Após terminar de falar com Levy, Lucy pegou no sono, só acordando já de madrugada.
Lucy – Droga, dormi o dia inteiro... Não posso falar com a Levy que pego no sono – balbuciou enquanto coçava os olhos, abrindo um pequeno sorriso, mas ainda sonolenta se levantou – Já esta escuro... Que horas será isso? – se perguntou pegando o despertador – O que? Três da madrugada? Dormi de mais – pareceu pensar por alguns instantes, mas logo caminhou para fora do quarto –... Vou ver se tem algo pra comer, afinal de contas acabei nem jantando.
A loira já descia as escadas enquanto dava uma leve coçada em sua cabeça, foi quando percebeu que as luzes da cozinha permaneciam acesas – Ainda tem alguém acordado há essa hora? – se perguntou surpresa –... Ou será um ladrão? – murmurou e parou por alguns instantes, mas com um pouco mais de silêncio, Lucy voltou ao seu quarto e procurou algo para que pudesse bater no bandido. Procurou, mas não achou nada de muito útil, então pegou a primeira coisa que viu e voltou a descer as escadas passo a passo. Ao chegar perto da cozinha esperou atrás da parede, respirando profundamente –... É agora ou nunca – tomou coragem e saltou para dentro do cômodo – AHHHHHHH, parado! – surpreendeu o indivíduo que estava no local com seu grito, só então percebendo que quem estava ali não era ninguém mais ninguém menos do que o seu novo mordomo.
Lucy – Natsu? O que faz acordado uma hora dessas? – indagou e ainda surpresa pensou – Nem pra dormir ele muda esse visual? Não consigo nem ver os olhos dele desse jeito...
Natsu ainda surpreso demorou um pouco a responder -... Perdão Sra. Heartphilia, vim buscar algo para minha irmã comer – explicou – Ela estava muito cansada e acabou dormindo antes do jantar, acordando só agora – ao terminar de explicar o seu motivo, perguntou – E a senhora? O que faz aqui uma hora dessas gritando com um urso de pelúcia na mão?
Foi então que Lucy percebeu o que havia pegado no desespero – Que vergonha... – pensou, mas logo respondeu – Também dormi sem jantar, e quando estava vindo pegar algo pra comer vi as luzes acesas, então pensei que poderia ser um bandido – explicou meio corada devido à vergonha.
Natsu, não aguentando mais, começou a rir – E você queria derrotar o “bandido” com um urso de pelúcia?
Lucy abaixou a cabeça ainda mais envergonhada – C-Claro – levantou os olhos de novo – E-Esse urso é especial, poderia derrota-lo com poucos golpes.
Natsu riu daquilo – Claro, o bandido iria desmaiar depois de receber vários ataques fofos – fez a loira corar mais um pouco – Senhora, da próxima vez se achar que tem algum estranho em casa, me chame, lhe protegerei com a minha vida... Esse é um dos meus deveres como seu mordomo.
Lucy – E-Entendi... – murmurou ainda sem graça, sem saber o que dizer ao rosado.
Mas logo Wendy apareceu atrás de Lucy enquanto coçava os olhos – Nii-san, não conseguiu nada pra comer?
Natsu – Wendy, consegui sim – falou pegando uma vasilha que continha algumas guloseimas e frutas – Vamos subir!
Wendy – Sim – respondeu indo em direção às escadas.
Natsu – Boa noite senhora – falou passando pela loira.
Lucy – Bo... Boa noite – o respondeu parecendo não ter se recuperado ainda de toda a vergonha que havia passado.
Na manhã seguinte, com o sol já entrando pela janela de seu quarto, Lucy já havia levantado e se arrumado. A loira já tomava o café da manhã com seu pai, quando pode ouvir o mesmo indagar:
Jude – E então? O que achou do seu novo mordomo? – perguntou sem olhar a filha nos olhos, apenas direcionando sua atenção ao jornal em suas mãos.
Lucy – Irei avalia-lo ao decorrer da semana, mas ainda acho estranho ter alguém no meu pé o dia todo – falou terminando seu café – É como se eu perdesse minha liberdade, sei lá... – terminou de falar pegando o material e se direcionando a porta.
Jude – Bom minha filha, me diz o que achou dele então na semana que vem... Vai com Deus – se despediu enquanto Lucy saía de casa.
Natsu que estava tomando seu café na cozinha só conseguiu ouvir o bater da porta – Droga, vamos Wendy – a puxou, largando o resto do lanche na mesa.
Wendy – Espere Nii-san, nem terminei de comer meu lanche ainda – choramingou.
Natsu – Desculpe Wendy, é que a Sra. Lucy já saiu, e eu preciso acompanha-la... No recreio te compro um lanche pode ser? – abriu um sorriso sem graça ao tentar convencer a irmã.
Wendy – P-Pode – o respondeu enxugando as lágrimas.
Lucy ia andando calmamente pela calçada sem perceber a presença de dois indivíduos atrás dela, só percebeu quando, sem querer, Wendy soltou um espirro.
Lucy – Natsu, Wendy? – se surpreendeu.
Natsu – Bom dia Sra. Heartphilia – se curvou ao cumprimenta-la seriamente.
Lucy – Natsu, porque está me seguindo? – perguntou ainda surpresa.
Natsu – Pois sou seu mordomo, tenho que acompanha-la... Pelo menos foi o que Loke-san me disse – explicou em um tom sério.
Lucy – Mas isso é vergonhoso de mais... – comentou com suas bochechas levemente coradas.
Natsu – Entendo... Deve ser mesmo muito vergonhoso uma garota linda como a senhora ser vista com um nerd como eu – a respondeu com um pouco de tristeza em sua voz.
Lucy então corou ainda mais – É a primeira pessoa que diz que sou linda... – pensou e logo depois desfez o mal entendido – Não, não é isso o que eu quis dizer... Estou falando que é vergonhoso ser acompanhada por um empregado me “bajulando” o dia todo... Não gosto de parecer uma patricinha metida entende – o olhou meigamente.
Natsu –... Entendo, mas então como faremos na escola Sra. Heartphilia? – perguntou erguendo uma das sobrancelhas.
Lucy – Primeiro, pode me chamar de Lucy, é melhor... – falou ao erguer seu dedo indicador
Natsu – Entendido Sra. Lucy – a respondeu.
Lucy – Não, não, apenas Lucy – o corrigiu.
Natsu – Entendido Lu-Lucy... Mas e a relação empregado/patrão? – indagou um pouco confusa
Lucy então parou para pensar, mas nada veio a sua cabeça.
Wendy – Que tal fingirem que são apenas bons amigos e que se encontraram no caminho para a escola? – anunciou a pequena, que praticamente havia sido esquecida.
Lucy/Natsu – Porque não pensamos nisso antes? – olharam a menor com uma gota na cabeça.
Lucy – Sim, assim está bom – sorriu ao concordar.
Natsu – Então vamos – pegou na mão de Wendy e logo continuaram o caminho para o colégio.
Lucy – Natsu, Wendy estudará em nossa escola? – perguntou um pouco curiosa.
Natsu – Sim, arrumei a papelada de transferência dela ontem, e pedi ao diretor Makarov para que deixasse começar hoje mesmo – respondeu sem olhar para a loira.
Lucy – Entendi – depois disso o resto do caminho não trocaram uma única palavra – Droga, porque não consigo falar com ele?
Ao chegarem ao colégio não demorou muito e Natsu se separou de Lucy.
Natsu – Vou levar a Wendy na sala dela... Depois nos vemos na sala de aula – informou se afastando.
Lucy – Está certo! – meio que gritou já que o rosado já estava distante.
Lucy observava o rosado se distanciar, só então percebeu que Levy a olhava de longe com os olhos brilhando. A pequena se aproximou, e sem esconder quão empolgada estava, indagou:
Levy – Não vai me dizer que o seu mordomo é o Nat-. – foi interrompida rapidamente.
Lucy – Sim, é ele – corou um pouco ao ser direta em sua resposta – Levy, por favor, não conte a ninguém – a implorou.
Levy – Relaxa Lucy, seu segredinho está a salvo comigo – abriu um grande sorriso à amiga – Mas eu sou muito burra, como não percebi isso ontem? – se perguntava ainda fascinada – Para você ter ficado em silêncio quando te perguntei se era seu tipo, e ainda começar com Na... Não consigo acreditar! – soltou um pequeno grito de tão empolgada que estava.
Lucy – Levy fale mais baixo, por favor – Lucy corava cada vez mais ao perceber que as pessoas que passavam percebiam a reação de sua amiga.
Erza, que percebeu o estado da azulada, se aproximou das amigas – O que aconteceu? Para Levy estar tão animada logo cedo só pode ser coisa boa... O que aconteceu Levy? – perguntou curiosa.
Levy – A Lucy ganhou um mordomo... E advinha quem é esse mordomo? – falou toda animada.
Lucy – LEVY!!! – exclamou ao perceber que a amiga estava prestes a quebrar a promessa que fizera.
Erza – Quem, quem? – ficou ainda mais curiosa
Levy – O Natsu! – a pequena soltou outro gritinho, não conseguindo se conter, parecendo até mesmo brilhar de tão empolgada que estava.
Erza – Não acredito! – arregalou os olhos – Sério Lucy? – se virou para a loira ainda surpresa.
Lucy nada respondeu, apenas olhou para baixo com sua face tomada pelo rubor.
Erza riu daquilo – Estou louca pra ver no que isso vai dar.
Lucy – Por favor, meninas falem mais baixo, e Erza eu te imploro, não conte para ninguém – pegou as mãos da ruiva e a encarou.
Erza – Pode deixar Lucy, seu segredinho morre comigo – a respondeu parando a risada aos poucos.
Lucy – Não sei não, agora a pouco me disseram a mesma coisa, e não durou nem mesmo dois minutos essa promessa – pensou encarando a ruiva – Vamos logo pra sala, vocês estão me fazendo passar vergonha na frente da escola – falou corada, já puxando as duas amigas que não paravam de rir.
As meninas logo chegaram à sala, onde só faltavam elas, o rosado e o professor. Cada uma ocupou seu devido lugar, por Levy gostar de estudar a mesma sentava na frente, sendo acompanhada pelas outras duas. Lucy sentava na segunda carteira da segunda fileira, Erza sentava a sua direita na fileira encostada a parede, Cana ao lado esquerdo da loira na fileira do meio, Sting sentava atrás de Lucy e Levy na frente da mesma.
Lucy ao se sentar logo levou a cabeça em direção à mesa – Droga, no que foi que eu me meti? – se perguntava inconsolada. Foi quando levantou a cabeça e percebeu que certo rosado estava entrando na sala e a encarando. Logo em seguida Natsu foi até Cana.
Natsu – Cana-san, troque de lugar comigo, por favor. – pediu com um sorriso gentil em sua face.
Cana – Porque eu trocaria? – respondeu dando um gole em seu suco batizado, enquanto toda a sala os encarava.
Natsu – Pois como vê, tenho problemas de visão, e mesmo com esses óculos não vejo muito bem de lá do fundo – explicou calmamente
Gray que prestava atenção no pedido do rosado logo pensou - Caramba esse cara é tão cego assim? Coitado...
Cana pensou por alguns instantes, mas ainda assim não se sentiu convencida –... Não sei não em – respondeu com uma cara de quem pensava no que fazer.
Natsu – Ah – se abaixou e sussurrou no ouvido da morena – Sem falar que lá no fundo o professor não sentirá o cheiro de álcool em você e em sua bebida batizada, lhe deixando em paz...
Cana – Feito – sorriu ao concordar no mesmo instante, pegando os materiais e se mudando para a carteira do fundo.
Natsu então passou a ocupar o lado esquerdo da loira.
Lucy se virou para o rosado e então perguntou – Como foi que você a convenceu? É raro ela mudar de ideia...
Natsu – Se-gre-do – soltou um de seus belos sorrisos ao silabar.
A loira acabou por corar com aquilo – Que sorriso lindo... – pensou sem conseguir parar de encarar o rosado
Levy e Erza se controlavam para não rir, segurando ao máximo para não deixar nada escapar. Enquanto Sting apenas observava Lucy e Natsu.
O loiro então fechou a cara – Nerd maldito... Precisa aprender uma lição. – Sting já se levantava, mas foi quando o professor chegou.
Gildarts – Bom dia galerinha... E vamos começar mais um ano – sorriu animadamente.
Todos bufaram desanimados com aquilo.
Gildarts – O que é isso? Que povo mais desanimado... Ah Sr. Sting, sente-se, só se levante se tiver algo a falar – o encarou um pouco mais sério.
Sting apenas se sentou, e nada reclamou, mas continuou a encarar o rosado.
Após as primeiras aulas, o sinal do recreio tocou. Lucy, Levy, Erza, Gray, Sting e os outros foram para o refeitório, sentaram-se na mesma mesa, com Levy ao lado direito de Lucy e Erza ao lado esquerdo, Sting estava sentado a sua frente tomando seu suco em lata, enquanto Lucy comia um lanche qualquer. Erza se deliciava com o bolo de sempre e Levy apenas bebia um suco, o restante do grupo apenas conversavam e riam.
Natsu, que ainda não pertencia ao grupo, havia sido o ultimo a sair da sala, e procurava por Lucy pelo refeitório. Logo a avistou comendo apenas um lanche seco, então andou até a mesma e se aproximou de sua orelha, a fazendo tomar um susto.
Lucy – Na-Natsu... – pronunciou o nome do garota ainda surpresa.
Natsu sussurrou em seu ouvido – Lucy, gostaria de algo para beber?
A loira, ao sentir o hálito quente do rosado em seu ouvido, corou – N-Não obrigada.
Levy e Erza quase não se aguentavam, quase explodiam de tanta vontade de rir.
Natsu novamente sussurrou no ouvido de Lucy – Entendido, então se precisar de mim, estarei debaixo daquela árvore – apontou para uma árvore comum que ficava no pátio da escola.
A loira apenas acenou com a cabeça, vendo o rosado se retirar. Sting, que assistia a tudo, apertou a latinha com tanta força que a amassou, chamando a atenção de Erza e Levy. As duas perceberam a fúria no olhar de Sting e logo pensaram.
Levy/Erza – Isso não vai prestar.
Sting – Esse maldito nerd além de ter sido o obstáculo entre nós e o Rogue, agora também quer tomar minha loira de mim? Isso não vai ficar assim, ele precisa aprender o lugar dele – emanava uma aura maligna de Sting enquanto pensava – Preciso falar com Rogue e o novo amiguinho de sala dele, afinal teremos que ensinar a um nerd a não se meter onde não deve...
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