História Ele é MEU mordomo - Explicação!

Natsu encarou Lucy por alguns segundos – Sobre? – perguntou seriamente.

Lucy – Sobre aquelas fotos, sobre o mal entendido que está acontecendo – falou seriamente.

Natsu desviou os olhos – Você mesmo disse, que aquelas fotos não eram montagens... – falou seriamente ainda embaixo da loira.

Lucy – Sim, mas... – foi interrompida.

Natsu – Lucy, eu só voltei para que você pare com essa ideia de não comer... – falou seriamente – Você agora é responsável por mais duas vidas – explicou – Você queria ser mãe, então faça isso corretamente, até o fim – falou sério.

Lucy apenas continuou a encarar o rosado, sem respondê-lo.

Ficaram alguns segundos em silêncio.

Natsu – Bom, pelo visto você entendeu... Então agora eu posso ir embora de novo – surpreendeu à loira.

Lucy – Por quê? – perguntou indignada.

Natsu – Eu te avisei... – falou em um tom mais baixo – A única coisa que eu não perdoo... – foi interrompido.

Lucy – Eu sei, é traição! – falou ainda indignada – Mas eu não te trai! – falou em um tom mais alto.

Natsu – Você pode me provar? – falou ainda em um tom baixo, ficando com os olhos opacos.

Lucy rangeu os dentes – Então você acredita mais no Rogue, que quer acabar com a sua vida, do que em mim? – perguntou friamente.

Natsu não respondeu.

Natsu – Lucy, sai de cima de mim, já não estou sentindo mais minhas pernas – falou seriamente.

Lucy – Não muda de assunto – se irritou – Você realmente vai me deixar, deixar seus filhos por causa de um mal entendido? – perguntou irritada.

Natsu – Não precisa se irritar... – suspirou – De qualquer forma... Pensando bem, aquelas fotos são do mesmo dia do festival – surpreendeu à loira – Então, quem garante que eu sou o pai? – assim que terminou de falar, teve o rosto acertado por um forte tapa da loira, fazendo com que seu rosto virasse. O local onde a loira acertou, rapidamente ficou avermelhado.

Natsu continuou com o rosto virado, não conseguia voltar a encarar a loira, mas logo pode ouvir a loira chorar.

O rosado, sem virar o rosto, encarou a loira pelo canto dos olhos.

Lucy – Você... Foi o único... Com o qual eu me deitei – falou entre os soluços – Você, foi o único, que amei.

Natsu virou o rosto lentamente, voltando a encarar a loira.

Lucy – Eu não te trai – falava tristemente enquanto as lagrimas escorriam por seu rosto – Naquele dia, eu estava indo comprar um presente para a Yuri junto com as meninas... – começou a explicar – Mas o Rogue apareceu e disse que queria falar comigo... Naquela época, eu ainda o considerava um amigo – falava tristemente – Então eu comecei a andar com ele enquanto as meninas foram comprar os presentes... – Natsu ouvia atentamente – Ele me disse que tinha que levar algumas coisas para o pai dele, já que o mesmo havia brigado com a mãe dele e saído de casa por alguns dias... – explicou – Nós fomos andando e conversando até o hotel onde o pai dele estava, entramos e eu confirmei que o mesmo estava mesmo lá... O Rogue deixou as coisas com o pai dele e logo depois saímos, não levou nem dez minutos... Mas depois que saímos, o Rogue acabou me surpreendendo, ele me agarrou e forçou um beijo... Depois, eu bati nele e voltei correndo pra casa – terminou de explicar.

Natsu – Não era o que parecia – falou sério.

Lucy – MAS FOI O QUE ACONTECEU! – gritou, surpreendendo o rosado.

Voltaram a ficar em silêncio, Lucy tentava controlar suas lágrimas, mas não conseguia.

Natsu já havia perdido a razão quando voltou a falar – Lucy, sai de cima de mim – falou com os olhos opacos – Eu vou embora – fez a loira erguer a cabeça, completamente indignada.

Lucy – Mesmo eu contando a verdade... – não se conformava.

Natsu – Você mentiu pra mim, Lucy... – voltou a surpreender à loira.

Lucy – Quando? – não entendeu – Eu não men... – foi interrompida.

Natsu – Eu te perguntei várias e várias vezes o que havia acontecido naquele dia... E você simplesmente me dizia que nada havia acontecido – fez a loira se lembrar – Você mentiu pra mim Lucy, e por quê? Se era algo tão simples como você disse, pra que mentir? – não entendia – Se você mentiu uma vez, então poderá mentir outras vezes... E como posso acreditar em alguém que mente? – falava tristemente.

Lucy continuou a chorar, mas nada respondeu, fazendo com que o local voltasse a ficar em silêncio.

Lucy – Me perdoe, naquele dia, quando você viu o Rogue me beijar aqui na mansão, eu tive medo... Medo que você achasse que eu estava lhe traindo, medo que você me deixasse – explicou – E esse medo não passou... Se você descobrisse sobre o beijo anterior, você não me perdoaria por ter permitido que uma segunda vez acontecesse, por isso eu menti... Nunca pensei que tirariam fotos, eu apenas queria que aquilo fosse esquecido, apagado... – foi interrompida.

Natsu – Quem disse que eu não lhe perdoaria? – perguntou seriamente – A culpa não havia sido sua... Você se tornou culpada quando escondeu de mim – falou seriamente – Não decida as coisas por mim Lucy – levou a mão ao rosto da loira, enxugando as lágrimas da mesma gentilmente com os dedos – Deixe-me levantar – pediu gentilmente.

Lucy encarou o rosado por alguns segundos, mas logo percebeu – Por que você está chorando? E de um olho só? – voltou a chorar com medo de que o rosado estivesse pensando no pior.

Natsu – Hum? – percebeu – Por sua causa... – enxugou o rosto – O tapa que você me deu deixou esse lado do meu rosto dormente, então não consigo controlar muito bem as lágrimas desse lado – falou calmamente, mas logo arrumou um modo de tirar a loira de cima de seu corpo, surpreendendo a mesma – E minhas pernas também estão dormentes por sua causa – falou normalmente ao se levantar e bater os pés no chão, tentando fazer o sangue voltar a circular.

Lucy – E-Espera, Natsu, aonde você vai? – perguntou em um tom mais alto ao ver o rosado andar em direção a porta.

Natsu se virou e encarou a loira, vendo os olhos da mesma inchados e com olheiras enormes – Hummm... – pensou por alguns instantes – Lá! – apontou para o guarda-roupa.

Lucy voltou a se entristecer ao ver o rosado se direcionar para o mesmo – Ele vai pegar mais roupas para ir embora? – pensou tristemente.

Natsu – Sabe Lucy... – chamou a atenção da loira enquanto mexia nas gavetas – Eu passei essa semana toda fora, pois eu tentei fazer o que havia te dito há um tempo – falou tristemente – Eu estava tentando te esquecer... – falou tristemente, surpreendendo a loira.

Natsu fechou a porta do guarda-roupa e voltou a andar em direção à loira.

Natsu – Por que está chorando? – perguntou em meio a uma risada.

Lucy levantou a cabeça – Por que... – percebeu que dessa vez as lágrimas escorriam dos dois olhos do rosado enquanto o mesmo sorria de canto.

Natsu – Eu disse que estava tentando... – se sentou de frente para a loira – Mas é impossível... É impossível esquecer tudo o que passamos juntos, é impossível esquecer a felicidade que você me proporcionou, é impossível esquecer... – engoliu o choro – O quanto eu te amo.

Lucy – Natsu... – se aproximou e abraçou o rosado.

Natsu – Eu vou confiar em você... – sussurrou – Mas, prometa que não irá mais mentir pra mim, Lucy... Não me esconda mais nada, por favor – retribuiu o braço.

As lágrimas que eram de tristeza se transformaram em lágrimas de alegria no rosto da loira.

Lucy – Eu prometo, eu prometo, eu prometo! – falou alegremente.

Natsu –... Me perdoe – chamou a atenção da loira – Me perdoe por fugir de você... E por dizer aquilo – falou em um tom mais baixo.

Lucy – Eu é que preciso lhe pedir perdão – falou no mesmo tom que o rosado, continuando abraçado ao mesmo – Por minha causa, você acabou sofrendo e sendo humilhado na frente de todos os alunos da faculdade – falou um pouco chateada.

Natsu suspirou – Tudo bem – se afastou um pouco, podendo ver o rosto da loira – Quero te dar uma coisa...

Lucy olhou nos olhos do rosado, mas logo sua atenção desceu para os lábios do mesmo.

Natsu – Talvez não seja a hora cer... – foi interrompido ao ter seus lábios tomados pela loira, se surpreendendo com a atitude da mesma, mas logo a correspondeu.

Acabou sendo um beijo tranquilo. Natsu pode sentir o carinho e a felicidade da loira através do mesmo.

Mas após alguns segundos se separaram, Natsu pode ver o sorriso no rosto da loira.

Natsu – O que deu em você? – perguntou um pouco corado.

Lucy – Nada, apenas estou feliz – continuou a sorrir – Por quê? Não posso beijar meu noivo?

Natsu suspirou – Nem parece que estávamos discutindo até agora... – viu os olhos inchados da loira – É sobre isso que eu quero falar... – viu que a loira continuava abraçada a ele, repousando a cabeça em seu ombro logo depois – Eu iria dá-lo a você no dia que tudo aquilo aconteceu... – percebeu que a loira apenas o encarava pelo canto dos olhos – Mas, acho melhor dar agora... – tirou a caixinha de seu bolso, fazendo a loira levantar a cabeça e encarar a mesma completamente surpresa.

Natsu a abriu, mostrando o anel dourado com a pequena pedra cravada no mesmo – Era da minha mãe... E agora ele é seu – sorriu, fazendo os olhos da loira brilhar – Será que eu devo me ajoelhar e pedir a sua mão? – sorriu sem graça, mas logo sentiu a loira voltar a abraça-lo, mas dessa vez um abraço mais apertado, mantendo a barriga um pouco mais longe.

Lucy – Obrigada – falou gentilmente.

Natsu apenas suspirou e sorriu de canto.

Passado alguns segundos o rosado pode perceber.

Natsu – Lucy... – viu que a mesma não planejava solta-lo – Lucy... – chamou novamente, mas logo percebeu a respiração tranquila e profunda da loira, demonstrando que a mesma dormia – Ela não tem dormido direito, então agora ela pode relaxar... – suspirou – Eu acho que esse anel não vai entrar no dedo dela, pelo menos não enquanto ela estiver gravida... – voltou a fechar a caixinha.

Natsu afastou a loira com cuidado para que não acordasse a mesma, então a deitou de lado, colocando a cabeça da mesma sobre o travesseiro.

O rosado se levantou, deixou a caixinha com o anel em cima do criado mudo que ficava ao lado da cama, e saiu do quarto.

Natsu deu apenas alguns passos e então pode ouvir seu celular tocar.

O rosado o retirou do bolso e viu o identificador de chamadas. Logo seus olhos ficaram opacos e rapidamente atendeu.

Natsu – Alô – falou normalmente.

Rogue – Bom diaaaaa, Natsu-kun! – falou debochadamente.

Natsu – Bom dia... – bocejou.

Rogue – E então? Já saiu da mansão dos Heartphilia? – riu.

Natsu – Eu? Claro que não – falou um pouco sonolento – Para falar a verdade, eu acabei de acordar com a Lucy ao meu lado... – falou tranquilamente – E acabou que fortalecemos ainda mais a ideia do casamento – fez Rogue se surpreender.

Rogue – Então aquilo não funcionou... – murmurou sério.

Natsu – Funcionar, funcionou – chamou a atenção de Rogue – Mas apenas por uma semana... Se você tivesse ligado antes, eu teria dado a resposta que você queria – falou normalmente.

Rogue – Não deu pra ligar – suspirou – Tive alguns problemas com a minha mãe e a faculdade...

Natsu – Levou tapinhas no bumbum foi? – ironizou.

Rogue – Quase isso...

Natsu – E então? Onde você está nesse exato momento? – perguntou normalmente.

Rogue – Dentro de uma delegacia – mentiu.

Natsu – Entendo... – suspirou – Quando você sair, pode me avisar para onde vai?

Rogue – Como se eu fosse lhe dizer – riu –... Seu desejo por quebrar ossos é tão grande assim?

Natsu demorou a responder –... Eu não quero bater em você – mentiu – Só quero que você desista logo e siga em frente com a sua vida.

Rogue – Você quer que eu siga em frente com meus dois braços virados para trás – falou seriamente – Mas não se preocupe... Se eu não consegui separa-los com aquilo, então é praticamente impossível separar vocês – falou seriamente, com um tom de tristeza mais ao fundo.

Natsu – Então você desiste? – perguntou normalmente.

Rogue –... Sim, fazer o que? – respondeu seriamente – Acabou que minha mãe resolveu se mudar para outra cidade, já que ela e meu pai se divorciaram, e eu vou junto com ela, afinal, não quero deixa-la sozinha – suspirou.

Natsu nada respondeu –... Não serei seu amigo, só para deixar claro, ainda mais depois de tudo que você fez – falou seriamente.

Rogue – Nunca pedi por isso – respondeu no mesmo tom.

Natsu – Mas que... DROGA! – surpreendeu Rogue – Eu realmente quero quebrar um braço ou uma perna sua antes que você se mude – falou indignado.

Rogue – Isso não vai acontecer – riu.

Natsu – O nariz... – insistiu.

Rogue – Não viaja – continuou a rir.

Natsu – Só os dedos então – insistiu ainda mais.

Rogue – Isso já está ficando estranho – estreitou os olhos.

Natsu – O dedo indicador é o suficiente – implorou.

Rogue – Quebrar apenas um dedo te satisfaria? – não entendeu.

Natsu – Na verdade, o que eu quero, é ouvir seu grito de dor – falou seriamente, sem ouvir a resposta de Rogue.

Mas após alguns segundos, o rosado pode perceber que Rogue havia desligado.

Natsu voltou a guardar o celular no bolso e então desceu as escadas – “Praticamente” impossível, né? – pensou seriamente.

Natsu ouviu Jude desabafar durante longos minutos e após algumas horas o rosado resolveu voltar para o quarto.

Ao abrir a porta, viu a loira parada a sua frente com os olhos opacos enquanto lágrimas escorriam por seu rosto.

Mas logo os olhos da loira retomaram o brilho, e rapidamente a mesma abraçou o rosado.

Natsu – O-O que foi? – se surpreendeu.

Lucy – Quando acordei, e não te vi ao meu lado, achei que tudo aquilo havia sido um sonho, ou até mesmo um delírio... – falou um pouco emocionada com a cabeça no peito do rosado.

Natsu suspirou – Era só você ter visto a caixinha ao lado da cama... – retribuiu o abraço.

Lucy continuou abraçada ao rosado –... Me doeu tanto ao acreditar que era apenas um sonho, que você não havia voltado... Por favor, fique aqui comigo.

Natsu sorriu de canto –... Sim.