História Ele - Ela. Além das fronteiras - Capítulo 6

Pov. Taylor

Faria de tudo para conquistar Sofia. Ela agora seria meu porto seguro nos momentos de fraqueza.

Descemos e tomamos café. Depois de lavar a louça e Sofia a secar, eram 14:30. Meus pais estavam na sala  deitados assistindo um filme romântico. Ao acabarmos, sentamos lado a lado desconfortáveis no sofá. Queria acariciá- la, mas não podia, pois, como diz ela, foi apenas um beijo. Após algum tempo, fiz pipoca e quando voltei, ela estava estirada no sofá. Pigarreei. Ela apenas me olhou e sorriu com uma cara tipo, você perdeu. Dei um balde de pipoca doce para meus pais, que estavam no outro sofá deitados e larguei o meu e de Sofia no chão. Deitei ao lado dela e peguei a bacia de pipocas. Ela me fitou acusadora. Apenas ri, seguidos por meus pais e por fim, ela.

Achou que ia ficar com o sofá só pra você? - falei humorado.

Sim.- disse fazendo bico. Ri.

Após assistirmos o filme, rimos e todos choramos no final. A sala estava escura, mas pude ver o quanto ela estava confortável a meu lado. Sequei uma lágrima sua e ela me sibilou um obrigado. Levantei e fui a cozinha, seguido por Sofia, que trazia outra bacia. Seus olhos estavam inchados como os meus. Limpamos a louça em silêncio. Ao final, ela falou:

Bom, já dei trabalho demais, vou pra casa.- merda. Uma hora ela teria que ir.

Você não deu trabalho algum. Mas está cedo! - falei tentando não parecer desanimado.

Mas já vou indo! Olhe, são 17:00 horas!  Amanhã tenho aula!

Está bem… mas vou te levar até em casa. - disse mandão.

Não adianta dizer não, né?

Não adianta baby.

Pov. Sofia

Fui buscar as coisas no quarto, quando voltei, dona Júlia e seu Paulo estavam dormindo no sofá. Taylor me esperava no carro. Fomos o caminho todo em silêncio. Ao chegarmos em casa, vi que meus pais não estavam. Liguei para minha mãe e ela me avisou que iriam dormir no sítio. Ainda bem que tinha a chave da casa. Ao desligar o telefone, Taylor me olhou confuso. Ainda estávamos no carro.

O que deu Sofia? - falou curioso.

Bom, meus pais vão dormir no sítio. Ainda bem que tenho a chave de casa! - disse sem mais delongas. Ele não se conteve e sorriu. Seus olhos brilhavam.

Posa lá em casa? - disse animado.

Não. - falei rapidamente. Percebi que havia um braço de tristeza em seu olhar.

Porque? Foi tão ruim dormir comigo? Pegamos suas roupas e um travesseiro. Vamos? Por favor? - disse mandão.

Já disse que hoje não! - falei um pouco grosseira e vi ele murchar.

Ok. - disse e fitou a rua. Estava bravo por não fazer o que ele queria.

Bom, quer entrar? - tentei ser educada, mas porque ele tinha que ser tão mandão?

Não. - falou simplesmente.

O que foi? Está bravo porque não vou dormir na sua casa? - disse fitando-o.

Não! Estou bravo porque você não acredita que gosto de você! Quer que faça o que? - gritou.

Eu disse que vou te dar uma chance pra parar de ser galinha, melhorar. Mas aí só porque não vou fazer uma coisa que você quer, fica todo emburrado! Mas que merda! - gritei.

Eu tô tentando ser melhor, mas você não colabora. Porra! Só porque te beijei, você tá se achando, né? - retrucou.

Eu? Se toca garoto! - berrei.

Agora, se me dá licença Sofia, vou achar quem me queira! - disse sem me olhar.

Ok, vai lá. Só não me procura mais. Tava bom demais pra ser verdade.

Dito isso, saí do carro sem olhar para ele. Entrei em casa e me joguei no sofá. Que merda deu nele? Estou tão estressada. Mas idiota fui eu em acreditar que ele podia gostar de mim. Perco- me em pensamentos. Quando vejo, são 19:30. Faço um lanche para mim e depois vou ao meu quarto. Tomo um banho demorado e coloco meu pijama curto. Ligo o ar condicionado e vou lavar a roupa da dona Júlia para devolver o quanto antes. Ao voltar, coloco minha playlist preferida, que inclui Arctic Monkeys e John Legend. O sono acabo me vencendo.

(...)