História Ele é MEU mordomo - Celular Roubado!

Lucy – C-Ca-Casamento? – corou surpresa, vendo Nill confirmar.

Natsu olhou desconfiado – Casamento? – fez o garoto lhe encarar – Não era você quem estava falando sobre aborto mais cedo? – continuou desconfiado.

Nill – Eu falei o que não devia... Estava nervoso na hora, não estava raciocinando bem – explicou sem graça – Mas eu sei que tenho que assumir a responsabilidade... Por isso quero que me ajude – sorriu de canto – Ainda estou meio nervoso com tudo que está acontecendo, mas você sabe que eu a amo... Por favor, me ajude! – implorou.

Natsu se convenceu – Ajudar com o que? – perguntou calmamente.

Nill – Eu não sei o que devo fazer... Não acredito que um simples pedido a fará aceitar – explicou.

Lucy – E por que ela não aceitaria? – não entendeu – Ela está grávida de você... Além do mais, se ela realmente gosta de você, mesmo que seja um pedido simples, ela ficará feliz – explicou.

Natsu e Nill nada disseram, apenas olharam surpresos para a loira.

Lucy – O-O que foi? – não entendeu os olhares.

Natsu – Fiquei surpreso por você dizer algo tão inteligente e romântico – suspirou.

Lucy – Você gosta mesmo de jogar na minha cara que eu sou burra né? – perguntou irritada.

Natsu – Me desculpa amorrrrr! – falou brincalhão enquanto abraçava fortemente a loira.

Lucy – Não ache que vou lhe perdoar só por que está me abraçando – continuou a falar no mesmo tom.

Nill – Como uma discussão sobre casamento foi terminar sobre a inteligência da Lucy? – pensou com uma gota na cabeça enquanto via o rosado fazer de tudo para que a loira o perdoasse.

(batidas na porta)

Nill – JÁ VAI! – gritou de dentro do cômodo.

Natsu parou e viu o garoto se levantar e andar até a porta.

Nill – O que você está fazendo aqui? – perguntou surpreso ao abrir a porta.

Natsu se levantou e andou até a porta, aparecendo atrás de Nill.

O rosado se chocou –... Luizy? – viu a mesma parada na porta, com as malas ao seu lado.

Luizy – N-Nill... Será que posso ficar aqui? – pediu pálida, deixando uma única lágrima escorrer por seu rosto enquanto sorria.

Nill – O que aconteceu? – perguntou preocupado

Natsu – Antes de fazer perguntas, deixe-a entrar! – falou sério, fazendo com que Nill confirmasse.

Luizy entrou e Nill pegou as malas da garota, as levando para dentro.

Após alguns minutos, Luizy já estava sentada onde Lucy e Natsu estavam, enquanto o rosado e a loira ocuparam o espaço de Nill, deixando o dono da casa em pé.

Nill – Tome esse chá... – entregou um copo de plástico para a garota.

Luizy – Obrigada – agradeceu entristecida.

Natsu – E então? – perguntou calmamente – O que aconteceu?

Luizy – Eu fiz o que você disse... – falou tristemente – Eu contei para os meus pais que estou grávida – começou a chorar enquanto segurava o copo.

Natsu – Sua mãe não lhe defendeu? – perguntou surpreso.

Luizy – Ela tentou falar com o meu pai... – continuou a chorar – Mas ela não conseguiu convence-lo – explicou – Ele me mandou arrumar minhas coisas... E quando eu estava saindo... – seu choro se intensificou, abaixando a cabeça – Ele disse que eu não era mais sua filha... P-Pois ele não tinha uma filha... Vadia – fez os outros três se chocarem.

Natsu – Então o meu não é o único que não entende os filhos... – ficou com os olhos opacos.

Lucy se entristeceu e Nill rangeu os dentes.

Luizy – O que eu faço agora? – perguntou entre lágrimas.

Nill – Talvez se eu a pedir agora... – quando iria falar, sentiu seu braço ser segurado, ao olhar para o lado, viu Natsu o encarar sério, negando com a cabeça logo depois.

Nill entendeu o que o rosado quis dizer.

Natsu suspirou – Agora eu terei mesmo que fazer algo – pensou ainda com os olhos opacos enquanto via a amiga se perder em tamanha tristeza.

Natsu – Lucy – chamou baixo – Vamos... – se levantou, fazendo com que a loira fizesse o mesmo – Nill, estamos indo embora – continuou a falar baixo – Depois continuamos a conversa – sorriu de canto.

Nill confirmou com a cabeça, vendo o rosado e a loira saírem pela porta.

Nill se aproximou de Luizy e pegou o copo da mão da mesma, levando para a cozinha. Ao voltar para a sala, viu que Luizy ainda chorava, se aproximou da mesma e se ajoelhou em frente a garota, a abraçando logo depois.

Nill – Me desculpa... – falou entristecido ao ver o estado de Luizy, abraçando a mesma gentilmente.

Luizy apenas retribuiu o abraço.

Nill se separou após longos segundos – Deixa eu arrumar o colchão para que você possa descansar – falou calmamente – Aqui na sala só cabe um colchão...

Luizy – Eh? – ainda deprimida, corou.

Nill – Não se preocupe – sorriu – Eu vou colocar outro na cozinha... Ai eu durmo lá – pode perceber a garota se acalmar aos poucos.

Após aproximadamente 30min, Luizy já dormia no colchão esticado na sala, enquanto Nill terminava de arrumar as coisas na pequena cozinha.

Nill – Pronto – terminou de preparar o lugar aonde iria se deitar – Agora é só por o celular para despertar... Celular, celular... – o procurou com os olhos por todo o local – Onde está? – suou frio ao perceber que seu celular não estava mais ali.

Longe dali, já chegando à mansão...

Natsu suspirou enquanto segurava o celular de Nill em mãos.

Lucy – De quem é esse celular? – perguntou calmamente.

Logo os dois passaram pelo portão da mansão.

Natsu – É do Nill – falou calmamente.

Lucy – E... Por que você está com ele? – perguntou surpresa.

Natsu – Por nada... Só quero confirmar uma coisa – respondeu normalmente.

Andaram normalmente até passarem pela porta da casa. Os dois rapidamente se direcionaram a seus quartos.

Natsu, já deitado em sua cama, continuava a olhar para a tela do celular de Nill.

Wendy – O que está fazendo? – perguntou calmamente já deitada em sua cama.

Natsu – Nada, apenas dando uma olhada nesse celular – sorriu – Vai dormir!

Wendy suspirou – Boa noite Nii-san – apagou a luz do abajur, se virando de costas para o rosado.

Com apenas a luz do celular iluminando o local, Natsu continuava encarando o aparelho enquanto mexia em todas as funções do mesmo.

Natsu – Eu tenho mesmo que fazer isso? – olhou para o lado, vendo Wendy dormir, mas logo depois se lembrou de Luizy chorando tristemente – Droga... – deixou o celular cair em seu peito – O que eu faço? – não conseguia se decidir sobre o que fazer.

Natsu se levantou e andou até a cama de Wendy, se ajoelhando ao lado da mesma.

Natsu – Wendy... – chamou calmamente pela garota, fazendo a mesma se virar e o encarar meio sonolenta – Você confia no Nii-san? – perguntou normalmente.

Wendy – Claro – sorriu sonolenta – O Nii-san é o único em quem eu confio completamente.

Natsu beijou a testa da garota – Obrigado – se levantou – Boa noite... – cobriu a garota corretamente.

Wendy – Aonde você vai? – perguntou ao ver o rosado abrir a porta para sair do quarto.

Natsu – Apenas tomar um copo de água – sorriu, fechando a porta logo depois.

Já no andar de baixo, o rosado andou em direção à cozinha, passando diretamente pela mesma e caminhando até o quintal.

Natsu – E-Eu preciso fazer isso... – dava leves tremidas.

Logo o rosado discou um dos números na lista de contatos, podendo ouvir o numero chamar.

Igneel – Alô? – falou sério do outro lado da linha.

Natsu –... – cerrou os dentes e fechou a cara, com se estivesse sentindo dor, mas nada respondeu.

Igneel – Nill? – olhou o numero de identificação – O que você quer a essa hora? – perguntou normalmente.

Natsu abaixou a cabeça, levando a mão esquerda para o braço direito, que tremia ao ouvir a voz de seu pai.

Igneel – Nill, não tenho todo o tempo do mundo – começou a se irritar.

Natsu mudou a voz – B-Boa noite, senhor Igneel – suava frio.

Igneel –... – não respondeu.

Natsu –... Apenas liguei para saber como estão as coisas com o senhor – seu nervosismo aumentou com a falta de respostas por parte de Igneel.

Igneel – Natsu...? – perguntou em um tom mais baixo.

Natsu deixou uma pequena risada nervosa escapar – Então você percebeu? – seu estado não batia com o seu jeito de falar. Natsu estava claramente pálido, suava frio e tremia.

Igneel – Por que está me ligando? Você que tem fugido de mim por todo esse tempo? – perguntou normalmente.

Natsu – Pois é, pensei comigo o quão inútil era o pai que eu tinha, levar mais de 5 anos e mesmo assim não conseguir localizar duas crianças – riu – Então resolvi te ligar, afinal deve ter saudades de ouvir as vozes das crianças que apenas te irritavam todos os dias.

Igneel –... Você fala como se eu não pudesse colocar a policia para acha-los – falou calmamente.

Natsu – Sim, você poderia ter feito isso, mas não fez, pois estava feliz enquanto vivia a sós com a sua querida esposa – falava animadamente – Mas então, quando pensou em fazer, já era tarde... Afinal, você pediu para a policia ir atrás de uma criança com aparência de 7-8 anos e cabelos curtos e de um garoto com 11-12 anos de cabelos róseos espetados... Mas você não sabia como seus filhos estavam depois de 3 anos não é mesmo? – perguntou ironicamente – E depois de todo esse tempo, eu percebi, o quanto você se importava conosco... Deixando-nos viver sozinhos, sem dinheiro, sem um lugar para ficar por vários anos – suspirou.

Igneel nada respondeu.

Natsu – E agora eu me pergunto... Você realmente quer saber onde estamos? – perguntou normalmente.

Igneel –... É o que mais quero nesse instante – falou em um tom de voz triste.

Natsu – Tudo bem... Eu posso lhe dizer – falou sério.

Igneel desconfiou – E por que você faria isso? – perguntou normalmente.

Natsu – Quem sabe... Talvez pra te dar uma ajudinha? – respondeu ironicamente.

Igneel – Como se uma pessoa que odeia do fundo do coração a outra, fosse dar uma ajudinha a ela – respondeu no mesmo tom – O que você quer? – perguntou sério.

Natsu suspirou –... Em troca de dizer onde estamos, eu quero dinheiro... – falou sério.

Igneel – Natsu... Quando foi que você ficou tão ganancioso? – perguntou normalmente.

Natsu – Não te interessa, apenas responda se irá querer ou não essa pequena troca de interesses – falou sério.

Igneel – Claro, por que não? – falou mais animado.

Natsu – Mas antes eu falarei às condições que terão que ser cumpridas... E caso você as quebre, iremos fugir novamente... E como me tornarei maior de idade em breve, você não poderá fazer mais nada – falou sério.

Igneel – Vamos ouvir essas condições primeiro – falou sério.

Natsu – Condição 1... Você não irá se aproximar da Wendy quando descobrir nossa localização – falou sério.

Igneel – Mas isso... – foi interrompido.

Natsu – Condição 2! – interrompeu – Você não falará nenhuma palavra com o dono do imóvel sobre eu ser seu filho. Condição 3... Você não virá até onde estamos, ou até nossa escola quando quiser, eu lhe encontrarei em um local afastado, sem a Wendy por perto, a não ser que ela queira ir. Condição 4... Só nos encontraremos em finais de semana. Condição 5... Não se intrometerá em nossas vidas, a não ser que lhe seja pedido por isso – explicou – Sobre a Wendy, falarei com ela aos poucos, e caberá a ela querer ou não vê-lo.

Igneel – Você não acha isso meio injusto? – perguntou normalmente.

Natsu – Se você preferir não nos ver nunca mais... Você sabe que eu não me importo muito – falou sem muito interesse.

Igneel – Só os finais de semana estão de bom tamanho para mim – falou um pouco mais feliz – Mas eu também tenho uma condição para lhe dar esse dinheiro...

Natsu estreitou os olhos – E que seria? – perguntou desconfiado.

Igneel – Quero conhecer sua namorada quando nos encontrarmos para conversar melhor sobre o dinheiro – falou sério.

Natsu – Quem lhe disse que eu tenho uma namorada? – perguntou normalmente.

Igneel – O Nill – foi direto.

Natsu – Infeliz – suspirou – Pra que quer conhece-la? – perguntou desconfiado.

Igneel – Não posso conhecer a mulher que está fazendo meu filho feliz? – perguntou calmamente.

Natsu – Não que minha felicidade lhe importe, mas... Não foi o senhor que queria me separar dela para que eu pudesse voltar para casa? – perguntou ironicamente.

Igneel demorou a responder –... E pelo visto eu não consegui – falou calmamente – Queria conferir se havia dado certo... E pelo visto Nill falhou – suspirou – Mas, ainda mais agora, quero conhecer a garota que mesmo depois de tudo isso, continua ao seu lado.

Natsu pareceu pensar por alguns segundos –... Verei se ela quer conhece-lo – falou sério.

Igneel – Certo... Agora me diga onde você está – falou sério.

Natsu ficou em silêncio.

Igneel – Natsu? – temeu que o rosado desligasse o telefone.

Natsu –... E-Eu e-estou... – mesmo seu nervosismo não tendo passado, seu estado acabou piorando – E-Estou na mansão dos H-Heartphilia – levou a mão ao rosto, percebendo que não havia mais volta.

Igneel – Os Heartphilia – suspirou – Bem que eu desconfiei quando o sinal veio de lá – se lembrou de quando seguiu o sinal da pulseira de Wendy – Onde podemos nos encontrar?

Natsu – Eu sei que você está em uma cidade distante, mas quero que seja amanhã cedo em uma cafeteria próxima a uma praça que fica a algumas quadras daqui da mansão – falou meio nervoso.

Igneel – Pode me dar o endereço? – perguntou normalmente.

Natsu – Amanhã te envio por mensagem... Não tenho decorado – explicou – Vou desligar agora... – desligou sem ouvir Igneel antes.

Natsu despencou ao chão, deixando o mesmo acontecer com o celular. Sentado no gramado, Natsu apenas abraçou os joelhos.

Natsu – Agora eu me pergunto se o que fiz foi o certo... – afundou o rosto em seus joelhos com a pele ainda pálida e com seu corpo dando leves tremidas.