História Ele é MEU mordomo - Perguntas e Respostas

Natsu – Yo... Nill... – forçou um sorriso.

Nill –... Natsu... – desligou o celular rapidamente, o guardando no bolso logo depois – O que faz aqui? – perguntou normalmente.

Natsu – Sabe... Estou tentando falar com você desde o inicio de novembro... Mas... – olhava para baixo – Será que podemos entrar para conversar?

Nill – Me desculpe, mas eu já estou atrasado... – mentiu.

Natsu – Tudo bem – levantou a cabeça e sorriu gentilmente – Podemos conversar aqui mesmo então!

Nill nada respondeu, percebeu que não conseguiria evitar o rosado daquela vez. Ajeitou os óculos em seu rosto – Então... O que você quer? – perguntou calmamente.

Natsu – É o seguinte... Iremos fazer uma brincadeira... – sorriu falsamente com os olhos opacos – Eu irei fazer perguntas e você irá respondê-las... Para cada resposta errada ou para cada mentira eu vou te acertar com um soco – continuou a sorrir.

Nill riu ao achar que era apenas uma brincadeira – Se for só isso, tudo bem.

Natsu – Ok, primeira pergunta... Você sabia que eu e a Lucy estávamos namorando? – perguntou calmamente.

Nill – Sim.

Natsu – E por que você deu em cima dela? – perguntou calmamente.

Nill gelou –... Ahn? Do que você está falan – foi acertado fortemente pelo rosado em seu rosto antes que pudesse concluir. Ainda com o rosto virado, pode sentir a dor tomar conta do local – Isso não foi um soco de alguém que está brincando... – voltou a se virar para o rosado, percebendo o mesmo com um rosto sério.

Natsu – Resposta errada! – sorriu logo depois – Segunda pergunta... Por que deu em cima da Lucy sendo que você é meu melhor amigo?

Nill – É a mesma pergunta... – logo respondeu – Eu não dei em cima del – novamente teve seu rosto acertado, só que dessa vez bem mais forte, fazendo o garoto cair no chão – Droga! – cuspiu sangue.

Natsu – Se for continuar assim, é melhor não se levantar... – falou calmamente enquanto entrava no pequeno apartamento de Nill.

Nill apenas concordou, sabia que não tinha força o suficiente para revidar, sua única solução era correr dali, o que era impossível já que o rosado estava bloqueando a passagem.

Natsu – Terceira pergunta... – encarava o amigo de cima – Por que tentou separar eu e a Lucy? – continuava a sorrir.

Nill – A mesma pergunta de novo... – desviou o olhar.

Natsu – Sim... E se não responder corretamente vai levar um soco de novo – falou calmamente.

Nill suspirou – Eu fui ordenado a te fazer sair daqui, e o único jeito era separando vocês dois – contou.

Natsu – Hummm – se abaixou próximo ao rosto de Nill – Quarta pergunta... Quem te ordenou a fazer isso? – mesmo seus olhos já estando sem vida o sorriso não saia de seu rosto.

Nill –... Não posso falar... – desviou o olhar.

Natsu – Beeeehhhhhhh! – socou fortemente o rosto do garoto – Resposta errada! – falou normalmente – Quinta pergunta... Quem te ordenou a fazer isso?

Nill – Eu... Eu não sei! – continuou a mentir, continuou a apanhar.

E nesse ritmo alguns minutos se passaram.

Natsu, já em cima de Nill, suspirou cansando – Vale a pena apanhar por ele Nill? – o rapaz nada respondeu – Décima pergunta Nill... Quem te ordenou a fazer isso?

Nill – Se você sabe, então porque pergunta? – perguntou normalmente com o lado esquerdo de seu rosto completamente inchado.

Natsu – Quero ouvir da sua boca... – falou normalmente.

Nill nada respondeu.

Natsu – Ok... – virou lentamente o rosto do amigo.

Nill – O que está fazendo? – não entendeu.

Natsu – Não da mais para bater do outro lado – falou friamente.

Nill gelou – FOI O SEU PAI, DROGA! IGNEEL DRAGNEEL! – gritou, sendo acertado por um soco ainda mais forte, o deixando um pouco tonto – P-Por que... Me bateu? – perguntou com o tom de voz fraco.

Natsu – Por que eu quis! – falou friamente, não conseguindo mais manter o sorriso falso em seu rosto. Natsu se levantou e trancou a porta, andou até a pequena cozinha e pegou uma pequena bacia de gelo, voltando e colocando-o do lado do corpo de Nill – Pronto, de agora em diante vou te dar um tempo de 10 segundos para responder – falou sério – Ah... Se mentir irei direcionar os socos para suas costelas e seu estomago – falou normalmente – Começando... Qual o verdadeiro objetivo de Igneel?

Nill – Seu pai quer qu – dessa vez teve seu nariz acertado – O QUE FOI AGORA? – falou segurando o nariz.

Natsu – Ele não é meu pai há mais de cinco anos! – falou enquanto colocava a mão dentro do balde de gelo – Qual o objetivo de Igneel?

Nill – Levar vocês de volta para casa – falou segurando o nariz

Natsu tirou o punho de dentro da pequena bacia, voltando a socar o amigo – Por que está ajudando ele? – continuou a socar.

Nill – Ele é... Seu pai – teve dificuldades de falar enquanto era atingido.

Natsu – Não! Ele não é! – continuou socando Nill, mas logo teve sua mão segurada.

Nill – SIM, ELE É! – gritou – ATÉ QUANDO VOCÊ PRETENDE FUGIR DELE NATSU? ELE É SEU PAI DROGA!

Natsu nada respondeu, mas seu rosto se fechou e seus olhos ficaram negros, mostrando a raiva que estava sentindo – Pai? Que pai bate diariamente em um filho só porque a criança diz a verdade? – perguntou friamente – Que pai deixa de AMAR SEUS FILHOS POR CAUSA DE UMA VADIA? – seu tom de voz aumentou, se tornando um grito – QUE PAI AMEAÇA O PRÓPRIO FILHO CASO ELE FAÇA A COISA CERTA? – voltou a socar o garoto, agora com toda sua força devido à explosão de sua raiva – ME RESPONDE NILL... POR QUE VOCE ESTÁ AJUDANDO ELE?

Nill tentava se proteger – ASSIM COMO AS PESSOAS MUDAM, SEU PAI TAMBÉM MUDOU NATSU! – falou sério, podendo ver lágrimas escorrerem pelo rosto do rosado logo depois.

Natsu havia parado se agredir a Nill, não tinha mais a raiva estampada em seu rosto, mesmo com os olhos opacos, sua face estava calma e sem perceber, lágrimas escorriam por seu rosto.

Nill – Por que... Está chorando? – perguntou com dificuldades já que seu rosto estava todo inchado e sangrando – Afinal... Quem está apanhando aqui... Sou eu...

Natsu – Mas tudo isso, está doendo mais em mim do que em você – falou friamente.

Nill – O que? Sua mão está doendo? – ironizou.

Natsu – Não – encarou o amigo – Meu coração! – fez o garoto se calar.

Natsu se levantou lentamente e chutou a bacia de gelo longe – Nill, por te considerar como meu primeiro amigo, eu apenas te soquei – falava calmamente – Mas agora vou fazer o que sei fazer de melhor – falou friamente.

Nill pode ver que Natsu estava falando sério, suou frio ao ver os olhos escuros e mortos de Natsu – E o que é que você sabe fazer de melhor?

Natsu – Nill, eu sei que você se sente culpado... E por isso não fugiu nem revidou... – foi até os pés do garoto, que continuava deitado no local – Por isso vou te deixar escolher o lado... – falava friamente, como se fosse algo normal.

Nill – C-Como assim? – não entendia.

Natsu – Lado Nill... – falou sério.

Nill – Lado para que? – começou a ficar nervoso devido ao medo.

Natsu – Você viu o vídeo de quando bateram no Sting? – perguntou calmamente enquanto pensava.

Nill – N-Não – falou sério.

Natsu suspirou – É uma pena... Aquilo realmente foi o melhor corretivo que alguém poderia dar em uma pessoa que não sabe com quem está mexendo – pensou – Ele é destro, então a perna esquerda é a de apoio... Então vai a direita mesmo! – abriu as pernas do amigo e levantou a perna direita do mesmo, ficando no espaço vago deixado entre as pernas.

Nill – Ahn?  Natsu? – gelou – O que está fazendo? – podia ver claramente que Natsu não estava normal, seus olhos permaneciam escuros e mortos, mesmo ele agindo normalmente.

Natsu se virou para Nill – Nill, por que se envolveu com Igneel? – perguntou calmamente – Por que não seguiu sua vida normalmente? Eu fui para sua casa na noite em que fugi com a Wendy, você me ajudou a fugir... E agora está ajudando Igneel a nos achar... Então... Por quê? – perguntou normalmente.

Nill – Por que eu quero o melhor para você – falou normalmente – Por que eu quero que você viva normalmente em sua casa, com sua família... Por que quero que você pare de viver fugindo com medo de seu pai... POR QUE EU SOU SEU MELHOR AMIGO! – falou sério.

Natsu se virou para a perna em que segurava, estreitando os olhos – Mesmo que você diga isso, mesmo que você diga que fez tudo por mim... Nill... Você mentiu pra mim... – cerrou os dentes dando leves tremidas enquanto segurava a perna do garoto – Falou mal de mim pelas minhas costas para a pessoa que amo... Você traiu a minha confiança Nill... – voltou a aparentar tranquilidade – E isso não é coisa que um melhor amigo faz... Me desculpe!

Nill que estava sem forças após a surra que havia levado, apenas pode ver o rosado levantar o pé, preparando para descê-lo com força em cima de sua perna – E-ESPERE, NATSU, VOCE IRÁ QUEBRAR MINHA PERNA! – suava frio.

Natsu – Eu sei! – falou calmamente – Por isso pedi desculpas...

Nill tentou se levantar, mas não conseguiu, tentou tirar a perna das mãos do rosado, mas devido à força que o mesmo estava, acabou sendo impossível. Nill só pode ver o rosado começar a descer o pé, fazendo com que o mesmo fechasse os olhos fortemente.

Mas no mesmo instante, ouviu um estouro na porta e várias vozes no local.

Ao abrir o único olho que não estava tão inchado, pode perceber que o rosado havia sido impedido pelos vizinhos, que seguravam fortemente o rosado.

Natsu – O que estão fazendo? – perguntou calmamente.

Vizinho 1 – Você está louco garoto? Quer matar o Nill-kun? – perguntou indignado.

Natsu – Matar não... – falou calmamente – Apenas quebrar uma perna...

O silêncio tomou conta do local.

Vizinha 1 – Ainda bem que viemos ao ouvir os gritos – falou preocupada.

Vizinho 2 – Se não tivéssemos arrombado a porta... Não sei o que poderia ter acontecido – falou um pouco aliviado.

Logo todos viram o estado em que Nill estava, passando a olhar com frieza e raiva para o rosado.

Vizinho 3 – Não pense que sairá ileso daqui seu marginal! – pode ouvir os outros concordando.

Natsu, ainda sendo segurado, apenas encarava Nill caído no chão. Já Nill apenas podia ver os olhos do rosado.

Vizinho 1 – O que vamos fazer com ele? – perguntou revoltado.

Natsu – Fazer comigo? – ironizou – Já foi um milagre você ter levantado da cadeira... Acha mesmo que consegue fazer algo comigo? – sorriu cinicamente.

O homem ao ser provocado, estava prestes a socar o rosado que estava sendo segurado, mas acabou sendo impedido ao perceber uma garota entrar na frente.

Neah – O que pensa que está fazendo? – perguntou indignada, parada em frente ao rosado.

Vizinho – Esse marginal espancou o Nill-kun, veio até a vizinhança apenas para arrumar encrenca – falou revoltado.

Neah – Natsu nunca faria uma coisa dessas! – falou séria.

Só se pôde ouvir os murmúrios, ninguém havia reconhecido o rosado do jeito que estava.

Vizinho 2 – N-Natsu? – não conseguiu acreditar.

 O homem que segurava o rosado apenas o encarou.

As mulheres que observavam mais de longe, conversavam entre si, tentando acreditar que aquele nerd gentil e carinhoso havia acabado de espancar alguém violentamente.

Vizinho 1 – M-Mas Neah-chan... – saiu de frente da porta, fazendo com que Neah visse o estado que Nill estava.

Nill já estava sentado apesar de ainda estar meio tonto. Seus óculos haviam sido quebrados e seu olho esquerdo tampado devido ao inchaço, o rosto estava completamente inchado, e sangue saia pelo seu nariz e pela sua boca.

Neah não acreditou no que viu, se virou para o rosado e viu a expressão que o mesmo tinha – N-Natsu? – deu uma leve recuada ao ver os olhos opacos a face tranquila e a pele pálida do rosado.

Natsu – Neah-nee... – falou mais baixo, deixando uma lágrima involuntária escorrer por seu rosto.

Neah – Vamos embora Natsu! – falou mais séria, fazendo com que soltassem o rosado.

Neah levou Natsu até em frente a sua casa enquanto o restante dos vizinhos ajudavam a Nill.

Neah – Por que você fez uma coisa dessas? – perguntou indignada.

Natsu – Me desculpe Neah-nee... Não estou com cabeça para falar sobre isso agora – falou calmamente – Outra hora eu te explico... – saiu do local andando lentamente – Vou para casa por a cabeça em ordem – falou um pouco mais baixo e triste.

Neah nada disse, apenas pode ver o rosado caminhar lentamente para fora do bairro – Natsu... O que aconteceu com você? – se perguntou preocupada em um sussurro.