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História Ela - Capítulo Único


Escrita por: Will_Saints

Notas do Autor


Essa música meio que serviu de inspiração, então quem quiser ouvi-la enquanto lê, aqui está

https://www.youtube.com/watch?v=O2yA4ivueOM

Capítulo 1 - Capítulo Único


Vôo 1705, acaba de pousar.

Quando ouvi a chamada do vôo dela, engoli em seco e foi como se meu nervosismo tivesse triplicado. Coração acelerado, o ar que entrava em meus pulmões não era mais o bastante para manter meu cérebro funcionando adequadamente e minha mãos começaram a suar. Mas engoli tudo e me dirigi para o portão de desembarque e me coloquei a esperar por ela.

A cada novo passageiro que aparecia, minha ansiedade ia no pico e voltava. Segurava uma plaquinha escrito "doce de goiaba" e esperava por sua aparição, já que ela duvidou que eu realmente apareceria com uma plaquinha com isso escrito.

Vínhamos nos falando a cerca de um ano e cinco meses, até que juntamos dinheiro suficiente e decidimos que ela viria para cá. Algumas noites em claro e uma promoção apareceu, teríamos apenas dois dias, mas eu tentava a não pensar nisso, pois tinha certeza de que me encantaria ainda mais por ela nesses dois dias e quando ela fosse, ia duvidar de que foi real e não mais um dos meus sonhos despertos.

Estava pensando comigo mesma se tinha abastecido o carro, colocado tudo o que ia precisar na mochila e se tinha confirmado a reserva do chalé enquanto mordia meu lábio nervosa, quando ela finalmente apareceu, ela usava uma calça preta, all star azul surrado, uma regata branca e um casaco amarrado na cintura, com uma mochila de lona nas costas. Olhos cansados, provavelmente não conseguiu dormir nem no vôo e seus cabelos na altura dos ombros lindamente bagunçados.

Ela passava os olhos pelas pessoas, quando seus olhos pararam em mim e sua expressão de ansiosa passou para surpresa e então ela finalmente gargalhou alto, quando viu que eu segurava a plaquinha com o apelido que ela havia me dado. Eu não precisava de um espelho para saber que estampava um sorriso grande e idiota para ela, foram muitas conversas e inseguranças até que decidíssemos que uma de nós viajaria para ver a outra. Muitas madrugadas de insônia contando segredos, desejos e medos pela tela de um celular, e agora ela finalmente estava ali a minha frente e isso era demais.

Depois que seu riso se encerrou, ambas andamos ao mesmo tempo até a saída do desembarque e quando ela passou pelas faixas e ficou a minha frente, ficamos nos olhando. Acredito que nenhuma de nós duas queria se mover, ou poderíamos quebrar o momento.

- Então... - ela começou passando a mão pelos cabelos e coçando a cabeça, em um claro sinal de nervosismo - Oi?

- Oi. - respondi sorrindo com nossa timidez - Abraço?

- Abraço. - ela respondeu feliz relaxando e me abraçando. A apertei contra mim, enterrando o rosto em seu pescoço e aproveitando o contato. Algo em meu coração se aqueceu e ele voltou a martelar rápido em meu peito.

- Seria muito engraçado se eu dissesse que me sinto como quando você confessou que eu era sua crush? - perguntei contra sua pele e ela se arrepiou sorrindo contra o meu pescoço.

- Não, me sinto da mesma forma. - ela respondeu surrando e depositando um beijo em meu pescoço, antes de afastar o rosto sem sair do abraço - Cachinhos.

- Eles estão uma bagunça por causa do vento. - resmunguei bufando, pois amo meus cachos, mas às vezes eles podem ser um tanto rebeldes, principalmente se tem vento envolvido. Ela apenas sorriu e puxou um dos cachos - Pequena.

- Eu já tinha dito que gosto deles. - ela disse dando de ombros e sorrindo. Então me lembrei de algo e sorri travessa - Que cara é essa?

- Eu sei que gosta deles. - respondi sorrindo e aproveitando sua distração para morder a bochecha dela - E eu gosto de suas bochechas.

- Chata você. - ela reclamou mais sorriu e beijou a minha, mordendo-a em seguida.

- A viagem até o chalé vai demorar um pouco, quer comprar algo para comer no caminho? - perguntei soltando-a devagar e pegando a mochila que trazia.

- Comprar algo pode ser bom. - ela respondeu passando o braço pelo meu e entrelaçando nossos dedos.

- Então a gente compra tapioca recheada e pão de queijo onde meu primo trabalha, ai pegamos a estrada e você tenta dormir. - eu falei enquanto começávamos a andar para a praça de alimentação do aeroporto.

- Não sei se vou conseguir. - ela confessou suspirando.

- Imagino, mas a gente tenta, quero você descansada. - falei beijando sua mão entrelaçada a minha - Você está aqui agora, vamos apenas aproveitar isso

- Está bem, eu tento dormir.

- Obrigada. - agradeci sorrindo e continuando a andar com ela. Quando chegamos ao local, sentamos em uma mesa e ela fez o pedido, enquanto era preparado eu pedi um café já que também não tinha dormido nada devido a minha ansiedade e agora teria que dirigir por um tempo razoável.

- Café? - ela perguntou apontando.

- Vou dirigir. - respondi dando um sorriso culpado, pois não deixei queria pedisse um para ela, para que pudesse dormir - Quando chegarmos ao chalé será hora da janta, então deixo você tomar o café que quiser.

- Isso não é justo e você sabe, não é? - ela me questionou com o queixo descansando sobre as mãos, enquanto me fitava com olhos estreitos.

- Sei, mas estou apenas cuidando de você, Pequena. - respondi piscando para ela.

- Docinho... Vai ter volta. - ela avisou-me e no mesmo momento lembrei-me das nossas conversas e um arrepio desceu pela minha espinha, ao qual disfarcei bebendo mais um pouco do café.

- Aguardo ansiosamente por isso. - falei olhando em seus olhos castanhos escuros, que ganharam um brilho diferente.

- Não provoque. - ela disse com um sorriso de canto querendo surgir, mordendo o lábio em seguida. Estava gostando do fato de nossa conversa estar fluindo normalmente, acho que não saberia o que fazer caso não acontecesse isso.

- Não está mais aqui quem falou. - respondi erguendo as mãos como quem se rende, quando olhei para o lado meu primo trazia nossos pedidos.

Nós os pegamos e fomos ao estacionamento, coloquei a bolsa dela na mala e tirei minha toalha da minha mochila.

- Para que isso? - ela me perguntou curiosa.

- Você vai ser. - respondi piscando e entrando no carro com ela.

Comecei a dirigir em direção a praia onde tinha alugado um chalé para nós duas pelo fim de semana, depois que passamos a federal, pedi para que reclinasse o banco do carona o máximo possível. Quando ela o fez, eu dei a toalha para que usasse como travesseiro e a cobri com seu casaco.

- Agora tente dormir. - falei enquanto deixava as janelas quase fechadas, principalmente a do lado do carona - Vou colocar musica baixinho, okay?

- Tudo bem. - ela respondeu sorrindo e se ajeitando no banco.

Coloquei a música no celular e continuei a dirigir, conversamos um pouco, até que ela adormeceu e eu consegui relaxar. Tirei uma foto enquanto ela dormia e voltei a estrada, pensando como a vida era engraçada e pregava peças. Às vezes você encontra o que estava procurando sem nem está realmente procurando naquele momento, ela com certeza foi uma surpresa para mim, mas estava sendo a melhor até agora.

Ela acabou por dormir e eu dirigi o resto do caminho tranquila, ouvindo música e olhando ela de vez em quando. Ao chegar na casa do senhor Antônio, que produz as cachaças oferecidas ali, estacionei embaixo de uma árvore e tratei de acorda-la.

- Amor... Hey... Acorda. - chamei baixinho tocando seu rosto - Pequena, chegámos...

- Uhm... Mais cinco minutos... - ela resmungou se espreguiçando e virando para o lado.

- No chalé eu deixo você dormir, mas temos que andar até lá, não é permitido carros na praia. - falei sorrindo da sua manha e adorando ver seu lado preguiçoso, assim como a carranca que se formou em seu rosto por minha insistência.

- Uhm... Okay, estou indo. - ela disse suspirando e coçando os olhos.

- Escute o mar e você acorda. - sugeri beijando tua testa e saindo do carro para pegar nossas coisas. Logo ela estava saindo do carro e se esticando com os braços para cima, respirando fundo.

- Quando você disse que era perto da praia, não achei que fosse tão perto... Amei isso. - ela falou e consegui relaxar, pois tinha medo que não tivesse gostado - Podemos nadar?

- Depois, primeiro vamos colocar comida descente na barriga. - respondi sorrindo da sua revirada de olhos.

- Você não era mandona assim. - ela reclamou vindo me ajudar com algumas coisas que tinha comprado para comermos nesses dias.

- Eu falei que para cuidar de você eu seria, no resto fingiria que deixo você mandar. - falei mexendo as sobrancelhas e ganhando um chute na bunda enquanto fechava a mala.

- Olha aqui, não é assim que a banda toca não, viu? - ela disse indignada apontando para mim - Sou pisciana querida, não se confunda.

- Sim senhora. - concordei sorrindo e ganhando alguns tapas no braço enquanto entravamos no bar/restaurante do senhor Antônio.

Depois de combinar nossa janta com a Dona Maria, esposa do senhor Antônio, um de seus netos nos levou até o nosso chalé. Era bem aconchegante, pequeno, paredes em um tom que lembrava um barro alaranjado, cercado por varanda de piso de madeira, com escapas para rede e algumas samambaias penduradas, envolta do chalé era gramado e uma cerca viva delimitava o terro de todos os chalés, e uma carranca enorme ao lado da entrada. Por dentro o piso era de cerâmica branca, na entrada tinha uma sala com uma saída de vidro lateral para a varanda, os moveis eram em tom escuro para contrastar com as paredes brancas, uma tv com ligação ao aparelho da tv a cabo de um lado e do outro um sofá de tom escuro e pé de madeira, um balaio se encontrava pendurado nessa parede do sofá. A entrada para a cozinha tinha uma cortina de pequenas conchas que faziam barulho quando você passava por ela, a cozinha em si era pequena, mas não menos aconchegante com armários em madeira na parede, uma pia, fogão e uma geladeira mediana, uma mesa de bambu de quatro lugares e um outro armário que funcionava como dispensa, também feito de bambu e uma saída ao lado para a varanda também.

Saindo da cozinha seguimos um pequeno corredor que dava na suite do chalé. Lá tinha um guarda roupa de duas portas, uma cômoda de frente para a enorme cama com tv em cima e no outro lado o banheiro. Todos os cômodos tinham enormes janelas que deixavam o ambiente arejado e claro de dia, o Adriano - neto do seu Antônio - nos disse que nos fundos tinha uma ducha para quando vivêssemos da praia e quiséssemos nos lavar.

Enquanto ela se acomodava no quarto, levei Adriano até a porta e disse que quando faltasse 15 minutos para a comida ficar pronta ele podia ligar para o interfone nos avisando. Ele se despediu e foi embora, eu voltei para o quarto e dei de cara com ela esparramada na cama, sorri com isso e me deitei ao seu lado.

- Por um tempo eu duvidei que isso seria possível. - ela sussurrou enquanto eu fitava seu perfil e ela olhava para o ventilador de teto.

- Eu sei... - murmurei e alcancei sua mão com a minha, apertando-a de lhos fechados - Ainda não estou acreditando que estamos aqui.

- Sabe como sei que é verdade? - ela perguntou e pude sentir seu peso mudar no colchão quando se aproximou de mim e sussurrou isso.

- Como? - sussurrei abrindo os olhos e dando de cara com seu rosto próximo ao meu, seus olhos esquadrinhavam meu rosto.

- Porque agora posso finalmente beijar você. - ela respondeu e tocou seus lábios nos meus. Não fui capaz de conter o suspiro que soltei, pois era uma das coisas que mais ansiava desde que a vi e quando sua língua tocou a minha foi o céu.

O toque era morno, lento e exploratório no início. Era nosso primeiro beijo, estávamos nos reapresentando ali, tímidas de início. Seus dedos seguiram para minha nuca em busca do meu cabelo e eu estremeci, pois era uma área delicada para mim, mas nem por isso larguei sua boca e mordi seu lábio inferior puxando-o com meus dentes. Ela respirou fundo quando o fiz e logo estava sentada em meu colo, o corpo deitado sobre o meu, meus braços a envolveram e a apertaram contra mim, uma mão na base de suas costas por dentro da camisa e a outra em seu cabelo, ao qual eu puxei de leve e fazendo-a estremecer.

Aos poucos o beijo foi voltando a ser calmo e sendo encerrado com selinhos e beijos pelo rosto. Estávamos coradas de felicidade, excitação e vergonha, porque não seriamos nós se a timidez não nos atingisse logo após algo assim. Ela permaneceu deitada sobre mim, a cabeça encaixada entre meu ombro e pescoço, eu continuei com o carinho em suas costas e curtindo o momento.

- Temos que tomar banho, logo vão nos chamar. - ela disse e pode sentir o sorriso contra minha pele.

- Tarada, você só quer meu corpo nu. - falei gargalhando e fazendo cosquinhas nela, que pulou de cima de mim como um gato.

- Sem cócegas. - ela advertiu sorrindo.

- Okay, vamos tomar banho, carne de sol com macaxeira só é gostosa quente. - falei ficando de pé e tirando a minha camisa, sua boca abriu completamente surpresa.

- Sério? - ela perguntou engolindo em seco, o olhar revezando entre meu rosto e meu tronco.

- Por que não seria? - perguntei sorrindo e abrindo meu short, que atraiu sua atenção a fazendo suspirar quando viu que eu usava boxes - Vamos logo, estou com fome.

- Eu também. - a ouvi murmurar enquanto eu andava para o banheiro tirando o top, acabei rindo disso. Quando passei pelo espelho do banheiro, vi que estava completamente corada, mas ignorei e fui para o chuveiro, deixando a boxe no caminho e ligando a água. Estava perfeita, nem fria e nem quente, então me coloquei abaixo do jato de água e logo ouvi a porta do box ser aberta e fechada logo em seguida, para rapidamente sentir os braços dela me envolvendo por trás e seu corpo nu sendo colado as minhas costas.

Virei de frente para ela e a puxei para baixo do jato d'água comigo, sorrimos e não dissemos nada, tomando banho assim entre toques e beijos roubados, sorrisos tímidos e espertos quando arriscávamos um toque mais íntimo. Seu corpo era lindo, macio e tinha certeza que não me cansaria de toca-lo e beija-lo.

Quando terminamos, nos secamos e fomos nos vestir, assim que acabamos o interfone tocou nos avisando que o jantar estava quase pronto. Peguei uma bolsa com dinheiro, a chave do chalé e celular, chequei minha saia e fomos descalças mesmo até o local. Ao chegarmos lá, Dona Maria estava servindo nossa mesa. Comemos conversando alegremente, tirando algumas fotos e conversando com o seu Antônio, por ser baixa estação só tínhamos nós duas lá, então eles puderam conversar conosco e nos contar algumas histórias bem divertidas.

Ela sorria o tempo todo e eu não estava ligando nenhum pouco para a cara babona que com certeza estava fazendo naquele momento. Logo seu Antônio veio com algumas cachaças para experimentarmos, parei na segunda, já que sempre preferi cerveja. Dona Maria trouxe uma cerveja para mim, enquanto ela seguia experimentando e ouvindo sobre como seu Antônio as fabricava e desde quando.

Ficamos até cerca de onze na noite lá com eles, rolou forró e tudo, eu fiquei sentada, claro e ela dançou com o Adriano e com seu Antônio. Aproveitei para filmar e tirar fotos dela rodando, rindo e, às vezes, caindo. Depois de ajudar Dona Maria a arrumar as cadeiras, voltamos para o chalé rindo e dividindo um cigarro, ela cambaleava aqui e ali, quase nos fazendo cair algumas vezes.

- Isso foi divertido. - ela falou enquanto entrávamos no chalé - Você deveria ter dançado também.

- Eu disse, não danço, mas também não empato que se divirta. - lembrei-a sorrindo e a segurando quando cambaleou novamente - Acho que alguém bebeu demais.

- Eu estou bem. - ela rebateu embolando de leve a língua.

- Claro, claro que está. - concordei, mas não consegui segurar o sorriso com a cena que ela estava fazendo.

- Está duvidando, meu doce? - ela perguntou me batendo contra a parede ao lado da porta da cozinha, colando o corpo no meu e me fazendo de recheio entre ela e a parede.

- Um pouco... Talvez... - provoquei brincando com a perna entre as suas.

- Sabe do que lembrei? - ela perguntou enquanto mordia meu pescoço, arrancando um gemido baixo de meus lábios.

- O que? - questionei meio ofegante, sentindo a ponta da sua língua arrastar na minha pele me arrepiando inteira.

- Um certo sonho... Alguém amarrada a uma cama... Abaixo de mim... - ela respondeu com as mãos subindo minha saia e apertando minhas coxas.

- Não temos a corda. - murmurei piscando e tentando não sucumbir tão facilmente a sua língua esperta, o que era difícil de todas as formas.

- Sua saia vai servir perfeitamente. - ela disse e me beijou com sofreguidão. Fomos até o quarto dessa forma, enquanto íamos nos despindo.

Quando chegamos ao quarto ela estava com sua calcinha apenas, cabelos revirados e minha saia indiana em suas mãos. Era uma visão bem quente essa dela, seu peito subindo e descendo, lábios vermelhos dos beijos trocados, olhos atentos a cada movimento meu e cabelos bagunçados.

- Deita. - ela falou e apontou a cama com o queixo. Eu prontamente a atendi e deitei, logo ela estava subindo na cama engatinha por meu corpo, beijando, mordendo, torturando e eu só podia me contorcer - Braços para cima.

- Isso será bem injusto, não poderei tocar você, Pequena. - resmunguei frustrada por isso, mas a atendi e botei meus braços para cima.

- É um castigo, não é para ser justo... - ela falou sorrindo enquanto me amarrava, quando viu que estava bem preso, mas sem me machucar, aproximou seus lábios do meu ouvido - Mas não se preocupe, farei você gozar tão bem, que não irá lembrar dessa injustiça.

Gemi em seguida com a mordida que ela deu em meu pescoço, antes de chupa-lo, o que com certeza deixaria marca, e começar sua exploração por meu corpo, agora sem a timidez de antes. Um arrepio percorreu meu corpo quando senti seu hálito quente no bico do meu seio esquerdo, ao qual ela tomou em sua boca e sugou com força, arrancando mais um de muitos dos gemidos que eu soltaria aquela noite. Após se satisfazer com aquele, ela passou para o direito e fez o mesmo enquanto eu esfregava uma perna na outra, sentindo a humidade entre minhas pernas aumentar e minha intimidade implorar por atenção.

- Por favor... – pedi, sim, eu estava pedindo, apenas precisava senti-la naquele momento – Sem torturas...

- Isso ainda é um castigo. – ela murmurou me beijando antes de se levantar e retirar sua calcinha, quando ela voltou a se sentar em meu ventre eu tremi.

- Porra, pequena. – reclamei com um gemido ao sentir o quão excitada ela estava com tudo aquilo, fazendo minha própria excitação atingir altos níveis. Ela apenas deu um sorriso sacana e começou a rebolar contra meu ventre, esfregando sua intimidade contra mim e gemendo, eu não sabia se xingava, gemia ou babava pelo espetáculo que era vê-la buscar seu prazer, apertando seus seios e puxando os bicos, enquanto gemia mordendo os lábios comigo embaixo dela sem poder fazer nada.

Mas como desgraça nunca é pouca, cometi o erro de olhar para baixo, para o meio das suas pernas e assistir aquilo enquanto ouvia os sons que ela fazia, estavam realmente virando uma tortura. Deliciosa, mas ainda uma tortura.

- Me solta pequena, me deixa tocar você... – implorei enquanto gemia de forma torturada sentindo onde ela se esfregava ficar ainda mais húmido a cada rebolada.

- Nem pensar. – ela respondeu soltando um dos seios e levando a mão até sua intimidade, quando entendi o que ela estava planejando, comecei a tentar me soltar, não estava nem ligando para se iria estragar a saia ou não, eu só precisava toca-la – Não desvie o olhar.

- Aaaahhh... – gemi vendo ela se erguer de leve e sentar sobre os próprios dedos, e era como se eles estivessem dentro de mim. Dentro... Fora... Dentro... Fora... Dentro, rebolada... Fora.

Ela ficou nesse jogo até que finalmente atingiu o ápice enquanto eu estava implorando por alivio e para ser solta. Quando ela chegou ao orgasmo, seu corpo se deitou sobre o meu e ela tinha um sorriso satisfeito no rosto, quando sua respiração normalizou, ela tirou os dedos de dentro de se e os levou até meus lábios, fazendo-me chupa-los e sentir seu gosto, o que fiz com prazer e ela era deliciosa.

- Sua vez... – ela murmurou tirando os dedos da minha boca e me beijando, logo senti suas pernas abrirem as minhas e os dedos que ela tinha acabo de me oferecer, encontravam-se agora pressionando meu clitóris sensível pela espera que teve que suportar – Apenas relaxe, amor... Confia em mim?

- Sim... Eu confio, amor. – respondi sorrindo-lhe e relaxando embaixo do seu corpo, para logo em seguida ofegar quando ela me penetrou lentamente com seus dedos. No começo foi incômodo, mas logo o prazer voltou com força quando ela usou o polegar para pressionar meu clitóris enquanto continuava a penetrar-me com seus dedos.

Não dissemos mais nada, não era preciso. Enquanto a sentia entrando e saindo de mim, também sentia seu corpo suado colado ao meu, seus beijos e sussurros, que me arrancava suspiros de prazer, até que finalmente derramei-me em sua mão com o corpo trêmulo, a respiração ofegante e um sorriso satisfeito em meu rosto.

- Como se sente? – ela murmurou a pergunta enquanto me soltava.

- Me sinto muito bem... Um pouco letárgica, mas bem... – murmurei de volta passando os braços pelo seu pescoço sorrindo.

- Você estava linda. – ela disse enquanto acomodava o corpo sobre o meu com nossas pernas entrelaçadas, enquanto me abraçava.

- Você também, me lembre de provoca-la mais vezes. – falei sorrindo e arrancando um riso seu.

- Vou lembrar. – ela garantiu ainda sorrindo enquanto deitava a cabeça em meu colo e meu dedos percorriam seu cabelo. Ficamos assim até o sono nos atingir.

- Obrigada por ter vindo. – sussurrei contra seus cabelos a apertando contra mim.

- Obrigada por me convencer. – ela falou e logo em seguida dormiu. Ainda fiquei um tempo a olhando adormecida, pensando o como era bom estar com ela ali e que ainda tínhamos muito o que enfrentar caso quiséssemos levar isso adiante, e por ela eu estava disposta a fazê-lo.

Esse foi meu último pensamento antes de dormir abraçada a ela.

Acordei com o sol iluminando o quarto, tínhamos esquecido de fechar as cortinas e como não sei dormir no claro, acabei acordando. Peguei o celular e eram sete da manhã, suspirei por saber que não conseguiria voltar a dormir e olhei para o lado prendendo o riso, ela estava completamente espalhada na cama, as pernas sobre as minhas, os braços espalhados e o corpo na diagonal.

Eu a cobri e tirei uma foto disso, antes de levantar-me com cuidado e fechar as cortinas, afinal ela tinha enfrentado uma viagem cansativa e ainda bebeu ontem. Tomei um banho rápido, coloquei o biquíni e uma saída de banho, e fui para a cozinha fazer nosso café. Estava começando a preparar o café, quando ouvi batidas na porta da cozinha e olhei, era Dona Maria entregando bolo de fubá que tinha acabado de fazer, alguns ovos para fritar e queijo coalho e de manteiga. Agradeci a ela e voltei ao preparo do café da manhã, coloquei meus fones e fui ouvindo minhas músicas e preparando tudo, enquanto lembrava da noite passada e de todas as várias conversas que tínhamos e até as que não tínhamos e eu meio que entendia.

Ela ainda tinha receios, receios esses que entendo perfeitamente, só tinha que continuar firmando a confiança dela aos poucos e então tudo ficaria bem. Mostraria quantas vezes fosse preciso que estava disposta a fazer diferente, a tentar de verdade, mesmo que na segunda ela vá embora, vou continuar e enquanto ela disser que quer tentar, iremos tentar fazer isso dar certo. Eu estava distraída cortando o queijo manteiga e mexendo o quadril, quando senti um par de braços me envolverem e tirarem meus fones.

- Bom dia, amor. – falei sorrindo e terminando de cortar as fatias do queijo e do bolo que a Dona Maria tinha trago.

- Bom dia, amor. – ela respondeu bocejando e enterrando o rosto na minha nuca. Ou ainda estava sonolenta, ou era apenas preguiça mesmo - Chutei você da cama?

- Não, mas acho que não demoraria a fazer isso. – respondi sorrindo – Você estava completamente espalha, eu fique na mesma posição na qual adormeci.

- Você não é muito de se mexer mesmo. – ela concordou rindo e beijando minha bochecha – O que temos para o café?

- Café, tapioca, queijo coalho, queijo manteiga, ovos mexidos por serem os únicos que gosto e sei fazer, requeijão e bolo de fubá que a Dona Maria trouxe. – respondi colocando os pratos na mesa, enquanto indicava o lugar para ela sentar.

Passamos o café conversando sobre várias coisas, desde o quão animada estava para dar um mergulho, até seu projeto de livro que já estava na metade e que tentaria publicar quando terminasse. Eu já estava finalizando o meu, por seu uma história menos complexa e não ser uma trilogia.

Terminamos de tomar o café, seguindo o papo leve sobre o que ela aprontou ontem enquanto bebia, mostrei-lhe as fotos e os vídeos, seu rosto mudava de cor a cada coisa gravada. Depois fomos para pia deixar tudo limpo.

- O que faremos hoje? - ela perguntou enquanto lavava os talheres.

- Você escolhe, podemos passar a manhã na praia, almoçar na Dona Maria e na parte da tarde podemos ir na praia do lado, Adriano me disse ontem que haverá música ao vivo lá. - respondi enquanto secava o que ela já tinha lavado - Ou podemos ficar sem fazer nada, na grama, na rede, na cama.

- Safada. - ela disse e jogou um pouco de água em mim, nos fazendo rir.

- Você que teve segundas intenções, eu não disse nada. - me defendi rindo e secando os pingos - Mas é sério, você escolhe, não sei muito o que fazer porquê nunca vi aqui antes.

- Não? - ela questionou surpresa fitando-me e eu dei um sorriso culpado.

- Eu me envergonho um pouco disso, mas realmente não conheço nem metade do litoral daqui. - confessei encolhendo os ombros.

- Então, porque viemos para cá? - ela quis saber claramente curiosa.

- Porque queria que fosse especial e sempre vou lembrar que a primeira vez que vim aqui, foi com alguém muito importante e especial para mim. - respondi sentindo minhas bochechas queimarem.

Depois disso não dissemos mais nada, terminamos a louça e ela foi tomar banho, enquanto eu a esperava na rede ouvindo música e balançando a mesma com o pé. Talvez tivesse me precipitado em falar aquilo, mas não iria mentir para ela, mesmo que minha timidez me trave na maioria das vezes. Só que uma coisa é falar coisas importantes por mensagens, outra bem diferente é dizer olhando nos olhos da pessoa.

Estava distraída pensando nas minhas inseguranças e nas dela, quando senti que ela sentava-se em meu colo na rede.

- Ainda quer sair? - perguntei notando que estava sem o biquíni dela.

- No momento não, o que acha de continuarmos aqui? - ela respondeu deitando sobre mim lentamente e se acomodando sobre meu corpo.

- Acho que é bom. - respondi sorrindo e brincando com uma mecha do seu cabelo.

- Sobre o que disse mais cedo... - ela começou e coloquei o dedo sobre seus lábios.

- Não precisa dizer nada, eu entendo suas limitações e seus medos, porque são meus também. - falei olhando em seus olhos e tentando não gaguejar - Mas eu quero que saiba como se sinto, não quero esconder isso e nem tenho tal direito.

- Docinho... - ela tentou e eu a interrompi de novo ou demoraria mais um ano e meio para que eu falasse.

- Venho me encantando e apaixonando por você todos os dias, deixou de ser curiosidade e realmente passou a ser um sentimento. - falei respirando fundo - Não menti em nenhuma das vezes em que disse que queria que nosso relacionamento funcionasse e que você confiasse, a aliança que toda tímida você pediu para que eu comprasse não é um enfeite no meu dedo e se quiser viver comigo pelo menos um terço do que falamos que desejamos, quero realmente tentar e tornar esse um terço possível. Sei de todas as dificuldades, sou meio avoada, mas realista em vários sentidos, mas mesmo assim... Mesmo assim eu adoraria tentar e viviria cada minuto disso.

- Você é louca, docinho. - ela falou sorrindo, completamente corada e me beijando em seguida, eu retribui sorrindo e a apertando contra mim - Isso é sério... Quer dizer, tem certeza disso?

- Sim Pequena, eu tenho. - lhe garanti sorrindo e novamente retribuindo quando ela me beijou, com sua empolgação senti a rede balançar - Opa, cuidado ou caímos.

Ela riu e continuou a me beijar, logo pude sentir suas mãos entrarem pelas laterais da minha saída de banho, explorando minha pele e apertando minha carne.

- Quarto, ou sua mãe me mataria por fazê-la pagar fiança para a filha por atentado ao pudor em outro estado. - murmurei contra seus lábios me sentando com ela na rede.

- Ela me mataria, mataria você e me mataria de novo. - ela falou gargalhando e me levando a gargalhar com ela enquanto saiamos da rede.

Não deixei que saísse do meu colo e me pus de pé com ela envolvendo minha cintura com suas pernas. Entramos no chalé indo para o quarto, trocando beijos ansiosos e sorrisos, até que chegamos a cama onde eu a deitei.

A admirei um pouco naquela posição. Seu sorriso era lindo, os olhos brilhavam em expectativa, o cabelos espalhados pelo lençol branco e o peito subindo e descendo.

- Já que não sou boa com as palavras... Deixe-me tentar mostrar... - pedi me curvando sobre ela enquanto me apoiava na cama, beijando seu queixo e descendo meus lábios pela pele do seu pescoço. Ela suspirou desmanchando os nós da minha saída de banho, consentindo que eu continuasse.

Me posicionei no meio de suas pernas, de joelhos na cama e comecei a abrir seu shot o retirando rapidamente, deixando-a com uma calcinha vermelha e a camisa, a qual não demorei-me a retirar também revelando mais de sua pele, na qual me esbaldei tocando e apertando, arrancando-lhe suspiros longos e gemidos rápidos.

Quando ambas estávamos nuas, deitei meu corpo sobre o seu, beijando-a enquanto ela arranhava minhas costas que com certeza ficariam marcadas. Logo estava descendo os beijos por seu pescoço, intercalando com mordidas e chupas – que a deixariam marcada -, de lá seguindo para o colo dos seios, que eram lindos e do tamanho certo. Me dediquei a eles com atenção e carinho, arrancando-lhe sons que faziam meu corpo estremecer por saber que estava dando prazer a ela, usando a ponta da língua alternei entre ambos, utilizando os dentes para puxas seus bicos antes de toma-los em minha boca.

Ela se remexia inquieta embaixo de mim, respiração descompassada, corpo trêmulo. Minhas mão percorriam cada linha, queria grava-las em minha mente a ferro, para que quando a saudade chegasse eu pudesse fechar os olhos e ainda sentir a macies de sua pele nas pontas dos meus dedos.

- Amor... – ela pediu.

- Shhhh... Quero saboreá-la, Pequena, quero adorar cada centímetro seu. – sussurrei contra sua barriga antes de beijá-la e descer para o meio das suas pernas, dei apenas um leve beijo entre elas e me direcionei para suas coxas, puxando a parte interna entre os dentes, fazendo-a se contorcer.

Não era boa em dizer, eu precisava que ela entendesse o quão profundo aquilo era. Fiz o caminho de volta a sua boca e me coloquei entre suas pernas novamente, uma mão se aventurando em sua intimidade.

- Me mostre... Mostre-me como satisfazê-la. – sussurrei com a testa colada a sua. A mão dela se uniu a minha, guiando meus movimentos do jeito que ela gostava, do jeito que precisava enquanto eu assistia sua respiração se alterar, assim como as expressões de seu rosto. Os lábios sempre entre abertos e olhos semicerrados, sentindo-me entrar e sair de sua intimidade quente e molhada, sentindo-a tremer embaixo de mim quando usei a coxa para ir mais fundo e quando torcia os dedos dentro dela – Não feche os olhos... Quero saber como ficam quando você chega lá...

- Aaaaahhh... – ela gemeu tombando a cabeça para trás, mas atendeu meu pedido e permaneceu de olhos abertos enquanto eu voltava para seus seios e aumentava o ritmo em que estocava dentro dela. Logo senti suas paredes apertarem meus dedos e em seguida ela cravou os dentes em meu ombro gritando contra minha pele enquanto se derramava em meus dedos.

E era a visão mais linda que eu já tinha visto. Seu corpo suado banhado pelo sol, rosto corado pelo prazer, respiração ofegante, olhos enevoados e cabelos bagunçados. Enquanto ela se recuperava, tirei meus dedos de dentro dela e os levei a minha boca, provando seu sabor mais uma vez.

- Uau... – ela murmurou piscando e sorrindo – Isso foi... Isso foi diferente.

Eu apenas sorri de seu comentário e beijei seu rosto, ela me abraçou sorrindo feliz.

- Temos a manhã toda... – sussurrei contra seus lábios enquanto colocava uma perna entre as dela e encaixava minha intimidade na sua, fazendo ambas gemermos – Eu avisei que iria saboreá-la.

- E me deixar exausta. – ela apontou rindo.

- Bom... Se serve de consolo... – falei beijando-a – Eu também ficarei.

- Parece justo. – ela sussurrou contra meus lábios e suspirou quando comecei a me mover.

Passamos o resto da amanhã daquela forma, ela me mordeu mais algumas vezes enquanto atingia seu prazer e eu não me importava de ficar marcada, sabia que ela gostava e não podia negar que eu também. Estávamos aproveitando cada momento, demonstrações mudas – ou quase mudas – do que sentíamos e do que queríamos. Agora era só esperar que durasse por muito tempo.

Quase no fim da tarde, após um cochilo, tomamos banho e fomos caminhando pela praia até chegar na que estava tendo uma festa. Tinha um grande palco armado a beira mar, alguns quiosques tinham espalhados suas mesas pela areia e também era possível ver alguns carrinhos que vendiam cerveja e cachaça por ali. Era possível ver muitas pessoas pelo local já, mesmo que a banda ainda estivesse ajeitando tudo no palco.

- O que será que vai ter? – ela perguntou ao meu lado, com a mão na minha.

- Aparentemente grupos regionais e mais próximo ao fim, música eletrônica. – respondi enquanto olhava um panfleto que uma garota tinha me entregado ao passarmos por ela logo que chegamos – Quer ficar para ver ou prefere continuar andando?

- Vamos ficar, parece que será divertido. – ela sugere toda animada, acabo por concordar e vamos à procura de uma mesa para esperar até que o show comece.

Pedidos nossas bebidas e uma isca de peixe, que estava realmente gostosa. A cada minuto o trecho de praia ficava cada vez mais cheio de gente, casais, famílias, amigos ou pessoas sozinhas mesmo. O primeiro grupo a se apresentar foi um que tocava baião, levando várias pessoas a dançarem ou arriscarem passos.

- Se você quiser ir dança, fique à vontade. – falei sorrindo por vê-la se balançar na cadeira ao ritmo da música.

- Uma hora você sabe que eu vou te puxar, certo? – ela perguntou estreitando os olhos para mim, enquanto tomava mais uma dose da sua bebida.

- Deixe-me ao menos ficar mais bêbada, okay? – pedi, pois sabia que até o fim da noite eu não conseguiria mais lhe negar e iria acabar deixando que ela me levasse para o meio da multidão.

- Combinado. – ela disse sorrindo, levantando-se e me beijando antes de ir mais para perto do palco dançar. Eu fiquei onde estava sorrindo e a assistindo, ela dançou com algumas pessoas, até se fixou com dois rapazes que alternavam entre dançar com ela e entre eles.

Enquanto isso eu continuava bebendo e assistindo sua alegria, até que ela veio a nossa mesa e bebeu um pouco da minha cerveja. Sua testa estava molhada de suor e o rosto corado, um sorriso em seus lábios que entregava sua empolgação com o momento.

- Se divertindo? – perguntei oferecendo do prato de petisco que eu tinha pedido.

- Sim, nossa amor, é muito animado isso aqui. – ela falou se sentando em meu colo para comer o que lhe ofereci – Conheci um casal, Marcos e João, eles moram aqui.

- Eles são os dois com os quais você ficou dançando? – perguntei sorrindo com minha mão subindo e descendo pela sua costa.

- Sim, eu os chamei para sentarem conosco, tudo bem? – ela perguntou comendo mais e dando tapinhas na minha perna no ritmo da música.

- Sem problemas. – respondi comendo um pouco mais.

Logo os meninos chegaram e engamos em uma conversa animada bebendo e comendo, eles contaram a história deles, de que o Marcos trabalha embarcado e o João ajudava a mãe na pousada da família, cozinhando. Nós falamos a nossa, que estávamos em um relacionamento a distância e que essa era a primeira vez que nos víamos pessoalmente. Eles ficaram super animados e nos desejaram toda sorte possível.

Conversa vai, conversa vem, outro grupo sobe ao palco, agora com uma pegada mais de reggae e finalmente ela consegue me levar para a praia para dançar. Ou ao menos tentar, pois sóbria já não tenho muita coordenação, bêbada então é que ela vai para o espaço. Mas estávamos nos divertindo e era o que importava no final de tudo. Ela tinha colocado minhas mãos em sua cintura, fazendo-me acompanhar o movimento de seu quadril pacientemente.

Me deixei levar por seu embalo enquanto tinha meu queixo pousado em seu ombro, sentindo seu cheiro misturado ao da maresia.

- Viu? – ela murmurou sorrindo – Está dançando.

- Não me lembre ou a vergonha volta e eu me atrapalho toda. – sussurrei contra seu ouvido sentindo-a se arrepiar, enquanto gargalhava com o vento.

- Tudo bem, não estamos dançando... – ela concordou por fim, pousando a cabeça em meu ombro – É estranho ou errado se eu disser que quero sentir isso mais vezes.

- Não é estranho e nem errado desejar paz... Felicidade... – falei a apertando contra mim e beijando seu pescoço – Você está feliz, Pequena?

- Sim, é estranho não ter o peso de energias ruins a minha volta, mas é revigorante também. – ela respondeu parando de dançar e virando o corpo de frente para o meu – E você?

- Seria estranhou ou errado eu dizer que nunca me senti tão bem antes? – murmurei tocando seu rosto. As palavras ficavam presas em minha garganta, tinha tanto que eu queria lhe dizer, o quanto ela me traz paz só em sorrir, ou como me sinto transbordar com tudo isso que sinto ao mesmo tempo e que é causado por ela.

- Não, não é estranho ou errado querer ser feliz, amor. – ela respondeu sorrindo e me beijando lenta e calorosamente. Aceitei suas palavras e elas me bastaram naquele momento e me bastariam quando ela não estivesse mais em meus braços, afinal, estávamos apenas amando.

O que há de errado nisso?



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