No dia seguinte, Natsu, Lucy e Wendy já saiam pelo portão da mansão, quando avistaram Nill e Luizy.
Luizy – Bom dia – falou calmamente, recebendo o cumprimento dos outros três.
Nill – Será que podemos acompanha-los? – perguntou calmamente.
Natsu – Por que não? – falou entediado – Estamos todos indo para o mesmo lado...
Passaram a andar os cinco em direção à escola.
Enquanto Nill, Luizy e Wendy andavam um pouco mais a frente, Natsu pode perceber que a loira estava pensativa.
Natsu – No que está pensando? – perguntou calmamente.
Lucy – Ahn? – despertou de seus pensamentos – Nada não... – sorriu sem graça, encarando o rosado por alguns segundos – Natsu – chamou a atenção do rosado – Não foi você quem comprou minha antiga casa, né? – perguntou normalmente.
Natsu encarou a loira por alguns segundo, sem respondê-la. Logo suspirou – Por que quer saber? O que aconteceu? – perguntou calmamente.
Lucy – Nada... Mas eu sei que foi você – falou séria.
Natsu – Ahn? – não entendeu.
Lucy – Você estava com a chave da casa... Então só pode ter sido você! – falou convicta.
Natsu – Eu apenas peguei a chave com o representante do meu pai – falou bem mais baixo – Queria ver como era a casa, já que do portão não dava para ver direito – explicou.
Lucy – Mas meu pai falou que haviam comprado ela... Então como você estava com chave? – não entendeu.
Natsu – Deve ter sido depois que eu devolvi a chave... – colocou as mãos atrás da cabeça – Quem será que foi? – se perguntou calmamente.
Lucy continuou desconfiada.
Natsu – Deve que seu pai já tinha outras propostas, mas estava apenas esperando essa ultima, que seria a minha – explicou – E como eu não fiquei com ela, ele deve ter vendido logo depois... – fez a loira entender.
Após alguns minutos os cinco chegaram à escola, subindo rapidamente para suas salas.
Luizy – Bom dia! – sorriu ao entrar, recebendo os cumprimentos do restante do grupo.
Erza – Você está bem Luizy? – perguntou preocupada e surpresa ao ver a garota entrar alegremente.
Luizy – Estou sim – sorriu – Só um pouquinho triste, mas nada de mais...
Nill – Também... Quem não ficaria feliz depois de ganhar uma casa – sorriu, surpreendendo o grupo.
Todos – O QUE? – falaram surpresos.
Gray – Q-Quem ganhou uma casa? – ficou curioso.
Nill – Eu e a Luizy – falou alegremente, já sentado em seu lugar enquanto olhava para trás.
Levy – Como assim? – não entendeu.
Luizy – Nill me pediu em casamento – voltou a sorrir, fazendo o local ficar em silêncio.
Garotas – O queeeee? – coraram espantadas.
Os garotos rodearam Nill.
Gray – Parabéns! – deu tapas no topo da cabeça do colega.
Gajeel – E pensar que você seria o primeiro – sorriu fazendo a mesma coisa que Gray.
Todos cumprimentaram e felicitaram o garoto, enquanto as garotas rodearam Luizy, querendo saber os detalhes.
Lucy, já sentada em seu lugar, apenas suspirou desinteressada.
Gajeel – Agora só falta o Laxus conquistar alguma garota – sorriu.
Jellal – Do que você está falando Gajeel? – corrigiu o amigo – Você se esqueceu de que ele falou que iria buscar o diploma só de cuequinha? – brincou.
Gajeel – É verdade – debochou ao confirmar – Será que ele vai com a de bichinho que ele sempre usa? – olhou inocentemente para Laxus enquanto brincava, vendo o loiro quase explodir de raiva.
Laxus – Apenas esperem... Serão vocês que irão pegar o diploma apenas de meias – se virou para o lado, vendo Mira o encarar. Laxus apenas corou e voltou para seu lugar.
Gray – Mas afinal de contas... – encarou Nill – De quem vocês ganharam a casa? – perguntou curioso.
Levy – Com certeza foi naqueles programas de televisão – opinou.
Erza – Desde quando o pessoal da televisão da casas? – perguntou normalmente – Aquilo é tudo falso – falou incrédula – Aposto que eles ganharam na loteria.
Levy – Mas loteria não da apenas dinheiro? – pensou com uma gota na cabeça.
Todos – A Erza tem razão, deve ter sido na loteria – concordaram com a ruiva.
Levy – Quão inteligente esse povo é? – continuou a ouvir com uma gota na cabeça.
Logo puderam ouvir alguém fingir uma tosse, fazendo com que encarassem o rosado com o nariz empinado.
Natsu – Deixem eu me reapresentar... – continuou de nariz empinado – Prazer... Loteria! – sorriu convencido, fazendo o local voltar a ficar em silêncio.
Gray – Até parece... Você não tem onde cair morto – falou normalmente, sem acreditar no rosado.
Natsu – Ei... Olha o preconceito contra os pobres – falou sério.
Levy – Não tem como acreditar nisso Natsu – sorriu – Da onde você iria tirar dinheiro? – viu o olhar sério do rosado, e como já sabia de quem o rosado era filho, rapidamente entendeu a situação.
O grupo continuou não acreditando no rosado.
Luizy – Mas é verdade... – falou inocentemente.
Todos – Ahn? – olharam Natsu por alguns segundos, avançando rapidamente para cima do rosado logo depois.
Gray – Natsu, me dê um carro de presente – pediu animadamente.
Natsu – Como vocês acreditam na Luizy, mas não acreditam em mim? – tentou se afastar, indignado.
Laxus – Natsu, minha Tv queimou recentemente... Da uma de 60’ de presente para mim! – pediu com os olhos brilhando.
Natsu continuou ouvindo os amigos pedirem coisas – Eu tenho cara de papai-noel por acaso? –se irritou, o que fez o grupo se afastar um pouco.
Natsu respirou fundo e respondeu – Eu posso comprar o que vocês querem... Mas terão que se tornar meus escravos pelo resto da vida – falou sério, com um olhar de superior.
Rapidamente o grupo se espalhou, se afastando do rosado.
Laxus – Pão duro – reclamou.
Gray – Mão de vaca – bufou.
Cana – Eu só pedi um barril de vinho... – falou indignada
Natsu – Bem melhor assim... – suspirou aliviado, se sentando em seu lugar no momento em que viu Gildarts entrar no local.
Gajeel – Ei... – chamou baixo ao cutucar o rosado, fazendo mesmo se virar – Você pediu esse dinheiro para o seu pai não é mesmo? – perguntou sério, ainda falando baixo.
Natsu apenas confirmou com a cabeça – Como você sabe? – perguntou calmamente.
Gajeel – Ele está lá em casa... – explicou – Parece que está procurando algum lugar para ficar...
Natsu – Entendo...
Gajeel – Por que fez isso? – não entendeu – Eles são apenas amigos... Você sacrificou algo pelo que esteve lutando durante todos esses anos por eles...
Natsu – Eu faria o mesmo por você, ou pelos outros – olhou para cada um de seus amigos.
Gajeel se surpreendeu – Mas isso...
Natsu – Mas também, eu só fiz, pois eles estavam com um grande problema... – explicou – Vai depender deles agora, se conseguirão ter uma vida feliz, ou se perderão tudo que conseguiram.
Gajeel se calou, suspirando logo depois – Você sabe o que faz... Não é mesmo? – viu o primo confirmar e sorrir.
Lucy que ouviu a tudo, logo começou a pensar.
Lucy – Será que foi o senhor Igneel quem comprou? – pensou calmamente – Já que ele quer ficar mais próximo dos filhos... Talvez seja possível – abaixou a cabeça – Por que estou pensando nisso? A casa já não é mais nossa... Não faz diferença quem comprou – suspirou.
Logo as aulas começaram. O tempo passou rapidamente, e logo elas acabaram.
Lucy – Vamos Natsu... – chamou o rosado com a mochila já nas costas.
Natsu – Vai à frente, preciso conversar com o professor antes – falou calmamente, vendo a loira sair logo depois.
Natsu saiu com a mochila pendurada em seu ombro direito, desceu as escadas e se direcionou para a sala dos professores.
Natsu – Com licença – chegou à porta – O professor Gildarts está aqui? – perguntou calmamente.
Gildarts – Eu! – apareceu, andando até o rosado – O que foi Natsu? – perguntou calmamente.
Natsu – Professor, eu queria saber se posso pegar meu boletim... Ou pelo menos dar uma olhada nele... – falou calmamente.
Gildarts – Ahn? – ficou confuso.
Natsu sorriu – Eu sei que não preciso olhar minhas notas, já que vou passar mesmo – falou convencido – Mas... – foi interrompido.
Gildarts – É... Natsu... – fez o rosado ficar em silêncio – Já pegaram seu boletim – falou normalmente.
Natsu – Ahn? – não entendeu – Quem? – mas logo se lembrou – Só pode ter sido ele! – se irritou, rangendo os dentes – Eu disse para ele não se aproximar daqui! – fechou as mãos fortemente.
Gildarts – Foi Jude Heartphilia – falou calmamente, surpreendendo o rosado.
Natsu – Como? – voltou a ficar confuso.
Gildarts – Ele veio aqui e me perguntou sobre você – falou normalmente – E como você está na casa dele, me pediu seu boletim também... Ah e a professora da sala da sua irmã, falou que ele fez o mesmo em relação a ela.
Natsu – E-Entendo – sorriu sem graça – Então vou pegar com ele... Obrigado professor – saiu correndo do local.
Já no portão, viu que Wendy e Lucy já haviam ido embora.
Natsu – O que é isso agora? Por que o senhor Jude faria uma coisa dessas? – continuava a não entender.
Natsu correu em direção à mansão enquanto sua cabeça não parava de pensar no possível motivo da ação de Jude.
Assim que chegou à mansão, passou pela porta e andou calmamente em direção ao escritório de Jude.
Lucy – Natsu – viu o rosado – Conseguiu falar com o professor? – foi ignorada, vendo o rosado tenso enquanto andava em direção ao escritório de seu pai.
(batidas na porta)
Jude – Entre – falou normalmente enquanto mexia em alguns papéis.
Natsu – Com licença – falou ao abrir a porta e entrar.
Jude – Natsu! – se surpreendeu.
Natsu – Será que posso falar com o senhor? – falou normalmente.
Jude – Claro, sente-se – apontou para uma das cadeiras em frente a sua mesa. Assim que o rosado se sentou, perguntou – Então? O que quer comigo?
Natsu – O senhor está com meu boletim e com o boletim da minha irmã? – perguntou calmamente.
Jude – Ah, sim – se lembrou, abrindo a gaveta de sua mesa e logo depois entregando os dois papéis a Natsu – Acabei esquecendo de lhe entregar – sorriu.
Natsu pareceu pensar por alguns segundos, mas logo perguntou – Por que o senhor fez isso?
Jude – Você ainda é menor de idade, então precisava de um responsável para pegar, não? – falou calmamente.
Natsu – Por que o senhor fez isso senhor Jude? – voltou a perguntar.
Jude – Ahn? – não entendeu.
Natsu – Qual seu verdadeiro objetivo? – perguntou sério – O senhor sabe alguma coisa sobre mim, não é mesmo?
Jude suspirou – Sim, eu sei – falou sério – Natsu Dragneel! – surpreendeu o rosado, fazendo o mesmo fechar as mãos fortemente.
Natsu – Do que o senhor está falando? – abriu um sorriso nervoso.
Jude – Eu já me encontrei com seu pai diversas vezes – continuou falando seriamente – E, um pouco antes de ele mudar, ele sempre levava uma pequena criança com ele – explicou – E essa criança era exatamente idêntica a ele... – suspirou – Natsu, essa criança não seria você?
Natsu – Desde quando? – abaixou a cabeça – Desde quando o senhor sabe? – perguntou em um tom mais baixo.
Jude – Desde o momento em que você começou a trabalhar sem óculos – falou sério.
Natsu se surpreendeu – A partir do momento em que eu quis atender um dos pedidos da Lucy... – voltou a apertar fortemente as mãos.
Jude – Nunca imaginei que aquele nerd com óculos fundo de garrafa, seria o filho de Igneel Dragneel...
Natsu – Pelo visto não poderei mais permanecer em sua casa, não é mesmo? – continuou de cabeça baixa.
Jude – Do que você está falando? – não entendeu, fazendo o rosado levantar a cabeça – Se eu não quisesse você em minha casa, teria lhe expulsado no dia em que descobri – falou normalmente.
Natsu – Então...
Jude – Natsu, eu conheço seu pai... Ele se tornou um cretino, por isso não me surpreendi com o filho dele ter aparecido com a irmãzinha em minha casa – explicou.
Natsu – Ainda não estou entendendo qual o seu objetivo – falou sério.
Jude – Eu sei que pode parecer algo idiota, e também sei que você deve pensar que não precisa... Mas eu queria ser como um pai para vocês dois – falou sério, voltando a surpreender o rosado – Não estou falando em adotar ou dar o sobrenome... Apenas lhe dar um teto, um prato de comida, lhes ensinar o que é certo e o que é errado, lhes ajudar em seus problemas... Queria cria-los – explicou.
Natsu – E-Entendo... Mas senhor Jude, eu sinceramente lhe digo que, não preciso de um pai... Não mais – fez Jude prestar atenção – Após todo o tempo em que tive que fugir do meu pai, em que tive que criar a Wendy... Eu aprendi o certo e o errado, aprendi da pior maneira, mas aprendi... Talvez a Wendy sinta falta da presença de um pai, de alguém que lhe de carinho e lhe ensine as coisas... No final das contas, sou apenas um irmão – sorriu sem graça – Eu lhe agradeço por ter nos permitido ficar aqui, por cuidar de nós, da sua maneira... – viu Jude sorrir – Mas senhor Jude, eu realmente posso continuar a trabalhar aqui? A morar aqui? – perguntou calmamente.
Jude – Claro – sorriu, fazendo com que o rosado se levantasse.
Natsu – Muito obrigado – se curvou e já ia em direção à porta quando ouviu Jude voltar a falar.
Jude – Natsu, só há uma coisa – fez o rosado se virar – Da mesma forma que eu quero agir como um pai para você e sua irmã, também não quero que você tenha qualquer relação com a minha filha além da amizade – fez o rosado suar frio.
Natsu – A-Ahn? – se fez de desentendido.
Jude – Tente entender o meu lado... Como seria se você soubesse que uma filha sua, mantém relações com o empregado, de baixo de seu próprio teto?
Natsu continuou a o encarar, sem respondê-lo.
Jude – Não é nem pelo fato de você ser um empregado...
Natsu – É sim...
Jude – Mas, como posso explicar – começou a se perder em suas palavras – Ela já está noiva, e saber que ela está agindo como uma qualquer, tendo relações amorosas com o empregado dela, de baixo do meu próprio teto, de baixo do meu nariz... Seria algo revoltante e vergonhoso, sem falar que a Lucy é a minha princesa, assim como a Wendy é a sua... – fez o rosado entender ao mencionar Wendy, mas Jude continuou não sabendo como explicar – Apesar de eu ter marcado o casamento dela, apenas o fiz para depois que ela se tornasse de maior, afinal não poderei mais me intrometer na vida dela quando esse dia chegar – explicou.
Natsu – Eu te entendo senhor Jude... Tanto que eu já expliquei para a Wendy, ela só ira poder namorar daqui uns 12 anos – surpreendeu a Jude – E não se preocupe, minha relação com a senhorita Lucy não é nada mais do que amizade e a relação patrão/empregado – mentiu, fazendo Jude sorrir de canto – Me desculpe... Não posso lhe contar a verdade, o senhor ficaria em choque, entrando em depressão logo depois se soubesse dos detalhes... – pensou e logo voltou a falar – Se o senhor me der licença... – viu Jude confirmar.
Natsu abriu a porta e saiu do local.
Natsu – Agora eu entendo o porquê da Lucy não querer contar... – pensou um pouco chateado.
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