Após a conversa que Natsu teve com Jude, o rosado passou a ficar mais atento e a se controlar mais em relação à loira. Nesse ritmo seis meses se passaram.
Já no meio do mês de agosto, todos se encontravam no terraço da escola, aproveitando o recreio.
Natsu – E pensar que já estamos quase em setembro – suspirou já sentado ao lado de Nill e Lucy – O tempo passou muito rápido – falou tranquilamente, passando a encarar Rogue logo depois – Mas o que mais me incomoda, é que ele ainda não fez nada...
Levy – Verdade... Depois de todo esse tempo, já estou com saudades da Luizy – falou chateada, fazendo as outras garotas confirmarem.
Nill – Não podemos fazer nada – explicou – Ela já está de oito meses... Não seria bom ela vir para a escola – falou calmamente.
Lucy – E não faz nem um mês que ela parou de vir para a escola – falou com uma gota na cabeça.
Erza – Você não tem o direito de falar isso, você mora ao lado da casa dela – falou indignada – Já nós, não a vemos faz quase dois meses por causa das férias! – novamente todos concordaram com a ruiva.
Natsu – Mas isso foi uma opção de vocês – falou sério – Não foram a visitar por que não quiseram... Ninguém impediu vocês de se aproximarem de lá! – fez todos se calarem – Mas mudando de assunto... Vocês tem que ver – falou animado – A barriga dela está enorme – sorriu, fazendo Nill corar e os outros se animarem.
Nill – E pensar que está quase na hora do bebê nascer – falou completamente emocionado.
Natsu – Sim – falou no mesmo tom – Não vejo a hora de ver minha afilhada.
Nill encarou o rosado – Só espero que você não fique babando em cima da minha filha – falou um pouco indignado.
Levy – No final, acabaram descobrindo que era uma menina, né? – sussurrou para Erza ao seu lado.
Erza – Sim – sorriu ao responder no mesmo tom – E parece que o Natsu foi o que ficou mais feliz quando descobriu... Vai entender – riu.
Levy – Verdade, normalmente os garotos preferem meninos... Esse Natsu é realmente estranho – riu junto da ruiva.
Natsu – Como se eu fosse fazer isso – respondeu no mesmo tom ao que Nill havia falado
Nill – Você fica irritante quando se trata da minha filha, falta querer entrar dentro da barriga da Luizy para falar com o bebê – falou enciumado – É por isso que não deixo vocês sozinhos!
Natsu corou de vergonha ao ouvir todos rirem – I-Isso não é verdade! – falou envergonhado.
Nill – É sim! – logo completou – Afinal de contas, por que você não vira pai logo? – perguntou indignado, fazendo todos se calarem.
Segundos depois puderam perceber como a loira estava vermelha.
Natsu – Eu já disse que ser pai e ser padrinho são coisas completamente diferentes – falou um pouco mais calmo – Bom, deixa pra lá... – se acalmou, percebendo que o local estava em completo silêncio – Mas mudando de assunto... – encarou Laxus – Já estamos quase no final do ano... Já conseguiu se declarar Laxus? – perguntou normalmente.
Laxus – N-Não... – abaixou a cabeça envergonhado.
Gajeel – Precisamos fazer uma vaquinha... – suspirou.
Jellal – Para que? – não entendeu.
Gajeel – Comprar uma câmera de alta qualidade – sorriu – Assim podemos registrar o momento em que o Laxus for receber o diploma só de cuequinha – riu.
Mas logo perceberam que o loiro não retrucou.
Jellal – Dessa vez ele está desesperado – suspirou – Para não ter respondido sobre as meias...
Natsu – Idiota orgulhoso – pensou entediado.
Segundos depois o sinal que anunciava o fim do recreio tocou.
Quase todos se levantaram para sair, menos Natsu e Laxus. No momento que ficaram apenas os dois, o rosado se levantou.
Natsu – Laxus, sério... – foi interrompido ao perceber o loiro abraçando suas pernas.
Laxus – Natsuuuu, por favor, me ajuda! – implorou quase chorando.
Natsu suspirou, sorrindo de canto logo depois – Tudo bem – ajudou o amigo a se levantar.
Enquanto andavam em direção à sala de aula, Natsu explicava para Laxus o que fazer.
Natsu – Preste atenção, irei fazer uma única pergunta para a Mira, com essa pergunta você será capaz de chama-la para sair e de bolar seu próprio encontro – explicou.
Laxus – A-Ahn? – passou a suar frio.
Natsu – Relaxa – sorriu – Diferente dos outros, você é inteligente... Conseguirá se virar... Para falar a verdade, fiquei surpreso você não ter conseguido se declarar – falou sério, fazendo com que Laxus se animasse – Na verdade, só não vou lhe ajudar mais, pois vou visitar minha afilhada hoje... – corou animado.
Assim que chegaram em frente a porta da sala, o rosado informou.
Natsu – Eu farei a pergunta quando acabar as aulas, fique atento – falou sério, vendo o loiro confirmar.
Ao entrarem, perceberam Gajeel e Jellal sorrindo vitoriosos. Os dois já haviam entendido o porquê de Natsu e Laxus terem demorado.
Jellal – Vamos mesmo ter que fazer uma vaquinha – sorriu.
Logo Natsu se sentou em seu lugar.
Natsu – Quanto a isso, não se preocupem – chamou a atenção do amigo – Eu tenho uma amiga fotógrafa, ela pode dar uma ajudinha com isso – sorriu enquanto fazia sinal de positivo com a mão.
Gajeel/Jellal – Você é o melhor! – riram junto ao rosado.
Laxus – Maldito! – corou ao abaixar a cabeça na mesa.
As aulas se passaram rapidamente, todos já saiam da sala quando Mira parou Natsu.
Mirajane – Natsu, espere! – segurou o braço do rosado.
Natsu – O que foi Mira? – perguntou calmamente.
Mirajane – Avisa para a Luizy que mais tarde todos irão fazer uma visita para ela – sorriu.
Natsu – Tudo bem – sorriu – Mas com uma condição... – falou ao ver que não tinha mais ninguém na sala.
Mirajane – Condição? – não entendeu.
Natsu – Me responda a uma pergunta – viu a albina confirmar – Mira, se um cara lhe chamasse para sair, o que ele precisaria fazer para receber um sim? – perguntou sério.
Mirajane – Hummm – pensou enquanto segurava o queixo – Não precisaria fazer muita coisa – falou inocentemente – Se fosse um completo estranho, eu negaria, não importa o que ele fizesse... Mas se fosse alguém que eu já conheço, eu aceitaria o pedido para sair e veria o que ele faria no encontro... Agora, se for a pessoa que eu gosto, eu aceitaria até mesmo um pedido de namoro antes de sair em um encontro – falou inocentemente, surpreendendo o rosado.
Natsu – Por essa eu não esperava... Isso é sinal que ela gosta de alguém – pensou – Para meu azar, quer dizer, para minha sorte, ela não gosta de mim, já que falou tão tranquilamente sobre esse assunto... – sorriu – Entendo, muito obrigado por responder... E pode deixar que eu aviso a Luizy sim – saiu da sala, deixando uma albina confusa para trás.
Assim que passou pela porta, viu o loiro parado, escutando escondido.
Natsu – Agora você já sabe o que fazer – sussurrou – Vai lá.
Laxus – Ahn? – estava nervoso – Mas ela gosta de outra pessoa – sussurrou.
Natsu – Idiota, ela disse que aceitaria o pedido de encontro... Se você fizer tudo certo, é capaz de você conseguir – animou o amigo.
Laxus – O-Ok – passou pelo rosado, entrando na sala enquanto Mira guardava os materiais.
Natsu apenas passou a ouvir a conversa de trás da porta.
Laxus – M-Mira – se aproximou da albina.
Mirajane – Laxus? – estranhou – O que está fazendo aqui?
Laxus completamente corado, não respondeu.
Natsu – Idiota, fale algo! – pensou.
Mirajane – Laxus? – se aproximou do mesmo, estranhando a atitude do amigo.
Natsu – Anda, chame-a para sair... – começou a se estressar.
Laxus – MIRA... – assustou a albina, fazendo a mesma ficar mais atenta – POR FAVOR, NAMORE COMIGO!
Natsu caiu duro no chão – Idiota... O Laxus é um idiota...
Laxus – Droga, eu confundi as palavras! – ficou ainda mais nervoso ao perceber que a albina nada respondia.
Natsu já estava de pé esperando o pior.
Mirajane – Claro... – sorriu de canto.
Laxus – Eh? – achou ter ouvido errado.
Mirajane – Por que demorou tanto para vir falar comigo? – sorriu gentilmente.
Laxus – Ahn? – passou a encarar a albina.
Mirajane – Claro que eu aceito namorar você – falou gentilmente, fazendo o loiro corar.
Novamente Natsu caiu duro no chão – Idiota... Eu sou um idiota... Como não pensei nisso? Com certeza é do Laxus que ela gosta – suspirou, voltando a se levantar – Acho que agora eu posso ir embora – passou a andar em direção a saída.
Laxus sorriu completamente feliz – De verdade? – viu a albina confirmar – Mas, você gosta de mim? – perguntou surpreso, vendo Mira corar – Eu nunca consegui perceber, você sempre me tratou normalmente como tratava os outros, nunca corou quando te perguntavam sobre...
Mirajane – Eu não sou muito de demonstrar meus sentimentos verdadeiros – falou gentilmente – Mas uma vez eu quis te matar...
Laxus – Ahn? – não entendeu.
Mirajane – No jogo de dado, na viagem – fez o loiro se lembrar – Quando você estava se divertindo com a Ever.
Laxus abaixou a cabeça – Me perdoe...
Ficaram por alguns segundos em silêncio.
Laxus – Mira, quer sair comigo? – sorriu.
Mirajane – Ahn? Agora? – perguntou calmamente.
Laxus – Sim – falou animadamente.
A albina apenas sorriu para o loiro.
Já do lado de fora da escola, Natsu andava calmamente em direção ao portão até ver Wendy sozinha o esperando.
Natsu – Cadê a Lucy? – perguntou calmamente ao se aproximar.
Wendy – Ela saiu com as garotas, parece que vão comprar roupas para o bebê da Luizy – falou normalmente.
Natsu – Entendi – sorriu – Vamos? – viu a pequena confirmar.
Enquanto Natsu e Wendy voltavam para casa, Lucy e as garotas andavam na direção contrária aos dois, indo em direção ao centro.
Lucy – O que devo comprar? – perguntou indecisa enquanto andavam.
Erza – Eu vou comprar um macacãozinho – sorriu.
Levy – Eu um sapatinho – falou no mesmo tom da ruiva.
E logo todas começaram a falar o que iriam comprar.
Rogue – Lucy! – apareceu atrás do pequeno grupo, chamando a atenção de todas.
Lucy – Rogue? – viu o amigo ao se virar para trás – O que está fazendo aqui? Achei que tinha ido para sua casa...
Rogue – Lucy, será que podemos conversar? – perguntou gentilmente.
Lucy pensou por alguns segundos –... Claro, por que não? – respondeu normalmente.
Rogue – Então me acompanhe – sorriu – Preciso entregar umas coisas para o meu pai... – mostrou uma sacola em suas mãos.
Lucy – Tudo bem... – já ia em direção ao lado do amigo, quando sentiu segurarem seu braço.
Erza – Você tem certeza Lucy? – sussurrou um pouco preocupada.
Lucy – Ahn? – não entendeu.
Erza – O jeito que ele tem me olhado ultimamente... – suspirou – Não, nada – sorriu sem graça.
Lucy – Eu vou conversar com ele... Além do mais, ainda nem sei o que comprar – sorriu – Depois nos encontramos na casa da Luizy – saiu do local ao lado de Rogue.
Após alguns minutos andando ao lado de Rogue, a loira voltou a perguntar.
Lucy – O que tem nessa sacola? – perguntou calmamente enquanto encarava a mesma.
Rogue – Roupas – suspirou.
Lucy – Ahn? – não entendeu.
Rogue – Meu pai e minha mãe acabaram discutindo... Então agora ele está dormindo em outro lugar – sorriu sem graça.
Lucy – Entendo – falou um pouco chateada – Vamos mudar de assunto... – sorriu sem graça – Me diz o que você queria conversar comigo – sorriu.
Logo os dois continuaram andando enquanto conversavam.
Após algumas horas, na mansão.
Natsu – Até que horas essas garotas vão ficar fazendo compras? – suspirou enquanto olhava pela janela.
A porta da mansão foi aberta lentamente, revelando a loira no local.
Natsu – Lucy... Como foram as compras? – perguntou com um sorriso no rosto, mas logo percebeu que a loira estava pálida e ofegante – Está tudo bem com você? – perguntou um pouco preocupado.
Lucy – Está tudo bem – sorriu sem graça – Será que você pode me trazer um copo de água? – pediu cansada.
Natsu demorou a responder –... Vou lá buscar... – virou as costas para a loira, mas instantes depois foi abraçado por Lucy – Lucy? – sentiu a loira encostar a cabeça em suas costas e apertar seu peito fortemente com as mãos – O que aconteceu? – perguntou normalmente, sem receber nenhuma resposta da loira.
Lucy se afastou e sorriu – Não aconteceu nada – falou mais alegre – Apenas senti saudades de você.
Natsu deu uma leve corada – Vou fingir que acredito... Vou pegar sua água – foi em direção à cozinha.
Logo a loira pode ouvir o interfone tocar, fazendo com que Virgo atendesse.
Virgo – Hime – chamou a atenção da loira que já estava sentada em seu sofá – O senhor Rogue está querendo falar com a senhorita – falou normalmente.
Lucy – Não, eu não quero falar com ele – falou séria, mas logo pode ouvir novamente.
Hime – Ele insiste e diz que quer pedir desculpas...
Lucy abaixou a cabeça e levou as mãos à mesma – Ele se arrependeu? – suspirou – Tá, deixe-o entrar.
Após alguns minutos pode ver o amigo em sua frente.
Rogue – Será que posso falar com você? – falou normalmente.
Lucy – O que você quer? – falou séria – Não, fale dai! – falou ao ver que o mesmo iria se aproximar.
Natsu – Lucy... – apareceu, chamando a atenção dos dois – Sua água... – entregou o copo para a loira – A Virgo-san não me deixou trazer antes... – falou sério enquanto encarava Rogue, não entendia o motivo de o garoto estar ali.
Rogue – Yo, Natsu – sorriu gentilmente – Natsu, será que você poderia nos preparar um chá? – perguntou calmamente.
Natsu – Na verdade eu não posso... – falou calmamente, mas sentiu a loira segurar sua mão.
Lucy – Por favor, Natsu, nos traga um chá... – falou um pouco nervosa.
Natsu suspirou e voltou para a cozinha.
Natsu – O que aquele cara veio fazer aqui? – se perguntava enquanto Virgo terminava de preparar o chá.
Minutos depois o rosado voltava em direção à sala com o chá em uma bandeja.
Natsu – Chá demorado... – ao chegar no local apertou a bandeja fortemente.
Natsu não acreditava que um dia viria tal cena. O rosado apenas observou Lucy sendo beijada por Rogue.
Segundos depois, a loira se afastou, acertando um forte tapa no rosto do moreno em seguida.
Lucy – SOME DAQUI! – falou com raiva.
Natsu – Quem? Eu? – chamou a atenção da loira, a assustando. Lucy ainda não havia percebido que o rosado estava ali.
Natsu – Me desculpe atrapalhar – falou com os olhos opacos, deixando a bandeja na mesinha em frente ao sofá – Com licença – se retirou do local, voltando para a cozinha.
Lucy – Nã... Natsu espera! – se levantou para ir atrás do rosado, mas foi segurada pelo braço – Me larga! – puxou o braço fortemente – Eu já te disse para sair daqui! – continuou a falar com raiva.
Rogue – Com licença – se retirou do local. Assim que passou pela porta, abriu um sorriso largo – Finalmente está tudo completo... Agora só preciso por o plano principal em ação!
Dentro da mansão, a loira chegou rapidamente à cozinha.
Lucy – Natsu! – chamou a atenção do rosado, que estava sentado na mesa, vendo Virgo lavar a louça.
Natsu – Lucy? – falou calmamente.
Lucy – S-Será que podemos conversar em outro lugar? – viu Virgo no local.
Natsu confirmou com a cabeça, seguindo a loira até um lugar vazio.
Ao subirem as escadas e chegarem ao segundo andar, a loira parou ali mesmo, no corredor.
Lucy – Natsu, eu juro, não foi a minha intenção, ele forçou o beijo, mas eu me separei logo depois – falou rapidamente enquanto começava a chorar, se lembrando das palavras do rosado, que o mesmo não perdoaria traições – Eu não o retribui, não tive nenhuma intenção... Eu não te trai! – não conseguiu mais segurar, passando a chorar fortemente.
Natsu nada respondeu, apenas abraçou a loira, a apertando em direção ao seu corpo.
Natsu – Tudo bem... – falou gentilmente, surpreendendo Lucy – Eu percebi isso após o tapa... Eu queria poder soca-lo, mas iria ficar ruim caso ele abrisse uma acusação de agressão, ainda mais envolvendo sua família, já que eu estava em horário de serviço – sentiu a loira afundar o rosto em sua camisa – E contra você eu sei que ele não fará isso.
Lucy continuou a chorar – Me perdoe, me perdoe... – segurou fortemente a camisa do rosado – Eu não deveria ter me reaproximado dele, me perdoe.
Natsu – Agora você entende não é? – continuou a falar calmamente – Ele não quer apenas sua amizade, ele quer nos separar... Ele quer te tomar de mim – percebeu que a loira não conseguia parar de chorar – Se acalme – beijou o topo da cabeça da loira, levantando o queixo da mesma logo depois.
Lucy com a cabeça erguida pelo rosado, apenas chorava com seus olhos quase fechados.
Natsu – Olhe – sorriu – Eu não estou bravo – continuou a sorrir para a loira.
Lucy – Natsu... Eu te amo... – voltou a abaixar a cabeça, voltando a afundar o rosto no peito do rosado.
Natsu – Eu também Lucy... – voltou a abraçar a loira, apoiando a cabeça no topo da cabeça da loira – Pelo visto ele resolveu entrar em ação... – percebeu que a loira havia começado a se acalmar – Não irei perdoa-lo! – pensou com os olhos opacos.
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