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História EL Witch - Primeiramente, sou uma bruxa...


Escrita por: Cacheadareader

Notas do Autor


Há muito tempo estava querendo começar uma fic sobre Bruxas. Tomei coragem e aqui está. E mesmo que não houver nenhum favorito ou comentário, me sinto satisfeita...

Capítulo 1 - Primeiramente, sou uma bruxa...


Fanfic / Fanfiction EL Witch - Primeiramente, sou uma bruxa...

     Vamos começar do início, pelo menos o início que eu conheço. Sou Elina Van Down e tenho 15 anos.

     Primeiramente, sou uma bruxa (uma informação que acho levemente importante). Isso nunca foi um segredo pra mim. Minhas tias nunca esconderam isso de mim. Afinal, elas também são bruxas, assim como todas as gerações conhecidas da minha família.

     Moro com elas desde o incidente que matou meus pais. Eu era apenas um bebê. Nós morávamos em Valentia na época (Reino das Bruxas, paralelo ao mundo mortal). Assim que fiquei órfã, elas resolveram se mudar comigo pra uma cidade humana, mesmo sendo super patriotas.

- Valentia pode ser muito perigosa para um bebezinho. Ainda mais com aquela doença que atacou a todas aas crianças na época. – disse tia Berlinda. Enquanto, mais uma vez, tentava me convencer de que me trouxeram pra Terra por conta de alguma epidemia élfica viral. – Era horrível! As crianças de nossos vizinhos estavam ficando com bolhas roxas na pele!!! Bolhas roxas!! Não podíamos correr o risco.

     Eu apenas revirava os olhos e bufava. Olhei para Polaris (minha gata-conex) e disse mentalmente para ela: “Ahh, pensei que perguntando de novo, tão perto do meu aniversário, ela me responderia a verdade. Mas essa história de novo? Elas não se cansam de mentir pra mim?”. Ao que ela respondeu (também por pensamento): “Já era de se esperar... Mas, paciência. Elas devem estar esperando o momento certo”.

       ***Ah, não me lembro de ter comentado sobre isso. Curiosidades sobre gatos de bruxas:

*Toda bruxa tem um gato preto.
             *São tratados como cidadãos e merecem tanto respeito quanto uma bruxa em Valentia.
              *Toda bruxa tem uma conexão conex com seu gato preto, que faz com que a mente deles esteja ligada. Assim, podem comunicar-se por telepatia.
               *E todo gato de bruxa fala.  

 

     Estava cansada de tentar entender. Todas as vezes que perguntava pra minhas tias o porquê de estarmos morando todo esse tempo no mundo humano, cada uma dizia algo diferente e eu nunca podia ter certeza do motivo.

     Eu conhecia Valentia. Era o lugar que certamente minhas tias amariam moram por toda eternidade (literalmente). Sim, sabia que tinham se mudado por minha culpa, mas... Epidemia? Sem durante todos esses anos nem cogitarem voltar? Sendo que moraram lá todos os 133 anos de suas existências?

Eu realmente não cairia nessa história...

     Minha esperança era que quando eu completasse 16 anos, elas me considerassem madura o suficiente para saber a verdade. Eu sei que o meu aniversário é só daqui a duas semanas, mas eu já me sinto como se estivesse com 16!! Mas não era essa a única coisa que me instigava...

                                           *****

- Irei pra Valentia no ano que vem! Terei que frequentar Salázia desde o ensino médio até a faculdade para me formar em bruxaria completa.

- Nossa isso é tão fantástico!! – disse quase histericamente Melanie, minha melhor/única amiga, na escola que estudei toda minha vida. – Quem me dera eu! Aprender magia!! Certamente é muuuito mais legal que o High School daqui.

- Ahhh, Melanie. Vou estar sozinha num colégio cheio de estranhos. Terei que dividir quarto com outras garotas. Bruxas incrivelmente estilosas e que sabem muito bem controlar seus poderem. Você sabe as confusões que eu arrumo quando faço magia involuntariamente. Meus poderes parecem ter vida própria. E eu sempre fui: a excluída, a estranha...

- Mas isso não é porque você é uma bruxa? – pra ela, eu não me encaixava ali porque não estava no meu habitat natural. Não por ser deslocada mesmo. – E também porque seu cabelo é roxo? – ela acrescentou logo depois.

- Mas cabelos coloridos estão na moda. 70% dos alunos...

- É, mas você não coloriu o seu cabelo, né? Nós sabemos que essa é a cor natural dele. - Diz pegando uma mecha cacheada perto da minha orelha.

- Fala baixo! Tá maluca? – digo olhando em volta nervosamente pra ver se havia alguém prestando atenção.

     Estávamos na educação física, fingindo que jogávamos queimado com o resto da turma. Afinal, detestávamos esportes. Foi quando notei que ele chegara na quadra.

- Melanie, Melanie, Melanie. – digo sussurrando e puxando o braço dela – Ele tá aqui, ele tá aqui.

      Ela sabia de quem eu estava falando. Do meu crush da vida. Do menino que eu sou gamada desde sempre, desde o jardim, desde quando ele se mudou pra casa ao lado da minha, quando tinha uns 5 anos...

     Apesar de não ter trocado com ele nada mais do que um “Bom dia” ou “E aí?” eu realmente não conseguia me livrar daquela paixonite. Toda vez que eu o via, eu derretia. Sabia o quanto era ridículo e tosco da minha parte, mas não conseguia evitar.

- Elina, cuidado!! – Melanie disse, tarde demais para que eu pudesse desviar ou agarrá-la.

     Tomei uma bolada em cheio na cara. Caí pra trás. Quando vi, já estava na enfermaria.

- Que houve dessa vez, Elina? - É, pois... A enfermeira Marta já estava até acostumada com minha cara.

- Ela estava outra vez pensando no...

- Shhhhh!!! – faço rapidamente – Pode parando. Eu só sou péssima em Educação Física, só isso.

- Quer que avisemos suas tias... - perguntou Marta.

- Não, não, não precisa. Eu estou bem. As minhas tias vão ter um ataque! Sabe o quanto elas são preocupadas comigo. Ainda mais agora, tão próximo do final do ano e do meu aniversário. Os preparativos pra minha mudança estão deixando-as mais instáveis do que já são.

- Ué? Mudança? Vão se mudar?

- Bem, eu irei. Vou pra um tipo de internato em...outro país.

- Nossa! Que chique! – disse sorrindo. – Mas ficarei com saudades de você por aqui. Não na enfermaria, quero dizer, mas no colégio.

- Obrigada, Marta. Eu também. Não sei como vou me livrar das minhas mancadas sem vocês...

                                            *****

- Vocês realmente que isso seja necessário? – disse Polaris olhando minha tia Berlina colocar boias infláveis na minha mala mágica cabe-qualquer-coisa.

- Eu acho que não. – disse tia Doralina, que estava de braços cruzados encostada na parede do meu quarto.

- Nunca se sabe quando se vai precisar. - responde tia Belina - E se houver um tsunami? Como ela vai sobreviver se não sabe nadar?

- E você acha que uma boia vai me salvar de uma onda gigante, tia? – digo já quase rindo.

- Pelo menos amenizar o impacto, vai.

- Cheguei, cheguei!! – entra tia Gisellina na bagunça do meu quarto segurando uma bandejinha com bolinhos de abóbora, meus preferidos.

- Ué! Mas nem é meu aniversário ainda!

- Você merece, querida. E é melhor te mimarmos agora, já que depois só a veremos aos fins de semana. Ai... Acho que vou começar a chorar agora mesmo... – começou a choramingar Tia Gisellina.

- Está tudo bem, está tudo bem! Acalme-se, mulher. Ela não vai pra guerra, é para uma escola. – tentou acalmá-la, tia Doralina. Do jeito dela.

- Lembre-se, querida. Quando chegar a Salázia, procure por Evelynie. Ela vai te ajudar e explicar tudo o que precisará saber sobre o internato. Vamos fazer um bilhetinho de aviso mágico e colocar na sua bolsa pra que não se esqueça. – tia Berlina colocava cada vez mais coisas aleatórias e aparentemente sem sentido na minha bolsa.

      ”Onde você vai precisar de equipamento de esquiar e saxofone?” Polaris pensa tão estagnada quanto eu. 

– Seja gentil e doce, mas cautelosa. – recomenda tia Gisellina.

- E você também, não confie cegamente em qualquer gato que vê, Polaris. – Isso faz com que minha gata, que estava entretida lambendo a pata, pare e olhe para tia Doralina.

- Deve estar me confundindo com Elina – responde. – Essa sim, corre esse risco.

- Ei! – protesto fazendo careta pra minha gata.

- Bem, ISSO com certeza é muito importante. – Tia Berlina pega o livro de magia mais antigo de nossa família. Elas sempre o usavam quando esqueciam como preparar algum feitiço. Era grosso, grande e pesado. Recoberto por couro de dragão e no meio havia o símbolos das bruxas (Uma circunferência com uma estrela de cinco pontas).

- Não acredito... – vou até ela e toco na capa do livro. – Realmente vão me dar? Pra levar pra Salázia? – Até Polaris está chocada, consigo ouvir seus pensamentos de surpresa.

- Costumávamos usá-lo quando estudamos lá. Claro que está velho e um pouco empoeirado, mas nada que um bom feitiço de restauração não resolva.  – comenta tia Gisellina.

- Além disso, você precisaria de um exemplar desse livro de magia de qualquer modo e não é NADA fácil conseguir um desses.

- Mesmo assim, tia Dora, eu...

- Aceite, querida. – coloca a mão no meu ombro tia Gisellina. – É o mínimo que podemos fazer.

     Elas já haviam feito muito. Desde o dia em que perdi meus pais, elas faziam tudo por mim. Minha missão agora seria retribuir tendo sucesso no colégio. O que não seria uma tarefa tão simples pra mim...


Notas Finais


Aceito comentários crítico-construtivos :)


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