Após um tempo, Lucy e Natsu saíram do consultório.
A loira percebeu o rosto sério do rosado enquanto o mesmo andava com as mãos no bolso.
Lucy – Natsu... – foi interrompida.
Natsu – Lucy, podemos fazer um desvio do caminho de casa? – perguntou normalmente.
Lucy – C-Claro – respondeu surpresa.
Após, aproximadamente, uma hora andando, os dois chegaram a onde o rosado queria.
Lucy – O que tem aqui? – não entendeu.
Natsu – O que teria na praça central da cidade em pleno natal? – perguntou calmamente.
Só então a loira se tocou, percebendo a enorme arvore de natal no local, completamente decorada.
Lucy – Que linda... – sussurrou.
Natsu – Sim... – pegou na mão da loira, fazendo a mesma sentir o calor de sua mão enquanto admiravam a arvore toda iluminada e decorada – A família acabou aumentando além da conta... – riu sem graça enquanto coçava a bochecha com a outra mão.
Lucy – Não era você quem queria sete? – brincou também sem graça.
Natsu – Então quer dizer que cumpriremos esse objetivo antes do esperado – brincou.
Lucy – Não é mais fácil diminuir esse objetivo para dois mesmo? – suspirou.
Natsu – Claro que não – sorriu de canto – Afinal, já estou até olhando qual a melhor van para comprar – brincou.
Lucy riu – Me desculpa, mas só ando de limusine – entrou na brincadeira do rosado.
Natsu – Que tal pedirmos para o seu pai uma de presente de casamento? – sorriu.
Lucy sorriu junto –... Pensei que você estava triste ou até mesmo bravo... – falou em um tom mais baixo, chamando a atenção do rosado.
Natsu – Por quê? – não entendeu.
Lucy – Você não queria ter um filho... Mas agora descobre que serão dois – falou cabisbaixa.
Natsu suspirou e mudou de assunto – Agora teremos que comprar mais um berço – voltou a suspirar.
Lucy – Ahn? – não entendeu – Mais um?
Natsu – As despesas dobrarão... Roupas, escola, comida, fraldas... – começou a ficar um pouco desesperado – Teremos que fazer um chá de bebê só para ricos – falou sério.
Lucy – Como assim só mais um? – perguntou confusa, chamando a atenção do rosado.
Natsu – Ahn? – não entendeu.
Lucy – Você disse que, agora teremos que comprar mais um berço... O certo não seria... Agora teremos que comprar dois berços? – perguntou confusa.
Natsu – Eu não te contei? – inclinou a cabeça.
Lucy – Contou o que? – começou a ficar ainda mais confusa.
Natsu suspirou – Eu acabei esquecendo... Vem... – puxou a loira lentamente em direção à mansão.
Lucy – O que? – começou a ficar curiosa.
Após longos minutos, chegaram em frente à mansão.
Lucy – Natsu, o que é? – perguntou muito curiosa.
Natsu – Calma, já estamos chegando... – falou normalmente.
Lucy – Ahn? Não está em casa? – percebeu que passaram direto pelo portão.
Natsu – Bom, na casa está... Mas não na do seu pai – falou um pouco sem graça, parando de andar logo depois.
Lucy – Ahn? – percebeu ao pararem em frente a um portão – Por que estamos aqui? – não conseguia entender.
Natsu tirou uma chave de seu bolso, abrindo o portão normalmente – Eu não pretendia esconder isso de você para sempre... – falou calmamente ao puxar a loira para dentro – Queria te mostrar, como um presente de natal – falou gentilmente enquanto puxava a loira pelo caminho.
Lucy – Mas Natsu, você disse... – foi interrompida.
Natsu – Eu menti – falou sério, parando em frente à antiga mansão dos Heartphilia.
Lucy – Então...
Natsu – Foi eu a pessoa que a comprou – falou sério.
Lucy se surpreendeu – Mas meu pai disse que não conhecia a pessoa – falou surpresa enquanto o rosado a puxava para dentro da casa.
Já dentro da mansão, o rosado explicou.
Natsu – Eu não disse que um representante do meu pai é que estava comprando? – perguntou calmamente, acendendo a luz da sala.
Lucy – Ligou o geral? – estranhou.
Natsu – Precisei ligar alguns dias atrás – explicou.
Lucy voltou ao assunto anterior – Mas, eu achei que você só tinha comprado a casa do Nill – viu o rosado a levar escada a cima.
Natsu – Você achou mesmo que eu venderia algo que levei anos para conseguir tão barato assim? – perguntou calmamente ao chegarem no segundo andar – Devo ter dado uma boa reduzida no dinheiro do Igneel ao comprar essas duas casas... Mas era algo importante, então não me arrependo – sorriu ao parar em frente a uma porta.
Lucy viu o rosado abrir a porta e acender a luz.
Ao entrarem, Natsu voltou a falar.
Natsu – Bom, não tive tempo de limpar ainda, mas... – falou sem graça.
Lucy pode ver o berço de madeira pura no canto direito do quarto, um pequeno criado mudo ao lado do mesmo e um guarda-roupa de tamanho médio no lado esquerdo do quarto.
Natsu – Não teve como decorar, pois mesmo dizendo que seria menina, eu não tinha certeza o que seria... Então estava esperando o resultado – coçou a bochecha um pouco sem graça – E não limpei também, por que ia acabar sujando de novo...
Lucy entendeu ao ver tudo forrado ainda com plástico bolha.
Natsu – Eu sabia que uma hora ou outra seu pai poderia me mandar embora, mas como eu não queria ficar longe de você, acabei comprando essa mansão... – continuou a falar sem graça – Me desculpe por não ter contado ant... – foi interrompido ao sentir a loira lhe abraçar.
Lucy – Obrigada... – falou em um tom mais baixo, deixando uma lágrima de alegria escapar – Então, ele sempre esteve pensando em mim e no bebê, não, nos bebês...
Natsu – Lucy...
Lucy se afastou – Eu fiquei muito feliz com esse “presente” – sorriu – Mas, eu acabei não comprando nada para te dar – falou um pouco insegura.
Natsu – Tudo bem – sorriu gentilmente.
Lucy – Ahn? – viu o rosado se ajoelhar a sua frente.
Natsu – Você me deu o melhor presente que eu poderia receber – falou gentilmente ao segurar a cintura da loira e encostar sua cabeça na cintura da mesma – Ou eu deveria dizer, os presentes? – brincou.
Lucy riu, deixando outra lágrima escapar – Bobo... – acariciou os cabelos do rosado.
Após longos minutos, os dois voltaram para a mansão de Jude.
Lucy – Quando vamos nos mudar para lá? – perguntou calmamente enquanto andavam em direção à porta.
Natsu – Depois do casamento né? – respondeu com outra pergunta.
Lucy suspirou – Se eu pudesse, mudava amanhã mesmo – falou em um tom mais baixo.
Natsu – Para dormir no chão? – foi irônico, mas logo falou – Eu comprei a casa, então você compra os moveis e os eletrônicos – falou ao chegar à porta.
Lucy – E como vou comprar isso? – perguntou com uma gota na cabeça.
Natsu abriu a porta – Pede para o seu pai – falou normalmente.
Jude – Pedir o que para mim? – perguntou sério, já os esperando.
Natsu – Ah... – parou ao perceber, segurando a risada ao ver Jude vestido de Papai-Noel, com barba e tudo mais – O senhor esqueceu de dizer o How How How – debochou.
Jude estreitou os olhos, vendo Lucy fechar a porta.
Jude – E então? – perguntou assim que o rosado passou por ele.
Natsu – Então o que? – viu Jude o seguir.
Jude – Como foi a consulta? Está tudo bem? – perguntou normalmente.
Natsu – Está sim – respondeu calmamente, mas logo parou ao ver Wendy – O-O que? – voltou a segurar a risada.
Wendy – Não ria! – falou envergonhada – Ele me fez vestir isso.
Natsu corou junto enquanto segurava a risada – M-Minha irmã, virou um duende do Papai-Noel... Câmera, eu preciso de uma câmera – começou a olhar para os lados.
Wendy – P-Para! – se envergonhou ainda mais, segurando o gorro verde fortemente, querendo se esconder.
Lucy – Só falta me dizer que a Virgo virou a rena de nariz vermelho – riu.
Virgo – Hime! – chamou ao aparecer atrás de Wendy.
Natsu travou e corou.
Lucy – V-Virgo? – se espantou – P-Pai, isso lá é roupa que você dá para ela vestir? – perguntou indignada ao ver a empregada com uma saia marrom que ia até a metade de suas coxas e uma blusinha da mesma cor que deixava toda sua cintura a mostra, sem falar na toquinha de rena que a mesma usava.
Jude – Foi a única coisa que achei – desviou os olhos ao mentir.
Lucy voltou a encarar Virgo, mas logo percebeu que o rosado encarava algo um pouco acima da cabeça de Wendy.
Natsu – Bom trabalho senhor Jude... – pensou, mas logo percebeu o olhar frio em sua direção – O-O que foi? – perguntou enquanto suava frio ao ver a loira o encarando.
Lucy – Para onde você pensa que está olhando? – perguntou friamente.
Natsu – P-Para a Wendy – mentiu.
Lucy – E desde quando os peitos da Virgo fazem parte da Wendy? – continuou perguntando friamente.
Natsu – O que? – falou surpreso – Pensei que aquilo fazia parte do chapéu da minha irmã! – falou indignado.
Lucy – Vamos subir! – estreitou os olhos, fazendo o rosado andar em direção à escada.
Jude – Espere! – fez os dois pararem – Era hoje que vocês iriam descobrir o sexo do bebê não é? – viu os dois confirmarem – E então?
Lucy – É menino – voltou a subir as escadas, surpreendendo os outros três.
Jude – Entendo... – falou normalmente – YOSHA! – comemorou por dentro.
Natsu – E menina também – seguiu a loira.
Jude – Ahn?
O local ficou em silêncio.
Natsu – São dois! – sorriu.
Jude pode ver os dois sumirem no andar de cima, ficando paralisado no local, sem saber o que fazer ou o que dizer.
Os olhos da Wendy brilharam, mas não disse nenhuma palavra.
Após quase uma hora, na copa, o silêncio predominava enquanto todos jantavam. Até mesmo Loke e Virgo comiam a ceia de natal com o restante da família.
Natsu – Ficou muito bom Virgo – sorriu ao elogiar a refeição.
Virgo – Obrigada – agradeceu calmamente.
Natsu sentiu sua cintura ser beliscada – Não posso mais nem falar com ela? – pensou indignado.
Jude – Hum – chamou a atenção – Aquilo que vocês falaram... É verdade? – perguntou normalmente.
Natsu confirmou com a cabeça – Em breve o senhor terá duas crianças correndo pela casa – sorriu de canto.
Jude – Jude e Layla – falou um pouco mais animado enquanto imaginava a cena dos dois correndo.
Natsu – Não, não – chamou a atenção de Jude – Kiiro e Yuka – falou calmamente.
Wendy – Não, não – fez o mesmo que o rosado – Wen e Wendy Two – falou calmamente.
Lucy suspirou – Nem enquanto comemos? – percebeu que os três começaram a discutir.
Jude – Eu sou o avô, tenho o direito de escolher pelo menos o nome... Afinal, vocês fizeram essas crianças de baixo do meu teto – falou sério.
Natsu – E eu sou o PAI, eles são MEUS filhos, então eu que vou escolher os nomes – falou sério – E quem disse que foi de baixo do seu teto que eles foram feitos? – surpreendeu o homem.
Wendy – Mas sou eu quem irá cuidar e ficar a maior parte do tempo com eles, eu tenho o direito de chama-los da maneira que eu quero – falou séria – E parem de falar essas coisas enquanto comemos.
Lucy começou a se irritar com a discussão que os mesmos estavam tendo.
Lucy – Fiquem quietos! – falou em um tom mais alto, surpreendendo todos na mesa – Estamos comendo aqui, se forem falar, falem algo em que os outros possam participar sem nenhuma discussão – falou séria – E meus filhos não se chamarão de Jude e Layla nem de Kiiro e Yuka – fez Wendy sorrir vitoriosa – Muito menos de Wen e Wendy – fez a mesma se emburrar logo depois.
Natsu – Lucy, você já decidiu os nomes? – desconfiou.
Lucy – Já – falou normalmente.
Natsu – E quais seriam os nomes? – perguntou inseguro.
Lucy – A menina se chamará Aki – falou calmamente, surpreendendo a todos – No hemisfério norte, o outono começa em setembro, mês em que os dois foram concebidos, e no hemisfério sul termina em junho, mês que, provavelmente, os dois nascerão – explicou.
Natsu se espantou – Ela estudou para isso?
Lucy – E o menino se chamará Sora – deixou todos confusos.
Jude – Por quê? – não conseguia entender.
Lucy – Ele provavelmente será como o pai – encarou o rosado – E como o Natsu sempre desejou ser livre, viver uma vida tranquila e sossegada, então achei que esse nome seria o ideal – explicou, fazendo o rosado dar uma leve corada – Afinal, quando olhamos para o céu, nos sentimos mais tranquilos, percebemos que apenas quem o possui é realmente livre... Mas como nem sempre o céu tem o seu belo azul, como as vezes ele escurece por causa das nuvens, o humor do Natsu também não é um dos melhores para certos assuntos – brincou.
Todos ficaram em silêncio, entendendo a loira.
Jude e Natsu suspiraram.
Jude – Pelo visto está decidido – falou um pouco chateado.
Wendy – Ainda assim, os chamarei de Wen e Wendy Two – pensou normalmente.
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