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História Ele - Ele aparece


Escrita por: srric

Capítulo 1 - Ele aparece



Acordo em uma manhã maravilhosamente calma, isto é, considerando a noite que eu tive. Minha garganta parece o deserto de tão seca que está, mas a preguiça de ir bebe água é maior, então resolvo fazer um pouco de hora antes de levantar. Procuro o meu celular em baixo do meu travesseiro e o encontro ali, com algumas mensagens não lidas e uma ligação perdida. Ao desbloqueá-lo, percebo que a noite anterior foi... por falta de uma palavra melhor, divertida, pena eu não lembrar dela direito.
Levanto e vou beber um pouco de água, minha sede parece insaciável, mas não aguento beber mais água. Dou graças que o resto da casa ainda está dormindo, embora ache estranho. Vou a procurar das pessoas desta casa, não encontro ninguém, isso explica o porquê da manhã está tão calma.
Ao voltar para o meu quarto, respondo as mensagens que recebi, e resolvo brincar um pouco com meu celular e ouvir música. Tento lembrar as coisas que fiz na noite passada, lembro-me que bebi muito, e como bebi, ao me lembrar disso, me vem na boca o gosto doce e gostoso da tequila, e as demais bebidas, mas sem dúvida, a tequila foi a mais gostosa. Logo em seguida, me lembro da festa em si, não só a parte da bebedeira, mas dela mesmo, as pessoas a minha volta, eu e meus amigos se divertindo e as novas pessoas que conheci.
Ah! Novas pessoas... gostei muito de conhecer novas pessoas, principalmente a Caren e o Will, duas pessoas que me interessaram bastante, ótimos papos que batemos, e se, não me falhe a memória, ótimos beijos. E se bem me lembro, tenho o número dos dois no meu celular, dou uma olhada para ter certeza, e estou certo, lá está o número deles e de mais 3 pessoas.
Observo que mesmo após a festa, eu conversei com eles por mensagem, e releio para ter certeza do que enviei e do que recebi. Rio ao ler as mensagens, conversas interessantes as nossas, principalmente com o Will.
Cansado de ficar em casa, e como não tem ninguém aqui, ligo para meus amigos ver se algum deles está a fim de sair.
  - Alo?
  - Oi, Ana, está a fim de sair atoa na rua?
  - Ah, acho que não vou fazer nada de interessante hoje.
  - Beleza. Daqui uns 20 minutinhos eu passo ai então tá bom?
  - OK.

Troco de roupa e acabo de me arrumar e desço para a casa da Ana. Ela mora uns dois quarteirões da minha casa, a caminhada até a casa dela é tranquila, não tem quase ninguém na rua nesse domingo à tarde. Chego na casa dela e ela já está lá na porta me esperando, e ao me notar chegando, vem em direção.
  - Oi.
  - Ana, esta bonita hein.
  - Obrigada, você também está bê.
  - E a onde nós vamos?
  - Que tal o parquinho ali da praça, podemos sentar lá e chamar o resto da galera.
  - Ótimo!

O parquinho era um ambiente muito gostoso, é tranquilo e não passa muitas pessoas por lá, os brinquedos são todos infantis, apenas para criancinhas, e embora estejam um tanto quanto velhos e meio desbotados, as crianças se divertem muito com eles.
Ao chegarmos ao parque, nos sentamos em um tronco para conversamos enquanto ela mandava mensagens chamando o resto da galera.
  - E a festa de ontem Ana, você se divertiu?
  - Muito, queria ter ti cumprimentado, mas quando cheguei você já tinha bebido e estava soltinho no meio do povo.
  - E por que não foi lá me cumprimentar mesmo assim? Fiel amiga de dança, quem sabe não te puxava para dançar?
  - Bom, não queria atrapalhar os seus rolos, e também tinha um cara de olho em você.
  - A tinha? Serio? E como ele era?
  - Serio. Um pouco mais alto que você, pele clara e cabelos escuros.
  - Então não cheguei a conhece-lo, único menino que conversei foi o Will, um loirinho.
  - Sei quem ele é. Consegui perceber como a conversa sua com ele estava boa.
E o resto da tarde foi assim, nós conversamos até o anoitece, o resto do pessoal queria sair de noite, então eu e Ana resolvemos ficar só nós mesmos e depois sair com eles.

Chego em casa umas 22h, resolvi não ficar muito tarde na rua hoje, estava doido para ver um filme que iria passa na televisão mais tarde.
Recebo uma mensagem de um numero desconhecido, falando como estava bonito na festa da Carol ontem, mas quando pergunto quem é, a pessoa não diz o nome. Então fico conversando com o desconhecido, apenas para ver se consigo descobri quem ele é.
  - Como você estava vestido? Para ver se te vi lá.
  - Duvido que você tenha me reparado. Fiquei mais na minha, prefiro a descrição.
  - Mas se você conseguiu me vê, será que eu também não consegui te ver?
  - bom, já que você insisti, eu estava de calça jeans e uma blusa preta com as mangas dobradas.
  - É, você tem razão, não te vi mesmo.
  - Falei, duvido muito que você tenha reparado em alguém como eu.
  - Ah, na próxima você me chama para conversamos, ou melhor, podemos marca de sair.
  - É... quem sabe.
  - E quem te passou o meu número?
  - Tenho os meus contatos.

Ficamos conversando o resto da noite, embora quisesse muito vê-lo e insistisse para marcamos um encontro, ele se recusa em aceitar qualquer encontro que propunha. Se ele me viu na festa, me elogiou e conseguiu meu número, porque motivo não quer me ver pessoalmente para nos conhecermos melhor? Acho que ele é apenas tímido e quando se sentir mais confortável comigo, deve se apresentar pessoalmente.

A manhã seguinte não é tão calma como a anterior, é segunda feira e isso quer dizer que tenho aula, então acordo cedo para me arrumar para a escola, o lado positivo disso é que terei algo para fazer. O problema é levantar da cama, ainda mais quando ela está tão confortável, me impossibilitando de levantar.
E agora fudeu! Acordo com o despertado do celular e, ao olhar as horas, vejo que estou atrasado. Me levanto correndo, jogo os cobertores para o chão e pego meu uniforme, vou me trocando enquanto corro para o banheiro. Escovo os dentes, dou uma olhada no espelho e dou uma ajeitadinha no cabelo. Entro no quarto, pego minha mochila e saio correndo para a porta, mas me embolo no cobertor que joguei no chão e caio de cara no chão, levanto xingando até a alma que o coberto não tem e começo a correr porta a fora de casa.
Ao chegar na escola, estou pingando suor, mas pelo menos cheguei bem a tempo. Assim que coloco os pés no portão, ouço o sinal toca e rapidamente me dirijo para a sala de aula. Por sorte o professor ainda não chegou, por isso sento rapidamente no meu lugar, atrás de Lisa que, ao me ver aproximar, já começar a rir da minha cara.
  - Atrasado de novo.
  - Eu sei. Mas que culpa tenho se as camas ficam mais confortáveis quando tem aula?
  - Preguiçoso!
Lisa é uma das minhas melhores amigas, uma das poucas pessoas a quem confio minha vida se for preciso.
  - Então, como foi o seu domingo bê?
  - Ah, foi bom, conversei com Ana no parquinho e depois saímos com o resto do pessoal. Por que você não foi com a gente?
  - Estava cansada, além do mais, Gui foi lá em casa.
  - Hum... então ficou o dia todo com Gui foi?
  - Bobo. Ficamos só conversando, ele é legal.
  - Vocês andam conversando muito ultimamente, vai só ficar de conversas ou tem outras intenções?
  - Até o momento, conversa.
O professor chega na sala e Lisa se vira para frente, nosso primeiro tempo é biologia. Estamos aprendendo genes, matéria mais fácil que já vi, e mais chata também. Fico a aula inteira lendo sorrateiramente.
Levo um susto quando o sinal toca, indicando que acabou nosso primeiro tempo, estava distraído lendo meu livro que nem percebi a hora passar. Como nosso próximo tempo é matemática, guardo o livro e fico à espera do professor chegar.
Na hora do intervalo, desço com Lisa para a cantina em busca por nossos amigos. Nosso grupo é pequeno, trata-se de Lisa, Ana, Matheus, João e Marcus. Não estamos na mesma sala, nem no mesmo ano, apenas Matheus e Ana estão a um ano inferior ao nosso.
  - Eai bê.
Olho a procura de quem me cumprimentou, era João, ele é um cara muito alegre, não parece ter momento ruim para ele. Deve ter uns 1,63 de altura, pele morena, cabelos curtos e negros, mas sem a menor dúvida, o mais chamativo em sua aparência eram seus olhos, verdes como folhas.
  - Cole jão, bem? Cadê o resto do povo?
  - Matheus e Ana estão agarrados por Maria, de acordo com Ana, Maria ia agarrar eles por conta das apresentações de trabalhos. Marcus eu não sei, saiu primeiro da sala e sumiu na multidão.
   - Deve estar na porta da sala de Ana esperando ela, aposta quanto que ele ainda se declara esse ano?
  - Duvido, acho que ele não tem coragem.
  - É o que veremos.
Lisa logo chega com gui atrás dela, como já era esperado.
  - Não entendo bê, Lisa está afim de Guilherme ou apenas fazendo hora com a cara dele?
  - Bom, descobriremos. Mas se quer a minha opinião, fazendo hora.
Andamos para fora da cantina, para o gramado da escola e nos sentamos em baixo de uma árvore, a sombra produzida por ela era fresca e gostosa. Ficamos uns 10 minutos sentados até avistarmos Ana com os meninos atrás dela.
  - Ana! O Ana! Estamos aqui.
Ana me viu acenando para ela e veio na nossa direção.
  - Oi galera.
  - Então, como foi o trabalho?
  - Acho que fomos bem, em Matheus?
  - Acho que sim, mas ainda acho que ela me encheu de perguntas por não ir muito com minha cara.
  - Larga disso, tenho certeza que você é mais um indiferente para ela.
  - Nossa! Que animador isso Ana.
Ficamos conversando todos juntos por pouco tempo, o intervalo não durava muito tempo e logo fomos para nossas salas.

A sorte de ser filho único é que de tarde tenho a casa toda para mim, por isso, levei um susto quando vi minha mãe ao chegar da escola. Ela é uma mulher muito bonita. Loira, alta e um corpo que parecia desenhado, seus olhos eram claros e sua voz sempre soava meiga ao falar, passava uma sensação de conforto.
  - Oi mãe.
  - Oi filho, não vou ficar muito tempo em casa. Passei só para trocar de roupa.
  - O.k.
Vou para o meu quarto, ainda esta uma bagunça, como deixei ao acordar. Pego meu coberto e o jogo na cama, não quero cair no chão novamente. Ao sentar na cama, vejo que tem um bilhete na mesa, levanto para lê-lo.

“  Sua beleza equivale a sua simpatia.“

Não tinha assinatura.
  - Mãe! Quem deixou esse bilhete?
  - Não sei, quando cheguei estava na porta, e tinha seu nome escrito nele.
Virei o bilhete e vi que meu nome estava escrito atrás, mas quem será que o enviou? E porque não deixou assinatura? Leio e releio, a letra não é familiar, sinal que quem o escreveu é um mistério.
Logo após de ler o bilhete, meu celular toca. Uma mensagem, era ele, a pessoa que ficou conversando comigo ontem.
  - Como foi a aula?
  - Bem. E você, estuda?
  - Estamos constantemente aprendendo algo novo não acha? Ah, e a propósito, gostou do bilhete?
  - Gostei, obrigado pelo elogio. Como sabe onde moro?
  - Eu presto muita atenção em você.
Quem era ele? Como sabia onde eu morava? E como ele é?
Bom, já que ele não irá se revelar, terei que descobrir quem é, a questão é como vou fazer isso, já que não sei nada dele, não tenho qualquer informação de sua existência. Pois bem, irei descobrir.
  - Então, você faz o que durante o dia todo?
  - Fico em casa, curtindo o tedio.
  - Não estuda? Não trabalha? Nenhum robe?
  - Tenho um robe, gosto de estudar o corpo, acho fascinante o modo como funciona.
  - Bacana. Quantos anos tem?
  - Adivinhe.
  - 18?
  - Não.
  - 19?
  - Não.
  - Por que você não fala a sua idade de uma vez?
  - É mais divertido deixar você adivinhar.

Ele não ajuda muito, fica dando jeito de contornar as perguntas, parece que vai ser difícil é estressante. Já que ele gosta de mistério, vou entrar no jogo dele, e ver o que acha se eu parar de responde-lo e só ignora-lo.
Após despedir de minha mãe e almoçar, vou ver televisão. Deitando no sofá, pego meu celular e vejo 3 mensagens dele e 1 mensagem do Will. Como estou evitando aquele desconhecido, vou conversa com Will.

Passa-se horas até que percebo o anoitecer. Vou ao meu quarto para fazer a lição de casa, na expectativa de não ter, não custa nada sonhar, mas para o meu azar, tem lição e eu terei que fazer. A lição não fica tão chata graças a Will, que está me distraindo e ajudando, uma vez que tenho dúvida e pergunto se ele por acaso não saberia a resposta da questão. Uma pena Will não estudar no mesmo colégio em que eu estudo. Passa-se algumas poucas horas e acabo a lição. Como estou curioso e acho que já se passou um bom tempo deste a última vez da nossa conversa, vou ver as mensagens do desconhecido.
  - Cansou de perguntas?
    Resolveu me ignorar?
    Pois bem, já que vai me ignorar, passar bem.

Uau! Que nervosinho ele, fiquei só um tempinho sem responder e ele estoura desse jeito.

  - Oi, estava ocupado com a lição de casa.

  Não vou me desculpar, e nem me explicar, acho a desculpa boa o suficiente para alguém que nem conheço direito. Ele demora um pouco para responder, mas me responde.

  - Sei. Deve ser uma lição bem grande essa.
  - Enorme, nem imagina.

Vamos brincar, você é enigmático e eu brincalhão.

    Mas eu já acabei de fazer, então agora posso conversar.

Ele não responde mais. Já estava ficando entediado, já que o desconhecido não queria conversa e não tenho nada para fazer, por sorte, Will volta a conversa comigo.

Já vou dormir quando o desconhecido me manda uma mensagem, ignora-lo ou devo responder? Ah! Quem quero enganar, a curiosidade e maior, então resolvo ler a mensagem.

  - Espero que tenha feito o dever certo, pelo tempo que levou para fazê-lo.
  - Também espero.
  - Já fez encontro as cegas?
  - Não, porque?
  - E o que acha disso?

Isso não me cheira bem, será que ele quer fazer um encontro as cegas comigo?

  - Tenho nada contra, desde que confie na pessoa antes.
  - Entendo.
  - Bem, vou dormir. Boa noite.
  - Boa noite, durma bem.

Essa história de encontro as cegas não me parece a melhor do mundo, eu deveria conversar muito com a pessoa para se quer pensar nessa hipótese, e se ele acha que já vou topar logo de cara, esta enganado. Ignoro esse último acontecimento da noite e vou dormir, amanhã acho que irei parar de conversa com essa pessoa, seja ela quem for.



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