Após alguns minutos andando, um quarteirão antes de chegar à escola, Lucy soltou a mão de Natsu, não queria que todos ficassem sabendo de seu relacionamento com o rosado.
Lucy – melhor o pessoal não descobrir sobre nós – abriu um sorriso chateado – bem que eu queria lhe apresentar como meu namorado – pensou ainda chateada.
Natsu – sim, é provável que se descobrirem contarão ao seu pai – falou sério olhando para frente sem encarar a loira.
Ao chegarem em frente a escola viram que não tinha mais ninguém ali, todos já haviam entrado para a sala de aula.
Natsu – é, estamos muito atrasados – disse já se encaminhando para dentro do prédio.
Lucy olhou para os lados e viu uma pessoa vindo em sua direção lentamente – Natsu, vai andando na frente, daqui a pouco eu te alcanço.
Natsu – ok, mas não demora – entrou na escola deixando a loira sozinha em frente ao portão.
Lucy – o que é aquilo? Parece uma pessoa pálida, toda descabelada e ainda esta andando meio inclinada para frente – estreitava os olhos para tentar enxergar melhor – parece um zumbi, mesmo tendo todas as partes do corpo, eu acho – sussurrou.
Foi então que a pessoa que vinha longe levantou um pouco a cabeça, tendo Lucy em seu campo de visão, ficou uns segundos parado então rapidamente começou a correr, e em menos de 5 segundos já segurava os ombros de Lucy.
Lucy – kyaaaa – se assustou com a rápida aproximação.
Levy – Luuuccyyyyy – falou seu nome com a voz um pouco mais grossa.
Lucy – L-Levy? O que aconteceu com você? – perguntou surpresa – e desde quando você aprendeu a usar teletransporte? – pensou na grande velocidade em que a amiga apareceu em sua frente.
Levy – Lucyyy você é cruel – formaram lagrimas em seus olhos enquanto segurava a loira pelos braços – você sabe que horas que eu fui dormir?
Lucy – Levy, a culpa é sua por ser muito curiosa – abriu um sorriso de canto.
Levy – mas você poderia ter deixado para me contar outro dia pessoalmente, por sua causa eu só fui dormir 6h00min da manhã – afundou a cabeça no peito da loira.
Lucy – uaaaaaa
Levy – olha o meu estado – fez com que a loira visse o visual deplorável da amiga.
Lucy – ok, ok, perdão – separou a amiga de seu peito – vamos entrar, estamos muito atrasadas, la dentro eu dou um jeito nesse seu cabelo e nessas suas olheiras.
Levy – mas antes me conta você esta na o que? – perguntou curiosa.
Lucy – no recreio eu te conto – puxou a amiga – vamos!
Levy – ta – seguiu a loira para dentro do edifício
Natsu já estava em frente à sala, então bateu na porta e a abriu.
Natsu – com licença professor, perdão pelo atraso – se curvou então se levantou – será que posso entrar?
Gildarts – sim, entre – viu o rosado entrando.
Natsu – ah a Lucy também já esta chegando – informou antes de se sentar. Ao tirar o material da mochila percebeu que Gajeel agora estava sentado atrás de si.
Gajeel – yo – sussurrou.
Natsu – o que aconteceu que você mudou de lugar? – disfarçava fingindo que estava pegando seu caderno.
Gajeel – Gildarts me mudou de lugar por causa da bagunça – bufou.
Natsu – tinha que ser você mesmo – balançou a cabeça em sentido de negação.
Gajeel então sussurrou – falou o playboizinho que não parava de zoar dentro de sala de aula antigamente – abriu um sorriso sacana.
Natsu – i-isso não é verdade – serrou os dentes – alem do mais, como você pode saber de uma coisa dessas sendo que nem estudávamos juntos?
Gajeel – digamos que eu tenho um informante.
Natsu – sei – estreitou os olhos e se virou, então sussurrou – o que esta no passado fica no passado entendeu?
Gajeel – ok, ok – suspirou.
Gildarts – será que eu posso começar minha aula ou os dois vão querer trocar de lugar comigo hoje? – levantou a voz em tom de ironia enquanto olhava para Natsu e Gajeel.
Gajeel/Natsu – perdão.
Gajeel então tirou uma folha de seu caderno, escreveu, e jogou na mesa do rosado. Natsu então leu o papel.
“Como foi seu final de semana?”
Natsu então pegou seu lápis, escreveu e jogou o papel de volta na mesa de Gajeel, que abriu e leu.
“Melhor impossível... e você? conseguiu alguma coisa com a Levy?”
Gajeel pensou no “melhor impossível” de Natsu e ficou se perguntando o que ele queria dizer com aquilo, mas logo respondeu a pergunta do mesmo.
“nada, na noite do cinema eu a levei em casa, mas não consegui falar com ela nem ferrando... desde então voltei ao ponto Zero”.
Natsu leu e então segurou a risada, e escreveu.
“kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, você só pode ser adotado mesmo, o sangue Dragneel não corre em suas veias... Talvez seja por causa do lado Redfox que você seja frouxo assim, não consegue nem falar com a garota que ama, desse jeito vai terminar solteiro.”
Gajeel leu a mensagem e uma veia saltou em sua testa, então voltou a escrever.
”Prefiro ser frouxo e terminar solteiro do que ser um galã garanhão que coloca uma vadia dentro de casa e ferrar a família toda, fazendo a mesma chegar perto da falência.”
Natsu leu aquilo e entendeu como uma indireta, não aguentou e com raiva levantou violentamente de sua mesa, assustando a todos da sala.
Natsu – eu deveria levar isso como uma indireta? – perguntou friamente para Gajeel que ainda estava com raiva por ter sido ofendido.
Gajeel – entenda como quiser, afinal continua sendo a verdade não é mesmo? – o encarou sério também.
Natsu explodindo de raiva segurou Gajeel pelo colarinho – Por que você não fala na minha cara então tudo o que você escreveu ali? Não tem coragem para isso? – falava um pouco baixo e com raiva na voz.
Os amigos e colegas em volta ficavam cada vez mais espantados com a confusão e com a reação do rosado.
Sting – esse nerd é tão nervosinho assim? – se perguntava surpreso.
Gray – o que aconteceu? Esses dois pareciam ser bem próximos...
E os demais pensavam no porque daquilo estar acontecendo.
Gajeel – quer mesmo que eu repita? – perguntou ironicamente.
A raiva de Natsu só aumentava – você ficou bem corajoso ultimamente em – abriu um sorriso sínico, então sussurrou – não vai pensando que só porque estou nessa aparência eu tenha mudado completamente, ah coisas nas quais eu não esqueci entende – fez com que Gajeel começasse a ficar com medo, o fazendo perceber o que havia feito – eu até posso sair ferido, mas você também não ira sair inteiro – continuou a sussurrar.
Gildarts – As duas meninas ai vão continuar a atrapalhar minha aula? Se for peço que se retirem da sala de aula – falou normalmente.
Natsu olhou por cima do ombro em direção a Gildarts – cala a boca – falou seriamente com um olhar frio, fazendo com que o pessoal da sala se amedrontasse.
Aluno – quem é esse? O que aconteceu com aquele nerd calmo? – sussurrou para outro.
Aluno 2 – o final de semana dele foi tão ruim assim?
Gildarts – me desculpe senhor Natsu Drenei, acho que não entendi o que você disse – falou sarcástico.
Natsu – quer mesmo que eu repita?
Gildarts – pra fora da minha sala – apontou em direção à porta – não volte mais hoje, vai para a diretoria e pode ir para casa esfriar a cabeça – falou com raiva e tristeza ao mesmo tempo por causa do desrespeito de seu melhor aluno.
Natsu largou a camisa de Gajeel e se direcionou a porta sem nem olhar para trás, chegou à porta e abriu com tudo, assustando a Lucy e a Levy que estavam prestes a abrir a mesma.
Lucy – Na-Natsu.
Natsu – desculpa Lucy, estou indo para casa mais cedo – falou sério saindo da frente da loira.
Levy – o que aconteceu? – perguntou surpresa
Lucy nada respondeu, apenas viu o rosado se distanciar indo em direção à diretoria.
Gildarts – vão entrar ou vão acompanha-lo? – perguntou sério
Lucy/Levy – perdão, já estamos entrando – entraram e se sentaram em seus lugares.
Levy – Gajeel o que aconteceu? – virou para trás e sussurrou.
Gajeel apenas abaixou a cabeça e a virou para o lado oposto – eu não deveria ter escrito aquilo, mas ele também provocou – fechou os olhos enquanto pensava – droga.
Gildarts – não quero mais ouvir uma palavra sequer, minha paciência já acabou – agora falou autoritário – o próximo que eu pegar conversando terá o mesmo destino que o senhor Drenei.
O restante das aulas até o recreio se passaram lentamente, a sala em total silencio e Lucy preocupada com o que poderia ter acontecido.
O recreio já havia chegado e o grupo já tinha se reunido no mesmo lugar de sempre.
Lucy – então, o que aconteceu mais cedo? – não estava mais preocupada e sim curiosa.
Levy – também quero saber – havia se esquecido do assunto de Lucy e agora se focava no de Natsu.
Erza – nada de mais – comeu um pedaço de seu bolo – só o Natsu que quase espancou o Gajeel – falou calmamente.
Lucy/Levy – O QUE?
Lucy – o Natsu? Sério? – voltou a se preocupar – o que será que aconteceu com ele?
Levy – Gajeel, o que foi que você fez? – estreitou os olhos e perguntou friamente.
Gajeel – e porque teria sido eu a ter feito algo? – perguntou inocentemente.
Gray – pois um nerd calmo e pacifico como o Natsu não começaria uma briga do nada – falou calmamente com os olhos fechados.
Todos – isso mesmo.
Gajeel – assim vocês me machucam – falou brincando, tentou parecer engraçado, mas sentia uma pontada de tristeza pelo que havia feito, sabia da situação do primo e mesmo assim não se segurou – não importa quem começou ou o que começou – falou sério – apenas esqueçam isso, e não voltem a comentar isso na presença do Natsu.
Todos o olharam surpresos e curiosos, mais do que nunca queriam saber o que aconteceu.
Wendy – Lucy, cadê o Nii-san? – apareceu do nada atrás do Gajeel olhando de um lado para o outro procurando o irmão.
Lucy – W-Wendy, então ele foi embora mais cedo – forçou um sorriso, que não passou despercebido pela pequena.
Wendy – é? E por quê?
Gray – por que ele quase brigou com o Gajeel e depois ainda praticamente xingou o professor – todos o olharam surpreso, logo depois levou um tapa na cabeça dado por Laxus.
Wendy – hummmmm.
Laxus – vacilão – sussurrou.
Gray – o que foi? É melhor ela saber a verdade logo – disse sem preocupações.
Juvia – é isso mesmo – defendeu o amado enquanto ainda estava agarrada ao braço do mesmo.
Wendy se aproximou do ouvido de Gajeel e sussurrou – o que você fez?
Gajeel – nada – respondeu normalmente. Os amigos em volta só ouvia o que Gajeel falava, viam a boca de Wendy se mexer, mas nada escutavam.
Wendy – meu irmão não perde o controle por nada Primo – ficou alguns segundos em silencio – você sabe que mesmo quando ele apanha sem motivo, ele não reage – continuava a sussurrar – vou perguntar de novo, o que você fez?
Gajeel apenas abaixou a cabeça – perdão Wendy – e não disse mais nada.
O pessoal em volta nunca haviam visto o Gajeel abaixar a cabeça tão facilmente, a cada segundo que se passava a curiosidade deles aumentava, dessa vez não era só Levy que queria saber do acontecido.
Wendy então percebeu o que havia acontecido apenas pela reação de seu primo, suspirou – idiota – falou normalmente. Gajeel apenas sentiu o forte tapa atrás de sua cabeça, fazendo o local ficar ardido.
Gajeel – aiii – esfregou o local – eu já pedi perdão Wendy.
Wendy – sim, e eu já lhe perdoei – o olhou séria – esse tapa foi pelo meu irmão, agora pode se considerar perdoado por ele também – se retirou do local.
Levy – essa menina me surpreende cada vez mais – abriu um sorriso de canto.
Laxus – vai dizer que doeu Gajeel? – falou com um sorriso na cara debochando do amigo.
Gajeel – você fala assim, pois não conhece a força do tapa dessa menina – e logo pensou – ela puxou totalmente a tia, esses tapas ardidos que nos fazem pensar melhor nas coisas ruins que fizemos...
Levy – então Lucy, o que você ia me dizer ontem? – se lembrou.
Lucy – ah então... – viu que a atenção havia voltado para si, que todos seus amigos a olhavam.
Rogue – Yo Lucy – apareceu com um sorriso – e então, já pensou na resposta?
Sting – resposta? – sussurrou.
Rogue – vai aceitar namorar comigo ou não? – perguntou com um sorriso no rosto no meio de todos, sem medo nenhum, sem um pingo de vergonha.
Todos da mesa voltaram a se surpreender, Erza que comia um bolo deixou o mesmo cair... Cana, Gray, Laxus e Jellal que tomavam suco, os cuspiram na hora. Apenas Levy e Gajeel não haviam ficado surpresos.
Levy – fiquei com dó – pensou ao se lembrar da curta conversa com a loira pelo telefone.
Gajeel – idiota, quando o Natsu quer algo pode acreditar que ele consegue – fechou os olhos.
Sting – maldito, não acredito que fez isso comigo Rogue – apertava a latinha fechada que estava em sua mão.
Lucy – Rogue... – todos seus amigos agora a olhavam com os olhos brilhando, menos Levy, Gajeel e Sting – eu... Não posso aceitar.
Os mesmo que tinham seus olhos brilhando segundos atrás, agora se seguravam para não rir.
Sting – bem feito hahahahaha – comemorava mentalmente com um sorriso estampado em seu rosto – essa loira é minha Rogue, desista.
Rogue – p-por que Lucy? – perguntou tristemente.
Lucy – porque eu já estou namorando – dessa vez surpreendeu a todos, sem exceção.
Levy – então era isso que você iria me contar? – se perguntou com os olhos brilhando.
A latinha que estava na mão de Sting, que ainda estava fechada, estourou – O QUE?
Todos – SÉRIOOO???
Lucy apenas se virou novamente para o grupo e confirmou com a cabeça.
Rogue – quem é ele Lucy? – perguntou com raiva na voz.
Lucy encarou o moreno – não posso falar – sorriu gentilmente.
Levy – Por quê?
Erza – Fala Lucy – pediu com os olhos brilhando.
Laxus – quem é o azarado em loira? Conta ai.
Rogue – por que você não pode falar Lucy? – perguntou ainda com raiva.
Lucy – pois minha vida pessoal não interessa a nenhum de vocês – falou séria dessa vez, fazendo com que todos se calassem.
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