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História Ela sempre sabe - Oneshot


Escrita por: GarotoDeHermes

Notas do Autor


Ideia aleatória...

Capítulo 1 - Oneshot


A porta lilás estava entreaberta. Uma brisa fria entrava pela fresta e tocava o rosto frágil e macio de Luiza. A garota estava sentada em sua cama. Os olhos fixos na abertura que a porta deixou. Um barulho vindo do corredor tinha à despertado. Agora não conseguiria voltar a dormir. Não sem antes descobrir o que havia causado o barulho. Era uma garota curiosa.

Levantando-se vagarosamente, Luiza pegou seu coelho também lilás pelo braço, e foi em direção à porta:

- Não tenha medo Sr.Dentuço - falou para seu companheiro - a mamãe vai nos dizer o que foi o barulho.

A porta rangeu levemente, quase inaudível. O corredor era escuro, mas Luiza era inteligente, e morava nessa casa desde sempre. Sabia exatamente que havia um tapete vermelho escuro no chão, haviam duas mesinhas colocadas uma em cada lado do corredor. Haviam também quatro portas, contando com a de seu quarto e a de sua mãe. As outras, uma dava para uma despensa e a outra para uma escada de funcionários. No meio do corredor, uma escada que descia para outro corredor.

Luiza precisava chegar na ultima porta. 

Apertou forte seu coelho:

- Não precisa ter medo - falou para o bichinho.

Caminhando pelo corredor, Luiza sentia algo estranho. Sentia que as paredes tinham olhos, e que vigiavam cada passo que a garota dava. Varias vezes a garota espiou para trás para se certificar de que não havia ninguém ali. Não havia.

O corredor parecia mais longo que o normal. Cada passo parecia uma eternidade para ser dado. Mas Luiza não desistiria. 

Continuou caminhando devagar. A brisa estava mais forte, porém não se via de onde esta poderia estar vindo.

A escuridão do corredor era opressora. Pesada. Quase como se fosse viva e estivesse apenas enfraquecendo sua presa, para então consumi-la. Sr.Dentuço nunca havia sido apertado com tanta força.

Luiza estava quase lá. Já havia passado das duas portas. Logo estaria deitada com sua mãe. Aconchegada nos braços macios e quentes.

BAM!

O barulho novamente. Dessa vez estava atrás de Luiza.

A garota se virou devagar. Escuridão. Apenas escuridão:

- Olá - falou baixinho.

Não houve resposta. A garota ficou imóvel por alguns instantes. Investigaria o barulho ou continuaria até o quarto de sua mãe ?

Luiza deu um passo na direção contrária do quarto. Em seguida outro. E mais outro.

Por que estava tão frio ? Luiza tremia levemente:

- Você está assustando o Sr.Dentuço - repreendeu ela ao desconhecido.

Bam!

Dessa vez Luiza notou que o som vinha do andar abaixo. Continuou andando lentamente em direção à escada.

Seus cabelos longos e acobreados esvoaçavam levemente.

Chegando no meio do corredor, Luiza olhou para baixo. Para o outro corredor. O breu não dava brecha.

Luiza desceu o primeiro degrau.

"Não desca"

Uma voz sussurrou do meio da escuridão.

Luiza parou. Abraçou seu amigo enquanto olhava receosa para baixo.

Desceu outro degrau.

Silencio.

Mais um.

E outro.

Luiza chegou ao pé da escada. Não havia qualquer sinal de luz. Porém, a brisa se fora, o ambiente estava quente e acolhedor.

A garotinha andou para frente. Sabia que a porta da frente seria a da cozinha. 

"Volte"

Foi a voz novamente.

Dessa vez Luiza ignorou. Apenas apertou seu companheiro e seguiu.

A porta estava logo a frente. Bastava estixar a mão e abrir a maçaneta.

Bam!

De algum jeito, Luiza sabia que o som era desse lugar. Atrás dessa porta havia o motivo de seu despertar.

Esticou uma das mãos. A maçaneta estava úmida. Luiza soltou rapidamente. Assustada e enojada. Precisava abrir a porta.

Pegou a maçaneta novamente. Girou. Click. A porta rangeu baixo enquanto era empurrada.

A cozinha estava levemente iluminada pela geladeira aberta.

Havia um balção entre a garota e a geladeira. Mas Luiza sabia, o motivo do barulho estava do outro lado do balcão.

A garota exitou. Estava com medo. Mas curiosa.

Agachou-se. Colocou o Sr.Dentuço sentado no chão e pôs o dedo nos lábios pedindo silêncio. O coelho nada falou. Luiza sorriu para ele.

Levantando-se, Luiza caminhou vagarosamente ao redor do balcão. Sempre olhando para a geladeira. 

Haviam frutas, talheres e uma caneca jogados no chão. Nada mais. 

A garota se abaixou e pegou a caneca. Era sua caneca. Havia ganhado junto com seu coelho.

"Luiza" 

A voz parecia mais proxima do que das outras vezes. Luiza olhou para o lado. Na geladeira, sentado, olhando diretamente para ela, a boca de pano rasgada, o Sr.Bigodes falou:

- Eu falei para não descer.

Luiza gritou no momento em que o coelho pulou na sua direção.

LUIZA!

Luiza abriu os olhos. Sua mãe à olhava assustada. 

Estava em seu quarto novamente.

Havia sido um pesadelo:

- Quer dormir com a mamãe ? - perguntou a mulher, os cabelos longos e acobreados como os de Luiza, soltos e rebeldes.

Luiza encarou aqueles olhos castanhos. Expressavam preocupação e afeto. Luiza fez que sim com a cabeça:

- Mas o Sr.Bigodes não - imendou ela - ele está de castigo mamãe.

A mulher sorriu. Pegou sua filha no colo e ambas foram porta á fora, deixando o coelho roxo sentado na cama. Quieto. No escuro. Sozinho.

Luiza dormiu muito bem após aquilo tudo. Sabia que nunca esteve em perigo. Sua mãe sempre sabia quando ela precisava de ajuda. Sua mãe sabia de tudo.




Notas Finais


Bem curtinha. Mas foi mais pra matar o tempo do que qualquer coisa. Espero que gostem.


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