História Ele é o 5 (Yoonmin e Namjin) - Isso É Negociável, Yoon?

Busan, Restaurante Sop, Terça-Feira, 17:30h

POV TAEHYUNG

Finalmente, o expediente tinha acabado. Eu tinha combinado de sair com Jungkook, ofereci a companhia para o Jung, o Min e o Kim, mas o chefe disse que estava cansado demais para isso. Infelizmente. Seguimos para o Sop, o lugar que tinha o melhor kimchi da cidade – depois de ter que esperar o desastre Namjoon trocar a camisa que manchou de café. Suga parecia bem, um pouco mais sorridente e eu desconfiava que era a perspectiva de ter alguém que pudesse ajudar a resolver tudo isso e enterrar essa história de uma vez. Comecei a prestar atenção na conversa aleatória.

— Eles parecem ser legais. – disse Namjoon.

— Jin é mais quieto com os outros, perto do primo ele prefere que o primo fale, mesmo assim, ele é bem firme nas opiniões que tem. – eu disse, comendo uma porção de kimchi logo depois.

— Acho que eu posso dizer... que Jin é mais fofo.

Nós três olhamos para o Jungkook depois dessa frase.

— O Jin? – perguntou Suga.

— Ele parece ser o mais sério. – Namjoon olhou curioso para Kook.

— Eu apostaria no Jin. – ele deu de ombros, sorrindo. – Calmo, quieto, fácil de conversar, sereno, sempre com uma resposta boa pra qualquer coisa que você perguntar. Jimin é um pouco mais explosivo.

— Pode apostar que é. Viu a ficha dele, certo? Não dá pra imaginar alguém baixinho daquele jeito com tantas encrencas no currículo.

— Verdade, Tae. – Kookie sorriu para mim. – Mesmo assim, eles têm muitas medalhas, muitas condecorações e tudo o mais. Os parceiros de vocês são muito bons.

— Só acredito vendo. – Suga disse num reflexo.

— Soou errado, Yoongi... muito errado. – eu ri da cara do rapaz e um pouco mais quando ele me mostrou o dedo do meio. 

— Heeeeey, não manda o Tae ir se foder, Yoongi. Eu faço isso por ele. – Jungkook passou o braço pelo meu ombro e riu baixinho, me puxando para ele.

— Não vão assumir esse relacionamento aí, não?

— Pra que? – eu disse, limpando o cantinho da boca de Kookie. – Hoseok não se importa, então não precisamos assumir nada. Estamos felizes assim.

— Muito. – ele sorriu e deixou um beijo na ponta do meu nariz.

— Não são uma gracinha? – disse Namjoon, apoiando a mão no queixo.

— Tão docinhos que me enjoam. – Suga sorriu de lado; minha vez de mostrar o dedo para ele.

**

 

Busan, Apartamento de Taehyung e Jungkook, 19:01h.

POV JUNGKOOK

Namjoon estava de carro, então ele e Suga foram para o apartamento que dividiam enquanto eu e Tae seguimos para o nosso. Somente os dois sabiam que dividimos um apartamento já fazia pouco mais de um ano e que namorávamos há dois. Não era interessante para as pessoas do Distrito saberem disso, a felicidade quietinha dura muito mais; deixei as chaves no aparador e me joguei no sofá, abrindo um botão da camisa que me incomodava.

— Então... que achou dos rapazes. Sem mentiras, Jungkook.

Tae sentou no meu colo, de frente para mim enquanto perguntava e, por reflexo, eu segurei suas coxas e subi minhas mãos até a sua bunda. Eu sempre fazia isso, mesmo que ele não sentasse no meu colo com segundas intenções, como agora, ele só queria conversar e ter a minha total atenção.

— Sem mentiras, Taehyung. – Eu imitei seu tom de voz antes de deixar um selar sobre seus lábios. – Jin e Namjoon não formam um casal lindo?

— Eu vim pensando a mesma coisa o dia inteiro. – ele riu. – E o Jimin com o Suga?

— É... um casal pervertido, eu diria, mas bonito também. Eu quero só ver esses dois se encontrando e colocando fogo no Distrito.

— Pois é. – ele riu. – E o ciúmes do Yoongi colocando fogo no que sobrar. Jimin é bonito, qualquer um olha. Você viu a bunda dele? – ele fez um gesto indicando grandeza.

— Vi, mas não fiquei reparando, vai que eu não consigo ser discreto que nem você.

Ele deu uma gargalhada com seu sorriso retangular. – Idiota.

Sem pressa, ele colocou uma mecha de cabelo minha atrás da orelha e sorriu, apenas me olhando; ele sempre fazia isso e podia ler a minha mente inteira, eu nem sabia como.

— Você está tão cansado, meu amor. – ele disse baixinho enquanto acariciava meu rosto.

— O dia foi bem cheio. – fechei meus olhos aproveitando o toque suave dele. – Papelada, ocorrências, separando fichas... mas eu fiquei sabendo que você ficou organizando os arquivos da Lady Oca pros detetives. – eu abri os olhos para encarar os seus. – Tão cansado quanto eu.

— Vamos dizer que a minha eficiência vai além de tudo isso, Kookie. – ele sorriu e prendeu as mãos na minha nuca. – Quando eu vi que o modus operandi tinha se repetido e o Hoseok começou a mexer os pauzinhos para trazer pessoas do estrangeiro, eu já me adiantei e comecei a organizar as coisas para eles. Então, tudo que eu fiz hoje foi pegar as fichas e deixar na mesa do Hoseok, depois de tirar um cochilo no almoxarifado. – ele piscou para mim.

— Eu não sei se eu te amo ou se te odeio.

— Uh, confessa ser um pouquinho dos dois. – ele riu e selou meus lábios novamente, sem pressa.

Suas mãos desceram pelos botões da minha camisa enquanto ele os abria, sua língua causou um arrepio gostoso ao se encontrar com a minha num beijo que foi se tornando mais urgente a cada segundo; infelizmente, ele finalizou com uma leve mordida no meu lábio.

— Eu sei o que você precisa. – ele se levantou, segurando a minha mão.

Não respondi nada, tampouco precisava que eu dissesse algo quando o rapaz me puxou para o quarto e depois para o banheiro; ele tirou a minha camisa, seus dedos arrepiaram minha pele, mesmo depois de dois anos eu sentindo os mesmos toques, isso sempre acontecia e eu já duvidava que fosse passar. Suas mãos desceram para o cinto que ele tirou da calça, logo depois desabotoou-a e ela foi ao chão; seus dedos finos alcançaram a sua camisa, mas eu o impedi tomando o lugar das suas mãos e atirando para ele. Sua pele pálida não recebia meus chupões há algum tempo, devido ao meu cansaço mental e físico, ele que acabava cuidando de mim e deixando algumas marcas pelo meu corpo, mas eu não me importava com elas.

— Sua pele está tão branquinha, hyung... — eu disse ao passar meus dedos pelo seu pescoço, fazendo o rapaz o expor para mim.

— Uhum... meu baby boy anda um tanto cansado. — senti sua voz ressoar pela garganta que eu segurava de leve.

— Devia puni-lo por isso. Por não te dar atenção, — eu abri os últimos botões da sua camisa. — por não arrepiar o seu corpo com os chupões no pescoço que você gosta... por não te foder metade da noite e fazer você gritar de prazer.

— Eu vou puni-lo. — ele respondeu baixinho enquanto eu deixava que sua camisa caísse no chão. — Mas não hoje.

Desci meus dedos pela sua barriga, arranhando-a e me abaixei em frente a ele, tirando sua calça e a boxer logo depois. 

— Você está tão cansado, Kookie... — ele enroscou seus dedos no meu cabelo. — Não precisa me chupar, me deixa cuidar de você.

Concordei minimamente enquanto eu começava movimentos lentos no seu falo, mas eu não me importava muito com estar cansado agora; passei a língua pela cabeça do membro e senti os dedos do rapaz segurarem firme meu cabelo, coloquei então a glande na boca e comecei a chupar com força, soltando-a com um estalo que fez o rapaz arquear a coluna, soltando um gemido mais alto com isso. 

— Ah, Kookie... como eu senti falta da sua boca.

— Eu sei que sim. – respondi antes de passar a minha língua por ele e o chupar novamente.

Coloquei o membro na boca, o quanto eu conseguia até me acostumar com isso e relaxar a garganta para poder abrigar o máximo que eu podia de Tae, o que o fez segurar um grito.

— Puta que pariu, Kookie... Você vai... me fazer gozar assim.

— Não seja um bad boy, hyung... não termine a brincadeira antes da hora... é dentro de mim que você tem que gozar.

Era outra coisa que já tinha um certo tempo que eu não fazia: chupar o rapaz assim, enquanto olhava em seus olhos cerrados e o provocava com palavras sujas; nas últimas duas semanas, nosso estresse foi tanto que quando chegávamos em casa, o máximo que fazíamos era tomar banho juntos e dormir abraçados, inclusive no final de semana, bem diferente do nosso comportamento habitual de deixar metade dos vizinhos saberem exatamente o que estávamos fazendo e a outra metade com vontade de fazer também. Nosso prédio só tinha sete apartamentos, um vago e os outros cinco com estudantes da faculdade, não tinha família ou crianças ali, o mais novo provavelmente era eu mesmo. Ótimo, para nós.

— Vem aqui, baby boy. — ele me chamou, me puxando de leve para cima.

Eu subi mordendo com força sua barriga, seu peito e seu pescoço, deixando uma marca logo na base dele, de modo que a camisa tapasse amanhã; seus lábios foram até os meus com urgência, mordendo e sugando meu lábio inferior, sua língua se perdeu com a minha enquanto suas mãos desciam pelo meu corpo e tiravam a minha boxer. Segurando minha mão, ele me puxou para dentro do box e o fechou, ligou o chuveiro e esperou que a água estivesse morna para me puxar; minha pele doeu quando ela acertou meus músculos tensos, molhando meus cabelos e os colando na testa, mas logo foram jogados para trás pelo rapaz. 

— Você quer que eu te dê um banho, Kookie? – Tae perguntou no meu ouvido enquanto suas mãos puxavam minha cintura para ele.

— Quero...

— Mas primeiro... eu vou comer você.

— Vai? — eu mordi meu lábio em expectativa.

— Eu vou foder você até gritar o meu nome, Jungkookie.

Senti um arrepio correr meu corpo com as palavras roucas do rapaz no meu ouvido; suas mãos desceram pela minha coluna e apertaram a minha bunda enquanto sua língua invadia novamente minha boca, puxando meus lábios com os dentes, sugando minha língua. Senti minhas costas serem coladas com a parede e minhas mãos serem presas dos lados da minha cabeça, sua ereção se pressionava com a minha e estava me deixando sem ar. Meu corpo parecia estar pegando fogo e nem era por causa da água quente; eu precisava dele, mas Tae sempre estava disposto a brincar.

— Kookie... vira. – Tae pediu.

Eu virei de costas para ele e senti minhas mãos serem presas na parede sobre minha cabeça; sua mão desceu novamente pelo meu corpo e deixou um tapa em uma das nádegas, me fazendo gemer baixinho.

— Eu amo o seu corpo com o meu, Kookie, e como ele fica bonito com as minhas marcas.

Ele desceu os dedos de unhas curtas pelas minhas costas e mordeu forte meu ombro, encaixando perfeitamente seu falo na minha entrada, como provocação; se eu conhecia o rapaz, ele não começaria até que eu implorasse por isso.

— Suas marcas significam que eu sou seu?

— Inteiro meu.

— Então fode seu baby boy, Tae.

Ele riu baixinho no meu ouvido. – Ansioso por isso? Eu quero ver você gritar por isso.

Ele afastou a nádega levemente ardente pelo tapa e logo eu senti que ele não me prendia mais, então sua língua passou pelo finalzinho da minha coluna e desceu para a minha entrada, me fazendo jogar a cabeça para frente.

— Ah, Tae...

Senti sua língua me invadir e minhas pernas fraquejaram; era tão bom e Tae sabia exatamente o quanto me deixava excitado quando fazia isso, juntamente com seus gemidos que me faziam arrepiar de desejo por ele. Era louco, beirava a insanidade o quanto ele conseguia me deixar queimando por dentro, embaralhar meus pensamentos, desaparecer com a minha razão; só existia duas coisas em minha mente: Taehyung era fodidamente gostoso e eu precisava dele dentro de mim. 

— Hyung... por favor...

— Por favor o que, baby boy? – ele passou a cabeça do membro pela minha entrada, me fazendo empurrar o quadril em sua direção, em busca de mais contato; a reação dele? Puxar meus fios e morder o meu pescoço. Um gemido alto escapou dos meus lábios entreabertos.

— Me... fode... hyung... por... AAHH.

Sem aviso algum, Tae entrou completamente, em uma única vez; senti um pouco de dor, nada muito desconfortável depois do estado que a sua língua havia me deixado. Ele começou a estocar forte, empurrando meu corpo contra a parede, afastou minhas pernas e segurou minha cintura, acertando um ponto macio que me fazia gemer alto seu nome; senti o rapaz puxar meus cabelos e me fazer arquear a coluna para ele.

— Kookie... você é tão gostoso.

— E você fode... gostoso.

Não precisava ver seu rosto para saber que ele tinha sorrido; seu ritmo aumentou, isso estava me enlouquecendo, o som da água do chuveiro não me impedia de ouvir o som dos nossos corpos, tampouco impedia de ouvir os gemidos nada castos do meu nome, suas mãos me apertando contra ele, me mantendo firme no lugar. Com mais algumas estocadas muito fortes, ouvi Tae gemer arrastado, seu corpo colou com o meu e me prendeu na parede enquanto sua boca se aproximou do meu ouvido, seus gemidos mais baixos com a sua respiração pesada enquanto ele gozava dentro de mim me fizeram gemer junto com ele.

Gentilmente, ele me virou para ele e desceu seus lábios pelo meu corpo que parecia pegar fogo, se ajoelhou na minha frente e pegou meu falo muito duro, acariciando com uma lentidão torturante; olhando para mim ele lambeu e chupou o membro, deixando que eu visse sua língua passar por ele.

— Fode a minha boca, Kookie... eu quero engolir você.

— Ah, você não presta, Taehyung...

Ele deu um sorriso pervertido enquanto minhas mãos juntavam seus fios num aperto firme; comecei então a me movimentar, estocando a boca do rapaz que deixou sua cabeça um pouquinho para trás, dando passagem até a sua garganta. Não perguntei como ele conseguia, mas ele fazia isso tão bem que era impossível aguentar muito tempo.

— Tae... — eu gemi o seu nome e ele olhou para mim, movimentou a língua sobre a glande, aumentando a pressão e piscou o olho direito para mim. 

Maldito gostoso filho da puta. Assim eu me desfiz na sua boca, gemendo alto seu nome, forçando meu corpo a permanecer em pé, mesmo que não fosse muito possível.

— Agora... eu posso terminar seu banho. – ele passou a língua pelos lábios, retirando qualquer resquício do meu líquido que pudesse estar ali, o que me fez sorrir de lado.

— Pode... — eu concordei, tentando respirar melhor. — Eu amo você, Tae. – eu disse baixinho.

— Te amo, Kookie. – ele sorriu para mim, me puxando para debaixo do chuveiro.

*

 

Busan, Apartamento do Jimin e do Jin, Terça-Feira, 19:25h

POV JIMIN

— Eu pedi comida tailandesa, tudo bem, Jimin?

— É claro. – eu terminei de secar meus cabelos e passei pela sala, colocando a toalha para secar na lavanderia pequena.

— Então... você vem desconversando, mas eu quero saber. – ele se jogou no sofá, puxando os pés descalços para cima deles; Jin não usava uma camisa, o que mostrava seu corpo magro de gomos preguiçosos, pálido como o rosto.

— O que eu achei do Yoongi, você quer saber. – eu me joguei do lado dele.

— Sim.

— Bom... quando ele me olhou eu não consegui sair do lugar, nem desviar o olhar; eu só percebi que tinha prendido a respiração quando senti falta de ar.

— Que interessante, e você nem trocou palavras com o detetive ainda.

— Eu quero só ver como vai ser amanhã. Como eu vou conseguir trabalhar com ele, na mesma sala, se eu me sentir assim toda a vez que ele me olhar?

— Costume. – Jin sorriu. – Ou vocês se pegam logo.

— Ele não tem cara de ser fácil assim.

— Vai que ele sentiu a mesma coisa, você não sabe, Jiminie.

— Duvido...

Mas no fundo, eu queria muito que ele tivesse sentido o mesmo que eu. Talvez até mais. Eu podia sonhar, certo?

Depois de jantar e jogar conversa fora, analisando as expectativas para o dia de amanhã, Jin resolveu se deitar, então eu decidi que era o melhor a se fazer mesmo; ficar acordado só me deixaria mais ansioso e tiraria cada vez mais o meu sono. Ainda eram nove e meia, mas me despedi de Jin com um boa noite e um abraço de lado enquanto ele ia para o seu quarto e eu para o meu, ao lado do dele. Fiz minhas últimas higienes antes de me deitar, conectar o celular no cabo para carregar e olhar pela última vez os e-mails e o Kakao. Oitenta e quatro mensagens. Caralho. Antes de ler tudo, eu resolvi salvar os contatos para não me perder na conversa.

Hope adicionou você e Jinie ao grupo Investigativo.

Kookie [16:22]: Suga, você está com aquele relatório do caso vinte e cinco?

Suga [16:22]: Yeap. Precisa dele? Vem pegar, nem fodendo eu vou levar até aí.

RapMon [16:23]: Ele não está fazendo porra nenhuma, Kook, pode pedir pra ele levar aí.

Kookie [16:28]: Os novos detetives acabaram de sair daqui, eu vou passar daí pra pegar. Mas não se acostuma.

Suga [16:32]: Você que precisa e eu que não devo me acostumar? Entendi seu raciocínio, Kookie.

Hope [16:32]: Tudo certo pros novos detetives começarem amanhã, Jungkookie?

Kookie [16:35]: Tudo em ordem, amanhã vou tirar uma foto de cada um e mandar fazer os crachás. Eles já estão no grupo?

Suga [16:35]: Sim, cego.

Kookie [16:38]: Enfim, eu quero ir embora, então vou terminar de compilar o que a Soo pediu e jogar o pendrive na cara dela antes que ela me peça de novo esse material. Estou indo aí, Suga. FUI.

Hope [16:58]: CADÊ A PORRA DO RELATÓRIO, SUGA E NAMJOON? EU QUERO FECHAR ESSA MERDA ANTES DAS CINCO.

Suga [16:58]: Namjoon derrubou café, sorte que eu tinha uma cópia no notebook com as alterações que fizemos, ele já saiu pra te levar, estressado.

Hope [17:00]: Em mãos. Ouvi um amém? Hora de ir pra casa, eu tô morto de fome.

V [17:00]: Quem quer ir no Sop comer? Eu e o Jungkookie vamos. Topa Hope? Joonie? Suga?

Hope [17:01]: Vou pra casa, tô podre. Vejo vocês amanhã. Falando em amanhã, quero Namjoon e Suga na minha sala às 8:15h, sem mais minutos nem menos minutos.

RapMon [17:02]: Combinado. Eu quero ir comer, V!

Suga [17:02]: Espera a gente na frente do Distrito, V.

V [17:02]: Tá bom!

V [17:07]: Tira o pé do meu kimchi, Namjoon, para de ver pornô e desce logo.

Suga [17:08]: Na verdade, ele derramou café na camiseta, está trocando. Aguenta aí que já descemos.

V [17:08]: Mas que porra ele quer com café hoje? Já foi a segunda vez que ele derruba em alguma coisa.

Suga [17:08]: Até parece que você não conhece o desastre, V.

Não pude deixar de rir das mensagens, tinha coisas de trabalho e coisas aleatórias; RapMon era realmente desastrado e Suga era até sociável, se fosse comparar com a cara dele, eu diria até sociável demais. Tinha mais mensagens, de outro grupo agora.

RapMon adicionou você e Jinie ao grupo Gostosos do Distrito.

RapMon [21:08]: Pronto, estamos em grupo agora.

Suga [21:08]: Hora ou outra eles vão se dar conta disso. 

Suga [21:08]: QUE PORRA DE NOME É ESSE, JOONIE?

RapMon [21:09]: Você que disse pra colocar algum nome fácil que desse pra identificar bem no meio dos outros grupos do Distrito.

Suga [21:09]: Não precisava ser tão categórico.

RapMon [21:10]: Achou ruim? Troca.

Suga [21:11]: Estou pensando.

RapMon [21:13]: Duas vidas agora...

Suga [21:19]: Vai. Se. Foder.

Suga trocou o nome do grupo para J.J.N.Y.

RapMon [21:26]: O que?

Suga [21:26]: A inicial de todo mundo. Pronto.

RapMon trocou o nome do grupo para NJ/YM.

Suga [21:35]: Posso saber que porra é essa agora?

Jinie [21:36]: São shipps?

RapMon [21:36]: Exatamente. Viu, alguém entendeu. Oi Jin :)

You [21:37]: Namjin?

RapMon [21:37]: hahahahahaahaha é sim. E Yoonmin.

RapMon [21:37]: Yoongi e Jimin.

Jinie [21:39]: Aaaaaaaaaaawwwww Yoonmin! Oi, Nam :)

Suga [21:41]: Por que eu ainda deixo você fazer essas coisas, Joonie?

RapMon [21:41]: Cala a porra dos dedos e não troca o nome do grupo. Todo mundo aceitou, isso aqui é uma democracia.

You [21:42]: Eu aceitei?

Jinie [21:42]: Aceitou sim. Se não aceitar eu vou aí te fazer aceitar.

You [21:42]: Aish, Ok... que estresse.

Jinie [21:43]: Nós vimos vocês hoje, porque não foram lá dizer oi?

RapMon [21:44]: Bem que queríamos, mas tinha tanto papel para colocar em ordem, que se a gente atrasasse mais do que já estava, o Hope ia comer nosso... rim.

You [21:44]: “Nosso... rim” hahahahahahahaahaha.

Suga [21:45]: Ele faz isso com muita frequência. Eu não quis ir mesmo, vamos conviver com vocês, de todo jeito, pra que apressar?

You [21:45]: Yoongi é sempre grosso assim?

Suga [21:45]: Grosso.

Suga [21:45]: Grande e.

RapMon [21:46]: CALA A PORRA DOS DEDOS YOONGI.

Jinie [21:46]: Opa...

Suga [21:46]: Você me dizendo isso é uma novidade.

RapMon [21:47]: Ia dizer mais o que?

You [21:47]: *observando*

Suga [21:47]: Gostoso.

Por um segundo eu imaginei. Puta que pariu, porque eu ainda deixo que o meu cérebro caia nessas frases de duplo sentido?

Jinie [21:48]: Hahahahahahahaha

RapMon [21:48]: Puta que me pariu, Suga. Ótima primeira impressão.

You [21:48]: Hahahahahahaha se ele diz, quem sou eu... eu já tive a minha primeira impressão de vocês. Foi ótima.

Eles nem faziam ideia...

Suga [21:48]: Iludido.

Jinie [21:49]: Foi boa mesmo.

RapMon [21:49]: Ah foi, Jin?

You [21:49]: hahahaha com certeza, pro Jin foi muito bom.

Jinie [21:49]: CALA OS DEDOS, JIMINIE.

You [21:50]: Vem. Calar.

Suga [21:51]: Uh hahahahahaha.

A porta do meu quarto foi aberta com violência e Jin veio até mim e acertou um soco muito bem dado no meu ombro.

— Porra, Jin, o que foi?

— Tá tentando fazer o quê?

— Só estava brincando.

— Brincando, seu filho da puta? – ele me olhou, muito sério.

Por um segundo eu tinha me esquecido que ele tinha sofrido abuso a pouco tempo atrás e ele não estava realmente feliz em se envolver nem que seja profissionalmente com alguém, porque ele tinha medo. Medo de ser violentado novamente.

— Me desculpa, Jinie.

Ele suspirou e sentou na cama comigo. – Eu tenho medo deles serem iguais.

— Eu não acho que eles sejam assim. Sério, eu não acho, olha... só dá uma chance pra eles se apresentarem, e se alguma coisa acontecer de ruim com você, eu parto a cara deles, Namjoon é grande, mas não é dois.

— E o Suga?

— Acho que eu derrubo ele. — fiz uma careta e o rapaz sorriu um pouquinho.

— Espero, Jiminie. – ele suspirou. — Eu não quero ter que fugir de novo.

— Eu vou parar de jogar o Nam em cima de você.

— Até parece que ele precisa, né? – Jin riu. – Ele mesmo se joga.

— Isso é verdade. E aí? Vai?

Jin suspirou e se levantou. – Não sei. Vou me deitar e esperar. eu não quero ninguém, Jiminie... eu quero ter paz no meu trabalho, pela primeira vez em muito tempo.

— Vou fazer o meu melhor, Jinie. Prometo isso.

— Obrigado, Chimchim.

—  Boa noite novamente.

— Noite. – ele sorriu e deixou um beijo na minha testa antes de sair.

Jinie [21:56]: Pronto.

RapMon [21:56]: Ahn?

You [21:57]: Fui agredido, posso dar queixa?

Suga [21:57]: Caralho...

Jinie [21:57]: Pra aprender a não falar o que não deve, e se continuar vou te deixar roxo.

RapMon [21:58]: Uh, e vai deixar roxo como, Jinie?

Suga [21:58]: hahahahahaha.

Jinie [21:58]: Manchando isso que eu chamo de mão nisso que ele chama de cara.

You [21:59]: Jin é muito violento. Caralho, tá doendo, Jinie hyung.

Jinie [21:59]: Foda-se.

Suga [22:00]: hahahahahahahahahaha porra, Namjoon, você achando que só a gente se matava, olha só.

RapMon [22:00]: Estou vendo que não hahahahahahahaha.

You [22:00]: Depois dessa, eu vou dormir. Até amanhã.

Jinie [22:01]: Boa noite, Jiminie, durma bem!

RapMon [22:01]: Noite, Jimin. Se cuida e até amanhã. Sem atrasos.

Suga [22:01]: Noite, Minie. 

You [22:02]: Não me chama de Minie *irritado*

Suga [22:02]: Chamo sim, e se achou ruim, me faça parar.

Jinie [22:02]: Uuuhhhhhhh, pega essa, Jiminie.

RapMon [22:02]: hahahahaha vou pegar a pipoca, espera.

You [22:02]: E se eu fizer?

Suga [22:03]: Vai ser ótimo te ver tentando.

RapMon [22:03]: Que comecem os jogos.

You [22:03]: hahahahaha. Talvez, Yoon. Fui nessa.

Suga [22:04]: YOON É O SEU -

RapMon [22:04]: Mas já está xingando o amiguinho, Suga?

Suga [22:04]: Me chama de Yoon de novo e você vai engolir a língua.

Chamei o Jin no privativo.

You [22:05]: Morro ou perco a piada?

Jinie [22:05]: Eu sei o que você vai falar, e eu tô doido pra ver a reação dele. MORREEEEEE.

You [22:05]: Presta porra nenhuma, né?

Voltei ao grupo.

You [22:06]: Qual língua? A sua ou a minha?

RapMon [22:06]: *assistindo*

Suga [22:08]: A sua.

You [22:08]: Isso é negociável, Yoon?

Suga [22:11]: Totalmente.

RapMon [22:11]: hahahahaha porra, vocês nem se falaram pessoalmente ainda.

Jinie [22:11]: Eu vou sair correndo, sério. Eu que não fico perto desses dois pervertidos.

RapMon [22:12]: Eu te protejo, Jinie ;)

Suga [22:12]: O cordeirinho protegido pelo lobo. Tsc tsc.

You [22:12]: Vou nem comentar sobre o Jinie. Até amanhã :* 

Eles me disseram boa noite, Suga me chamou de Minie novamente; se ele podia me irritar me chamando de Minie, eu posso irritá-lo o chamando de Yoon. Nós nem nos conhecíamos, como chegamos nesse ponto? CA.RA.LHO. COMO eu vou conseguir fazer isso? É com esse nível de provocação que eu vou ter que trabalhar o dia todo? Fodido era pouco, e não do jeito bom. Bom, ainda não. "A minha língua ou a sua? A sua. É negociável? Totalmente."

Esse "Totalmente" me arrepiou meu corpo e eu mordi meu lábio por reflexo, sentindo o corpo começar a esquentar; por um momento, era exatamente o que eu queria, mas é claro que não ia acontecer. Mas eu podia brincar com isso, certo?

— Então vem, Yoongi. Vamos brincar.

Eu dei um último sorriso para a tela do celular antes de apagar num sono sem sonhos.

 

Busan, apartamento de Yoongi e Namjoon, terça-feira, 21:00h.

POV YOONGI

Eu me joguei no sofá enquanto Namjoon se apossou do tapete macio no chão, se enroscou nas almofadas e começamos a conversar no grupo dos novos colegas de trabalho.  Não demorou muito para que eles aparecessem, se dando conta que tínhamos criado o grupo; eles eram fáceis de conversar, tranquilos na maior parte do tempo, Jin era mais comunicativo e Namjoon não parava de comentar sobre isso. Que inferno. 

— Por que você colocou o nome do grupo como dois shipps?

— Porque eu shippo vocês dois. – ele deu de ombros.

— Vou nem comentar...

Um pouco depois, eu li aquela maldita frase.

Minie [21:45]: Yoongi é sempre grosso assim?

— Ah, eu vou responder isso.

— Suga, olha o que você vai falar, você nem conhece o... MAS QUE PORRA, YOONGI.

You [21:45]: Grosso.

You [21:45]: Grande e.

Joonie [21:46]: CALA A PORRA DOS DEDOS YOONGI.

Eu ri alto. – Que foi, Joonie? Não posso mais brincar com a comida?

— Sua conta e risco.

Jin [21:46]: Opa...

You [21:46]: Você me dizendo isso é uma novidade.

Joonie [21:47]: Ia dizer mais o que?

— Você não ficou irritado, porque está colocando fogo?

— Por que sou eu, Suga. Eu SEMPRE vou pôr fogo em qualquer coisa.

Minie [21:47]: *observando*

You [21:47]: Gostoso.

— Ah, Yoongi... se o rapaz for de brincadeira, se ele for da provocação, você tá tão fodido.

— Você mesmo disse que eu não tinha interesse em mais nada, então. Agora eu tenho interesse nele.

— Falei que tinha. E não é só sexual.

— Vamos descobrir.

Mesmo sem ter falado com ele, o rapaz me interessava mais do que a maioria das pessoas que já passaram por mim. Por que? Não tenho ideia. A conversa correu, então Jiminie resolveu dormir depois de ter – provavelmente – apanhado do mais velho. Então ele me chamou de Yoon.

— Só o Chong te chamava de Yoon, não é?

— Pois é... não gostei disso. Não quero me lembrar dele toda vez que ouvir Jimin me chamar.

— Corte, se for capaz.

— Vai ser no melhor estilo rei da porra toda.

You [22:04]: Me chama de Yoon de novo e você vai engolir a língua.

Minie [22:06]: Qual língua? A sua ou a minha?

— MAS QUE PORRA É ESSA?

Namjoon deu uma gargalhada alta e bateu a mão na minha perna.

— SE FODEU, REI DA PORRA TODA.

RapMon [22:06]: *assistindo*

— ASSISTINDO O QUE, SEU FILHO DA PUTA?

— Você sem palavras, Min Yoongi. Vai, responde o rapaz.

— Responder o que? A minha e dar a certeza que eu quero pegar ele?

— Você quer pegar ele?

— Agora é um tanto óbvio, né, Namjoon.

— Na verdade, ficou óbvio que ele quer pegar você. 

— Pois é. Que merda.

— E você está irritado porque ele sabe das suas intenções? Acho que agora todo mundo no grupo sabe. E ele está esperando uma resposta.

Franzi as sobrancelhas e respondi o rapaz.

You [22:08]: A sua.

— Pronto. Seguro, certo?

— Aí depende. Continua sendo o Jimin, depende do que ele vai te responder.

Minie [22:08]: Isso é negociável, Yoon?

— CARALHO, EU AMO AS RESPOSTAS DO JIMIN. PUTA QUE ME PARIU, EU PRECISO DE ÁGUA.

— APROVEITA E SE AFOGA, FILHO DA PUTA. – eu passei a mão no rosto enquanto o rapaz ia até a cozinha pegar um copo de água. – Que merda, Namjoon. Não era pra chegar nisso, nem de longe.

— Ah, claro, porque é “desejo sexual”, certo. Nada mais que isso.

— Já disse que te odeio hoje?

— Já. Vai, me diz que não está curioso, me diz que não quer concordar com ele e eu paro de te encher.

Eu encarei o celular.

— Posso ouvir seu anjinho e seu demônio brigando em cima da sua cabeça, Suga.

— Você está ouvindo coisas, Namjoon... 

Suga [22:11]: Totalmente.

— Eu não tenho um lado anjo.

Joonie foi conferir a mensagem.

RapMon [22:11]: hahahahaha porra, vocês nem se falaram pessoalmente ainda.

— Esse é o meu garoto.

Eu ri baixinho; realmente, eu me sentia mais eu.

Jinie [22:11]: Eu vou sair correndo, sério. Eu que não fico perto desses dois pervertidos.

RapMon [22:12]: Eu te protejo, Jinie ;)

— Eu sei que jeito você quer proteger o Jinie.

— Pelo menos não vou engolir a língua de ninguém. Não, espera...

— Vai sim. — eu ri alto.

You [22:12]: O cordeirinho protegido pelo lobo. Tsc tsc.

Minie [22:12]: Vou nem comentar sobre o Jinie. Até amanhã :* 

— Ele quis dizer que o Jin não é um cordeirinho?

— Parece que sim, Suga. — ele olhou a tela do celular. — MUITO interessante.

— Pronto, agora vai tirar a prova.

— Óbvio.

Jimin foi dormir e eu devia fazer o mesmo, mas agora estava complicado, porque fechar os olhos provavelmente me traria pensamentos do tipo minha língua se enroscando com a dele. 

— Ótimo, Yoongi, como você vai encarar o rapaz amanhã? — pensei comigo mesmo.

— Boa sorte com isso, rei da porra toda. – Namjoon se levantou e sorriu. – Já vai dormir?

— Vou.

— Apaga as luzes, tá bem? Boa noite, Suga.

— Boa noite, Joonie.

Por fim, o melhor que eu fazia era dormir. Amanhã, tinha que dar um jeito de não deixar o rapaz sem graça, ou ficar sem graça conversando com ele; graças a mim, isso seria bem difícil. Fui para meu quarto e deixei a escuridão tomar conta de tudo; naquele quase silêncio, eu pedi a Deus baixinho, mesmo que eu não fosse desses que rezavam, para que uma luz clareasse esse caso. Qualquer coisa que me tirasse dessa angústia de reviver o passado a casa sonho ruim, a cada vez que eu ouvia um grito, a cada noite de chuva. Minha liberdade só dependia de mim, mas eu tinha queimado minhas asas; como eu podia sair?

Fechei os olhos na esperança que, pelo menos hoje, eu não sonhasse com o Chong banhado em sangue, gritando minha incapacidade de resolver a sua morte.