Após voltar a seu quarto, Natsu foi direto para o banheiro para tomar um banho. Já de baixo do chuveiro pensava.
Natsu – Sinto que nos esquecemos de algo muito importante... – suspirou deixando que a água caísse em seus ombros – Ai – sentiu o ombro arder, o olhou e viu as marcas dos dentes que Lucy havia deixado – Ela precisava me morder?
Logo saiu do banheiro, e em frente ao espelho viu as marcas dos chupões em seu pescoço.
Natsu – Vou ter que esconder isso amanha – abriu a gaveta e de lá retirou seu precioso cachecol – Irei lhe usar mais uma vez – sorriu.
Após algumas horas o rosado já dormia, nem desceu para jantar, naquele momento seus sonhos voltaram a lhe trazer lembranças do passado.
“Natsu – Nill, você não fica bravo por te chamarem de nerd? Diga algo a eles como eu – falou revoltado.
Nill – Por quê? Não é verdade? Eu sou um nerd e não tenho vergonha disso – suspirou – Quando me chamam assim, eu fico feliz... Então não se preocupe – sorriu.
Natsu – Feliz em ser insultado? – se sentou ao lado do amigo.
Nill – Eu diria mais que estou sendo elogiado – continuou sorrindo.
Natsu não entendia o que o amigo estava tentando lhe dizer.
Nill – Meu pai me disse uma coisa sobre nerds – se virou para Natsu – Quer ouvir?
Natsu apenas confirmou com a cabeça.
Nill – Ele disse o seguinte: O verdadeiro nerd é aquele que deve ser idolatrado ao invés de ser humilhado, pois em seus cabelos penteados se escondem a seriedade e a ordem, em seus óculos refletem o brilho da educação e do respeito, em sua cabeça está o que o mundo lá fora busca e em seu coração está um ser estável que não importa o momento, não perde o controle nem a calma em momento algum – disse com os olhos fechados e um sorriso bobo no rosto, ao abrir os olhos viu Natsu brilhando – Entendeu agora?
Natsu – Sim – seus olhos brilhavam de empolgação – Mas e aqueles que são considerados nerds, mas não usam óculos?
Nill – Bom, nesse caso seus olhos substituem os óculos – sorriu – Mas meu pai disse que esse seria o nerd perfeito... Há aqueles que sempre têm alguma das quatro partes faltando, que seria... – quis testar o rosado para ver se o mesmo havia prestado atenção.
Natsu – os cabelos da ordem, os óculos do respeito, a cabeça procurada pelo mundo e o coração de um ser estável e calmo.
Nill – É... Praticamente isso – sorriu.
Natsu – Por que não fazemos esse o nosso lema? – perguntou todo animado.
Nill – Por mim tudo bem – sorriu.”
Acordou lentamente, viu que o dia já estava claro.
Natsu – Droga, irei me atrasar – disse ainda sonolento enquanto coçava os olhos.
Arrumou-se normalmente como fazia todos os dias, teve apenas um pouco de dificuldade para vestir a camisa devido ao seu ferimento no ombro.
Natsu – Ainda dói... – fechou a cara ao sentir a dor – Agora o toque final – disse ao pegar o cachecol e por ao redor de seu pescoço.
Olhou como havia ficado.
Natsu – Caramba Natsu, você realmente não é desse mundo – pois a mão no queixo - Ser tão lindo assim não é coisa que um humano consiga – abriu um sorriso – Para aparecer um ser mais lindo só se um deus grego de verdade descer do Olimpo – fechou os olhos – Apesar de que não importa quem, seja Apolo, Eros, Adônis ou até o suicida do Narciso, nenhum deles se compara a mim – então se tocou – Estou falando sozinho de novo... Isso esta ficando pior a cada dia – suspirou, olhou para os lados e para porta, mas não viu ninguém – Pelo menos ninguém me viu – ficou mais aliviado, logo colocou seus óculos e penteou o cabelo – Cabelo da ordem e óculos do respeito – sussurrou em um tom muito baixo – Bom vamos lá – saiu do quarto com sua mochila já nas costas.
Ao chegar ao andar de baixo notou que Lucy já terminava de tomar seu café e que não daria tempo de tomar o seu.
Lucy – Vamos Natsu – o chamou já saído da mansão
Natsu apenas a seguiu em silêncio – Terei que comprar um lanche na escola – suspirou
Ao andar certa distancia Natsu percebeu que Lucy estava estranha, não sabia se a loira estava alegre ou triste.
Natsu se aproximou mais de Lucy – Está tudo bem deixar essas marcas visíveis? – perguntou normalmente.
Lucy encarou o rosado – Que marcas? – não havia entendido o rosado.
Natsu – As que, eu não sei como, seu pai não notou – apontou para o pescoço.
Lucy então se assustou e lembrou, havia esquecido o seu cachecol em casa.
Natsu suspirou – Bom, apesar de o dia estar frio, eu não o sinto mesmo – retirou o cachecol de seu pescoço e enrolou no da loira.
Lucy se surpreendeu – Natsu, ele não é especial para você? – perguntou surpresa.
Natsu – Bom estou apenas emprestado algo especial para alguém especial – desviou o olhar dando uma pequena corada.
Lucy nada disse, apenas abraçou o rosado – Mas e você? Como vai esconder as suas marcas?
Natsu retribuiu o abraço – Posso dizer que apanhei de novo – falou normalmente.
Após isso voltaram a andar normalmente para a escola, Lucy então reparou como o rosado estava carregando seu material.
Lucy – A mochila não esta pesada? – perguntou normalmente.
Natsu – Sim, está – respondeu no mesmo tom.
Lucy – Então por que esta carregando a mochila em apenas um ombro?
Natsu – Digamos que o motivo foi um ser selvagem ter quase arrancado um pedaço do meu ombro ontem – sorriu – e se eu por a alça da mochila em cima é capaz de eu não aguentar a dor – riu.
Lucy - Selvagem? – estreitou os olhos.
Natsu – Sim – se aproximou da orelha da loira – Afinal você é bem selvagem na cama – fez com que a loira corasse fortemente.
Lucy – I-Idiota.
Natsu – Vamos logo Lucy – passou a andar na frente – Se não vamos chegar atrasados – Lucy nada respondeu apenas seguiu o rosado.
Após alguns minutos os dois haviam chegado a frente ao portão.
Wendy – Bom dia Nii-san – o cumprimentou com um sorriso no rosto.
Natsu – Bom dia o caramba – apertou a cabeça da pequena.
Wendy – Ni-Nii-san, está doendo – disse tentando tirar as mãos do rosado de sua cabeça.
Natsu – Que história é essa de ir dormir na casa de outra pessoa sem me avisar? – continuou segurando a cabeça da pequena.
Wendy – Me desculpe? – forçou um sorriso.
Natsu - AHN? ? ? – fez com que a pequena fechasse os olhos, no mesmo momento Natsu afrouxou as mãos tornando o maltrato em um abraço carinhoso – Não faça mais isso.
Wendy – Sim – abriu um sorriso feliz – Vamos entrar logo.
Logo Lucy e Natsu chegaram à sala de aula, já estavam quase todos lá.
Natsu\Lucy – Bom dia – cumprimentaram juntos ao entrarem na sala.
Mirajane – Bom dia Lucy – sorriu.
Erza – Bom dia – disse já sentada em seu lugar.
Levy – Dia – cumprimentou sem encarar a loira, lia um livro no momento.
Meninos – Yo.
Luizy – Bom dia Natsu – levantou e ficou na frente do mesmo.
Natsu – Bom... Bom dia Luizy – forçou um sorriso e logo se sentou.
Gajeel – Yo Natsu – bateu a mão no ombro do rosado e apertou.
Natsu não teve tempo de reagir, a dor apertou, o rosado ficou pálido na hora e suou frio – Ga-Gajeel? Po-Pode soltar, por favor? – pediu com dificuldade.
Gajeel – Por quê? – apertou novamente com um sorriso no rosto.
Natsu bateu a cabeça fortemente na mesa – Só solta, por favor – sussurrou fazendo com que o primo soltasse.
Gajeel se abaixou próximo ao rosado que estava sentado – Natsu, por que a Lucy está com seu cachecol? – sussurrou. Natsu nada respondeu – E o que são essas marcas em seu pescoço? – perguntou com um sorriso malicioso no rosto.
Natsu – E-Eu apanhei de novo – evitou encarar o primo.
Gajeel – Sim, você apanhar... – não acreditou – De qualquer jeito, devo lhe dar meus parabéns? – continuou a sorrir e a sussurrar maliciosamente.
Natsu novamente nada respondeu, voltou a desviar o olhar e a dar uma leve corada.
Gajeel – SÉRIO? – se surpreendeu, chamando a atenção de toda a sala, estava apenas brincando com o primo.
Natsu - Ahn? Do que você esta falando? – ainda corado – Droga, não core, não core... Você não é o rei do disfarce e da mentira? Então não core...
Gajeel – Nada não – riu e voltou para o seu lugar.
Enquanto isso com as meninas.
Erza – O que foi Lucy? Você parece estranha... – disse normalmente.
Levy – Será que não é por causa desse cachecol? – disse subindo um pouco os olhos do livro.
Lucy apertou o cachecol com a mão direita o subindo até o nariz – Tem o cheiro dele.
Erza se levantou, e ao chegar perto da loira, deu uma pequena puxada no cachecol.
Erza – Hummmm – olhou maliciosamente para a loira.
Lucy – Q-Que foi? – perguntou um pouco corada.
Erza – O que são essas marcas Lucy? – sussurrou para a amiga.
Lucy – Eu tive uma discussão com meu pai ontem... – desviou os olhos.
Erza – ELE TE BATEU? – perguntou surpresa, chamando a atenção da sala.
Lucy – Claro que não – suspirou – Só tive uns probleminhas depois disso.
Levy – É por isso que você parece estar triste assim? – fechou o livro e encarou a loira.
Lucy apenas confirmou com a cabeça.
Erza – Estranho para mim você parece um pouco feliz – disse inclinando a cabeça.
Gildarts então entrou na sala, e logo atrás dele entrou o restante dos alunos.
Sting – Belo cachecol, pegou emprestado do nerd? – falou normalmente ao passar pela loira.
Lucy nada respondeu, apenas abaixou a cabeça, seus olhos voltaram a ficar sem nenhum brilho.
Levy – Agora que ele disse isso... – observou bem o cachecol – É o mesmo que o Natsu estava usando quando fomos ao cinema.
Erza – É o mesmo.
Gildarts – Sentados, preciso informar uma coisa – deixou as pastas em cima da mesa e foi para frente – Por algum motivo desconhecido não haverá mais divisão de salas.
Gray – Como assim professor?
Gildarts – Não existirá mais a sala 2-B po – voltou a ser interrompido.
Laxus – Por quê? Aconteceu alguma coisa?
Gildarts – Podem me deixar terminar de falar? – estreitou os olhos, mais nenhum barulho foi ouvido – Bom por causa do grande numero de transferências, a sala 2-B ficou com pouquíssimos alunos, por isso estaremos juntando as duas salas em uma só – suspirou – É isso.
Sting – Finalmente o Rogue vai vir pra cá – disse animado.
Gray – Até aquele tal de Orga? – se lembrou de que o mesmo não parava de mexer com Juvia.
Luizy – Ei Natsu – chamou o rosado – Você conhece alguém da outra sala?
Natsu – Digamos que sim – sorriu e se lembrou das discussões com Orga.
Gildarts – Pelo que andei ouvindo, essa sala vai mudar muito – suspirou – Por isso aproveitem hoje, pois amanhã as salas já estarão juntas.
As primeiras aulas passaram rapidamente, logo o recreio chegou. Como de costume todos se reuniram na mesma mesa de sempre, dessa vez até Luizy se juntou.
Até o momento só as meninas haviam chegado.
Luizy, Erza, Juvia e Lissana estavam sentadas de um lado, enquanto do outro estavam Lucy, Levy, Mirajane, Cana e Wendy.
Luizy – Lucy-san – a chamou.
Lucy apenas olhou para a colega.
Luizy – Por que você esta usando o cachecol do Natsu? – perguntou normalmente.
Lissana – Só agora que reparei, mas é mesmo o cachecol do Natsu.
Mirajane – Quase que não percebo.
Cana – Hummmm.
Wendy suspirou – Não vai adiantar nada falar com ele, para ele ter emprestado algo tão importante... – fechou os olhos – Já consigo até imaginar o que esses dois têm... – encarou a loira por alguns instantes – Mas ela não é má pessoa, sem falar que o Nii-san prometeu não mudar...
Lucy – Ele apenas me emprestou, pois eu estava com frio – mentiu.
Luizy – Que estranho, pois ele não deixava ninguém tocar nisso antigamente – estreitou os olhos – Ele dizia que era muito importante para ele.
Lucy – Sério? – perguntou entediada.
Luizy – Mas o que mais me incomoda é você estar usando algo que é de meu namorado – disse um pouco enciumada.
Lucy – Seu namorado? – segurou a risada.
Natsu – Yo – chegou e se sentou ao lado de Luizy, ficando de frente para Lucy.
Logo os outros foram chegando, mas ao invés de se sentarem, formaram uma fila atrás de Natsu.
Gray – Parabéns – bateu no ombro do rosado.
Laxus – Parabéns – bateu no mesmo lugar.
Jellal – Parabéns – bateu.
Sting – Parabéns – bateu.
Gajeel – Parabéns de novo primo – bateu.
Elfman – PARABÉNS – bateu com mais força.
Logo todos se sentaram em seus devidos lugares.
Erza – P-Por que fizeram isso? – perguntou sem entender nada.
Jellal – Gajeel apenas nos disse para fazer isso, mas não disse o motivo – respondeu normalmente – Por acaso é seu aniversário Natsu? – encarou o rosado - Natsu? – viu que o rosado estava pálido e com os olhos sem brilho, o rosado olhava para baixo.
Natsu – Isso dói.
Gray – Natsu você esta bem? – perguntou preocupado.
Natsu – Isso dói – não ouvia as pessoas falarem com ele.
Laxus – Ei Natsu...
Natsu – Dói muito...
Sting – Oi, oi, nerd, o que foi agora? – apesar de tudo também estava meio preocupado.
Natsu – Por que dói tanto? Não foi apenas uma mordida? – cerrou os dentes.
Levy – Leve ele pra enfermaria – ordenou preocupada.
Natsu – T-Tudo bem – forçou um sorriso enquanto suava frio – E-Eu posso ir sozinho – tentou se levantar, mas acabou sentindo fraqueza, mas antes de cair fechou os olhos e se segurou em algo.
Natsu – Macio – abriu os olhos lentamente e viu que Luizy estava corada, desceu os olhos e viu que segurava o seio da menina – Uahhh – corou – D-Desculpa – soltou e se levantou, mas sentiu o ombro – Aii – abaixou o braço – Com licença – forçou uma risada, mas antes que saísse olhou para Lucy, que estava estranhamente calma.
Lucy – Espera, eu vou com você – se levantou e seguiu o rosado.
Natsu – Perdão? – forçou outra risada após o sussurro.
Após sumirem das vistas do grupo, Natsu voltou a falar.
Natsu – Está brava? – perguntou normalmente.
Lucy olhou para o rosto de Natsu, viu que o mesmo ainda estava pálido e suava frio.
Natsu – Ahn?
Lucy – Está tudo bem – desviou o olhar – Afinal a culpa foi minha.
Logo chegaram à enfermaria.
Natsu – Com licença – entrou no local.
Enfermeira – Hooo, você de novo.
Natsu – Eu estou com muita dor no ombro, poderia olha-lo, por favor – abriu um sorriso amarelo.
Enfermeira – Deite-se – apontou para a cama, assim que Natsu se deitou Lucy entrou no local – Pois não? Não esta se sentindo bem também?
Lucy – Ah não, eu só vim ver com ele está – sorriu.
Enfermeira – Ok – voltou à atenção para o rosado – Retire a camisa e me mostre seu ombro – logo Natsu retirou a camisa, e mostrou o ombro com um pequeno curativo mal feito.
Enfermeira – Você entrou em uma briga foi? – retirou o curativo lentamente, então pode ver o local inchando e as marcas dos dentes – Mordida de animal?
Natsu – Só pra você ver – sorriu.
A Enfermeira então olhou para trás – Na verdade isso parece outra coisa – começou a limpar o ferimento.
Natsu – Ahn?
Enfermeira – Esses avermelhados no seu pescoço e um pouco acima do peito, e essa mordida apenas no ponto mais alto do ombro – abriu um sorriso malicioso – Noite selvagem?
Natsu – Selvagem apenas na parte da mordida – suspirou e então percebeu o que havia dito – Q-Quer dizer, é claro que não – forçou outra risada – E-Eu estava deitado no chão e um cachorro me mordeu foi isso hehehe.
Lucy nada disse, apenas inflou as bochechas e corou.
Enfermeira – Entendo... – não acreditou.
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