História Ela é um cara - Magoa

Sakurako volta para casa desolado seus olhos estavam vermelhos pois tinha chorado o caminho inteiro até chegar em casa, e quando chegou foi direto para o quarto sem falar com ninguém, ele não queria que sua família o visse daquele jeito. Ao chegar no quarto Sakurako se jogou na cama e suspirou pensando em tudo que tinha acontecido naquela noite, seu encontro estava perfeito até Yuki aparecer, Masao agiria do mesmo jeito se ele mesmo tivesse contado? Se perguntava, mas agora já era tarde, seu relacionamento já havia acabado sem ao menos começar, era isso que Sakurako pensava naquela noite jogado em sua cama. Seus pensamentos foram cortados quando escutou batidas na porta, rapidamente ele sentou na cama e limpou algumas lágrimas que nem tinha percebido e murmurou um entra baixo mas foi o suficiente para que equem estivesse do outro lado entrasse, e esta era sua irmã mais nova que ao perceber que irmão tinha chegado foi perguntar sobre o encontro.

- Estava ansiosa, e como foi? - Pergunta sentando ao lado do irmão que só abaixou a cabeça.

- Já era So, ele nunca mais vai olhar para mim. - Soyuki olha para o irmão e suspira.

- Você contou a verdade?

- Quando eu ia contar a Yuki apareceu e estragou tudo, não foi eu quem contei foi ela, ela estragou tudo, você tinha que ver o jeito que ele me olhou, me senti a pior pessoa deste mundo. - Voltou a corar.

- Calma, não deve ser para tanto.

- É sim, já era Soyuki, agora tenho apenas que superar isso e seguir em frente, sei que já esta tudo perdido para mim. - Soyuki não falou mais nada apenas abraçou o irmão acariciando seus cabelos.

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No dia seguinte Sakurako se arrumou como de costume para ir a escola e desceu para tomar café, cegando na cozinha encontrou seus pais e sua irmã já tomando café.

- Bom dia. - Ele fala um pouco desanimado. 

- Bom dia. - Todos respondem juntos. Seu pai olhou bem para o filho que vestia uma saia xadrez e uma blusa de gola alta, e em seus pequenos pés uma sandália de salto médio.

- Por que não usa as roupas que eu te comprei? - Pergunta rígido.

- Por que eu gosto dessas. - Respondeu simples.

- Você não é uma garota para ficar usando isso! - Altera um pouco a voz.

- Até antes da Soyuki nascer vocês me trataram como se fosse uma! - Retruca no mesmo tom de voz.

- Isso foi por capricho da sua mãe não meu!

- Não vou mudar só por que vocês querem! 

- Fala direito comigo garoto, não sou um de seus amiguinhos!

- Se você fosse me aceitaria do jeito que sou, não tentaria me mudar, se sou assim hoje a culpa não é minha e sim de vocês que me criaram assim agora não reclame! - Sakurako pegou sua bolsa e saiu sem tomar café.

- A culpa é sua dele ser assim! - Falou para a esposa.

- Deixa ele, não vamos conseguir fazer com que ele mude.

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Na escola Masao andava pelos corredores, de cabeça baixa quando sentiu alguém o abraçar pelos ombros, era Souji.

- Como vai cara? Parece trite hoje. - Sorriu.

- Descobri uma coisa que... - Souji nem esperou Masao terminar e já foi logo falando.

- Que Sakurako-chan na verdade é um garoto? - Masao arregalou os olhos surpreso. - Só você não sabia cara, todo mundo sabe. - Riu.

- E por que não me contou?

- Por que eu queria ver esta cara que esta fazendo agora. - Riu de novo.

- Isso não é engraçado, eu a pedi em namoro sabia. - Agora Souji gargalhou mais ainda.

- Para os desavisados ele aparentemente parece a garota perfeita só que não é.

- Droga! Foi feito de trouxa, todo mundo sabia menos eu.

- Pois é cara, e o que vai fazer a respeito?

- Nada.

- Como nada, ele te enganou.

- E você também pois poderia ter me dito logo no inicio! 

- Foi mal.

- Mal? - Sorri amargo. - Não foi mal foi péssimo, agora não sei o que fazer, gosto dela mesmo sabendo que é um garoto, mas estou muito magoado com esta mentira, eu disse que não gostava de mentiras.

- O que pretende fazer? 

- Preciso pensar, preciso de um tempo. - Masao saiu andando deixando Souji para trás, o que ele sente por Sakurako ainda esta lá no seu coração, seus sentimentos pelo pequeno estão mais vivos e fortes do que nunca, mas a magoa da mentira prevalece.

Continua...