História Ela - A morte vem para todos

   Morte.

   Essa e uma palavra consideravelmente forte, não por ser algo ofensivo, algo feio de pronunciar, algo que não gostamos de ouvir - dependendo da situação ate pode ser o caso. Mas esse não e o caso.

   Existe vários motivos que levam uma pessoa a morte, motivos aos quais você já deve conhecer.

   Depressão, álcool, idade, discuido, assassinato, dentre outros, que não listarei aqui.

   Mas existe um motivo que ate hoje não entendo, e, acho que não entenderei muito.

   Ela.

   Seu nome, deixarei como Ela, não quero que a imaginem com uma aparência específica, apenas imagine. Ela iria querer assim.

   Ela tinha uma vida perfeita aos olhos da sociedade. Já ela, como qualquer um sempre achava alguma brecha questionar-se sobre algo de imperfeito em sua vida.

   Sua família era constituída por ela, sua irmã, seu pai e sua mãe.

   Era.

   Um dia ela ganhou um irmão, não um irmão comum, mas sim um daqueles que não tem o mesmo sangue.

   Um cachorro.

   Não me lembro quem a avia dado aquele cachorro, tudo que sei, e que, aquele cão era a alegria da família, tratado com um humano, aliás, se não fosse pela aparência de cachorro, todos achariam que era realmente um humano.

   Como toda família que tem algum tipo de mascote, tiveram varias altos e baixos. Ate que um dia teve o momento mais baixo, aqueles que eles saberiam que estava por vir mas não queriam acreditar.

   Após quatro anos, ele morreu. Ninguém sabe ao certo o que ouve só aconteceu, como se aquilo tivesse previsto a meses, como se o seu lugar no céu já estivesse guardado a tempos, apenas esperando para ser ocupado, e assim aconteceu.

   A última lembrança dela? Alguns dizem que foi seu cão caido no chão, já morto. Outros dizem que Ela não viu, apenas ouvio os gritos de sua familia apavorada com a situação, mas nenhum deles sabem a verdade, eles não sabem que ela teve a oportunidade de salva-lo, mas quando percebeu ele já escapará por seus dedo, literalmente.

   Uma dor imensa foi trazida com a morte do pequeno mascote da família. Dias e dias chorando pelos cantos, se perguntando como seria não tem um pequeno ser perambulando de um lado para o outro da casa.

   Anos se passaram, mas a dor continuava mesmo que não tão consideravelmente grande quanto antes, mas ainda estava lá, a fazendo sofrer. Essa era uma dor que não poderia se desfazer, mesmo que fosse pouca, mas existiria.

   Era duro pensar nos momentos bons que tiveram juntos, pensar em como eram felizes. A pergunta tão temida pela garota, agora era diferente. De um tempo para o outro ele apenas mudou, sem aviso prévio, e sem perceber a pergunta que rondava sua cabeça agore era "Como e viver com ele?".

   E foi com essa pergunta na cabeça e uma pequena chama de esperança em seu coração que ela se matou.

   Simples e rápido, só não pudera dizer que foi fácil. Pegou uma das armas muito bem escondidas de seu tio, e se matou, com um tiro, onde foi o tiro, isso fica com você.

   Mas antes de tirar a própria vida, ela escreveu uma carta.

   Com qual finalidade? Bem, isso nem Ela sabia explicar, só sabia que queria que sua história fosse reconhecida, mesmo que, pelas pessoas do bairro onde morava.

   Bem, se Ela conseguiu isso? Um dia saberá, bem em breve.

   Ela só queria não ser mais qualquer uma que se suicidou por um motivo que muitos acham egoísta, ela não sabia como, nem se conseguiria, mas iria faze-lo.

                     Eu queria isso.