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História Ela não era minha - Mauro


Escrita por: Giiixim

Notas do Autor


As vezes vou trazer um capitulo só pra um personagem ok?
Esse é um pouco da vida do Mauro

Boa leitura ♥

Capítulo 5 - Mauro


Fanfic / Fanfiction Ela não era minha - Mauro


 POV'S  Mauro


-Onde você vai? - disse ela deitada ainda sonolenta e nua na cama- 
- Preciso ir-  inclino meu corpo sobre o dela e a beijo- 
Alguns meses conheci uma garota numa festa; Gabi, parecia uma boneca, pele branca e cabelos extremamente pretos, uma covinha no sorriso e um jeito doce de falar. Porém eu não queria nada sério, afinal porque ficar com uma se posso ficar com várias? Encontrávamos com uma certa frequência e para mim tava ótimo isso, sexo, prazer e sem falação de compromisso. 
Gabi suspirou olhando as estrelas pela janela, passou as mãos pelo longo cabelo que de longe senti sua maciez, o prendeu em um emaranhado frouxo  o que deixava suas costas nuas a mostra . Ela se virou já sorrindo e ainda nua, levantou vindo em minha direção com passos leves enquanto eu me segurava no sofá vestindo minhas roupas. Beijou minha nuca querendo me provocar, eu estava atrasado mais como evitar os beijos de uma mulher linda e nua na minha frente?
Não me atiça Gabi, você sabe que tenho outro compromisso agora- falei amarrando os cadarços- 
- Você nunca pode- queixou-se-  Me sinto uma amante.
- Nem namorada eu tenho, imagina amante. - despedi com um breve selo e a deixei- 

Sai daquele quarto de motel, entrei no primeiro táxi e voltei para casa. O cabelo meio úmido de um banho rápido molhava a gola da minha camisa e minhas pernas cansadas tremiam um pouco, cochilei até meu destino. Fui acordado polos solavancos de um taxista grosseiro,  que mal fechei a porta deu partida. Com o vento gelado batendo na gola molhada me arrepiei inteiro, a rua sem movimento era sinal do frio chegando em São Paulo. Abri em silêncio a porta principal, a dobradiça rangia e isso sempre entregada a hora que chegava. 
- Onde você foi?- uma voz bem conhecida perguntava na sala escura- 
- Desculpa, foi uma saída rápida- falei introspectivo- 
Senti sua grande mão tocar meu ombro ainda no cômodo escuro. Seus fortes dedos apertavam contra minha carne e suas unhas fincavam de leve na pele, meu pai balbuciava alguns xingamentos de como eu era um vagabundo por ficar vadiando tarde da noite no meio da semana, coisas comuns que ouvia quase todas as manhãs. 
- Isso não vai se repetir- falei e logo senti meu rosto quente, um tapa bem certeiro- 
- Melhor você ir pro seu quarto Mauro, estudar- falou pausadamente- Você é uma vergonha pra essa família. 
 
(...)


Hey cara, você tá com uma cara péssima. - Lucas chegou todo animado na sala tando um leve tapinha em meu ombro- 
- É - segurei o gemido de dor pelo ombro e lancei um sorriso falso- Fiquei estudando a noite toda.
 Orientais tem fama de serem superinteligentes, mais poxa, você vai surtar assim. - alertou- 
Meus dedos passeavam por meu rosto,  ainda sentia a dor daquele tapa, não fisicamente, mas na minha moral e honra.  Um pai extremamente grosseiro e que vinha de uma linhagem sementante, onde o sucesso é tudo, médicos, advogados renomados, engenheiros de primeira linha. Uma nota ruim era motivo de violência e castigos, não podia ter menos que a excelência, o melhor em tudo era a cobrança que diariamente eu comia no café da manhã. 
Vamos encontrar mais tarde - Chris inclinou a cabeça para trás perguntando- 
- Não, preciso estudar
- Estudar o que? Você só faz isso.  O Teddy tá estranho há dias, você só estuda, assim fica difícil manter esse trio unido
. - virou-se de frente ao professor reclamando- 
Coloquei os fones de ouvido, sorte que meu cabelo os tampava, passei a aula toda com o pensamento longe, girando o lápis de um lado a outro ou rabiscando coisas sem sentido. Fui despertado do meu transe quando notei todos juntando suas coisas e saindo, fiz o mesmo e sai em silencio, nem meus amigos dei atenção. Todos estávamos bem diferentes essas ultimas semanas, Teddy mal falava com Eliza  e quando questionado fugia do assunto, Chris parecia mais perdido que o comum, esses últimos tempos nos tornamos amigos que mal conheciam a vida um do outro. 
- Carona?- perguntou ajeitando aquela franja pela milessima vez- 
- Claro- afirmei para Lucas que sorriu- 
Ficamos em silêncio por quase todo o trajeto, o som do nada foi quebrado com uma ligação; Gabi. Conversamos um pouco, ela contava alguma coisa divertida do seu dia, admito que não prestei muita atenção, combinamos de nós encontrar mais tarde se fosse possível. Teddy tinha um olhar melancólico, cogitei perguntar porque, mas minha cabeça borbulhava com meus próprios problemas.  

- Até mais- disse saindo do carro- 
-Até- respondeu frio- 
Nossas casas ficavam uma ao lado da outra, ele parou seu carro na garagem e eu segui em direção a minha, a dobradiça rangeu como sempre. Ninguém em casa, todos trabalhando. Aproveitei esse momento de paz e subi para meu quarto, coloquei uma musica no máximo e me joguei ali na cama, adormeci. 

(...)
- Tem uma menina na porta, acorda Mauro- disse minha mãe acariciando meus enrolados cabelos- 
Levantei em um pulo, meio desorientado e com a cara amassada. Minha mãe sorria de canto, desci e a recebi com espanto. 
- Não é pra você vir aqui, nunca- disse indo para fora recebe-la- Já te falei, nunca vem aqui. 
- Desculpa, era uma surpresa. 

- Se meu pai te vê ele me mata
- Porque?
- Nada, esquece
. - falei tentando mudar de assunto-  Abre o carro, vamos sair- sorri- 
As quartas-feiras era o meu dia do expurgo, minha libertação, meu pai viajava e voltaria apenas quinta a tarde, minha mãe era uma cúmplice nossos planos. Seguimos até um lugar mais ermo, eu olhava aqueles olhos e a pele branca a desejando cada vez mais.
 


Notas Finais


foi pequeno? foi, foi intenso? talvez


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