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História EL Witch - Meu 16 Aniversário, Conselho das Bruxas e... Valentia


Escrita por: Cacheadareader

Capítulo 3 - Meu 16 Aniversário, Conselho das Bruxas e... Valentia


Fanfic / Fanfiction EL Witch - Meu 16 Aniversário, Conselho das Bruxas e... Valentia

     O ritual começaria à meia noite do dia 30 de novembro (exata hora do meu nascimento). Minhas tias estavam nervosas e agitadas. Minha bagagem estava pronta. Eu estava dando os retoques finais no meu visual (aperfeiçoando o delineado do olho esquerdo e contornando meu batom vinho). Enquanto arrumava esses últimos detalhes, olhando para o espelho velho do meu quarto, Polaris refletia na minha cabeça...

"Você cresceu tão rápido... Está tão linda." Viro-me pra ela e acrescento: 

- Nós estamos. - Dou um olhar demorado no meu reflexo. Coloco o chapéu preto e pontudo, feito especialmente pra mim. - Eu realmente pareço uma bruxa. 

- É porque você é.

- Nem acredito... Valentia! Vou me mudar pra uma escola diferente de tudo que já vi. Só vão haver bruxas lá. 

- E magos e feiticeiros e gatos...

- Pessoas como eu (você entendeu!). E se der tudo errado? E se eu fracassar e não conseguir ser a bruxa que minhas tias sonham? E se eu não conseguir ser como minha mãe? - Digo voltando meu olhar para minha gata. Segurando a lágrima para não borrar a maquiagem. 

- Você é especial, querida. - Tia Gisellina surge pela porta e me abraça forte. - E nós te amamos. Pelo que você é. Essa menina doce, carinhosa e inteligente... Não por magia. Então, mesmo que não seja como sua mãe, ou como qualquer uma de nós, sempre estaremos aqui. Você pode sempre voltar pra casa, porque junto de nós, sempre será o seu lar. - Ela me abraça novamente e mais carinhosa. 

- Obrigada, tia... 

- Ei, ei! Vocês duas! Já está na hora! Vai começar. - Tia Berlina aparece na porta - a propósito, Elina, está linda!

- Obrigada! - grito quando ela sai. 

- Só falta uma coisinha... – ela aparece novamente e entra no quarto. Coloca em mim um colar em formato de lua crescente com um pingente de cristal.

    Eu sabia que aquele não era um simples colar de aniversário. Todas as gerações de Van Down tinham um colar especial com o mesmo formato. Eu sabia que ganharia o meu quando chegasse a hora. Mas esse não era meu. Diferente do das minhas tias, esse havia pertencido a outra bruxa. A bruxa mais poderosa de todo reino das bruxas. A mulher que deveria ser minha melhor amiga e a qual a companhia me foi privada para sempre.

- O colar da minha mãe...?

- Achamos que já era a hora, querida. – coloca a mão no meu ombro Belina.

- Eu... Nem sei o que dizer... – seguro e perto a lua com os olhos fechados.

-Não precisa dizer nada! Nem tem tempo para isso. – Gisellina limpa minha lágrima.

- Se não formos agora, estaremos atrasadas pro ritual! – corta Poláris, por fim.

- Então vamos! - Gisellina estala os dedos e estamos no quintal dos fundos da casa. Tia Doralina está colocando pedras do Sol e da lua no círculo branco com a estrela pentagonal (símbolo das bruxas). Há uma névoa sinistra em volta, pois as forças da natureza já se alteram com o que está prestes à acontecer. 

      Há velas e incenso ao redor. Minhas tias se posicional de modo que, cada uma fica em direção à uma das pontas da estrela. Todas estão de preto e de chapéu (como eu). Elas apontam para o centro, indicando que é alí que tenho que estar. Vou para o centro e Polaris fica na minha direção.

- Óh conselho!! Deuses das Bruxas, dos Magos, da Magia! Esta noite, no décimo sexto ano, nossa irmã, Elina Van Down, está apta para iniciar seus conhecimentos em magia e se tornar uma bruxa em treinamento! Rogamos pela sua bênção e permissão, óh conselho, para que ela possa seguir seu caminho e adentrar o vosso reino, sua terra Natal: Valentia! -disse tia Berlina. 

     E então, as outras começaram a cantar em uma língua que eu não entendia. Ouve-se um estrondo. Tudo se torna escuro. 

     Olho em volta. Não me encontro mais no quintal dos fundos. 

     Estou numa sala escura, que parece ser um tribunal. Há sete bancadas posicionadas de modo a formar uma meia lua. E nessas sete bancadas, há sete gatos pretos com uma meia lua na testa. O gato Central, altivo e                    exuberante (certamente o líder), tem uma lua cheia. Estou no centro deles. 

- Recebemos um requerimento para um certificado de identificação. - Diz o gato-líder, na quarta bancada.

- Certificado concedido. - Proclama um dos gatos da ponta. 

- Filha de Merlina Von Down. Bruxa nor exemplar. Permissão para atuar em Valentia, concedida. - o gato na sexta bancada. 

- A senhorita Von Down pode agora se retirar e seguir voo para Valentia.

- Obrigada, vossas excelências. - Faço uma reverência e quando dou por mim, não estou mais no tribunal e sim, numa viela. 

 

     Minha gata está ao meu lado. Assim como minha mala:

- E agora, Polaris? 

- E agora? Bem, temos duas escolhas: podemos dar uma passeada rápida pelos arredores da cidade, ou ir direto para Salézia. Que prefere?

     Olho em volta. Está claro. Parece ser quase meio dia. A Rua é pitoresca, arquitetura é clássica europeia. O dia está lindo. Há pessoas apressadas, pessoas distraídas, crianças e gatos (muitos gatos). A maioria está de preto e chapéu pontudo.

     Encantada com a cena, não preciso nem responder: 

- Mas é claro que vamos dar uma volta antes, né?- Rimos, eu e Polaris. 

     Começamos à virar esquinas e cumprimentar pessoas, nos sentindo parte daquilo tudo. Eu, como uma típica bruxa: saia preta, chapéu pontudo preto, suéter Preto e coturno de mesma cor. Ah, e a gata preta. 

     Entramos em uma Cafeteria especializada em doces de cappuccino com calda de abóbora. Posso afirmar que era delicioso. Depois paramos em uma praça. Havia um chafariz central, crianças e gatos corriam e brincavam ao redor. 

     Tudo estava tranquilo, o dia ensolarado. Até que ouviu-se o badalar de um relógio. Olho para o alto e vejo uma enorme Torre com um imenso relógio, numa rua próxima.  

     As pessoas então paravam o que estavam fazendo e dirigiam-se à rua do relógio. Pais pegavam suas crianças pelo braço, mendigos dormindo acordavam, até de as lojas iam ficando vazias. 

- O desfile! O desfile dos dragões vai começar! 

- Desfile de dragões? - questiona Polaris à um dos gatos apressados.

- Sim! Hoje é o dia interdimencional dos Dragões! Então haverá um desfile na Rua principal, a da Torre com o relógio.

- Adônis!! Venha logo! - Chama um garoto, provavelmente da minha idade ou um pouco mais velho. Estava vestido num estilo pré-Rock e pré-gó tico preto. Estava de coturno e alargador. A pele dele era quase tão escura quanto as roupas. O cabelo crespo estava cortado num topete. Não usava chapéu. 

- Só estou dando uma informação! 

- Quero ver o início do desfile antes de ir à Salézia! 

- Vocês estão indo pra Salézia? Nós também! - Digo animada por ter encontrado um colega. 

- Bem, então podem vir conosco. - Responde o gato Adônis. 

 - Obrigada. - Respondemos eu e Polaris, caminhando em direção à eles.

- Oi, eu sou Elina. Essa é Polaris. Sou calouro.

- Eu também sou. Me chamo Pólus. 

- Nossa, você é calouro? Nem parece, é tão...maduro. O seu estilo é sensacional. - Ele dá um sorriso com meu comentário. 

- Obrigado. Você também não é nada mal. - Ele dá uma olhada de cima à baixo no meu visual.

     Viramos a esquina quer dava para Rua principal, onde ocorria o desafie. Grandes carros alegóricos com vários dragões (de todas as cores possíveis) faziam demonstrações de seu poder de fogo e de voo. Música e dança, tudo feito pelos dragões. Eu estava maravilhada. 

     Estava muito cheio. Parecia que todos os cidadãos estavam reunidos numa única rua, para assistir o desfile.

- Eu não fazia ideia de que hoje era um dia comemorativo! 

- Todos os anos, no dia 1 de Dezembro, temos o dia dos dragões. Com os desfiles principais e festivais para homenageando os centenários. É feriado em todo o reino de Valentia...

    

     Dê repente, ouve-se um estrondo. Barulho de explosão.

- Ataque!! Ataque!! Fujam!! São eles!!! As bruxas e os feiticeiros das trevas!!! Corram enquanto podem!! – gritavam muitos.

     A multidão, que há alguns segundos estava alegre e animada, parecia ter se transformado num completo caos. O desespero para fugir da confusão fazia com que pais agarrassem suas crianças, montassem em suas vassouras e voassem para longe. Magos usavam magia de teletransporte e vários campos de proteção coloridos surgiam de variados pontos da rua. O desfile foi arruinado. Dragões voavam descontrolados para todos os lados. Carrocinhas de pipoca e algodão doce explodiam. No céu, era uma confusão de bruxas e feiticeiros e vassouras impossível de distinguir.

- Vamos!! Temos que sair daqui!! – Pólus segurou meu braço e me puxou por entre a confusão de seres mágicos, nossos gatos, logo atrás de nós.

- Pra onde vamos??

- Pra onde acha?? Pra escola!!! – me empurrou para o primeiro beco que vistamos. Abriu a bolsa que carregava e tirou dela um saquinho. Pegou com a mão um punhado do que tinha lá, que parecia ser purpurina rosa. – Pense em Salézia!! – falou antes de jogar o pó em todos nós. Fechei meus olhos por uns segundos.

    Quando abri, estava em frente à entrada principal do que parecia ser uma mansão de campo. Mas a escritura em letras garrafais acima do portão de entrada não deixava dúvidas...

- Bem, essa não é a maneira mais adequada de chegar a escola, mas é que nos salvou daquela confusão.

- Muito obrigada, Pólus!! Nem sabemos como agradecer.- disse Polaris, já que eu me encontrava  totalmente atordoada com o repentino teleporte.

- Vamos entrando. 



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