História Ele é MEU mordomo - O Porque De Ama-la

No outro dia, já de manhã, Lucy esperava por Wendy e Natsu em frente à porta da mansão para que fossem juntos a escola.

Logo a loira viu apenas a pequena passar pela porta.

Wendy – Ele falou para irmos à frente, ele está procurando pelo cachecol e se arrumando – suspirou e seguiu em frente com a loira.

Andaram por alguns minutos em silêncio, até Wendy quebrar o mesmo.

Wendy – Você está bem? – perguntou calmamente enquanto andavam, sem encarar a loira.

Lucy – Ahn? – encarou Wendy, sem entender a mesma.

Wendy – Nii-san está diferente, algo que não é normal, então queria saber se você esta bem... – falou normalmente.

Lucy suspirou – Sim, eu estou bem – voltou a olhar para frente – Só um pouco confusa... – sussurrou.

Voltaram a ficar em silêncio por um tempo.

Lucy – Mas por que o Natsu está procurando o cachecol? Ele não é de usa-lo... – perguntou normalmente.

Wendy – Ele usava em ocasiões especiais apenas... Mas agora que ele não precisa mais ficar usando aqueles óculos e aquele penteado ridículo, ele vai voltar a usa-lo diariamente – respondeu calmamente.

Lucy – Então... Ele deixara de ser um nerd? – perguntou calmamente.

Wendy – Hummm, pode se dizer que sim, mas também pode se dizer que não... – continuavam a caminhar calmamente.

Lucy – Como assim? – não entendeu.

Wendy – Não é apenas o visual que define uma pessoa nerd... – explicou – Pense, uma pessoa que usa óculos e aquele penteado estranho, mas mesmo assim não é uma pessoa inteligente... Ele não pode ser considerado um nerd – fez a loira ficar atenta – Em minha opinião, claro.

Lucy – Entendo – sorriu – Então ele vai ser sempre meu querido nerd – se tocou no que havia pensado – No que eu estou pensando... – voltou a ficar séria – Eu já nem sei se ele é mesmo meu... – deu uma entristecida.

Logo as duas chegaram à escola, indo cada uma para a sua sala.

Lucy – Bom dia – cumprimentou normalmente ao chegar à sala de aula e logo se sentou em seu lugar, abaixando a cabeça e fechando os olhos.

Levy – O que aconteceu? – se aproximou da mesa da amiga.

Erza – Está passando mal? – se sentou na cadeira a frente da mesa de Lucy.

Lucy – Eu briguei – murmurou.

Erza/Levy – Ahn? – não ouviram.

Lucy – Eu briguei – falou mais alto sem levantar a cabeça.

Levy – Com a Luizy? – perguntou curiosa arrastando uma cadeira para o lado da amiga.

Erza – Aposto que foi com uma daquelas galinhas que estavam dando em cima do Natsu ontem – disse também animada.

Lucy – Errado... Eu briguei com o Natsu – falou chateada ainda com a cabeça abaixada.

Fez as duas amigas suspirar.

Erza – Eu deveria ter desconfiado – falou um pouco mais calma.

Levy – Sim – concordou com a ruiva.

Lucy – Mas veja bem, primeiro ele se deixa ser fotografado, meu pai quase descobriu tudo por causa disso, depois ele fica rodeado de garotas e ainda deixa a Luizy... – pronunciou o nome da garota com nojo – Ficar se esfregando nele e dizer que era namorada dele... E depois me vem dizer que deveria ter dito que não tinha namorada, assim ficaria rodeado por peitos – concluiu.

Levy – E o que foi que você fez? – perguntou calmamente.

Lucy – Disse coisas que não deveriam ser ditas, acertei um tapa em seu rosto e ainda o fiz... Chorar – pareceu querer desabar em lágrimas naquele momento ao sentir o forte aperto em seu peito.

Erza apenas suspirou.

Lucy – Quem vocês acham que estava errado? – perguntou como se tivesse a razão.

Erza/Levy – Você – responderam secas.

Lucy nem levantou a cabeça, afinal no fundo sabia que estava errada.

Levy – Ele fingiu gostar de homem, até mesmo... – corou de vergonha e um pouco de inveja – A-Alisou o ab-abdômen do Gajeel.

Erza – Ele esperou uma resposta sua, mas você o ignorou – suspirou – A única opção foi deixar a Luizy fazer o que fez.

Lucy nada disse, apenas ficou em silêncio, até ouvir.

Luizy – Bom dia – cumprimentou a todos alegremente enquanto andava até sua mesa, se sentando na mesma.

Logo a raiva se alastrou pelo corpo da loira, cada fio de cabelo de Lucy queria poder voar na garganta da colega de classe, mas mesmo assim não se atrevia a levantar a cabeça. Isso até ouvir gritinhos e murmúrios e por fim, aquela voz que tanto conhecia e que tanto amava a fazendo se acalmar e se entristecer.

Natsu – Bom dia – cumprimentou os amigos e sorriu.

Levy/Erza – Bom dia – cumprimentaram ao ver o rosado se sentar em sua mesa, ao lado da loira.

Luizy – Bom dia Natsu – sorriu gentilmente cumprimentando o rosado.

Natsu – Bom dia – se virou para a mesma e sorriu, voltando a olhar para frente e começando a brincar com os dedos, parecendo estar ansioso. Logo abaixou a cabeça que nem a loira.

Gildarts – Em seus lugares... – chegou à sala, fazendo com que todos se sentassem em suas devidas mesas.

Após alguns segundos, sem levantar a cabeça, Lucy apenas virou a mesma para o lado do rosado, o encarando e vendo que o mesmo já a encarava há algum tempo com a cabeça deitada na mesa.

Ficaram alguns segundos se encarando, até a loira dar uma pequena desviada de olhar e mostrar uma face triste, mas logo pode ver que o rosado tinha um rosto calmo e um sorriso gentil para a mesma, fazendo Lucy se surpreender e voltar a sentir um aperto no peito, enchendo os olhos de lágrimas, mas sem deixar nenhuma cair.

Natsu então levantou a cabeça, prestando atenção na aula, enquanto a loira ainda continuava com a cabeça abaixada, deitada na mesa.

As primeiras aulas passaram rapidamente, chegando a hora do recreio.

Após alguns minutos Natsu percebeu estar sozinho na sala, andou até a porta e viu que os corredores também estavam vazios.

Natsu – Acho melhor ir a um lugar diferente hoje – sussurrou e foi em direção contrária onde sempre se sentava junto a seus amigos, subiu alguns lances de escadas e então abriu a porta do terraço.

Natsu – O que você está fazendo aqui? – perguntou surpreso achando que seria o único no local.

Nesse mesmo momento, Lucy e os outros lanchavam como sempre, no mesmo local.

Gray – Natsu foi dormir debaixo da árvore hoje de novo? – perguntou calmamente ao ver que o rosado não havia chegado.

Juvia – Não é o que parece... – viu que Natsu não estava debaixo da árvore.

Gajeel – Ele foi para um lugar vazio – falou normalmente enquanto tomava seu suco.

Laxus – E pra que? – não entendeu.

Erza – Se ele viesse para cá, as meninas não o deixaria respirar – explicou.

Levy – Sem falar que nos incomodaria também – concluiu.

Jellal – Não vendo ele aqui... – apontou para algumas garotas indo em direção as salas de aula – Elas iriam procura-lo na sala de aula, então ele foi se “esconder” em um lugar vazio.

A loira nada dizia, apenas continuava a comer com Wendy a sua frente no mesmo estado.

Logo Lucy terminou de comer e se levantou, andando em direção as salas de aula, fazendo com que os outros a encarassem sem dizer nada.

Levy, Wendy e Erza apenas suspiraram e abriram um sorriso de canto.

Já no terraço, Natsu encarava a pessoa que já estava lá.

Natsu – O que está fazendo aqui? – perguntou surpreso.

Luizy – Yo – sorriu enquanto comia seu bentô sentada no meio do local.

Natsu se aproximou – O que está fazendo aqui sozinha? – se sentou de frente para a mesma.

Luizy – Almoçando – respondeu normalmente – E você? O que veio fazer aqui? – perguntou curiosa enquanto comia.

Natsu – Me livrar de problemas – sorriu e logo depois suspirou – Pensei que estivesse com suas amigas...

Luizy – Não tenho amigas – surpreendeu o rosado – Não mais... Por algum motivo todas começaram a me ignorar e a me olhar de canto quando eu disse que era sua namorada – suspirou.

Natsu –... Perdão – abaixou a cabeça se sentindo culpado.

Luizy – Tudo bem – sorriu – Elas nunca foram amigas de verdade mesmo – suspirou – Só para você ter ideia, eu estive comendo sozinha aqui em cima todo esse tempo – falou normalmente.

Natsu – Estou com pena – falou com lágrimas nos olhos.

Luizy – Não sinta! – falou um pouco revoltada e logo depois suspirou – Talvez isso seja alguma punição por ter feito aquilo com você quando éramos mais jovens – abriu um sorriso triste.

Natsu apenas ficou em silêncio.

Nesse meio tempo, Lucy ouvia a conversa atrás da porta.

Luizy – Será que não há nada que eu possa fazer para me redimir sobre aquilo? – perguntou gentilmente.

Natsu – Deixa eu pensar... – colocou a mão no queixo – Talvez se você tirar a roupa aqui na minha frente eu possa te perdoar... – sorriu fazendo a garota corar fortemente e Lucy atrás da porta se corroer de raiva – Estou brincando... Não precisa ficar assim – riu.

Luizy – S-Se eu fizer isso você v-vai me perdoar? – perguntou ainda corada.

Natsu – Eu só estava brincando – suspirou fazendo Luizy voltar ao normal aos poucos, já Lucy ainda se mordia de raiva – Eu não me importo com o que aconteceu no passado – sorriu.

Lucy – Do que eles estão falando? Que passado é esse? – pensava curiosa.

Luizy – E pensar que eu já fui sua namorada – suspirou colocando o bentô ao seu lado.

Lucy – Então, eles eram mesmo namorados? – travou – Eu não sou a primeira... Mas ele disse que eu era a primeira... – mordeu o lábio inferior já prestes a abrir a porta para falar com o rosado.

Natsu – Eu nem sei se devemos considerar aquilo como um namoro – suspirou ainda sentado de frente para a garota – Nós nunca nos beijamos e nem nada demais – voltou a suspirar – No máximo demos um abraço – falou calmamente, surpreendendo à loira.

Lucy – Então ele não mentiu – voltou a se acalmar e evitando a abrir a porta.

Lucy encostou as costas na porta e deslizou até o chão, se sentando no mesmo e voltando a ouvir a conversa.

Luizy – Isso porque na época eu era uma vadia de verdade – sorriu tristemente surpreendendo Natsu e Lucy.

Lucy – Ela tem consciência disso...

Natsu – Sem querer ser chato, mas... Você está me dizendo que mudou? – perguntou um pouco irônico.

Luizy – Bom, não estou saindo com outro cara enquanto estou tentando te reconquistar – sorriu.

Natsu – É, isso é um grande avanço – falou normalmente – Mas e aquilo de minha família ser falida e tudo mais?

Luizy – Não me importo mais com isso – sorriu.

Natsu – Mesmo assim... Ainda não entendo – falou calmamente – O que faria você voltar a dar em cima daquele nerd que você nem dava bola?

Luizy – Bom... – olhou gentilmente para Natsu – Aquele nerd foi o único que me amou de verdade – sorriu gentilmente – O único que me queria bem não importava o que acontecesse.

Natsu deu uma leve corada – Q-Qualquer um faria isso pela pessoa que ama – desviou o olhar envergonhado.

Lucy se chocou com tais palavras – Então apesar de tudo ele ainda a ama? – não quis acreditar em tais palavras.

Luizy – Se você falar assim vou acabar achando que você ainda gosta de mim... – falou normalmente, voltando a ficar séria.

Natsu – Me desculpe, não foi essa a minha intenção – falou calmamente – Afinal, se eu dissesse que te amo, eu estaria mentindo – falou sério, decepcionando a garota a sua frente.

Lucy – Droga... Desse jeito meu coração não vai aguentar – suspirou aliviada – Essa montanha russa de tristeza, alivio e alegria.

Luizy – E se eu te fizesse me amar... Aqui e agora? – perguntou com um olhar malicioso.

Natsu riu – Isso seria impossível – surpreendeu Luizy.

Luizy – Por quê? – não entendeu.

Natsu – Eu já amo uma garota – sorriu feliz, Luizy nada disse – E não importa o que aconteça, meus sorrisos, meu corpo, meu coração... Minha vida, tudo pertence a ela – sorriu.

Lucy corou fortemente e abriu um sorriso involuntário ao ouvir aquilo.

Luizy suspirou – Garota de sorte – sussurrou – Mas e se ela terminasse com você? Te mandasse ficar longe dela? – perguntou ainda com esperanças.

Natsu – Eu não responderia nada – falou calmamente – Mas no meio da noite, eu invadiria seu quarto e a faria perceber o erro que cometeu, a tornando minha novamente – sorriu maliciosamente.

Luizy deu uma leve corada enquanto a loira, do outro lado da porta, estava completamente corada.

Lucy – Idiota – o sorriso não saia de seu rosto.

Natsu suspirou – Mas sabe, ela me tira do sério – bufou – Ela não é nada inteligente, é cabeça dura, muito ciumenta, assustadora, bipolar, ciumenta, muito pervertida, ciumenta e também...

Lucy voltou a se corroer de raiva devido aos adjetivos, mas logo percebeu o tom de voz do rosado mudar.

Natsu se entristeceu – Ela não confia muito em mim... – fez a loira voltar a se entristecer – Aposto que se ela descobrisse que estou aqui falando com você, ela já estaria com aquela aura negra horripilante ao redor do seu corpo, ai quando ficássemos a sós ela iria me ofender até não poder mais – suspirou – Ah, eu já disse que ela é ciumenta?

Luizy apenas confirmou com a cabeça – Quatro vezes.

Lucy se encolheu, abraçando seus joelhos.

Natsu – Mas ela é muito engraçada – sorriu de canto – O ciúmes dela é como uma rua que liga a outros sentimentos – riu e deixou Luizy confusa – As vezes ela fica pervertida do nada, as vezes ela fica triste, as vezes ela fica com muita raiva e as vezes ela me bate – falou a frase se lembrando do tapa da tarde anterior.

Luizy – Como você se apaixonou por uma garota assim? – perguntou surpresa.

Natsu – Como eu posso explicar... – colocou uma mão no queixo – Ela roubou meu primeiro beijo... Sempre fica me seduzindo com os peitos delas... Sempre me faz sorrir com seus pequenos sorrisos... Me faz feliz com seus carinhos – sorriu – Mas o mais importante foi por que ela me amou pelo meu jeito de ser, amou aquele nerd estranho de cabelos rosas sem nem mesmo saber a verdade sobre ele – suspirou – Ela não se importou em dar todo seu amor e carinho a alguém tão estranho como eu... Graças a ela, posso dizer que tenho amigos de verdade, que tenho um amor de verdade – sorriu verdadeiramente para Luizy.

Ainda encolhida Lucy não continha mais a alegria de ouvir aquilo, lágrimas de felicidade escorriam por seu rosto enquanto um lindo sorriso não saia de seu rosto.

Luizy – Mas eu não vou desistir – se levantou, surpreendendo o rosado e chamando a atenção da loira – Eu ainda vou lhe fazer meu novamente – sorriu.

Natsu – Você não desistiu mesmo eu tendo te falado tudo isso? – suspirou e se levantou – A única coisa que posso lhe oferecer é a minha amizade – falou normalmente.

Luizy – Por enquanto está bom... – sorriu – Mas vou fazer você me amar novamente... Irei lhe provar que sou melhor que ela.

Natsu suspirou – Faça o que bem entender... Mas vai ser apenas perda de tempo – falou calmamente.

Lucy – Sim, apenas perda de tempo – sorriu e se levantou, começou a descer as escadas em direção à sala de aula ao ouvir o sino do final do recreio tocar – Eu não irei entrega-lo a ninguém... Ele é meu.

Após todo o ocorrido, o restante das aulas passou rapidamente, Lucy passou o tempo todo pensando em como se desculpar com o rosado, mas nada bom lhe vinha à cabeça.

Depois de tudo, já voltando para casa junto com Wendy e Natsu, a loira ainda pensava.

Lucy – Eu poderia dizer “Eu lhe perdoo por tudo, por isso você também tem que me perdoar”... Não, isso soa mais como uma ordem do que como um pedido de desculpas...

Depois de um tempo já estavam na mansão, Natsu já trabalhava enquanto a loira andava de um lado para o outro em seu quarto.

Lucy – Eu ainda não falei com ele hoje, ele nem mesmo me dirigiu a palavra por algum motivo – pensava – Eu poderia arrasta-lo até aqui e então joga-lo na cama... Se fizéssemos aquilo então ele me perdoaria... – sorriu, mas logo pensou melhor – Não... Ele iria gostar e então faria tudo acontecer de novo só para ter esse pedido de desculpas novamente... – suspirou e voltou a andar de um lado para o outro.

(batidas na porta)

Lucy parou em frente ao guarda-roupa – Entre! – então viu o rosado entrar em seu quarto.

Natsu – Lucy, Virgo-san me pediu para que arrumasse a sua cama, então... – se direcionou para a mesma que estava completamente bagunçada.

Lucy – Sim... Ela não teve tempo de arrumar essa manhã – viu o rosado esticar o lençol – Eu preciso falar agora...

Natsu – Precisa de mais alguma coisa Lucy? – perguntou calmamente ao parar em frente à cama já pronta.

Lucy – Eu... Eu... Eu... – fez o rosado inclinar a cabeça para o lado – NATSU! – se jogou em cima do mesmo.

Natsu – UOOO – caiu de costas na cama com a loira abraçada a si – Lucy, o que foi? – perguntou preocupado.

Lucy – Natsu me perdoe... Me perdoe por tudo o que eu disse ontem, por tudo o que eu fiz... Me perdoe por desconfiar de você... Me perdoe por te magoar – ficou com o rosto afundado no peito do rosado, sem encarar o mesmo.

Natsu apenas suspirou e se levantou com a loira ainda agarrada a si, se sentando na cama.

O rosado afastou Lucy de seu peito, pegou em seu queixo e a beijou lentamente, demonstrando todos seus sentimentos apenas com aquele toque, apenas com aquele beijo.

Logo se separaram, e sem dizer nada, Natsu apenas sorriu gentilmente para a loira, que entendeu que havia sido perdoada.

Lucy em reação ao sorriso do rosado voltou a abraça-lo fortemente.