou.

- Sim, jantei. Por que, oppa? – perguntei também.

- Nada não... é só pra saber se seu estômago não vai roncar tão alto como da outra vez. – debochou e rimos ao lembrar do quão alto meu estômago havia feito barulho naquele dia. Foi muito constrangedor!

Daehyun de repente ficou quietinho enquanto dirigia e diante dessa situação resolvi quebrar o silêncio com uma pergunta.

- Aconteceu alguma coisa, oppa? – ele se mostrou surpreso.

- Não, por que você acha isso, Tae? – me respondeu.

- Só achei estranho você ter ficado tão quietinho assim do nada. – falei.

- É que dessa vez sou eu quem está com fome. – me respondeu risonho.

[ Daehyun POV’s ]

- Aconteceu alguma coisa, oppa? – por um momento achei que Tae Hee estivesse desconfiando de alguma coisa.

Não vou mentir, essa história de ter que manter nosso relacionamento nas sombras me incomodava bastante, achei que fosse fácil aguentar isso, mas em três meses eu pude perceber que não era tão fácil assim... Mas de toda forma eu não queria transparecer a culpa que eu sentia por estar fazendo tudo isso “escondido” das minhas fãs.

Não é segredo pra ninguém o quanto eu amo as babys, mas eu também amo Tae Hee tanto quanto amo minhas fãs... não é fácil administrar esse sentimento, pois quando me sinto mal normalmente não tenho vontade de falar com ninguém, prefiro ficar quieto no meu canto, mas eu também não queria deixar Tae Hee preocupada, então tentei disfarçar ao máximo.

Meu maior medo era o momento em que eu teria que escolher entre minha carreira e Tae Hee. Queria que esse momento se adiasse até eu conseguir encontrar alguma brecha naquele contrato para poder assumir meu relacionamento. Na verdade, eu não queria que esse momento, essa decisão, chegasse nunca, afinal qual pecado eu estava cometendo em buscar a felicidade ao lado de alguém que eu amo?

                                        ***

Chegamos ao café e, como era tarde da noite, só havia um casal ou outro discutindo a relação, talvez.

Sentamos numa mesa mais reservada e fizemos nossos pedidos. Não demorou muito para que pudéssemos nos deleitar nas maravilhas que eram as comidas daquele lugar.

- Esse sabor é tão nostálgico... – Tae Hee me dizia contente ao saborear o Americano que havia pedido igual àquele dia.

Era como se vivêssemos o mesmo momento de meses atrás, mas agora numa versão melhorada, agora sem travas na conversa ou qualquer coisa do tipo.

Terminamos de comer e só para variar resolvemos pedir mais coisas. Dessa vez decidimos comer algum doce e como tinha cheesecake, não pensei duas vezes em pedir um pedaço.

- Hoje não está chovendo como naquele dia, mas acho que seria interessante se ficássemos mais um pouco jogando conversa fora. – falei relembrando nossas memórias.

E assim fizemos, podíamos estar juntos apenas há três meses, mas criamos uma ligação tão forte que parecia que estávamos juntos há anos. Era muito bom ter Tae Hee ao meu lado...

[ Tae Hee POV’s ]

Saímos mais tarde do que esperávamos. Eu e Daehyun ficamos conversando e nem vimos o tempo passar. Conversamos sobre diversos assuntos, desde a primeira impressão que tivemos um do outro, até planos futuros.

- Tae, já disse que te amo? – perguntou segurando a minha mão.

- Não, você ainda não disse, oppa. – fiz charme só para ouvi-lo dizer novamente que me amava.

- Te amo. – disse aproximando o rosto do meu.

- Acho que não preciso nem dizer mais nada, né? – me aproveitei da proximidade para depositar um beijo naqueles lábios fartos. Achei que essa seria a melhor forma de dizer o quanto o amava.

Os casais que estavam ali estavam preocupados com outras coisas, por isso não nos importamos em ser mais ousados e nos beijarmos mais algumas vezes... não tinha com o que se preocupar, ninguém ali estaria nos vigiando àquela hora da noite.

Olhamos para o relógio e este já marcava quase uma da manhã. Tudo bem que aquele café ficava aberto 24 horas, mas estávamos cansados e queríamos aproveitar da companhia um do outro, digamos que, mais intimamente. Por isso resolvemos ir embora.

- Vamos? – Daehyun disse se preparando para levantar da cadeira. – se quiser pode ir entrando no carro, só vou pagar a conta e já vou também.

- Nada disso, oppa. Dessa vez sou eu quem pago. – tratei de brecar Daehyun antes que se levantasse.

- Não, Tae. “O oppa paga”. – repetiu a mesma frase daquele dia com um sorrisinho de vitória no rosto.

- Não, não. O oppa fica quietinho aí que eu pago. – antes que ele pudesse falar mais alguma coisa, já me levantei da cadeira para pagar a conta.

Dessa vez fui eu quem voltou com um sorrisinho de vitória no rosto e encontrei um Daehyun que me olhava como se dissesse “teimosa” pelo olhar. Não pude evitar de rir daquela cena.

- Vamos, temos muito o que fazer em casa ainda. – o segurei pelas mãos o puxando daquela cadeira.

Estávamos tão relaxados com aquela situação que nem nos importamos em sair de mãos dadas rumo ao carro, que não estava estacionado muito longe da entrada.

- Tae, em casa você me paga. – disse emburrado enquanto se encostava na porta do carro ao mesmo tempo em que me puxava pela cintura, deixando nossos corpos próximos um do outro, próximos até demais. – teimosa!

- Sou mesmo. – era engraçado e fofo ver ele emburrado e, como uma boa namorada, não perdi a oportunidade de ficar apertando as bochechas dele para encher-lhe o saco – posso começar a te pagar agora?

- Como? – perguntou ainda bicudo.

- Começando a desfazer esse bico gostoso. – não pensei duas vezes em levar minha boca até a dele, fazendo com que Daehyun se rendesse ao beijo.

- Safada. – me disse assim que terminamos o beijo, tentando esconder falhamente um sorrisinho no rosto.

- Quando a gente chegar em casa...- fui interrompida ao estranhar o comportamento dele. – o que foi, Dae?

- Parece que eu vi alguma coisa passar rápido ali! – apontava o local onde ele achava que havia visto alguma coisa.

- Deve ter sido só algum animal ou impressão sua. – falei.

- Entra no carro... eu vou dar uma olhada. – me entregou a chave apressadamente.

- Dae, espera! Isso pode ser perigoso. – tentei segui-lo, mas não tive chances.

Resolvi fazer o que ele havia falado, afinal de contas ele devia saber o que estava fazendo. Daehyun correu até o local onde suspeitava ter visto uma movimentação estranha. Fiquei atenta aos arredores em busca de alguém que pudesse estar fugindo, mas nada vi e quando percebi Daehyun já estava de volta.

- Encontrou alguma coisa, Dae? – perguntei enquanto ele entrava no carro.

- Não... na verdade, sim. Mas era só um gato...- disse aliviado. – fiquei com medo de que fosse alguém nos perseguindo, mas não se preocupe, Tae. Tá tudo bem, foi só impressão minha. 

Daehyun me deu um beijo na testa e ligou o carro e logo estávamos pegando o rumo de casa.

Tenho que admitir que fiquei tensa depois de tudo aquilo, pois seria o nosso fim se alguma sasaeng nos flagrasse e jogasse essas provas na internet. Mas felizmente tudo não passou de um grande susto.

Assim que chegamos em casa, Daehyun foi tomar um banho e eu fui  arrumar a cama para nós dois. Não demorou muito para Daehyun aparecer com seu pijaminha e logo tratei de acomodá-lo no meu colo.

- Tá mais relaxado agora? – perguntei.

- Sim, nada como um banho. – me olhou mantendo a cabeça apoiada no meu colo.

- E como foi seu dia, Dae? Deu tudo certo na prova de figurinos? – perguntei enquanto afagava os cabelos dele.

- Foi cansativo... tivemos que vestir inúmeras trocas de roupa, marcar os ajustes, mas no fim deu tudo certo. – dizia entre bocejos – e o seu, moça? – ri ao ouvi-lo me chamar assim.

- Foi agradável, ainda mais porque meu namorado veio me ver, sabe?- joguei a indireta e ele riu.

- Ah, eu entendo como é, pois agora estou ao lado de uma pessoa que eu amo mais do que muito. – Daehyun piscou um dos olhos pra mim e eu não resistir em selar a sua boca.

Ficamos nos olhando por alguns minutos, fiquei admirando cada sinal do rosto daquele que me fazia a mulher mais feliz desse mundo.

- Dae, posso perguntar uma coisa? – reuni coragem para tocar no assunto que já vinha me incomodando há alguns dias.

- Pode – me respondeu calmo.

- Tem certeza que está tudo bem? Eu tenho notado que você anda quieto esses dias... parece ter alguma coisa te preocupando... – falei.

- Não é nada não, meu anjo. É só o estresse. – me respondeu ainda deitado no meu colo.

- Tem certeza, oppa? Se você quiser se abrir, fique a vontade...- dava para perceber pelo olhar que ele queria falar alguma coisa - pode confiar em mim.

Daehyun ficou em silêncio, pensativo. Até que se sentou de frente pra mim segurando minhas mãos.

- Tae, fica tranquila. É apenas uma bobagem da minha cabeça. – deu um leve sorriso acompanhado de um leve apertão na minha bochecha.

- Eu fiz algo que te aborreceu, Dae? – perguntei.

- Não! Claro que não, Tae. Você não fez nada. – suspirou.

- Dae, conta pra mim... – olhei nos olhos dele – independente do que for, eu te ouvirei e você vai sentir que vai melhorar aqui. – levei uma das minhas mãos até o peito dele, mais ou menos na direção do coração.

Daehyun ficou em silêncio por alguns instantes, ficou encarando o chão. Eu resolvi respeitar a vontade dele e não iria mais tocar no assunto até que ele respirou fundo e decidiu acabar com o silêncio.

- Tae, você sabe que eu sou louco pelas babys, não é? – me disse ao mesmo tempo em que segurava a mão que eu tinha no peito dele.

- Sim, sei muito bem, meu anjo. – me aproximei dele, colando nossas testas uma na outra.

- Eu... eu ando me sentindo culpado em estar namorando escondido delas, me sinto como se eu tivesse traindo minhas fãs... – explicou.

- Dae, eu quero sua sinceridade. – segurei o rosto dele mantendo nossos olhares conectados - você tá infeliz ao meu lado?

- Jamais! De maneira alguma, Tae. – disse segurando minhas mãos ainda mais forte – mas o meu medo é que a minha felicidade seja a infelicidade de tantas outras pessoas. – explicou com a voz estremecida.

- Dae... – respirei antes de continuar – você acha que seria melhor terminar? Sabe, eu não quero que você fique aí se torturando por minha causa e...

Antes que eu pudesse terminar de me explicar Daehyun já havia calado a minha boca com um beijo, um beijo intenso que me fez sentir desligada desse mundo material, um beijo que mal me permitia respirar, mas que eu não queria parar de maneira alguma.

- Nunca mais diga isso! – Daehyun me disse com a testa colada na minha nos poucos segundos que nossas bocas foram separadas pela falta de ar. – Nunca.

Foi tudo tão rápido que quando me dei conta eu já estava deitada e Daehyun estava posicionado em cima de mim, tudo isso sem interromper nosso beijo que me fazia cada vez mais querer ir mais a fundo.

- Dae... – era difícil ter que falar e recuperar a respiração ao mesmo tempo.

Daehyun já percorria todo meu pescoço depositando beijos e roçando seus lábios na pele sensível próxima ao meu ouvido.

- Eu te amo tanto, tanto que você se quer imagina. – sussurrou no meu ouvido e eu não pude evitar que meu corpo se estremecesse dos pés à cabeça.

Nossas mãos consumiam o corpo um do outro. E, com agilidade, Daehyun tratava de ir tirando nossas peças de roupa e jogando-as pelo chão.

Não foi necessário dizermos muitas coisas, afinal de contas nossos corpos se encarregavam de dizer tudo. E ali, naquela cama, resolvemos esquecer tudo, todos os problemas, todas as angústias, todo o restante do mundo. Seria novamente só eu e ele.

Num jogo rápido me posicionei em cima de Daehyun. Ele me olhava intensamente, curioso para saber o que eu pretendia fazer. Nenhuma peça de roupa nos impedia mais e seu membro já estava ereto.

Daehyun se ajeitou, ficando sentado na cama enquanto eu me ajeitei entre suas pernas deixando meu rosto próximo ao membro de Daehyun. Nisso ele já entendeu o que eu pretendia fazer.

Segurei o membro dele com uma das mãos e Daehyun tratou de segurar meus cabelos com cuidado, de forma a tirar os fios da frente do meu rosto. Minha boca já estava bastante úmida, pronta para recebê-lo, então o olhei fixamente nos olhos e abocanhei o membro dele. Continuei olhando- o fixamente e pude apreciar cada estremecida que meus chupões e lambidas causavam no corpo daquele homem.

Tratei de dar atenção a todas as partes, deixando-o completamente duro. Daehyun entre um gemido e outro me pedia para deixá-lo entrar logo de mim, sempre depositando carinhos no meu rosto enquanto eu me dedicava ao membro dele.

Obviamente eu também queria Daehyun logo dentro de mim, mas eu queria que nossa vontade aumentasse mais e mais, até o ponto em que a necessidade falasse mais alto.

Não demorou muito para que isso acontecesse. Numa chupada mais intensa Daehyun tirou minha boca do membro dele e me puxou para cima do seu corpo. Nesse ponto eu já me sentia mais do que molhada, agora preparada para receber Daehyun dentro de mim.

- Tae... – dizia com a voz abafada por estar com a boca colada ao meu seio – você é gostosa demais.

- Você quer me penetrar? – o provoquei enquanto ele chupava meus seios com vontade e me segurava pela cintura com as mãos.

- Preciso responder? – como resposta ele me forçou para baixo fazendo nossas partes se esfregarem com gosto.

- To vendo que tem alguém fora de si aqui. – o provoquei ainda mais, dessa vez segurei o membro dele e passei a esfregá-lo na minha vagina, mas sem permitir que penetrasse.

- Desde quando eu mantenho o controle ao seu lado? – novamente ele forçou meu corpo com as mãos permitindo que seu membro quase me penetrasse, mas eu consegui impedi-lo só para provocar ainda mais.

- Dae, você falou que eu iria te pagar quando chegasse em casa, lembra? – ele nada respondeu, apenas me olhava intensamente nos olhos – por acaso... você aceitaria isso como pagamento?

Sem que ele esperasse eu sentei com tudo no seu colo, e obviamente permitindo que o membro dele entrasse de uma só vez dentro de mim. Não sei dizer o que foi mais prazeroso: sentir o membro dele me penetrando ou observar a expressão de prazer repentino que tomou conta do rosto daquele homem.

Daehyun tratou de responder minha provocação voltando a chupar o bico do meu seio, mas dessa vez com mais intensidade enquanto apertava meu outro seio com a mão.

Eu me movimentava e o membro de Daehyun deslizava com facilidade dentro de mim, que a cada movimento ficava ainda mais lubrificada.

Daehyun não pensou duas vezes em me empurrar com o corpo, fazendo com que nossas posições fossem trocadas. Agora eu estava por baixo e ele estava no comando.

Ele foi rápido, pegou o preservativo que estava na gaveta do móvel ao lado da minha cama e o vestiu. Daehyun me olhou de forma provocativa, enquanto ameaçava me penetrar novamente.

- Será que eu devo? – colocava apenas uma pequena parte do seu membro dentro de mim, mas logo tirava.

- Vai logo, Daehyun. – falei com a voz afobada.

- Agora você tá com pressa, né? – ele sorriu de canto se divertindo com a minha ansiedade em tê-lo novamente dentro de mim.

- Eu disse pra ir logo, Dae! – envolvi a cintura dele com as pernas e o forcei contra meu corpo.

- Tae, você me perguntou se eu aceitava esse tipo de pagamento... – Daehyun aproximou sua boca do meu ouvido e sussurrou. – eu até aceito, mas cobro juros.

Dessa vez foi a vez de Daehyun entrar dentro de mim de uma só vez, ele não vez a menor cerimônia em colocar o membro todo numa única investida e, obviamente, não consegui segurar o gemido diante desse ato.

A cada movimento meu corpo estremecia e eu sentia ficar cada vez mais quente. Não só o meu corpo, mas o de Daehyun também.

Era praticamente impossível não fazer barulho, era inevitável que os gemidos e as súplicas não escapassem pelas nossas bocas.

Daehyun manteve o corpo colado ao meu, enquanto se movimentava intensamente e sussurrava inúmeras coisas no meu ouvido. A cada palavra, a cada gesto, a cada toque de Daehyun eu estava mais próxima da loucura. Segurar-lhe pelos cobelos ou arranhar-lhe as costas já não parecia ser mais suficiente, nossos corpos colavam um no outro por conta do suor, mas tudo indicava que queríamos mais.

Daehyun então se afastou um pouco, ficou de pé e me puxou até a beirada da cama. Ele olhava meu corpo como quem se me consumisse com os olhos, dava para sentir o olhar dele queimar em cada ponto que o depositava na minha pele nua.

Sem delongas Daehyun segurou minhas pernas para o alto e apoiou meus pés no seu peito. Dessa forma e mantive minhas pernas abertas e mantendo-as para cima. Desta maneira, eu estava totalmente vulnerável para Daehyun fazer o que bem entendesse.

- Tae Hee... Tae Hee... chegamos na parte dos juros. – me dizia com o olhar mais safado que se possa imaginar.

- O que você pretende fazer? – questionei mordendo meu lábio inferior enquanto apreciava aquele homem totalmente dominado pelo desejo.

- Isso. – Daehyun sorriu e me penetrou lentamente, e meu corpo se contorceu com a sensação de ser penetrada naquela posição. – e agora, o que você quer que eu faça? Quer que eu me mexa?

Daehyun me provocava enquanto mantinha seu membro imóvel dentro de mim.

- Claro que eu quero! – disse caindo nas provocações dele.

- Assim? – Daehyun começou a se movimentar lentamente como se quisesse me provocar.

- Mas rápido, oppa! – ele sorria a cada pedido meu, ao ver que cada vez mais eu caia nas intenções dele.

- Então, assim? – se movimentava um pouco mais rápido, mas nada comparado ao que eu realmente queria.

- Não, oppa! Eu quero mais... – eu sentia vontade de dar uns tapas nele, mas ao mesmo tempo essa brincadeira deixava meu corpo inundado de prazer.

- Só vou aumentar o ritmo quando você me pedir usando palavras bem safadas. – não pude ignorar a expressão de vitória que Daehyun trazia no rosto. – esse são os juros que eu cobro.

Eu e Daehyun já havíamos ido para cama várias vezes, mas nunca chegamos ao ponto de falarmos tão abertamente sacanagens um para o outro, mas percebi que Daehyun queria muito ouvir aquilo de mim. Ele mantinha um ritmo mais lento, mas estava se segurando ao máximo para conseguir isso. Eu queria mais e ele queria mais. Isso era óbvio.

- Então, mete mais rápido, oppa! Me come bem gostoso e... – Mal consegui terminar de falar, pois Daehyun começou a se movimentar com força e velocidade dentro de mim. Era impossível e desnecessário falar mais qualquer coisa em meio ao calor daquele momento.

Daehyun inclinou o corpo, fazendo com que minhas pernas ficassem pressionadas entre o meu corpo e o dele. Isso deixada os movimentos ainda mais prazerosos.

A cada movimento, meu corpo anunciava que estava chegando ao limite, e com Daehyun não era diferente. Daehyun investiu todas as forças que ainda tinha em movimentos ainda mais intensos, que me faziam delirar e foi nessa hora que eu sentir uma onda de prazer dominar meu corpo, uma sensação próxima da morte, mas que ao mesmo tempo me deixava ainda mais viva. Uma sensação que dominou meu corpo por inteiro e quando se esvaiu senti meu corpo todo se relaxar.

Quando abri os olhos dei de cara com um Daehyun no mesmo estado, com o corpo apoiado sobre o meu, um Daehyun que não pensou duas vezes em selar aquele momento com um beijo.

Dessa vez foi um beijo calmo, mas não menos cheio de sentimento. Sim, agora tudo o que precisávamos era da calma e da tranquilidade que tomava conta um do outro.

- Te amo, Tae. – ele sorria e dizia ainda ofegante. 

- Eu também... – retribui com outro beijo, que depois se dissolveu em inúmeros selares até que restasse apenas o olhar que dirigíamos um ao outro.

- Vem cá. – Daehyun deitou na cama e me indicou para que deitasse ao lado dele.

Assim o fiz e Daehyun não demorou para me envolver primeiramente com o lençol e depois completou me envolvendo com seus braços.

- Divida paga? – brinquei deixando meu rosto muito próximo ao dele, de forma a permitir com que a ponta do meu nariz tocasse no dele.

- Sim, tá mais do que paga. – ele sorriu – gostei muito, Tae.

- Eu também. – senti meu rosto corar levemente ao lembrar do quão safados havíamos sido na cama desta vez, de cada palavra que havíamos dito.

- Tá com vergonha? – ele riu e começou a me zoar.

- Claro que não, oppa! Por que estaria? – tentei disfarçar.

- Não precisa ficar com vergonha, o que acontece entre a gente nunca vai sair daqui. E outra, eu sou seu namorado e como tal fiquei muito feliz em ouvir você dizendo aquelas coisas, pois é um sinal de que você se sente a vontade comigo na cama. – deu um beijo na minha testa e recebi um sorriso satisfeito. 

No final das contas resolvi não falar mais nada, achei melhor respondê-lo com um outro beijo, que dessa vez nos permitiu acomodar no corpo um do outro.

- Agora descansa... – Daehyun me deu um beijo no rosto e desligou a luz do quarto.

-Você também, Dae.

Demos um último selar e ficamos fazendo carinho um ao outro até o sono nos envolver.

A verdade é que apesar de tudo, apesar de estarmos muito bem juntos, eu ainda temia a possibilidade de um dia perder Daehyun.

Seria difícil demais para mim e acredito que para ele também, mas caso isso acontecesse eu acredito que não conseguiria ser tão egoísta a ponto de permitir que ele largasse tudo para ficar comigo ou que vivesse constantemente carregando uma culpa por tentar ser feliz.

Mas, sinceramente, eu tinha esperanças que o coração de Daehyun se acalmasse em relação a esse conflito de sentimentos, afinal de contas eu estava ao seu lado para ajudá-lo, independente do que fosse. Talvez fosse normal ele se sentir assim no começo, com o tempo ele iria perceber que não era pecado nenhum buscar sua felicidade...