Após aproximadamente uma hora, Natsu e Lucy já voltavam para a mansão, Lucy andava na frente toda feliz com um sorriso no rosto enquanto Natsu vinha logo atrás com cara de poucos amigos e carregando todas aquelas sacolas.
Natsu – E ela ainda queria que eu viesse com meu jeito normal – pensou – Esse passeio foi mais entre empregado/patrão do que um encontro entre namorados – suspirou enquanto fazia uma cara de tédio.
Lucy cantarolava enquanto se equilibrava no meio fio.
Natsu – Cuidado – a alertou – Você vai acabar caindo.
Lucy – Estou muito feliz Natsu – se virou e sorriu para o rosado, ignorando o alerta do mesmo
Natsu – Pelo menos você ficou feliz – suspirou e pensou – Incrível como ela consegue ficar feliz com coisas simples.
Lucy parou e andou até o rosado – Vai dizer que você não ficou feliz? – perguntou ironicamente com um sorriso no rosto.
Natsu – E por que eu ficaria? – virou o rosto desviando o olhar – Carregar sacolas o dia inteiro não traz felicidade para ninguém.
Lucy – Hum, entendo – voltou a se virar e a caminhar na frente do rosado – Me pergunto se devo usar a branca ou a preta hoje – começou a falar sozinha em um tom de voz que o rosado pudesse ouvir.
Natsu - ahn? – não entendeu o que a loira quis dizer.
Lucy ainda caminhando apenas olhou por cima do ombro com um olhar malicioso – Talvez eu devesse usar a vermelha.
Natsu – Branca? Preta? Vermelha? Do que ela está falando? – então rapidamente associou as cores com o que haviam feito aquela tarde, se lembrou e corou na hora – Eu já entendi.
Lucy – Então, você ficou um pouco feliz essa tarde? – voltou a fazer a mesma pergunta.
Natsu – S-sim, fiquei – olhou para o nada, ainda corado voltou a se lembrar do que a loira havia feito para anima-lo.
Lucy esperou o rosado chegar ao seu lado para que voltasse a caminhar – Me de algumas sacolas! – pegou metade das que estavam na mão esquerda de Natsu – Para um homem você é muito fraco, ficar reclamando por causa de algumas sacolas e faz uma dama carregar as mesmas – fez com que o rosado suspirasse – Como irá proteger sua amada sendo que és tão fraco? – olhou em direção contraria ao rosado.
Natsu passou o resto das sacolas, que estavam na mão esquerda, para a mão direita. Pegou na mão da loira, que apenas o olhou de canto e então voltou a virar o rosto para o lado contrário.
Natsu – Lucy, serei forte quando necessário – falou sério fazendo com que a loira voltasse a encara-lo – Não deixarei nada lhe acontecer – falou enquanto continuavam a caminhar, Lucy deu uma leve corada. Sem encarar a loira, Natsu continuou – Quando você estiver em perigo, irei lhe salvar, lhe proteger... Afinal, você é muito importante para mim – encarou a loira e sorriu.
Lucy apenas abraçou o braço esquerdo de Natsu – Te amo – sussurrou.
Após alguns minutos Lucy e Natsu já estavam em frente a mansão.
Natsu – Me dê as sacolas e entre na frente – pegou as sacolas de Lucy, a mesma fez o que o rosado disse e entrou primeiro.
Lucy – Cheguei – avisou assim que adentrou a mansão.
Jude – Demorou – falou da sala enquanto olhava para a janela e via o céu já alaranjado.
Lucy – Você sabe que fazer compras me relaxa e mais feliz – sorriu e abraçou o pai por trás enquanto o mesmo estava sentado.
Jude – Sim eu sei – disse enquanto via o rosado entrar com dificuldades por causa do monte de sacolas que trazia com ele – Você vai reformar seu guarda-roupas minha filha? – olhou para cima para encarar Lucy, que soltou o pai na mesma hora.
Lucy – Claro que não – sorriu – São só algumas roupas e alguns sapatos novos – começou a subir as escadas – Natsu, traga elas para meu quarto – se referiu as sacolas.
Natsu já ia em direção as escadas quando Jude o chamou.
Jude – Natsu.
Natsu – Pois não senhor? – parou em frente as escadas
Jude – Obrigado – sorriu de canto.
Natsu não entendeu – Pelo que senhor? – levantou uma das sobrancelhas.
Jude – Por servir tão bem minha filha – disse enquanto voltava a ler o jornal.
Natsu – Esse é o meu dever senhor – falou normalmente.
Jude – Sim, mas desde que você chegou a Lucy tem estado mais sorridente, ela está mais feliz – abriu um sorriso de canto – Por isso, obrigado – agradeceu novamente sem tirar os olhos do jornal.
Natsu – Enquanto eu puder servi-la e faze-la feliz pode acreditar que eu o farei – sorriu e voltou a subir as escadas. Ao chegar na metade parou e olhou para baixo, ficou encarando Jude enquanto pensava – Se lhe agrada tanto ver a Lucy sorrir, ver a Lucy feliz, por que está fazendo isso com ela? – voltou a subir as escadas – Espero que eu esteja errado, que o que eu esteja pensando seja mesmo apenas coisa da minha cabeça – fechou os olhos e caminhou em direção ao quarto da loira.
(Batidas na porta)
Lucy – Pode entrar.
Natsu tentou entrar no quarto de lado, para que as sacolas também pudessem passar, mas não conseguiu, então deixou algumas do lado de fora e entrou apenas com as que estavam em sua mão esquerda, as deixou ao lado da cama e voltou para buscar o resto.
Assim que entrou com o resto das sacolas fechou a porta, deixou as mesmas ao lado da cama e avistou Lucy olhando dentro de seu guarda-roupa, o reorganizando.
Natsu – O que está fazendo? – se sentou na poltrona que praticamente já havia virado sua, que ficava ao lado da cama da loira.
Lucy sem encarar o rosado apenas respondeu – Arranjando espaço para as novas roupas e os novos sapatos.
Natsu – Quer ajuda? – perguntou inocentemente.
Lucy – Deixa eu adivinhar, na verdade você quer é reorganizar a minha gaveta de calcinhas e sutiãs para poder ver o conjunto vermelho novamente e ver as que eu já tenho aqui – sorriu brincalhona
Natsu – C-claro que não – corou e olhou para o canto – E eu achando que eu era o pervertido, essa Lucy me supera e com sobra – pensou.
Lucy – Estou brincando – olhou por cima dos ombros e sorriu para o rosado.
Natsu relaxou e retribuiu o sorriso.
Lucy – Afinal se você quiser ver mesmo eu sei que você vai pedir para ver enquanto estou as usando.
Natsu – Já deveria imaginar – sussurrou enquanto voltava a corar – Você gosta tanto assim de me provocar Lucy? – perguntou normalmente enquanto se espreguiçava.
Lucy – Se eu gosto? Claro que não – sorriu – Eu amo.
Natsu – Percebi – abriu um sorriso de canto.
Lucy se virou e encarou Natsu – Por que ainda está com esses óculos?
Natsu – Como eu vim direto para cá, não deu para pegar as lentes – retirou os óculos – E sem eles não consigo enxergar nada – os voltou para seu rosto.
Lucy – Hum – resmungou chateada – Natsu poderia me deixar a sós agora?
Natsu - ahn? – não entendeu o que a loira queria dizer – Por que?
Lucy – Eu quero tomar um banho e experimentar algumas roupas – olhou séria para o rosado – a não ser que você queira ficar e ver eu me trocando.
Natsu se levantou e foi em direção a porta, a loira o acompanhou.
Natsu tentou se despedir antes de abrir a porta – Boa no- – foi interrompido por um beijo que Lucy havia o dado, Natsu o retribuiu e abraçou a cintura da loira, que abraçou o pescoço do rosado. Manterá o beijo calmo, até que Lucy se separou.
Lucy – Te amo – sussurrou ainda abraçada ao pescoço de Natsu.
Natsu – Também te amo – sorriu e afundou o rosto no pescoço da loira, apenas abraçando-a por mais tempo.
Ainda abraçados Natsu perguntou – Lucy, quando foi que você ficou tão pervertida assim? – separou um pouco e viu que a loira já estava erguendo sua camisa.
Lucy olhava o tanquinho definido de Natsu – ahn? – pensou um pouco então respondeu – Bobo, fiquei assim pois te conheci – sorriu
Natsu se separou e abaixou a camisa – E desde quando a safadeza é contagiosa? – ergueu uma sobrancelha.
Lucy – Bobo – riu e abriu a porta para Natsu.
Natsu – Boa noite – deu um beijo na testa da loira e saiu.
Lucy – Boa noite – fechou a porta com um sorriso no rosto – Estou tão pervertida assim? – se perguntava enquanto selecionava algumas roupas para experimentar.
Natsu – Cheguei – abriu a porta de seu quarto e viu Wendy sentada em sua cama com os pés em cima da mesma fazendo o dever de casa.
Wendy – Que demora em – o encarou friamente com o caderno em seu colo.
Natsu – Perdão, a Lucy me fez carregar um monte de sacolas para tudo que é lado – reclamou enquanto tirava a roupa de serviço – Hoje foi puxado – se jogou na cama – Estou cansado – fechou os olhos.
Wendy – Que tipo de homem você é? Fica reclamando por ter carregado apenas algumas sacolas – disse em tom de desaprovação.
Natsu – Mas eram muitas sacolas – choramingou
Wendy – Não importa, se você é homem se comporte como um – aumentou um pouco a voz.
Natsu – tá.
Passaram alguns minutos em silêncio até que o rosado voltou a se pronunciar.
Natsu – Advinha o que eu descobri – disse de olhos fechados.
Wendy – O que? – perguntou sem interesse nenhum.
Natsu – Acho que o Jude está arrumando um casamento de negócios para a Lucy – falou normalmente ainda deitado sem abrir os olhos devido ao cansaço.
Wendy – Hum, que bom – respondeu sem interesse continuando a fazer seu dever de casa.
Natsu abriu um olho – Por que “que bom”?
Wendy virou uma folha de seu caderno – Assim não tem o perigo de você se relacionar com ela – continuou a falar sem interesse.
Natsu abriu os dois olhos e ficou encarando a irmã por alguns segundos, então se pronunciou – Wendy – a fez voltar a atenção para ele – Por que você não admiti eu ter eu relacionamento com a Lucy? – a pequena ia falar mas foi interrompida – Eu sei que não é só por causa das nossas famílias, me diga o porquê! – a encarava sério
Wendy ficou alguns segundos em silencio, mas respondeu – Não tem o “porque”, o único problema mesmo são as nossas famílias – falou um pouco mais séria, olhando o vazio.
Natsu – Diferente de você, eu sei quando estas mentindo – se sentou na cama – me conte.
Wendy novamente voltou a ficar em silencio, então fechou o caderno e abaixou a cabeça.
Wendy – Você é igual a ele – murmurou.
Natsu – O que? – não ouviu o que a pequena havia dito.
Wendy – VOCÊ É IGUAL A ELE – gritou com lágrimas nos olhos.
Natsu se surpreendeu – Não, eu não sou – falou normalmente.
Wendy – Sim você é – começou a chorar – Tudo o que ele fazia, você também conseguia fazer – tentava conter as lágrimas – Vocês dois são idênticos.
Natsu ficou em silencio.
Wendy – Por isso eu sei, que se você conseguir uma namorada, que se uma mulher entrar na sua vida, você vai mudar – falava entre os soluços enquanto Natsu apenas a ouvia, deixava sua irmã desabafar – Você vai me esquecer, vai fazer tudo o que ela quer, não vai mais me escutar – continuava a chorar.
Natsu – Wendy – apenas pronunciou o nome da pequena enquanto seu rosto se entristecia. Wendy estava com as mãos no rosto enquanto chorava, Natsu então se pronunciou – Wendy, eu não vou te esquecer.
Wendy – VAI SIM – voltou a gritar.
Natsu se levantou e foi até a cama da irmã, assim que chegou perto da irmã a abraçou, Wendy apenas afundou o rosto em lágrimas no peito de seu irmão.
Natsu – Wendy, eu não sou igual a ele – falava calmamente – Não importa o que aconteça eu não te deixarei só, onde eu for você vai – parou por alguns segundos enquanto Wendy parava de chorar aos poucos – Não importa quem seja, mulher nenhuma vai me separar de você – apertou o abraço – Você é minha grande irmãzinha, a mulher número zero na minha vida – sorriu.
Wendy – Zero? – perguntou enquanto cessava o choro.
Natsu – Sim, você vem antes de qualquer coisa – Wendy sorriu e finalmente retribuiu o abraço do irmão.
Wendy – Nii-san, promete nunca me deixar só? – perguntou quando parou de chorar.
Natsu – Sim eu prometo – sorriu gentilmente.
(Batidas na porta)
Lucy abriu a porta e viu os dois abraçados – Está tudo bem? Ouvi os gritos e fiquei preocupada – perguntou com a cabeça entre o vão da porta.
Natsu – Está tudo bem sim – sorriu e fez com que a loira voltasse a seu quarto.
Natsu retirou o caderno de cima da cama e a arrumou para que a pequena pudesse dormir, Wendy já estava debaixo da coberta quando Natsu estava voltando para sua cama, mas o rosado sentiu seu braço sendo segurado, se virou e viu o olhar pidão de sua irmã.
Natsu – Só dessa vez em – fez com que Wendy sorrisse – Chega mais para o canto – mandou entrando debaixo das cobertas e então aconchegando Wendy em seu peito. Fez com que a pequena dormisse enquanto acariciava seus cabelos – Boa noite Wendy – sussurrou e então fechou os olhos, dormindo com Wendy em seu peito de modo protetor.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.