História Ele é MEU mordomo - Dragão-Noel (especial de natal)

Há algum tempo, naquela noite em que Lucy e Natsu deveriam estar em lua-de-mel, noite que todos comemoravam a vinda do bom velhinho, bem, nem todos, já que o rosado comemorava a vinda de seu quarto filho, Lucy não conseguia disfarçar quão deprimida estava. A noticia de uma outra criança a fez acreditar que sua carreira acabaria dali a seis/sete meses.

Wendy – Lucy, essa é uma noite de alegria! – puxou pela mão a loira que até então estava sentada sobre o sofá de seu pai – Eu vou ser tia de novo! Dessa vez tenho certeza que se chamará Wen ou Wendy Two! – exclamou animada.

A loira não sabia o que responder, mas logo estranhou – Agora que percebi, onde está meu pai, o senhor Igneel e o Natsu? – viu que os três não estavam no local.

Wendy – Eles saíram depois da ceia – explicou.

Lucy – Para onde? – não entendeu, mas apenas viu Wendy dar de ombros.

Yuri e Sora corriam pela casa, Aki tentava acompanhar, mas se cansava com mais facilidade.

Sora – Mamãe, cadê os nossos presentes? – perguntou empolgado ao parar de frente para a loira.

Lucy – Tem que esperar o papai-noel trazer – sorriu para o menino.

Yuri – E cadê ele? – perguntou empolgada.         

Lucy – Quem sabe? Talvez esteja na casa de algum vizinho nosso entregando os presentes deles – a respondeu gentilmente.

Logo Aki chegou até os três.

Aki – Mamãe... Cadê o papai? – indagou um pouco cansada.

Lucy – Essa menina tem algum complexo com o Natsu? – pensou com uma gota na cabeça – Era pra ela querer saber do Papai-Noel, mas ela não está nem ai... Quer saber do pai dela... – suspirou – Também gostaria de saber...

Não demorou muito e puderam ouvir a porta da casa ser aberta. Logo depois um velho barrigudo vestido de vermelho com uma enorme barba branca e um saco de presentes apareceu no local.

Yuri/Sora – PAPAI-NOEL! – exclamaram correndo até o mesmo.

Lucy – Então foi por isso que o meu pai sumiu? – abriu um sorriso de canto enquanto via Sora e Yuri nas pernas de Jude, fazendo pedidos alegremente – Ahn? – percebeu – Aki, você não vai com o Papai-Noel? – não entendeu.

Aki – Mas... Aquele não é o vovô Jude? – indagou inocentemente, surpreendendo à loira.

Lucy – Ela percebeu? – se perguntou surpresa.

Em seguida ouviram a porta abrir novamente.

– How, How, How! – outro Papai-Noel idêntico apareceu na sala.

Yuri/Sora – OUTRO PAPAI-NOEL, MAIS PRESENTES! – não conseguiam disfarçar a alegria.

Lucy – Agora é o senhor Igneel – encarou o homem com uma gota na cabeça.

Aki – Agora é o vovô Igneel – voltou a espantar a loira.

Jude e Igneel se encararam seriamente por alguns instantes.

Igneel – O que pensa que está fazendo Noel-Heartphilia? – indagou em um tom mais sério.

Jude – Eu é quem lhe pergunto Noel-Dragneel... Eu cheguei primeiro – respondeu no mesmo tom.

Lucy – Duas crianças? – instantes depois ouviu a porta ser aberta novamente – OUTRO?

Mas dessa vez, ao invés da boa risada do velhinho, todos ouviram algo com o rugido de um dragão. Tanto as crianças quanto os adultos arregalaram os olhos ao verem alguém entrar fantasiado como um dragão no local, dragão esse que vestia um gorro vermelho e carregava um saco de presentes da mesma cor em suas costas.

Lucy – QUEM É VOCÊ? NÃO, O QUE É VOCÊ? – indagou indignada com tal fantasia.

– Eu sou o Dragão-Noel! – soltou outro rugido ao concluir.

Lucy – O que o Natsu tem na cabeça? – assim que se fez tal pergunta, percebeu o brilho nos olhos das três crianças – Até a Aki? – não pode acreditar.

Yuri – Um dragão! Um dragão de verdade! – correu até mesmo.

Sora – Dragão-Noel! – fez o mesmo que Yuri, se abraçando à perna do rosado.

Aki deu leves puxadas no vestido de Lucy, chamando a atenção da mesma – Eu... Eu posso ir também? – pediu com os olhos brilhando, o que fez com que a loira confirmasse com a cabeça.

A pequena correu até o rosado fantasiado, abraçando a perna do mesmo como seus irmãos.

Lucy percebeu como Jude e Igneel se deprimiram –... C-Crianças, por que não vão ficar com os Papais-Noéis também? – indagou um pouco sem graça.

Yuri – Mas mamãe, é um dragão! – respondeu empolgada, já que amava os mesmos.

Sora – Um dragão que também é Papai-Noel! – concluiu.

Aki – Dragão-Noel, me leva pra voar? – pediu gentilmente com os olhos brilhando.

Lucy soltou um longo suspiro ao ver Jude e Igneel deixarem o local cabisbaixos.

Natsu – O Dragão-Noel trouxe muitos presentes da Dragolândia para vocês – utilizava um tom de voz mais grossa para falar com os pequenos.

Yuri – O que trouxe pra mim? – indagou curiosa.

Natsu então enfiou a mão dentro da sacola, retirando um dragão de pelúcia – UM FILHOTE DE DRAGÃO! – exclamou em um tom elevado ao entrega-lo para a pequena, percebendo a alegria que a mesma havia ficado.

Aki – E pra mim? – perguntou agarrada à fantasia do rosado.

Natsu – Para a pequena Aki... – voltou a procurar em meio à sacola – Temos aqui... Uma toca com um bordado de dragão! – colocou na cabeça da pequena – Com isso você será capaz de ler a mente dos dragões, e tem mais! – voltou a mexer na sacola –... UM FILHOTE DE DRAGÃO TAMBÉM! – entregou a pelúcia para a pequena, fazendo os olhos da mesma brilharem.

Logo ficou apenas Sora parado em frente ao rosado fantasiado, esperando seu presente.

Sora – E o meu presente Dragão-Noel? – esperava um pouco ansioso.

Natsu – Crianças más não recebem presentes – respondeu, chamando a atenção da loira que estava um pouco mais afastada.

Sora – Mas o que eu fiz? – perguntou inocentemente.

Natsu – Você não gosta do seu pai, fica maltratando ele – respondeu enquanto Lucy se aproximava lentamente.

Sora olhou para os lados, como se quisesse confirmar se Natsu estava ali ou não, mas logo respondeu –... Eu... Eu amo o papai – falou um pouco corado, surpreendendo tanto a loira quanto o rosado – Mas ele fica me irritando, então... – não concluiu.

Natsu soltou um longo suspiro, se enfiando quase que por inteiro dentro do saco a procura de algo para Sora – Vamos ver... Vamos ver... Aqui – entregou para o pequeno.

Sora –... O que? – não entendeu – O que é isso?

Lucy – Um capacete em forma de dragão? – não pode acreditar.

Natsu – Eu vou te levar para voar! Então você tem que usar o capacete para se proteger caso caia durante o voo – explicou.

Os olhos de Sora brilharam – Voar?

Lucy – Eh? – estranhou.

Natsu – Meu trabalho aqui está feito... Então vamos Sora? – indagou seriamente.

Sora – SIM! – respondeu animadamente.

Natsu – Então vamos em nossa primeira missão! – chamou a atenção do pequeno – Precisamos de coco, muitos cocos... Sua mãe em breve irá querê-los!

Lucy – O QUE? – se indignou.

Natsu – Teremos que enfrentar alguns cachorros violentos, mas está tudo bem, eu lhe protegerei! – concluiu com um rugido mais alto.

Lucy – Não! Você não vai sair com ele a essa hora da noite! – exclamou, podendo ver o olhar decepcionado de Sora.

Natsu – Pequeno Sora, vá falar com suas irmãs que irá voar comigo... Também preciso dar o presente de sua mãe – surpreendeu à loira.

Sora – Tá! – deixou o local, correndo até onde Aki e Yuri estavam.

Lucy – P-Presente? Para mim? – ficou um pouco ansiosa ao ver o rosado se aproximar – O que será?

Natsu – Sim! – retirou a mascará de dragão.

Lucy – E o que é? – a curiosidade tomou conta.

Natsu segurou a cintura da loira com as duas mãos e abriu um sorriso malicioso – Eu!

Uma veia saltou sobre a testa de Lucy – Nós já somos casados! Você já é MEU! Então por que está me dando de presente algo que já me pertence? – se indignou.

Natsu –... Perdão, eu não tenho nenhum presente para você – informou sinceramente.

Lucy – Eu já desconfiava – respondeu um pouco mais calma, não se importando muito com aquilo.

Natsu – Eu queria que a nossa lua-de-mel fosse o presente, mas... – encarou a barriga da loira, abrindo um sorriso radiante.

Lucy se deprimiu – Não me faça lembrar...

Natsu –... Sua carreira é tão importante assim? – indagou calmamente.

Lucy – Sim, é – o respondeu – Antes de me chamarem para um teste... Sabe, eu estava cuidando sozinha de três crianças... – abriu um sorriso triste – Acreditava que seria uma mulher que viveria da herança do meu pai pelo resto da vida... Mas... Eu finalmente me tornei alguém, entende? Sou reconhecida por algo que faço!

Natsu –... Agora é tarde, se você não fosse tão ninfomaníaca...

Ao voltarem até a loira, os três pequenos puderam ver o Dragão-Noel ser chutado longe.

Yuri/Aki/Sora – A mamãe derrotou o Dragão-Noel? – se espantaram com a força de Lucy ao verem Natsu cair já com a mascara.

Pouco tempo depois, a loira via Natsu carregar Sora sobre seus ombros, correndo com o menino pela casa, dando a sensação ao pequeno de como se ele estivesse voando.

Lucy – Então era isso que ele queria dizer com “voar” – suspirou.

Ainda naquela noite, após toda festa, as crianças já estavam em seu quarto, enquanto Lucy estava deitada e o rosado se preparava para dormir.

Natsu – Esse natal foi incrível! – comentou alegremente ao andar em direção à cama apenas com sua calça de moletom.

Lucy – Uhum – continuava chateada, permanecendo deitada de lado, de costas para o rosado.

Natsu se deitou sobre a cama e logo se aproximou da loira, formando a famosa conchinha – Te amo – sussurrou próximo ao ouvido da mesma, não recebendo nenhuma resposta –... Por que você está TÃO PRA BAIXO assim? – deu ênfase nas três palavras, brincando com a loira, mas a mesma novamente não o respondeu, como se o evita-se.

O rosado soltou um longo suspiro, se levantando e deixando o quarto.

Lucy –... Ele ficou chateado? – pensou ao se ver sozinha no local.

Natsu caminhou calmamente até o quarto em que os pequenos dormiam, e ao chegar e entrar no mesmo viu que as crianças ainda estavam acordadas.

Natsu – Por que não estão dormindo ainda? – estranhou.

Sora – A mamãe e a tia Wendy não vieram contar uma historia, aí a Aki não consegue dormir e não deixa a gente dormir também – explicou calmamente debaixo de seu pequeno cobertor.

Natsu – Entendo... – fechou a porta e parou de frente para as crianças, vendo que as três camas de solteiro eram separadas por dois vãos onde os pequenos poderiam descer, tendo um criado mudo com um pequeno abajur em cada espaço daquele –... Papai vai dormir com vocês hoje – informou.

Aki – De verdade? – se alegrou, recebendo um sorriso do rosado.

Natsu – Mas antes... Vamos arrumar isso! – exclamou.

Os três pequenos apenas viram Natsu retirar os móveis que ficavam entre suas camas, e logo depois empurrar as mesmas.

Sora – O que está fazendo? – não entendeu ao ver o pai juntar as três camas em uma só.

Natsu – Criando um espaço para mim – respondeu – Preciso cobrir essas valetas que ficaram... – se referia aos pequenos espaços que sobrava entre as camas.

O rosado pegou os cobertores de Sora e de Yuri e os dobrou, colocando nos pequenos vãos.

Yuri – Com o que vamos nos cobrir? Está fazendo frio – informou um pouco chateada, fazendo com que o rapaz soltasse um longo suspiro.

Natsu – Já volto – deixou o quarto das crianças, voltando rapidamente para o seu.

Lucy, que até então estava com dificuldades para pegar no sono, se surpreendeu ao ver o rosado passar pela porta –... Voltou rápido – comentou em um tom calmo.

Natsu –... Só vim pegar um cobertor – respondeu ao ir até o guarda-roupas, retirando uma coberta mais grossa de lá – E meu travesseiro também... – andou até a cama, pegando o mesmo.

Lucy – Não vai dormir aqui? – se espantou – Por quê?

Natsu –... Você precisa esfriar a cabeça e decidir o que é prioridade para você – explicou – Além do mais, minha alegria parece te incomodar, então... – abriu um sorriso de canto ao chegar à porta – Boa noite Lucy – voltou a sair do local, deixando a loira sem palavras.

Lucy –... Não faz nem dois dias que nós nos casamos e já estamos discutindo assim? – não conseguia entender.

Minutos depois, o rosado já estava deitado bem no meio da enorme cama improvisada no quarto das crianças, com Sora ao seu lado direito, Yuri do seu lado esquerdo e a pequena Aki deitada sobre seu corpo, cobertos com o cobertor que Natsu havia levado.

Natsu – Antes do Dragão-Noel ir embora, ele me deixou um monte de historias para contar – comentou – A branca de neve e os três dragões, Rapunzel e o Dragão, A Bela e o Dragão, A bela adormecida e o príncipe dragão, Chapeuzinho Vermelho e o Dragão Mal... Qual vocês irão querer ouvir?

Lucy – Que tal uma que realmente exista? – respondeu parada na porta, chamando a atenção dos outros quatro –... Não estou conseguindo dormir – resmungou, dando uma leve corada.

Natsu – Será que tem espaço para a mamãe aqui? – indagou seriamente.

Lucy – Eles estão quase montados em cima de você! Olha o tanto de espaço que tem! – se irritou um pouco enquanto se aproximava da cama.

Logo depois, Sora se deitou ao lado de Yuri. Ambos ficaram entre a loira e o rosado enquanto a pequena Aki permaneceu deitada sobre o corpo de Natsu.

Lucy –... Que historia você pretende contar para nós? – perguntou calmamente, cobrindo a todos com a coberta.

Natsu – A melhor de todas! Aquela passada de geração em geração na família dos Dragneel – sorriu – A princesa e o dragão! Onde o dragão protege a indefesa princesa, presa em uma torre, contra os príncipes malignos que só querem resgata-la, para tomarem o poder do Reino.

Lucy abriu um sorriso bobo – Que historia é essa? – soltou uma pequena risada.