História Ele é MEU mordomo - Eu Os Ajudarei

Natsu se virou e voltou a encarar os dois.

Natsu – E agora? – perguntou normalmente.

Luizy abaixou a cabeça e Nill virou o rosto, não respondendo a pergunta do rosado.

Natsu voltou a se sentar em frente aos dois.

Natsu – Luizy... Você dizia gostar de mim... – fez a garota levantar a cabeça – Mas mesmo assim eu não retribui o seu amor, então era normal você querer namorar outra pessoa – Luizy continuou encarando o rosado – Eu realmente pensei que quando retornasse de viagem, lhe encontraria mais feliz, com um novo amor... Mas não GRAVIDA! – voltou a elevar a voz, fazendo com que Luizy voltasse a chorar –... Perdão, eu exagerei... – se sentiu culpado – E pensar que metade disso é culpa minha... – levou a mão ao rosto – Me desculpe Luizy... Eu acabei causando problemas você – falou se sentindo culpado, fazendo a garota lhe encarar confusa.

Lucy – Ahn? – não entendeu, podendo ouvir o restante do grupo sussurrar entre si.

Natsu passou a encarar Nill – Mas você... – não concluiu – Eu falei um plano em 5 passos, mas você pulou do passo 1 para o passo 5 direto! – falou indignado.

Nill – Isso que dá não explicar as coisas direito – fez uma veia saltar na testa do rosado.

Natsu – Você fala como se a culpa toda fosse minha – se revoltou – Por que não se preveniram? – voltou a encarar Luizy, voltando para Nill logo depois.

Nill – Eu usei proteção... – voltou a desviar o olhar – Mas deve ter furado... – falou normalmente.

Natsu voltou a por a mão em seu rosto – Quanto azar... – sussurrou, suspirando logo depois – O que pretendem fazer agora? – voltou a perguntar, agora mais calmo.

E novamente Luizy voltou a chorar.

Natsu – O-O que eu fiz agora? – perguntou surpreso e preocupado.

Luizy – N-Não é isso... – explicou – M-Mas estamos assim por justamente não saber o que fazer...

Natsu – Já contou para os seus pais? – perguntou sério.

Luizy – Não... – fechou as mãos fortemente – Eu não posso fazer isso... – deixou mais algumas lágrimas caírem.

Natsu – Por que não? – não entendeu.

Luizy – Se eu contar, eu tenho certeza que meu pai me colocará para fora de casa – falou bem entristecida.

Natsu – E que pai faria isso com um filho? – perguntou com um sorriso de canto.

Nill – O seu? – perguntou ironicamente enquanto encarava o rosado.

Natsu ficou sério – Do que você está falando? Eu não tenho pai – sorriu gentilmente.

Nill apenas suspirou.

E de trás da porta, todos continuaram a ouvir. Lucy só pode ouvir perguntas sobre a pequena troca de palavras de Nill e Natsu.

Luizy – O que eu faço Natsu? – perguntou um pouco desesperada.

Natsu ia respondê-la, mas logo ouviu Nill se pronunciar.

Nill – Só há uma coisa a ser feita... – chamou a atenção dos dois.

Natsu – Será que ele vai pedi-la em... – se alegrou com a atitude do garoto.

Nill – Aborto!

Natsu socou fortemente o rosto de Nill, fazendo o mesmo cair para o lado.

Natsu – Se for abrir a boca para dizer tais palavras... Eu prefiro que você fique calado – falou friamente enquanto encarava Nill com nojo.

Nill –... Me desculpe – falou com lágrimas nos olhos – É que eu não sei o que fazer... Somos muito jovens, moro em um apartamento de três cômodos, e se os pais dela descobrir, eu não sei o que pode acontecer – apertou fortemente as mãos.

Natsu suspirou – Luizy, como eu disse antes, eu tenho culpa nisso tudo também... – começou a explicar.

Nill – Recreio não acaba mais... – pensou.

Natsu – Eu não aguentei mais lhe ver triste daquele modo, então pedi a Nill que te conquistasse... Afinal ele te ama – fez os dois corarem.

Luizy – Tudo bem... – falou entristecida e sem graça.

Natsu – Conte aos seus pais – falou sério, surpreendendo a garota.

Luizy – Mas se eu fizer isso... – falava rapidamente até ser interrompida.

Natsu – Eles irão descobrir uma hora ou outra – falou calmamente – Mas, se fizerem algo negativo em relação a tudo isso, me procure... Eu prometo que irei lhe ajudar – falou sério, voltando a surpreender à amiga.

Luizy – Sério? – perguntou com um pouco mais de ânimo.

Natsu – E você... – voltou a encarar Nill – Irá assumir a responsabilidade e ficará ao lado dela, não deixando faltar nada para os dois – fez o garoto confirmar.

Natsu se levantou – Com tudo isso dito... Por favor, não chore mais – sorriu gentilmente enquanto ajudava Luizy a se levantar.

Luizy – Obrigada! – um pouco mais feliz, abraçou ao rosado.

Natsu apenas retribuiu ao abraço, mas logo pode perceber o olhar de ciúmes de Nill.

Logo puderam ouvir o sinal de encerramento do recreio.

Natsu – Vamos voltar – sorriu.

Ao abrirem a porta, não havia mais ninguém ouvindo a conversa.

As aulas passaram tranquilamente após a conversa no terraço. E com o fim das aulas, o rosado caminhava em direção à mansão com Lucy e Wendy.

Lucy – E então? Sobre o que você falou com a Luizy? – fingiu.

Natsu – Sobre a vida – respondeu calmamente com as mãos atrás da cabeça.

Lucy – Não gosto de mentiras – suspirou.

Natsu – E eu não gosto de pessoas curiosas – suspirou.

Lucy – Custa me dizer sobre o que era a conversa? – perguntou irritada, mesmo já sabendo qual havia sido o assunto.

Natsu – E o que vai mudar em sua vida saber sobre isso? – perguntou no mesmo tom.

Lucy se calou, passando a andar em silencio.

Natsu suspirou – Me perdoe, apenas estou com a cabeça um pouco cheia de mais – falou sério.

Lucy – O mundo é injusto... – sussurrou chateada.

Natsu – E por que você acha isso? – perguntou normalmente.

Lucy – Ahn? – se surpreendeu, não queria ser ouvida – B-Bem, você não acha injusto pessoas que reclamam da vida terem tudo que querem, enquanto você, que queria apenas um pouco de tranquilidade, ter que viver assim? – disfarçou ao perguntar sem graça.

Natsu suspirou – É feio ouvir a conversa dos outros de trás da porta Lucy – falou normalmente sem encarar a loira.

Lucy ficou alguns segundos em silêncio – M-Mas todos estavam ouvindo, eu não fui a única – falou envergonhada.

Natsu – Em momento algum eu falei que você foi a única – falou calmamente – Não precisa jogar a culpa em cima dos outros... – fez a loira corar de vergonha.

Lucy – M-Me desculpe – falou sem jeito.

Natsu – Tudo bem – pensou por alguns segundos –... Era por isso que eu não queria lhe contar... – falou calmamente.

Lucy – Ahn? – não entendeu.

Natsu – Você, com esse desejo único... – foi interrompido.

Lucy – Desejo único? – inclinou a cabeça – Como assim?

Natsu – Um desejo que só você tem – explicou.

Lucy – E que seria... – falou calmamente.

Natsu – Querer ser mãe antes de entrar na maioridade e ter uma vida estável – falou calmamente.

Lucy nada respondeu.

Natsu – É por isso que eu não queria te contar... Eu sabia que você ficaria chateada se descobrisse que uma garota, na mesma idade que você, engravidou... Sem nem mesmo desejar por isso – explicou.

Wendy – Eh? – acabou ouvindo apenas partes da conversa – Mãe? Engravidar? Eh? – começou a perder a cabeça, chamando a atenção dos outros dois – A Lucy e o Nii-san vão ter um filho? – corou fortemente – Eu vou ser tia?

Lucy corou.

Natsu – Wendy, se acalme! – segurou nos ombros da pequena – Você entendeu tudo errado!

Wendy – Ahn? – voltou ao normal.

Natsu – Não é a Lucy que está gravida, mas sim uma amiga nossa – explicou.

Wendy – Ainda bem – suspirou – Sou muito nova para ser tia – completou.

Natsu – Ai... Uma pessoa com mais cabeça que você – falou enquanto encarava a loira.

Lucy – Rum! – virou o rosto.

Após alguns minutos, os três chegaram a mansão.

Natsu – Lucy... Será que eu posso me deitar um pouco antes de começar a trabalhar? – pediu um pouco sem jeito.

Lucy – Tudo bem – viu o rosado subir na frente – Ele parece mesmo preocupado... Isso por que nem é ele quem irá ser o pai... – pensou calmamente.

Após alguns minutos, o rosado já estava deitado em sua cama enquanto pensava.

Natsu – Eu espero que Luizy consiga conversar com os pais dela, e que eles não façam nada de ruim... – pensava calmamente – Eu prometi ajudar se o pior acontecesse... – passou o braço sobre os olhos, os tampado – Mas o que eu farei? Eu sou apenas um empregado... Não posso trazê-la para dentro da mansão e também não tenho nenhum local em que posso deixa-la – suspirou – O que eu posso fazer?

(Batidas na porta)

Natsu se sentou na cama – Pode entrar! – pode ver a porta ser aberta.

Jude – Com licença – entrou no local.

Natsu – S-Senhor Jude? – se surpreendeu.

Jude – Boa tarde Natsu – sorriu.

Natsu – Em que posso ajuda-lo? – perguntou surpreso.

Jude – Não é nada, eu só vim avisa-lo que amanhã irei à escola de vocês – explicou.

Natsu – Por quê? – não entendeu.

Jude – Lucy me avisou que teria uma reunião amanhã, e como já faz tempo que não vou nas reuniões escolares, gostaria de ir dessa vez e ver como estão as coisas – explicou.

Natsu se lembrou – Eu acabei esquecendo isso... – logo o respondeu – Entendo...

Jude – Só queria lhe avisar, para que não ficasse muito surpreso quando eu aparecesse por lá – mentiu – Com licença... – saiu do local, fechando a porta logo depois – Não consegui dizer o que eu queria... – suspirou e andou em direção às escadas.

Após várias horas, o dia estava prestes a escurecer, até o rosado ser acordado pelo toque do celular.

Natsu olhou pela janela e logo depois se sentou em sua cama – Não acredito que dormi o dia inteiro – suspirou – A Lucy deve estar querendo me matar... – olhou para o celular – Ahn? – viu várias ligações perdidas – É do Nill...

Natsu discou o numero do garoto.

Natsu – Nill? – perguntou ao perceber que haviam atendido.

Nill – Natsu... Será que você pode vir em meu apartamento? – perguntou normalmente.

Natsu – Para que? – não entendeu.

Nill – Para conversarmos – explicou – Quero falar com você em relação a Luizy – falou sério.

Natsu – Tudo bem – suspirou – Daqui um tempinho eu estou ai – falou entediado.

Nill – Estarei esperando – desligou o celular.

Natsu foi para o banheiro tomar um banho logo depois.

Após alguns minutos, já arrumado, o rosado foi em direção ao quarto da loira.

(batidas na porta)

Lucy – Entre! – falou chateada.

Natsu – Yo – sorriu sem graça ao abrir a porta.

Lucy – O que foi? – perguntou seca.

Natsu – Lucy, eu vou ter que sair por algumas horas, então... – foi interrompido.

Lucy – O que? – perguntou com raiva, vendo o rosado já arrumado – Eu vou junto – sorriu gentilmente, correndo pro banheiro logo depois.

Natsu – Não... Espera! – viu a porta do banheiro ser fechada. O rosado apenas suspirou e se sentou na cama da loira – Eu não estou indo a passeio, droga – voltou a suspirar ao sussurrar.

Após quase uma hora, já a caminho do apartamento de Nill.

Natsu – Por que demorar tanto para se arrumar? – perguntou indignado – Não estou saindo para passear – corou.

Lucy – Você reclama, mas cora só de me olhar – sorriu de canto enquanto abraçava o braço esquerdo do rosado.

Natsu nada respondeu.

Natsu – Eu estou indo à casa do Nill – falou normalmente – Não havia necessidade de você vir – explicou.

Lucy – O que é que tem? – perguntou calmamente – Não posso mais acompanhar meu namorado?

Natsu suspirou – Você quem sabe... – continuaram andando.

Logo chegaram em frente ao pequeno apartamento de Nill.

(Batidas na porta)

Nill – Já vai! – pode ser ouvido do lado de fora.

Logo a porta foi aberta.

Nill – Pô, você demor... – parou ao ver a loira junto. Nill apenas encarou o rosado, sem dizer nenhuma palavra.

Natsu – Perdão... Eu não queria traze-la, mas não teve como... – fez a loira sorrir.

Nill suspirou – Tudo bem, entrem – fez com que os dois entrassem.

Lucy – Oh – Ele tem um sofázinho – viu ao entrar no local – Diferente de outras pessoas que não tinha nada além do chão – sorriu ironicamente.

Natsu – Diferente de outras pessoas, ele trabalha e pode comprar... Já outras pessoas, não tinha emprego na época e vivia fugindo constantemente do pai – respondeu no mesmo tom.

Nill – Parem de brigar – falou com uma gota na cabeça ao ver os dois já sentados.

Lucy – Não estamos brigando – falou séria – Isso é normal...

Nill – Normal? – pensou com uma gota na cabeça.

Natsu – E então? O que você queria falar comigo? – perguntou calmamente.

Nill – Quero sua ajuda – sorriu.

Natsu – Para que? – não entendeu.

Nill – Estou querendo pedir a Luizy em casamento – surpreendeu a loira e o rosado – Você me ajuda? – perguntou enquanto sorria.