Uma semana após o resultado, no quarto de Lucy, Natsu estava sentado na poltrona encarando a loira...
Natsu – Tivemos que fazer aquele monte de exames que a médica pediu... – observava à loira enquanto a mesma dormia – E ela tem dormido mais que o normal... – suspirou – Não há vi vomitar mais, mas ela tem ido mais ao banheiro... E eu que pensei que poderia ser mais um engano ou até mesmo uma brincadeira da Lucy – abaixou a cabeça.
Segundos depois se levantou da poltrona e saiu do quarto da loira, andando lentamente até o seu. Ao entrar viu Wendy sentada na cama com as pernas em cima da mesma, lendo um livro.
Natsu – Wendy... – fez a pequena o encarar – Que milagre aconteceu que você saiu da frente da tv? – perguntou normalmente.
Wendy – Está passando jogo – respondeu no mesmo tom.
Natsu – Só assim mesmo... – pensou com uma gota na cabeça enquanto andava até sua cama.
Natsu passou a encarar Wendy.
Wendy – O que foi? – não entendeu o porquê de o rosado encara-la.
Natsu – Será que posso me abrir com você? – perguntou chateado.
Wendy suspirou e fechou o livro, o colocando no criado-mudo ao lado da cama – Então, mais uma vez, Natsu Dragneel precisa desabafar – sorriu de canto, tirando o travesseiro de suas costas e colocando entre suas pernas – Vem, deixa eu te ouvir... Como sempre – sorriu.
Natsu andou até a cama de Wendy e se deitou de barriga pra cima, deitando a cabeça no travesseiro entre as pernas da pequena.
Wendy – O que aconteceu? – perguntou calmamente enquanto acariciava os cabelos do rosado.
Natsu fechou os olhos – Wendy, Nii-san cometeu dois erros – falou calmamente – Um que não há como corrigir, e outro em que precisei errar de propósito para ajudar alguns amigos.
Wendy esticou as pernas e deu um leve aperto nos cabelos do rosado – Eu meio que sei o que você fez nesse erro que você cometeu para ajudar seus amigos – respondeu normalmente – Espero que eu esteja errada... – suspirou – Comece contando por ele...
Natsu continuou de olhos fechados – Eu disse a Igneel onde estamos – foi direto, e logo pode sentir seus cabelos quase serem arrancados, mas não reclamou.
Wendy – Como você pode? – não largou os cabelos do rosado – Nii-san, aquele homem é... – lágrimas começaram a escorrer por seu rosto, fazendo com que as mesmas caíssem próximas à testa do rosado – Por que você fez isso? – não entendia, puxando cada vez mais os cabelos de Natsu – Você nos vendeu, assim, facilmente... – fechou os olhos, continuando a chorar.
Natsu não reclamava da dor que sentia em sua cabeça, a dor em seu coração ao sentir as lágrimas de sua irmã molharem seus cabelos era ainda maior.
Wendy – Não... – abriu os olhos – Você vendeu apenas a mim, não é mesmo? – perguntou friamente – Afinal, você pode me deixar para trás e fugir com a Lu... – parou ao sentir a mão gélida do rosado em sua perna.
Natsu – Wendy, não fale assim... – falou gentilmente – Eu já estou sobre uma pressão enorme, se você começar a me tratar assim... Então... – parou.
Wendy largou os cabelos do rosado e abaixou a cabeça, encostando na de Natsu – Mas Nii-san...
Natsu – Além do mais, você acha mesmo que eu lhe deixaria para trás depois de tudo que passamos? – perguntou normalmente, sentindo a pequena negar com a cabeça após alguns segundos – E não precisa se preocupar, mesmo sabendo onde estamos, ele não irá se aproximar... Afinal, ele sabe o que acontecerá caso alguma das condições sejam infringidas – sussurrou a ultima parte.
Natsu se calou, esperando a pequena se acalmar.
Após alguns minutos Wendy voltou a perguntar.
Wendy – E então? Qual o erro que não há como ser corrigido? – perguntou mais calma.
Natsu – Você vai ser tia – foi direto, e novamente pode sentir seus cabelos quase serem arrancados.
Wendy – Como assim? – se surpreendeu.
Natsu – Lucy está grávida – falou seriamente.
Wendy – Natsu... – fez o rosado abrir levemente um dos olhos – O QUE VOCE TEM NA CABEÇA? – perguntou inconformada.
Natsu – Uma inteligência assustadora – respondeu calmamente.
Wendy – Não foi isso o que eu quis dizer! – se irritou – Como você pode... – foi interrompida.
Natsu – Querida irmã, lá, na hora, não é a cabeça de cima que pensa... – pode sentir alguns fios de seu cabelo serem arrancados.
Wendy – Eu vou fingir que não ouvi isso saindo da sua boca, pois meu irmão não é tão idiota – falou friamente, fazendo o rosado ficar calado –... Mas e agora? – perguntou um pouco confusa – O que você pretende fazer?
Natsu – Eu não sei... – levou as mãos ao rosto – A única coisa que eu tenho certeza, é que daqui alguns meses seremos expulsos desse lugar.
Wendy – O que pretende fazer em relação à Lucy? – perguntou séria.
Natsu – Não há muito que fazer... É impossível fugir com ela com um barrigão, ou até mesmo com um bebê nos braços... – falou sério.
Wendy – Pretende deixa-la para trás? – voltou a alisar os cabelos do rosado.
Natsu – Eu não disse nada disso – falou calmamente – Mesmo que não possamos mais morar nessa casa, não quer dizer que temos que ir embora para outra cidade...
Wendy – Entendi – respondeu normalmente.
Natsu – Wendy, Nii-san está a ponto de perder a cabeça – falou manhosamente.
Wendy – Isso é culpa sua mesmo, não há nada que eu possa fazer – falou calmamente – Afinal, ainda sou uma criança... – se contrariou de quando dizia que já era crescida.
Natsu – Eu queria que você fosse mais velha... – fez bico.
Wendy – Se eu fosse mais velha eu teria um namorado, já que eu seria sua Onee-chan – sorriu.
Natsu – Eu queria que você voltasse há ter oito anos – falou manhosamente, vendo a garota o encarar com uma gota na cabeça.
Enquanto isso, Virgo batia na porta do quarto da loira.
(batidas na porta)
Virgo – Hime... – percebeu que não houve respostas.
Segundos depois a empregada abriu a porta, vendo Lucy dormir. Andou normalmente até a mesma e a acordou.
Lucy – Virgo? – perguntou sonolenta
Virgo – Hime, seu pai me pediu para que lhe chamasse – falou normalmente – Ele quer falar com a senhorita.
Lucy suspirou – Obrigada, eu já estou descendo – viu a mulher sair de seu quarto – O que será que ele quer? – voltou a deitar – Justo agora que eu estava tendo um sonho bom... – reclamou.
Minutos depois a loira saiu de seu quarto, descendo as escadas e andando até o escritório de seu pai.
(batidas na porta)
Jude – Entre! – falou sério.
Lucy abriu a porta e entrou, mas logo pode perceber a fúria e a indignação estampadas no rosto de seu pai – O senhor me chamou? – fechou a porta, ficando parada próxima a mesma.
Jude – Eu preciso que você me explique uma coisa – continuou a falar seriamente.
Lucy – O que? – se aproximou da mesa.
Jude – Isso! – colocou uma foto em cima da mesa.
Lucy suou fria – Bom, é um garoto e uma garota se abraçando – viu a foto em que ela e o rosado se abraçavam – Como ele conseguiu isso?
Jude – Não me faça de idiota Lucy! – se irritou – Me explique o que isso significa!
Lucy – Eu e o Natsu nos abraçando, amigos se abraçando... Por quê? Não podemos? – falou séria.
Jude – Entendo, pelo visto você insisti em continuar mentindo – falou indignado, colocando outra foto em cima da mesa logo depois – E isso, como você explica?
Lucy ficou pálida – Isso... É montagem – falou dando de ombros, escondendo seu nervosismo ao ver uma foto em que ela e o rosado se beijavam.
Jude – Não, não é – falou sério.
Lucy – Quem garante? – perguntou normalmente.
Jude jogou o restante das fotos em cima da mesa – Então todas essas são montagens também Lucy? – perguntou friamente.
Lucy – Como ele conseguiu isso? – viu a mesa coberta por fotos – Quem tirou essas fotos? – se perguntava enquanto suava fria.
Jude – Por que está ficando pálida Lucy? – perguntou seriamente – Me responda Lucy! – aumentou o tom de voz.
Lucy – O-O que quer que eu te responda? – perguntou mais baixo, gaguejando.
Jude – Não se faça de idiota! – quase gritou – Na maioria dessas fotos vocês estão se beijando, e em nenhuma parece algo forçado... O que isso significa?
Lucy abaixou a cabeça e nada respondeu.
Jude – ME RESPONDA LUCY! – não aguentou mais e gritou.
Lucy – É isso que namorados fazem, não? – perguntou seriamente – Não há mais como esconder... – se sentiu encurralada.
Jude – N-Namorados? – perguntou baixo, com um olhar frio.
Lucy – Sim, namorados... Eu e o Natsu estamos namorando – falou normalmente ainda com a pele pálida, não conseguia esconder o medo do que poderia acontecer.
Jude – Como você pode estar namorando ele, se você... – se levantou – ESTÁ NOIVA DO EUCLIFFE? – aumentou o tom de voz, tornando um grito de raiva.
Lucy – Me desculpe, deixe eu reformular – falou séria – O que eu estou fazendo? – reformulou – Ele é meu amante...
Jude não aguentou e bateu com a mão em cima da mesa – EU NÃO VOU PERMITIR ISSO LUCY! – ficou vermelho de raiva.
Lucy – Eu nunca pedi sua permissão pai – respondeu séria, surpreendendo o homem a sua frente – O senhor é o único que não sabia sobre o relacionamento que eu tenho com o Natsu, e advinha por quê? – encarou o pai por alguns segundos – Olhe como o senhor ficou... Mas sabe, até mesmo o STING sabe e apoia agora.
Jude não conseguia acreditar na naturalidade em que a loira respondia, não conseguia acreditar nas palavras ditas por sua filha – Como assim o Sting apoia? – não entendeu.
Lucy – Nós só estamos com esse noivado de mentira, por causa do senhor, que jogou na minha cara que se o noivado terminasse, o senhor seria muito prejudicado – explicou – Mas sabe, agora eu posso pedir ao Sting, que ELE termine esse noivado falso... Desse modo o senhor não perde nada – sorriu.
Jude cerrou os dentes – Mesmo assim, eu não vou aceitar isso! – continuou a falar irritado.
Lucy – E por que não vai aceitar? – aumentou o tom de voz – É só por que o Natsu é um empregado? – começou a se irritar.
Jude – E SE FOR?
Lucy respirou fundo e logo depois voltou a falar – Pai, eu amo o Natsu e ele me ama... – falou séria – O senhor não irá decidir com quem eu devo andar, com quem eu devo ficar... O senhor não irá decidir quem eu devo amar!
Jude abaixou a cabeça – Chame o Natsu aqui! – falou friamente.
Lucy – O que o senhor irá falar com ele? – perguntou normalmente.
Jude levantou a cabeça – Vou manda-lo embora! – foi direto.
Lucy percebeu os olhos opacos de seu pai – Não, o senhor não vai – sorriu tristemente.
Jude – Sim, eu vou! – deu a entender que não voltaria atrás.
Lucy se aproximou de Jude e acariciou a bochecha do pai – Eu sou sua filha, e por isso eu te amo pai – continuou a sorrir tristemente, deixando uma lágrima cair – Mas eu decidi algo há muito tempo... – fez Jude prestar atenção – Se o Natsu sair por aquela porta, para nunca mais voltar... Eu irei com ele, não importa para onde ele vá, eu estarei sempre ao lado dele – o choro se intensificou – Eu ficarei ao lado da pessoa que eu amo, ao lado do Natsu...
Jude sentiu um aperto em seu coração – Você acha mesmo que eu deixarei você sair dessa casa? – perguntou sério.
Lucy deu um passo para trás com o sorriso ainda em seu rosto – Eu já sou maior de idade pai, o senhor não pode me prender aqui...
Jude cerrou os dentes, mas nada disse.
Ficaram em silêncio por alguns segundos.
Lucy – Era só isso que o senhor queria dizer? – inclinou a cabeça para o lado, enxugando as lagrimas que insistiam em cair – Então com licença – andou até a porta, abrindo a mesma.
Jude – Chame o Natsu aqui! – voltou a falar seriamente antes de a loira sair pela porta.
Lucy – Pelo visto o senhor tomou sua decisão... – falou tristemente –... Irei chama-lo... Ah, mais uma coisa... – pensou melhor – Não, é melhor o senhor não saber...
Jude – Ela ainda está me escondendo algo? – se perguntou indignado.
Ao sair e fechar a porta, Lucy desabou em lágrimas, se sentando no chão em frente à porta.
Lucy – Como que chegou a isso? – se perguntava em meio ao choro – Como ele conseguiu aquelas fotos? – não conseguia entender.
Logo a loira voltou a se levantar, subindo as escadas.
Natsu ainda estava deitado na cama de Wendy quando pode ouvir.
(batidas na porta)
Natsu – Entre – falou calmamente, mas ninguém entrou, apenas pode ouvir a voz.
Lucy – Natsu, meu pai está lhe chamando... Ele quer falar com você – falou tristemente enquanto enxugava o rosto.
Natsu percebeu o tom da loira, se levantou e andou até a porta. Ao abri-la viu que a loira já havia ido para o seu quarto.
Natsu – Wendy, vou ver o que o Senhor Jude quer... Depois conversamos mais – viu a pequena confirmar com a cabeça.
Logo o rosado chegou em frente à porta do escritório.
(batidas na porta)
Jude – Entre! – falou sério.
Natsu abriu a porta e entrou – O senhor mandou me chamar? – perguntou calmamente.
Jude – Sim – falou sério.
Natsu pode perceber o olhar frio e sério de Jude – O que será que ele quer?
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