Enquanto a loira ainda se perguntava a onde o rosado poderia ter ido, o mesmo ainda corria para longe da mansão.
Wendy – Nii-san... – sussurrou ainda no colo do rosado.
Natsu – Ah... Finalmente voltou a realidade – disse já cansado de tanto correr.
Wendy apertou a camisa do rosado e logo depois enterrou a cabeça na mesma.
Natsu – Você não disse que não era mais criança? Então não chore – falou calmamente parando em frente à escola.
Wendy continuava com a cabeça enterrada no peito do rosado quando o mesmo entrou no edifício. O portão estava apenas encostado, enquanto a escola estava aberta.
Natsu – Em plenas férias a escola ainda está aberta? – pensou – Não importa... – correu para os fundos do local. Entrou em uma das salas, que tinha a metade do tamanho de uma sala de aula e que estava cheia de mesas, cadeiras e equipamentos velhos e quebrados.
Ao entrar, rapidamente encontrou um pequeno canto e lá se escondeu. Com a pequena ainda em seus braços, apenas a abraçou.
Natsu – Vai ficar tudo bem – sussurrou para a irmã. Olhou para cima e viu uma pequena janela, olhou pela mesma e viu que o sol ainda brilhava fortemente – Teremos que ficar aqui até escurecer, só então poderemos continuar... Mas para onde vamos? – suspirou e então se lembrou de que a chave do antigo e pequeno apartamento que morou, antes de ir trabalhar para os Heartphilia, estava guardada em sua carteira – É para lá que iremos – pensou ao ver a pequena dormir em seu colo.
Encostou a cabeça na parede – Droga, estou ficando sonolento por causa do cansaço – lentamente fechou os olhos e dormiu.
Enquanto isso a loira voltava ao seu quarto – Ele podia ter me falado que aquele que era o pai dele – sussurrava reclamando para si mesma – Se ele tivesse falado eu teria ido com ele... – fez um bico e entrou em seu quarto.
Rapidamente se trocou para sua roupa habitual, saiu do quarto e foi para o do rosado. Ao chegar ao mesmo viu que Natsu apenas havia levado sua carteira e seu celular.
Lucy – Apenas com isso ele não ira muito longe – pensou ao voltar a sair do quarto – Vou procurar aqui por perto – suspirou e saiu da mansão.
Procurou por cada canto, por cada buraco na vizinhança, se pendurou nos muros para ver se o mesmo estava escondido nas casas ali perto, mas nada de acha-lo. – Droga, como uma pessoa pode ir tão longe em tão pouco tempo – resmungou para si mesma. Olhou para baixo e viu que suas mãos estavam dando leves tremidas – Por que estou tremendo? – se perguntou com a voz baixa – Mesmo que ele tenha ido longe, ele vai voltar... Não é? – logo pegou suas próprias mãos e as segurou, as esfregando logo depois – Continuar a procura-lo, uma hora eu vou acha-lo – se distanciou da vizinhança, perguntando aos pedestres e procurando entre os becos, mas nada de acha-lo. Tentou ligar para o mesmo, mas apenas chamava e ninguém atendia devido o celular do mesmo estar no silencioso.
Após algumas horas, bateu um forte desanimo na loira – Onde ele se meteu? – pensava enquanto da calçada encarava o meio da rua – Talvez ele já tenha voltado para casa – abriu um pequeno sorriso de esperança e se direcionou rapidamente de volta para a mansão, mas o mesmo sumiu ao perceber que o rosado não estava lá. Subiu rapidamente para o quarto trancando o mesmo.
Lucy – Só me resta uma opção – pegou o telefone e discou, após alguns segundos chamando, atendeu.
Lucy – Preciso de um favor seu – abriu um pequeno sorriso.
Com o sol já sumindo no horizonte, o rosado despertou.
Natsu – Dormi de mais – falou baixo para não acordar a pequena. Tirou Wendy de seu colo com cuidado e junto tirou o paletó que usava para trabalhar, o forrou no chão e deitou a irmã em cima sem acorda-la. A pressa para sair da mansão foi tanta que havia esquecido até mesmo de pegar seus óculos – Agora vamos ver se não tem ninguém que possa nos ver – abriu a porta lentamente e olhou para os lados, como não viu ninguém, saiu e fechou a mesma tranquilamente. Andou pela escola, e não viu ninguém – Já devém ter ido embora, afinal já está quase de noite – suspirou e quando pensou em voltar para onde Wendy estava, ouviu uma conversa distante. Para ouvir melhor se aproximou do local e viu o diretor parado no corredor olhando fixamente para alguém, que Natsu não conseguia ver, o mesmo se escondeu debaixo das escadas e começou a ouvir a conversa.
Makarov – O que o senhor gostaria? Para vir uma hora dessas em nossa escola... – falou calmamente.
Igneel – Quero informações sobre uma pessoa que provavelmente esteja estudando aqui – falou calmamente.
Natsu ao ouvir a voz de seu pai recuou – O que ele está fazendo aqui? – pensou com os nervos a flor da pele – Ele por acaso tem um rastreador para filhos que fogem? – voltou a ouvir a conversa.
Makarov – E quem seria essa pessoa? – continuou falando normalmente.
Igneel – Natsu Dragneel e Wendy Dragneel – falou sério.
Makarov – Hum... Dragneel... – pensou por um instante – Não me lembro de nenhum Dragneel em nossa escola, mas posso conferir em nosso banco de dados.
Igneel – Eu ficaria muito agradecido se o senhor fizesse isso – falou com um sorriso de canto no rosto.
Makarov – Natsu, Wendy... – pensou – Será? – então ao se virar para se direcionar para a secretaria, em um pequeno passar de olhos percebeu o rosado debaixo das escadas, logo arregalou os olhos. Mas no mesmo instante viu o rapaz balançar a cabeça negativamente e com um olhar de suplica. Logo o pequeno diretor continuou a andar em direção a secretaria sendo seguido por Igneel.
Natsu pode ver o olhar sério no rosto de seu pai, mas logo se tocou – Cadê seus seguranças? – foi então que sua ficha caiu – Droga – percebeu que naquele mesmo instante os seguranças de seu pai poderiam estar a procurar os dois pelo edifício.
Voltou rapidamente para a sala onde havia deixado sua irmã, mas ao chegar ao local percebeu que a mesma não estava mais lá, nem Wendy, nem seu paletó.
Natsu gelou e empalideceu – Cadê? – sussurrou, mas não demorou muito e o mesmo se direcionou para o portão, sorrateiramente se aproximou do carro.
Segurança 1 – Achou algum deles? – falou pelo rádio.
Segurança 2 – Não – foi o que deu para ouvir através do radio do Segurança 1.
Natsu – Ela não está com eles – suspirou – Então... Aquela idiota – se enfureceu e sem os seguranças perceber voltou para dentro do edifício.
Makarov – Hum, como pensei, não tenho nenhum dado deles em nosso sistema – mexeu em seu bigode e olhou para o canto, tick que tinha ao mentir.
Igneel – Entendo – suspirou, parou e ouviu algo bem ao fundo – O senhor está ouvindo algo? – fez o local ficar em silencio.
Makarov – Não nada – voltou a mexer em seu bigode e a olhar para o canto – Aquele idiota...
Igneel – Esse som... “san... II-san” – pensou por poucos segundos – Onde já ouvi isso? – foi então que percebeu, sem pensar duas vezes correu em direção ao som, no meio dos corredores escuros.
“Nii-san... Nii-san” o som ficava mais forte ao se aproximar.
Igneel – É ela, tenho certeza que é ela – correu mais rápido.
Enquanto isso a pequena andava pelos corredores em busca do irmão.
Wendy – Onde ele está? – suspirou e coçou os olhos enquanto arrastava o paletó do mesmo – Nii-san... Nii-san – chamava pelo mesmo – Nii – não conseguiu terminar, teve sua boca tampada por uma mão.
? ? ? – Finalmente te achei – a pequena não conseguiu ver quem era, foi então que a pequena gelou, foi arrastada para o escuro
Então a pequena sentiu a mão sair de sua boca e descer para seu pescoço, lhe abraçando carinhosamente, logo pode sentir um beijo no topo de sua cabeça. Foi então que Wendy viu que era seu irmão quem estava a segurando.
Natsu – O que pensa que esta fazendo? – perguntou preocupado – Por que saiu de lá?
Wendy – Eu não sabia onde você tinha ido, por isso vim te procurar – falou já mais calma – Onde você foi? Por que estamos na esc – voltou a ser interrompida pela mão do rosado, que devido ao som dos passos, foi obrigado a calar a pequena novamente. Mas dessa vez não tirou a mão, puxou a pequena ainda mais para o escuro para que pudessem se esconder.
Igneel – Parou... – falou com a respiração pesada, colocando as mãos sobre os joelhos – Onde está? – falou ainda com esperanças de voltar a ouvir.
Makarov – Acho que o senhor está ouvindo coisas – apareceu logo depois.
Igneel – Eu podia ter certeza que eles estavam aqui – abaixou a cabeça ainda se apoiando em seus joelhos, tirou o celular do bolso e ligou para um dos seguranças – Encontraram alguma coisa? – desanimou ao ouvir a resposta negativa de seus seguranças.
Igneel suspirou e agradeceu a Makarov, logo depois saiu da escola.
Natsu – Droga como ele tem nos achado – olhou para a pequena e viu que a mesma estava usando uma pulseira cheia de pedrinhas e com uma correntinha dourada em volta da mesma – Wendy faz quanto tempo que você está usando isso? – apontou para a pulseira.
Wendy olhou para a mesma e respondeu – Uns quatro dias – abriu um sorriso de canto.
Natsu – Deixe-me ver – pediu ainda no escuro, Wendy, sem recusar, tirou a mesma do braço e passou para o irmão.
Natsu colocou a pulseira perto do ouvido e então pode ouvir o bipe bem baixinho – Droga é por isso – jogou no chão, e rapidamente levantou o pé para pisar na mesma.
Wendy – NÃO – gritou com o irmão, abraçando o mesmo impedindo que o mesmo pisasse em sua joia.
Natsu – O-O que foi? – se assustou com a mesma.
Wendy – Não faz isso – falou séria – Essa pulseira é importante para mim.
Natsu – Eu te dou outra depois – se irritou – Precisamos nos livrar disso.
Wendy – NÃO – voltou a gritar – Não podemos – afundou o rosto no irmão.
Natsu – Por quê? – já estava impaciente.
Wendy – Porque... Foi a mamãe que deu – fez o rosado se surpreender – É uma lembrança da mamãe.
Natsu se acalmou – Velho maldito – abraçou a irmã, que se aliviou pelo irmão ter entendido – Me desculpe Wendy – não deu tempo nem da pequena pensar, o rosado rapidamente pisou com grande força na pulseira, quebrando a maioria das pedrinhas e as espalhando por todo o chão.
Wendy no mesmo momento ficou com os olhos opacos e com o rosto sem nenhuma expressão, a única coisa que tinha de recordação de sua mãe havia acabado de ser destruída, pelo próprio irmão.
Natsu se separou da pequena e olhou para os lados para ver se não tinha mais ninguém no local, enquanto a pequena olhava para o chão, para os pequenos brilhos que as pedrinhas e a correntinha refletiam.
Natsu – Vamos embora – pegou o paletó.
Wendy não saiu do lugar, caiu de joelhos e começou a pegar as pedrinhas quebradas e a correntinha despedaça.
Natsu então pegou a mesma e a jogou por cima do ombro, a carregando rapidamente para fora do prédio.
Wendy – Espere Nii-san, minha pulseira... A pulseira da mamãe ficou pra trás – sussurrou com uma voz sem vida.
Natsu para evitar mais dor, resolveu ignorar a pequena. Rapidamente se dirigiu em direção ao seu pequeno e antigo apartamento.
Já na mansão.
Lucy – Estou saindo – informou já indo em direção à porta.
Jude – A onde você vai à uma hora dessas? – perguntou preocupado.
Lucy – Na casa de uma amiga – sorriu e logo depois saiu.
Após um tempo a loira chegou a frente a uma casa comum.
(batidas na porta)
Logo a porta foi aberta.
Levy – Yo – sorriu – Vai mesmo fazer isso Lu-chan? – perguntou animada.
Lucy – Sim – sorriu e entrou na casa da amiga
Rapidamente as duas foram até o quarto da azulada.
Lucy se sentou na cama da amiga enquanto Levy se sentou de frente para seu computador, que mais parecia um computador avançado usado pela NASA.
Lucy – Me pergunto como você conseguiu esse computador... – suspirou.
Levy – Não importa – falou ainda animada, digitando rapidamente no computador – Agora vamos fazer aquilo que você me pediu.
Após alguns minutos a pequena chamou à loira.
Levy – Me fale o numero – falou normalmente.
Lucy – Como você conseguiu... – estava surpresa.
Levy – Apenas invadi o sistema do governo – suspirou – Nada muito difícil, mas se você demorar para passar o numero, ai sim vai ficar difícil – falou impaciente.
Lucy então passou o numero do celular do rosado.
Levy – Agora vamos rastreá-lo – sorriu – Vamos ver onde ele se meteu.
Já distante da escola o carro de Igneel rodava pela cidade.
Igneel – O sinal sumiu – suspirou – Às vezes eu me odeio por ter gerado um filho inteligente.
Os seguranças ficaram em silencio.
Igneel – Agora ficara mais difícil de acha-lo, apesar do rastreador não indicar o ponto exato de onde eles estavam... Já era uma ajuda – falou sério – Se daqui dois dias eu não acha-los, vamos para a próxima cidade, afinal há uma chance que ele vá sair da cidade.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.