Ao adentrarmos a sala de alquimia, senti um cheiro de substâncias químicas. Me lembrei do laboratório da escola. Ezarel foi até uma grande mesa e sentou-se em uma cadeira, que ao meu ver era totalmente desconfortável. Mas ele parecia não se importar com isso. Ele tirou-me de meus pensamentos dizendo:
- Vai ficar o dia todo aí na porta? Entre logo e feche-a, não se pode deixar o vento quebrar minhas preciosas poções.
- Sim senhor Ezarel.
- Não quero que me chame assim!- disse ele repreendendo-me.
- Então como gostaria que fosse?
- Pode me chamar de Ez.......- a porta abriu-se num estrondo, interrompendo Ezarel.
- Ez! onde você esteve? Estive lhe procurando por todo o QG!- eu não pude acreditar nos meus olhos. Só poderia ser um erro de minha parte......Não pode ser!
- Mary, você sabe que tenho muitas tarefas. Não posso ajudá-la a todo momento, vire-se sozinha!- As palavras de Ezarel me surpreenderam ainda mais era realmente Mary, minha pseudo irmã. Como é possível ela estar aqui em Eldarya.
- Não acredito Ez, você vai me deixar para cuidar dessa feia....humana.- disse Mary me analisando dos pés a cabeça. Pensando bem ela realmente seria capaz de dizer isso. Me surpreendi ainda mais. Ezarel puxou Mary para fora e fechou a porta com força.
- Você.......... er..... está bem?
- Sim. Ez- Ao chamá-lo assim ele arregalou os olhos. Parecia realmente muito surpreso.
Há ha .....me deixe terminar. Chame-me por Ezarel o grande Mestre!
- Sim senhor Ezarel ó grande Mestre.
- Pensando melhor isso é horrível! Ezarel está bom.
- Creio que seja melhor decidir-se logo. A propósito quem era aquela garota? - perguntei para esclarecer alguns pontos.
- Mary. Ela é parte da Guarda reluzente, não larga do meu pé. Mas porque esse interesse repentino?
- Nada só queria saber o nome desse ser inconveniente, para me manter longe- disse essas palavras sem pensar direito, confesso que me arrependo. Ezarel caiu na gargalhada.
- Ah ah ah ......ah ah. Nossa você é bem estranha.
Ezarel me mostrou alguns livros sobre as plantas e os mascotes de Eldarya. Tudo era em vão, não entedi absolutamente nada. Ele pareceu frustrado.
- Vou ter que ensina-la de toda forma. Vamos começar com o básico. As plantas medicinais.- ele pegou um livro na primeira prateleira, com capa verde meio empueirado.
- Como vou ler? Esqueceu que não sei sua escrita?
- Não! É inevitável que você aprenda com o tempo. Por agora faça algumas anotações sobre o que eu disser.
Assenti com a cabeça, e logo começamos. Ezarel falou-me sobre as propriedades das plantas mais simples. Disse ainda para guardar todas, pois elas eram utilizadas frequentemente, já que Eldarya enfrentava uma guerra.
- Acho melhor terminarmos por hoje. Estou exausto. - disse ele saindo sem me olhar nos olhos.
- Boa noite senhor!- após minha fala ele deu meia volta e olhou para mim.
- Pare de agir assim! - murmurou de forma ríspida.
- Assim como?
- Você sabe muito bem! - bateu a porta com força. Nem tive tempo de protestar. O que será que ele quis dizer.
Ao sair da sala percebi que já havia escurecido. Minha primeira noite em Eldarya. Será que posso pegar algo na cozinha ? Estou com fome. Sem pensar duas vezes fui até lá cortei um pedaço de pão e tomei um pouco d'água. Alguém me surpreendeu na saída da cozinha. Era Mary que segurava com força meu braço esquerdo.
- Não sei quem é você, ou o que quer, porém não permitirei que o tire de MIM! - Devido ao silêncio no QG, acho que todos puderam ouvir o grito dela.
- Tirar quem? - respondi sem entender.
- É muito sonsa mesmo! - minha vontade era dar um tapa nela, porém não consegui. Ouvi Passos de aproximarem rapidamente de nós. Imediatamente ela soltou-me de maneira brusca. Era Kero com roupas de dormir e um pedestal com velas.
- O que está acontecendo aqui! - olhou- nos com indiferença.
- Eu só estava cumprimentando a nova moradora do QG.- Disse Mary de afastando.
- Sabe Lucy, você nao deveria vagar por aqui a essa hora. Me acompanhe levarei você ao seu quarto.- não entendo o motivo de não poder andar por aqui nesse horário. Ao chegarmos no meu quarto Kero se despediu de mim e se afastou lentamente no corredor mal iluminado. Dentro do quarto percebi que havia um colchão sobre a cama. Fiquei muito feliz. Meu instinto foi o de abrir a porta e sair correndo até Kero.
Início das Narrativas de Keroshane (Kero)......
Já estava quase no saguão principal, quando percebo alguém se aproximando ofegante. Era Lucy, mas porque estaria correndo....
- Espere!
- O que foi Lucy.- nesse momento percebi um certo nervosismo nela que eu nunca tinha notado. Suas bochechas estavam um pouco ruborizadas.
- Eeeuu..... queria agradecer ao senhor...Kero......- olhei para sem entender muito.
- Agradecer?
- Sim pelo colchão. Muito obrigada.- ao dizer isso ela fez uma reverência e foi embora assim como chegou, rapidamente. Nossa que sensação estranha...
Fim das narrativas de Kero.
No corredor voltando par meu quarto esbarrei em alguém. Era Nevra.
- Olha só. .... minha pétala favorita! Sabia que ja passa da hora de dormir.
- Sim senhor, boa noite! - disse isso ja abrindo minha porta. Contudo minha ação foi interrompida pelo braço de Nevra. Ele estava apertando meu cotovelo.
- Onde pensa que está? Acha mesmo que terei pena de você?!
- Solte-me! Está me machucando. - ele se aproximou mais de meu ovido e disse:
- Não pemitirei que fique aqui por muito tempo, vou desmascarar você!- já se afastando pude ver sua sombra sumindo no corredor vazio.
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