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História Ele é o 5 (Yoonmin e Namjin) - Uma Ficha Completa Deles


Escrita por: BTSHunt

Notas do Autor


Biscoitinhoooooooooooooossssssssssssssssssss ♥

Estava pronto, então eu resolvi postar, terça vai demorar muito haushuahsuhaush mas vai ser quando eu vou postar o próximo, certo?

Aquele momento de contar os podres dos amiguinhos do Distrito.

Apreciem ♥

Capítulo 2 - Uma Ficha Completa Deles


Fanfic / Fanfiction Ele é o 5 (Yoonmin e Namjin) - Uma Ficha Completa Deles

Busan, dias atuais. Terça-feira, 08:25h

POV JIMIN

Meus pais entraram em pânico por eu me mudar para a Coreia sem eles. É claro que eu podia muito bem me virar sozinho e com Jin eu não passaria fome, mesmo assim, acho que foi um tanto complicado para eles verem o filhinho sair assim de casa.

FLASHBACK ON

— Você o que? — disse minha mãe.

— Meu chefe me transferiu para a Coreia, mãe. — eu disse no jantar. — Não tem muito que eu possa fazer, eu só tenho que ir antes que fique sem emprego.

— O que você fez dessa vez, Jiminie? — perguntou meu pai. Ele sempre achava que a culpa era minha, de algum jeito, ela sempre era.

— Nada, pai. — foi tudo que eu respondi ao senhor de meia idade, os cabelos escuros começando a ficar grisalhos. 

Park Kwan era meu porto seguro e ficar sem ele com certeza seria complicado, mesmo que ele não fosse o exemplo de presença, sempre tirávamos os domingos para que ele me contasse tudo o que estava acontecendo com ele e que eu contasse tudo que estava acontecendo comigo. Foi assim que ele descobriu antes mesmo de mim que eu gostava de meninos, e minha mãe nem sonha com isso.

Park Chaerin, minha mãe, podia ser bem protetora e irritada quando queria. Ela nunca entenderia, tampouco ela entendia ou tentava entender todas as outras coisas que aconteciam comigo. Ela estava sempre preocupada com sua loja de joias artesanais e não ficava muito tempo dentro de casa. O tempo que ficava, ela enchia o saco com alguma coisa que eu fiz ou deixei de fazer, ou por causa de algum machucado novo que eu tinha aparecido com. Eu era seu bebezinho, não podia "fazer dodói" e, por ela, eu vivia da minha aparência, como modelo ou dançarino. Nada contra, mas eu gostava de ser policial e eu sou muito bom nisso.

— É, Chaerin, nosso filho cresceu. E vai morar longe de nós, sozinho.

— Jin vai comigo, vamos dividir o apartamento. Não precisam se preocupar. — eu esperava que isso amenizasse as coisas, mas não era bem assim. Eles se preocupavam, eu sabia que sim.

— Outro irresponsável, o filho dos Kim. Naeso e Elliot estão sabendo disso?

— É claro que sim. — mas na verdade, eu não tinha ideia se estavam.

— Vai me ligar todos os dias, ouviu, mocinho?

— Ouvi, ouvi.

Nunca. Nunca que eu ia fazer isso.

FLASHBACK OFF

Jin me disse que meus tios não estavam nenhum pouco felizes com a ideia, mas eles tinham que aceitar, afinal. E assim, nós embarcamos. Amém.

O avião tinha acabado de pousar; acordei Jin passando meus dedos pelo seu rosto, o pequeno corte ainda vermelho no seu supercílio que precisou de dois pontos ainda era visível, mas só para quem prestasse atenção. Seokjin é o tipo de pessoa que você quer proteger do mundo; seu rosto digno de capa de revista de moda era do tipo que você para duas vezes pra olhar, seu sorriso bonito e sincero sempre dizia que tudo ia ficar bem, nem parecia a porta de um metro e setenta e nove. 

Mesmo alto, Seokjin não é o tipo forte, ele é inteligente e tem o raciocínio mais rápido que eu já vi; por isso ele acabou apanhando do Joseph. Eu jurei proteger meu primo, porque eu sou mais forte que ele. Fisicamente. Porque de tortura psicológica, ele tem PHD e é mestre em aguentar e fazer. Pudera, com os pais que tinha...

Quando nossos papéis saíram e nós tivemos o OK para entrar de volta ao nosso país natal, ele me levou até um cabeleireiro; como eu estava loiro há bastante tempo, resolvi pintar de vermelho, para total alegria do mais velho. Ele optou por deixar o cabelo loiro e depois pintá-lo de rosa claro, o que ficou lindo para ele. Agora, ele dormia como um bebezinho com seus lábios cheinhos num leve bico fofo enquanto suas mãos se apoiaram no queixo.

— Vamos, bela adormecida. — eu o cutuquei.

— Belo. — ele protestou, abrindo os olhos. — E muito.

— Com toda a certeza. O mundo da moda deveria reverenciar você por ter escolhido outra profissão. 

— Quero eles chorando aos meus pés — brincou meu primo.

Eu ri do rapaz que se espreguiçava, ele sempre tinha uma piadinha pronta para alguma coisa ou situação dessa, e a sua risada era a melhor do mundo, sempre contagiante. Peguei minha mochila e a dele, esperei o avião esvaziar um pouco e então saímos pelo corredor pequeno; lá na frente, vimos uma plaquinha com nossos nomes, Park Jimin e Kim Seokjin.

— Quanto tempo não te chamam de Seokjin?

— Mesmo tempo que não te chamam de Park Jimin. — ele riu. — É bom voltar para casa.

— Eu gosto de Busan. — segui com meu primo até o rapaz com a plaquinha. — Espero que Busan goste de mim.

— Quem não ama Park Jimin? — ele deu um soquinho no meu ombro.

— Gente pra caralho. — eu suspirei.

— Vocês devem ser Jimin e Seokjin, certo? — o rapaz nos disse assim que nos aproximamos ele tinha o sorriso bonito e retangular, os cabelos avermelhados e bagunçados de um jeito fofo. Mesmo que ele usasse o uniforme da polícia, eu o confundiria logo com uma criança que tinha acabado de tomar sorvete.

— Sim, somos nós. — Jin apertou a mão do rapaz e eu fiz o mesmo.

— Secretário Geral e Chefe Investigativo Kim Taehyung — ele se apresentou num sorriso. — É um prazer conhecer vocês, detetives.

— O prazer é nosso. — eu sorri para ele.

— Venham comigo. Podem me chamar de V.

— Codinome?

— Sim. — ele sorriu. — Suas malas já estão na esteira, vamos lá.

Pegamos nossa bagagem e seguimos o rapaz até o SUV preto, colocamos tudo no porta-malas e entramos na parte de trás dela junto com V.

— Recebemos uma ficha sobre vocês, então é justo que tenham nosso perfil também.

— "Vocês" quem tem uma ficha nossa?

— Quem se interessou, tem. — ele sorriu. — Aqui.

Ele nos entregou uma pasta de papel amarelo para cada um com vários arquivos dentro.

— Sobre mim vocês olham depois, não tem muito mesmo. Vocês vão trabalhar com mais quatro pessoas, basicamente: o delegado-chefe Jung Hoseok, o Chefe de Perícia Tecnológica Jeon Jungkook, eu e seus dois novos parceiros, detetive Min Yoongi e detetive Kim Namjoon.

— Eles são legais? — perguntou meu primo.

— Defina "legal". — ele sorriu de lado. — Este é o delegado chefe do Distrito, o Jung Hoseok. — ele mostrou a foto. — Tem vinte e seis anos, um prodígio. Deixaram o distrito inteiro na mão dele depois que ele resolveu o maior caso de cassinos ilegais que Busan já viu; o antigo precisava se aposentar e ele vem dando conta do recado muito bem, obrigado.

— Ele é bem novo.

— Mas é um velho por dentro, Jimin. Ele não fala cinco palavras sem dar uma ordem ali dentro, mas fora de lá é um amorzinho. Ele tem o apelido de Hope.

— Esperança?

— É, porque ele nunca desiste. Esse aqui é o Jeon Jungkook, tem vinte e um, é o mais novo. Ele é responsável por toda a parte de câmeras, escutas, microfones e computação do Distrito, também consegue decodificar qualquer coisa que puder ser decodificada. Tudo que for tecnologia, de celular a computador, esse é o homem.

— Tem cara de criança.

— Ele é uma. — ele riu baixo. — Chamamos ele de Kookie, é o mais calmo de lá, nunca vi o rapaz estressado, sequer uma vez, e trabalhamos juntos já faz tempo. Acho que ele bebe muito café, só isso, é meio elétrico quando sai daquele lugar. Ele é meu vizinho.

— E esse? — Jin perguntou.

— Detetive Kim Namjoon, especializado em negociações; ele tem vinte e quatro anos, formado em Advocacia, é o nosso homem da lei, literalmente. Ocupa seu tempo livre fazendo letras de músicas ou quebrando alguma coisa. Se tiver alguma coisa que quebra, é melhor não deixar perto dele; o homem também é um gênio, foi o primeiro em todas as provas que fez e é o braço esquerdo do Hoseok.

— Hmm...

Ah, Seokjin, e esse interesse aí?

— E por último, o dito cujo açúcar azedo. Esse é Min Yoongi, tem vinte e quatro anos, é especializado em perseguição e esquema tático, ele perdeu o namorado em um assassinato brutal há dezoito meses e é o caso que vocês vão trabalhar agora, tentar fechar de algum jeito aquela porra, pelo amor de Deus.

— Ele está no caso? — eu perguntei, estranhando — Ninguém tirou esse homem do caso?

— Sim, pra sanidade mental de todo mundo, Hoseok resolveu deixá-lo no caso sob supervisão de Namjoon; era isso ou ter um dos melhores detetives trabalhando sozinho e sem o conhecimento de Hoseok, ele não podia arriscar isso. Não tivemos nenhuma pista até então, depois do caso da Lady Oca que era sobre contrabando de drogas dentro de estátuas femininas que eles resolveram, só agora o modus operandi voltou a se repetir e essa história toda veio à tona.

— E como ele é?

— Tudo se divide em era Pré-Chong e era Pós-Chong. Antes desse rapaz, o Yoongi costumava ser muito comunicativo e metido a engraçadinho com todo mundo; qualquer pessoa que ficasse cinco minutos na presença dele, acabava virando um amigo que podia ser zoado. Ele e Namjoon estavam sempre rindo de alguma coisa pelos corredores e eles animavam todo mundo, sempre estavam perto uns dos outros. Depois que ele conheceu o Chong, o Min ficou um pouco mais reservado porque o rapaz não era muito de brincadeiras, mas aqui ele ainda brincava bastante. Afinal, o Chong era um civil e não entrava no distrito.

— E na era pós-Chong? — eu perguntei.

— Depois que eles completaram um ano de namoro, as coisas começaram a se complicar. Chong era muito ciumento e achava que o Min ia trair ele com qualquer um que aparecesse na frente, então cercou o rapaz, e o Yoongi, apaixonado, só seguiu a chamada. Depois de dois anos, ele estava irreconhecível, quieto no canto dele, sem brincar com mais ninguém. Só que nesse tempo entre o primeiro e o segundo ano de namoro deles, começou a Operação Lady Oca. Yoongi caiu de cabeça, porque precisava de uma promoção antes de ser trocado de distrito, ele gostava muito daqui.

— Gostava?

— Acho que sim. Depois que começou a operação, o Chong ficou possessivo ao extremo e isso afetou o rendimento do rapaz, o Namjoon chegou a conversar e a sair no braço com o Chong, mas não adiantou. No fim, Yoongi estava com ele por medo do rapaz impulsivo fazer alguma coisa contra si mesmo caso ele resolvesse terminar o namoro, mas estavam perto disso. Resolveram dar um tempo e Chong aceitou por um milagre divino, mesmo assim, eles ainda se falavam bastante. Foi nesse tempo que ele ligou para o Min e disse que "eles" sabiam dele e que estavam perseguindo o rapaz. Foi a noite que ele foi assassinado.

— Que horror. — Jin colocou as mãos na boca.

— Chegamos. Vou mostrar o apartamento de vocês. — ele indicou e nós saímos do SUV, acompanhando lentamente o rapaz. — O fato é que depois de um ano, o Min estava bem de novo, promovido e tudo o mais, só que ele ainda se culpa muito pelo que aconteceu. Não voltou a ser o mesmo rapaz alegre que todo mundo conhecia, e as pessoas perguntando sobre o namorado que morreu nos braços dele assassinado não ajudava em nada. Com isso ele começou a ter um sorriso doce e frio, pra poder se livrar dessas pessoas que queriam deixar ele bem sem poderem fazer isso. Namjoon o apelidou de Suga por isso.

— Por isso você chama ele de açúcar azedo?

— Sim. — ele riu. — O apartamento de vocês é o quatro, no primeiro andar. Vamos.  — ele chamou e continuou explicando enquanto subia o lance de escadas. — Não pense por um segundo que ele é bonzinho e fofo. Se irritar o homem, ele vai te mandar pra puta que pariu sem pensar duas vezes. Ele é extremamente sincero e não poupa palavras, então não ligue se ele responder mal o seu bom dia. Ele é assim mesmo, mais fechado, mais na dele. Se sentir à vontade, ele vai conversar, se não, nem adianta.

— Que difícil. — disse Jin.

— Parece, mas Suga é gentil, não é de implicâncias à toa, só não pisa no calo dele. Ele é aquele tipo calmo que explode o mundo quando se irrita, mas ele é ótimo de se trabalhar com, porque pelo menos nos casos ele continua muito comunicativo. Você sempre vai saber o que ele pensa, ele gosta de deixar claro. Chegamos.

O apartamento era muito bonito, mobiliado de um jeito simples e acolhedor, as paredes claras e os móveis escuros faziam do lugar espaçoso. Cada quarto tinha o seu banheiro e uma cozinha bonitinha que provavelmente não seria usada. Ou seria, Jin ama cozinhar.

— É lindo! — eu deixei minha mochila no sofá preto e corri os olhos pelo lugar.

— Eu amei isso aqui! — Jin se jogou no sofá e Taehyung riu.

— Vocês entram às oito, saem às cinco, quando não tiverem que fazer algum serviço extra. Vou explicar como tudo funciona no Distrito. Exatamente agora, Hoseok deve estar dando as mesmas explicações sobre você para eles.

 

Busan, Distrito, Terça-feira, 6:04h

POV NAMJOON

Eu acordei com o sol nascendo, era bem comum; eu tinha me acostumado a acordar muito cedo, nem precisava do despertador, mas mesmo assim eu gostava de ter essa precaução. O clima estava agradável, mas tinha um pouco de neblina que o sol ainda não tinha dissipado, então eu coloquei um moletom preto e uma calça folgada, peguei o celular e os fones de ouvido, coloquei alguma música do Drake e deixei que a minha playlist corresse; fui até o quarto do Suga avisar que eu estava indo correr, ele só resmungou, como fazia todo dia.

Eu não corria muito, dois quilômetros era o que dava, mas eu gostava de fazer isso, organizava a minha mente e mantinha meu corpo são. A minha rua era plana e calma, muitas pessoas faziam caminhada ali àquela hora, alguns com cachorros de todos os portes, de pequenos a enormes. Mais uma vez, aquele Dálmata cinza e preto que eu achava lindo latiu para mim. A dona dele passou a me cumprimentar, já que o cachorro dela parecia me cumprimentar toda vez que me via.

Dei a volta na praça perto do apartamento e corri mais alguns quarteirões, depois voltei pelo outro lado e conferi os dois quilômetros e pouquinho no aplicativo do celular, junto com as horas; eu tinha que voltar, passava das sete.

Quando eu cheguei, Suga estava fazendo o café, meio trocado. Os cabelos úmidos indicavam que ele já tinha tomado um banho para acordar da ressaca de sono acumulado que ele vivia, a calça preta era uniforme e o cinto ainda não tinha o distintivo e as algemas, mas ele estava com o coturno calçado. Ele é obrigado a fazer exercícios na academia do Distrito, então ele é bem forte, em vista dos seus músculos não serem do tipo que incham e isso chega a esconder um pouco sua força; o peito e barriga muito brancos pela falta de sol tinha músculos suaves e uma tatuagem de seis meses atrás, na costela.

Aquela tatuagem significava muito para ele, era o marco do recomeço da vida que tinha sido quase destruída pelo ódio de quem tinha matado o ex-namorado e a culpa por não ter pegado o homem ainda. Em coreano, estava escrito 죽지 않아 묻지 마라 소리 질러 , de cima para baixo, em uma linha, e do lado, também de cima para baixo, not today. "Não pergunte, não morra, grite: hoje não.". Duas linhas verticais que, com certeza, ajudaram o rapaz a não desistir de tudo.

Se o Suga já tentou se matar por isso? Nunca chegou a tanto, mas eu apostava uma mão que tinha pensado várias e várias vezes. Só pela frase tatuada em preto na costela, era claro isso.

— Bom dia, Suga.

— Dia, Joonie. Frio?

— Nenhum pouco.

Eu sorri e fui até o meu quarto tomar um banho, vesti a calça preta que era uniforme e o coturno, coloquei uma camiseta preta e uma jaqueta jeans, peguei o colete e meus documentos, descendo para tomar o café.

— Que temos de bom hoje?

— Panquecas, porque eu sou legal. – ele respondeu.

— Com certeza é. – eu me servi de algumas e peguei uma xícara grande de café para acordar; Suga gostava de pouco açúcar, eu gostava doce. – Alguma coisa programada para hoje?

— Alguns relatórios, algumas caixas, alguns... relatórios. Já disse que temos relatórios?

— Não.

— Temos, temos muitos.

— Já disse que você é irritante?

— Ainda não, mas são só sete e quarenta e cinco da manhã.

Com um sorriso, ele entendeu que eu o mandei se foder mentalmente. Esse era o bom de morar tanto tempo com ele, entendia o que ele queria dizer sem ele precisar dizer. Terminamos nosso café da manhã e ele foi terminar de se trocar enquanto eu pegava as chaves do carro e os documentos dele. O rapaz voltou com uma camiseta verde e um moletom de zíper, preto.

— Vamos.

— Isso que eu disse que não está frio.

— Você mente.

Eu concordei rindo alto e fechei o apartamento quando ele saiu; sabe aquela sensação de que alguma merda vai acontecer hoje? Senti exatamente isso quando fechei a porta. Espero que não seja nada.

*

— Bom dia, detetives. – Kookie apareceu na nossa frente assim que entramos nos corredores do Distrito, um sorriso largo indicava que tinha acontecido alguma coisa e ele queria nos contar primeiro.

— Bom dia. – eu sorri para ele.

— Dia. Onde é o incêndio?

— Na sala de vocês. – ele sorriu. – Hoseok pediu pra eu vigiar a chegada, pegar café e fazer vocês irem direto pra sala.

— Tudo isso pra gente não sair correndo dele?

— Quando o açúcar souber o que está acontecendo, é exatamente isso que ele vai querer fazer.

Sem explicar mais nada, Kookie caminhou com a gente até nossa sala e praticamente nos jogou lá dentro; Hoseok estava mexendo no celular quando a porta abriu e nós quase caímos lá dentro.

— Bom dia, pessoas. – ele sorriu. Hoseok era, de longe, a pessoa com o sorriso mais bonito que eu conhecia.

— Bom dia, chefe.

— Dia. – Suga inclinou a cabeça para o lado e observou Hoseok. – Por que estão todos agindo estranho?

— Senta. – disse ele. – Vamos falar sobre as novidades.

— Que novidades?

— Vocês devem ter ouvido os boatos, porque essas paredes têm ouvidos. Quando o corpo de Maia foi encontrado com o mesmo modus operandi do Chong, nós entramos em alerta. O caso tem um ano e meio, ainda não foi encerrado e eu e meus chefes estamos preocupados com isso.

— Nós vamos fechar.

— Eu sei que vão, mas eu acho que precisamos de um apoio. Pessoas com visões diferentes de tudo isso para dar uma luz, que seja, nesse caso. Vocês, a partir de amanhã, não são mais uma dupla, e sim um quarteto; temos dois detetives transferidos de Londres para cá e eles começam amanhã no caso do Adaga.

Fodeu.

— Não. – Yoongi respondeu, curto e grosso, como sempre.

— Não é uma escolha, Yoongi.

— Eu e Namjoon vamos resolver esse caso, não precisamos de ajuda com isso, obrigado. – ele se levantou.

— YOONGI SENTA AÍ. EU NÃO TERMINEI DE FALAR, Ô CARALHO. – Hoseok gritou.

Sem ter escolha alguma, ele se sentou novamente.

— Não foi uma decisão pensada só por mim. Você já sofreu demais com tudo isso, é bom que vocês dois tenham alguém que possam conversar e aliviar esse peso.

— Se você acha que...

— EU ACHO, Min Yoongi... que foi generosidade desse Distrito não tirar o caso das suas mãos desde o começo, e se você não aceitar a ajuda, eu posso muito bem fazer isso agora mesmo. Se você não cooperar, o caso vai para eles e vocês dois vão ficar assistindo de fora. E se ratear... eu mando vocês pra outra cidade fazer trabalho interno, então... não testa a minha paciência.

Do mesmo jeito que Hoseok era um amor de pessoa, ele era firme como uma pedra.

— Mas...

— Eu fui claro, detetive Min?

— Hoseok, eu...

— EU FUI CLARO?

— Sim. Como cristal, senhor.

— Ótimo. Namjoon?

— Tudo bem.

— Esses são os detetives transferidos. – ele jogou duas pastas para nós. – Kim Seokjin é o mais velho, vinte e cinco, especialista em perícia, balística e armamentos, tem fama de conseguir desenhar a cena do crime muito melhor que muita gente junta. Em Londres ele participava de negociações porque o chefe de balística deu em cima dele e o rapaz quebrou o nariz dele, então transferiram Seokjin e afastaram o homem, logo no início da carreira dele, há cinco anos.

— É o que? – eu perguntei.

— Dizem que o cara prendeu o detetive contra a parede e tentou tirar a calça dele. Tomou um belo soco. Londres é muito ruim. – ele acenou negativamente com a cabeça. – Jin é muito bom em qualquer coisa que faz, mas ele prefere a perícia. Foi transferido para cá porque solucionou um bom caso e ganhou uma promoção. É isso que corre na corregedoria, mas na verdade, ele foi encontrado amarrado e sendo obrigado a chupar o pau de um homem da homicídios, depois de ter sido surpreendido e agredido fisicamente. Muito agredido, devo dizer. Com pontos na testa e tudo o mais.

— Dentro do distrito?

— Dentro da Scotland Yard, Nam.

Eu não podia estar mais chocado. O homem é tão bonito que parece um modelo ou ator, essas pessoas que vivem em revistas que vendem mais exemplares que o jornal local. Além disso, ele me parecia bem alto, mas como Yoongi, não me parecia muito forte. Com essas qualificações, ele não precisava, devia trabalhar internamente; infelizmente os "amigos" de trabalho abusaram disso.

— Ok, agora eu tenho nojo desse Distrito em que ele trabalhava.

— Não eram todos, mas aconteceu duas vezes, aquela assim que ele entrou e essa há duas semanas. Acho que é o preço de ser bonito demais e inteligente demais. Felizmente, ele sempre teve o primo para salvar o rapaz, e vamos dizer que ele não poupa músculos para ir ao socorro de Jin.

— E quem é o primo? — perguntou Yoongi.

— Park Jimin, vinte e três anos, especializado em tática e trabalho de campo, conhece tudo de armamentos, de fogo e armas brancas, sabe usar quase todas elas. Começou como investigador e dizem que é muito bom com isso, mas é claro que não trabalhava no interrogatório porque estourou a cara de alguém.

— São bem problemáticos.

— Bom, Namjoon... eles matam um leão por dia para sobreviver. Não quero começar defendendo eles, porque se alguém fizer alguma coisa sequer parecida aqui, eu mesmo estouro a cara e não quero saber quem foi. Mas... — ele pareceu pensar se falava ou não.

— Mas o que, Hoseok? — perguntou o Min.

— Que se foda, vocês vão saber de todo jeito. Eles não iam vir pra cá, só vieram depois do acontecimento duas semanas atrás. Quando aquele policial bateu no Jin e o amarrou, abusou dele, o primeiro a chegar ao local e impedir foi o Jimin. Ele atraiu o homem e puxou seu membro com tanta força que os médicos falam em cirurgia reparadora. Fora isso, ele fraturou quatro costelas dele, trincou mais duas e, bem... o nariz do homem ficou arrebentado, a estimativa  é de cinco cirurgias plásticas para começar a voltar no lugar. A cara dele parece uma bolacha agora.

— Caralho...

— Eu faria a mesma coisa que ele se fosse você no lugar do Jin, Namjoon. Não julgo o homem, ele usou as mãos e defendeu o primo, não foi nada errado visto o que aquele cara fez.

Hoseok fez aquela cara de "viu o que eu estou querendo dizer?".

— Eu os aceitei pelas circunstâncias, e porque provavelmente com um histórico desses eles não iriam para bons lugares. Eu pedi que eles viessem para cá.

— Se está pensando que iremos concertar eles...

— É exatamente isso que eu estou pensando. Mas vai acontecer de forma natural, não vão precisar se preocupar com isso. Perguntas?

Silêncio.

— O último relacionamento de Jimin foi há um ano, terminou porque ele foi trocado. Sabem como é essa vida e escolher namorar civis só torna tudo complicado pra pessoas como ele, então o rapaz caiu fora. Desde então nada fixo, ele se concentrou mais no trabalho e em sair de lá. Há rumores que Jimin foi traído, mas ninguém confirma nada a respeito, quem tiver coragem, que pergunte e me conte depois.

— Informação desnecessária. – Yoongi deu de ombros.

— Que você estava louco se perguntando, que eu sei, Min.

— E o Jin? — eu perguntei.

— Terminou porque não aguentou a pressão, ele não podia dar a atenção que queria e não se sentia mais feliz com isso. Foi há quase dois anos, depois disso ele teve alguns problemas com pessoas querendo vazar informações sigilosas e saindo com ele por interesse, então desistiu de vez; depois do que aconteceu com aquele policial, eu suponho que tudo complique.

— Que vida triste a deles. – eu fechei a pasta. – Espero que tenham mais sorte aqui.

— Vão precisar ter um pouco mais de paciência para levar as coisas aqui dentro e eu quero que vocês os ajudem a se adaptar.

— Com prazer. – eu respondi.

— Nem fodendo. – Min cruzou os braços.

— O que foi dessa vez, Suga?

— Namjoon vai querer ajudar o Jin, e me sobra o esquentado aí. Me diz, Hoseok, em que mundo você me vê convivendo bem com alguém como ele?

O chefe passou a mão pelos cabelos pretos curtos, retirando-os da testa; ele deu um sorriso de lado antes de continuar.

— Existe fogo e existe água, Yoongi. E existe calor na água. Às vezes... a água fervendo causa mais estrago que o próprio fogo, sozinho.

— Odeio suas comparações.

— Eu gosto. – respondi e vi o açúcar me olhar feio. – Quê? Eu gosto mesmo.

— Cala a boca, Namjoon.

— Pedi para que eles passassem daqui hoje à tarde, mas infelizmente, vocês não vão vê-los; estarão organizando relatórios.

— Que merda. – Yoongi passou a mão pelos cabelos.

— Leiam a fichinha deles pra saber com quem estão lidando. – ele sorriu e se levantou, puxando levemente a camiseta verde colada para baixo. – Vejo vocês depois. Ah, e a propósito... — ele se encostou na porta. — Se começarem um relacionamento, quero que lembrem-se que não interessa se estão se comendo ou se matando das portas do Distrito para fora, das portas para dentro, vocês são profissionais e vão trabalhar bem, sem frescura, sem cara feia, sem putaria, Namjoon.

Eu levantei as mãos. — Porque você fala de putaria e já chama meu nome?

— Por que será, não é mesmo? — ele sorriu. — Era só isso. Me fui.

Ele saiu da sala e fechou a porta. É claro que Yoongi não se deu ao trabalho de pegar a ficha, então eu mesmo a recolhi e comecei a ler atentamente, primeiro sobre Jimin. Eu queria conhecer os primos, apesar dos problemas que eles já tinham causado; cada um deles tinha uma boa justificativa, mesmo assim, eles não deviam ter feito.

— Babando pelo Seokjin?

— Estou lendo sobre o Jimin, mas o Jin é gostoso demais para ser ignorado. – eu respondi, concentrado em ler enquanto meus dedos se apoiaram nos meus lábios.

— É, o Jimin também é. E eu achando que tinha um gênio ruim.

— Você tem.

— Eu sou um anjo perto dele, Joonie! – ele me olhou com aquela cara de incredulidade.

— Só se for Lúcifer, porque você é o próprio demônio.

Ele sorriu para o nada e começou a brincar com a caneta. – Eu era mesmo, não é?

— Eu sinto falta do meu amigo. Daquele que fazia piadinhas sujas comigo, e não só ria delas.

— Me sinto nadando contra a correnteza, Namjoon. – ele suspirou pesado. – E eu não quero mais.

— Vai dar tudo certo, Suga. – eu sorri e apoiei meu rosto na minha mão. – Confia, se joga, eu vou segurar você.

— Obrigado, hyung.

— Sempre. – eu pisquei para ele. – Agora vamos que essa papelada não vai se resolver sozinha.

— Quem dera se resolvesse. – ele sorriu de lado.

Agora eu tenho um bom pressentimento. E eu gosto de bons pressentimentos.


Notas Finais


Yoooooongiiiii se joga que a gente te segura ♥

Jin, meu principe, só sofreu naquele lugar :( ainda bem que eles saíram de lá. Jimin sempre esquentando e protegendo o primo ♥ E o Suga, claro, com aquele NÃO curto e grosso dele haushuahsuhasuhuahs

E aí, que acharam da fichinha técnica dos rapazes?
Gostaram? me deixe saber ♥♥

2beijo


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