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História Ele só queria atenção - As Cartas do Maior


Escrita por: Moyashii

Notas do Autor


Pessoal, eu vim bem antes, sim, porque eu achei injusto jogar a bomba e não dar um certo alívio para vocês.

E por favor leiam as notas finais.

Boa leitura.

Capítulo 14 - As Cartas do Maior



Acordou com fome, mas não abriu os olhos de imediato, remexeu-se incomodado sentindo uma de suas pernas pesadas, abriu a boca puxando o ar para dentro e enfim abriu os olhos. Sua visão logo se ajustou a pouca claridade do quarto onde estava, forçou a cabeça para o lado e notou que havia duas macas vazias ao seu lado. Seu coração se apertou... onde estavam os seus hyungs?

- Oh, parece que alguém acordou. - assustou-se com a voz da mulher que havia acabado de entrar no quarto. - Você deve estar com fome, certo querido?

Não conseguiu responder, o cérebro do moreno não estava conseguindo assimilar o que estava ocorrendo, testou os braços e notou que apenas um deles o estava obedecendo. Engoliu em seco, não conseguindo compreender o motivo de estar tão machucado... foi então que a cena do acidente brilhou em sua mente, fazendo-o gemer de dor.

- Não se esforce, querido. - a senhora tentava ser gentil com o paciente.

Jungkook a encarou assustado, queria sair dali, queria ver os seus hyungs.

- Onde eles estão? - sua voz saiu baixa.

- Eles? - a mulher demorou a entender. - Ah sim, os seus amigos... bom, eu vou chamar a médica e assim ela pode lhe explicar melhor, está bem?

O mais novo nem se importou em responder, seus olhos já se encontravam cheios de lágrimas, tentou se mover, mas seu corpo parecia pesar cem kilos a mais. Choramingou irritado, sentindo-se um inútil, desejava poder proteger os seus amados, gritou o mais alto que pode fazendo as lágrimas escaparem de seus olhos. Por que estava sozinho? Eles haviam morrido? Essas perguntas assombravam a sua mente, balançou a cabeça com força ignorando a dor em sua testa, já estava prestes a tentar se jogar da cama quando a porta foi novamente aberta dando lugar a uma mulher de jaleco branco.

- Como está se sentindo, senhor Jeon? - ela perguntou de um modo gentil.

O que lhe fez lembrar do seu hyung, o homem mais gentil e carinhoso que conhecera, estreitou os olhos, ignorando a pergunta da mesma... estava numa merda de uma maca, preso num quarto longe dos seus hyungs. Com certeza não se sentia nada bem.

- Veja que não é muito de falar. - comentou ao seu aproximar anotando algo em sua prancheta. 

- Onde eles estão? - forçou a voz a sair mesmo sentindo a garganta meio seca.

A moça o encarou, sabia que devia a verdade ao moreno, porém suspeitava que isso não faria bem a sua recuperação.

- Eu não sei como lhe dizer isso... mas vejo que não sossegará até saber a verdade. - afirmou séria, esses sempre eram os momentos mais difíceis da sua profissão. - Acho que está ciente de que vocês três sofreram um acidente de carro, certo?

Assentiu receoso, então a mulher lhe explicou o mesmo que havia falado ao ruivo, os olhos do moreno se arregalaram... o seu pequeno Park não iria sobreviver. Foi como ter o chão tirado de seus pés, sentiu o coração dar um solavanco.

- Você não pode deixa-lo morrer! - forçou a garganta enquanto negava com a cabeça. - O hyung não pode morrer!

- O senhor Kim disse a mesma coisa. - a mulher sussurrou com um sorriso triste. - Não se preocupe, o senhor Park está longe de morrer.

- C-Como assim? - o mais novo a fitou desconfiado.

- Bom... logo no segundo dia em que vocês estavam aqui, conseguimos um coração novo para ele. - explicou devagar vendo os olhos do moreno suavizarem com a boa notícia. - A cirurgia foi um sucesso e o coração não foi rejeitado, mas ele está em coma induzido, porque a dor das queimaduras é muito grande.

O mais novo se permitiu chorar, agradecendo aos céus por terem salvado a vida do seu hyung. Foi assim que percebeu que deveria agradecer também ao doador, ou melhor, a família do mesmo.

- E quanto ao Tae? - indagou e seus olhos se arregalaram ao ver o semblante triste da médica. - Não... Não, o Tae não! - voltou a chorar enquanto murmura "não" repetidamente.

- Eu sinto muito... e não sei como lhe informar isso, mas o doador foi Kim Taehyung. - comentou com calma.

- O coração do Tae... está dentro do Jimin? - perguntou e sentiu seu olhar se perder no teto do quarto depois de receber um aceno positivo da médica.

- Ele escreveu uma carta para vocês. - a mulher tirou um papel branco, cuidadosamente dobrado e colocou entre os dedos da mão direita do moreno. - Essa é a sua.

Sua cabeça caiu para o lado e seus olhos focaram naquele pedaço de papel... ali estavam as últimas palavras do ruivo. Mordeu o lábio inferior com medo de ler aquela carta, tinha medo de abrir a mesma e notar que tudo aquilo era real... receio de se permitir aceitar a verdade. A médica viu a expressão desolada do moreno e decidiu deixa-lo sozinho, confiava que ele não seria capaz de se machucar ou se matar, pois sabia que o moreno viveria pelo Park.

- Eu estou com medo... hyung. - choramingou assim que a porta foi fechada.

Fechou os olhos e ajeitou a cabeça mais para cima, colocando o braço direito por cima dos olhos, chorando em silêncio, escondendo a dor que o seu coração estava sentindo.

#

Não sabia ao certo quando dormiu nem quando acordou, porém agora se encontrava com os olhos abertos encarando a carta ainda fechada, que se encontrava logo acima do seu rosto. Respirou fundo, ciente de que o ruivo gostaria de saber que o mais novo havia lido as suas últimas palavras, umedeceu os lábios, estava nervoso e receoso, mas precisava ser corajoso, certo?

Desdobrou lentamente o papel, abrindo-o completamente, seus olhos pararam na primeira linha da carta onde havia apenas escrito o seu nome, ou melhor o seu apelido. Admirou por incontáveis segundos a letra bonita e bem feita do ruivo, um pequeno sorriso se formou em seus lábios ao se lembrar de como o maior pegava no seu pé sobre a sua caligrafia desleixada. Respirou fundo e permitiu que os seus olhos começassem a carta.

Jeon Jungkookie,
Meu dongsaeng mimado e dentuço, tenho tantas coisas a lhe dizer, mas não sei por onde começar nem ao menos sei se terei papel suficiente para isso. Você deve estar se perguntando o motivo desse carta e provavelmente a médica já deva ter lhe informado toda a situação, só espero que entenda a minha decisão. Afinal nenhum de nós conseguiria viver sem ele, certo? O pequeno homem de cabelo vermelho que nos amou com todos as nossas qualidades e os nossos defeitos, sempre disposto a nos fazer sorrir e emprestar um ombro para chorar, como também o único que conseguia iluminar os dias que pareciam nublados.


O mais novo sentia as lágrimas descerem pela sua bochecha enquanto seus soluços ecoavam pelo quarto.

Eu realmente sinto muito por abandonar vocês, mas foi a única solução. E eu fiz essa carta para que você saiba e nunca, jamais duvide do meu amor por você, dongsaeng, é verdade que nós demoramos a nos aceitar e amar, porém eu não me arrependo de nada e sou grato aos sorrisos que você me dava todas às vezes que eu chegava tarde da faculdade, também agradeço aos beijos loucos e apaixonados que trocavamos todos os dias, e não posso esquecer dos seus bicos... ah, como eu amo os seus bicos que lhe dão um ar tão infantil, tão puro, tão lindo. 

Não se importou em limpar as lágrimas nem mesmo quando o vento gelado do ar condicionado maltratou as suas bochechas molhadas. Podia jurar que ouvia a voz grossa do ruivo lhe dizer aquelas palavras escritas naquela carta.

Entretanto não se preocupe, eu sempre estarei com vocês... tanto nas estrelas como no coração do Minnie. Então eu humildemente peço que vivam, sorriam, casem, tenham lindos filhos e quando ficarem bem velhinhos, só aí eu direi que adoraria revê-los. E para você, meu amado coelhinho, eu tenho um segundo pedido, não desista e cuide-se, porque só assim você será forte o suficiente para proteger o nosso frágil Minnie. Eu lhe prometo que ficarei de olho em vocês, estarei guardando-os lá do céu como um anjo da guarda.

Com todo o meu amor, Tae hyung.

- Eu prometo, hyung. - o mais novo colocou a carta em cima do seu peito, apertando-a levemende. - Eu vou ser forte e cuidar do nosso Minnie. - soluçou ao fechar os olhos e ter imagens do ruivo lhe sorrindo, lhe abraçando e lhe dizendo palavras carinhosas. - Eu te amo, Tae hyung.

#

Fazia uma semana que havia acordado e descoberto que um dos seus hyungs já não estava mais presente, e fazia um dia que havia tido alta do hospital, mas continuava praticamente morando no mesmo. Já que o menor ainda estava em coma induzido, encarou o semblante tranquilo do mais velho e sorriu fraco, queria tanto que o outro ruivo acordasse, mas tinha tanto medo da reação do mesmo ao saber da morte do maior.

- Sabe, hyung, já vai fazer um mês que o Tae morreu. - ainda doía dizer aquelas palavras, mas ele havia prometido ser forte, não é mesmo? - E os médicos dizeram que daqui a pouco poderam tirar você do coma... é uma boa notícia, hyung.

Estava se esforçando para não chorar, mas era tão difícil enfrentar tudo aquilo sozinho, Deus como fora doloroso passar todos aqueles dias trancado num quarto, inútil em uma maca apenas ansiando pelo momento que veria novamente o seu amado.

- Eu sinto tanto a sua falta, Minnie. - choramingou ainda sem deixar as lágrimas escaparem. - Eu preciso de você.

Tocou a bochecha agora magra e pálida do mais velho, acariciando-a com cuidado como se o menor pudesse quebrar, fungou impedindo-se de chorar e aproximou-se do rosto do menor, depositando um demorado e delicado beijo na testa do seu hyung. Depois deixou sua mão vagar até encontrar os dedos levemente gelados do mais velho e entrelaçar com os seus, esperando pelo momento em que os médicos entrassem por aquela porta e o trouxessem de volta.

E como se as suas preces finalmente tivessem sido atendidas, a médica bateu na porta entrando logo em seguida com um sorriso animador, suspirou aliviado ao ouvir as palavras que tanto ansiava escutar. Eles iriam trazer o seu amado de volta, pediram que o mesmo se retirasse do quarto, e assim o fez... relutante, mas saiu. Sentou nas cadeiras que haviam no corredor e esperou enquanto encarava os próprios sapatos, depois de um tempo ergueu o rosto e encarou a mão que há pouco estava em contanto com a mão do outro ruivo.

Sentiu um toque em seu ombro e pulou assustado, mas logo sorriu ao ouvir a médica lhe informar que já podia entrar e que provavelmente em alguns minutos... em apenas alguns minutos teria o seu amado de volta. Entrou apressado e colocou-se ao lado da maca do mesmo, voltando a buscar pela mão do menor e entrelaçar os dedos. Respirou fundo enquanto se concentrava em qualquer mudança do mais velho, viu a testa do mesmo se franzir levemente e seu coração deu um pulo ansioso. Não queria assustar nem pressionar o seu hyung, por isso manteve um pequeno sorriso no rosto enquanto os olhos do mais velho se abriam. 

O outro ruivo sentia-se confuso, o que só piorou com a demora em seus olhos focarem no rosto a sua frente, esboçou um pequeno sorriso ao ver o seu amado dongsaeng lhe fitando e sorrindo com carinho. Mexeu os dedos das mãos e sentiu que uma delas estava sendo aquecida pela mão fina do mais novo, engoliu em seco soltando um leve resmungo ao sentir a garganta seca.

- Oh, você quer água, certo hyung? - o moreno não se atreveu a soltar a mão do menor, por isso teve que se esticar para pegar o copo de água que estava em cima de uma mesinha. - Aqui, eu te ajudo a tomar.

Com muito cuidado, o mais novo ajudou o outro ruivo a matar a sede, e depois de colocar o copo no mesmo lugar de antes, voltou-se para o menor e acariciou-lhe a bochecha, tentando transmitir segurança e amor ao amado.

- Jungkook-ah. - a voz do mais velho saiu levemente rouca, recebeu um pequeno sorriso em resposta e prosseguiu. - O que aconteceu?

O mais novo suspirou cansado, sabia que essa pergunta um dia chegaria, porém nunca estaria preparado para responde-la. Contou toda a verdade para o mais velho, desde o acidente até o fato de ter o coração do Kim dentro de si, e enquanto o moreno tentava segurar as lágrimas, sendo forte como havia prometido ao ruivo... o menor chorava como uma criança que acabara de perder os pais.

- Eu sinto muito, hyung. - disse por fim, indeciso do que fazer a seguir.

- Por quê... Por que ele fez isso? - o mais velho não conseguia aceitar a verdade. - Por que não me deixou morrer? 

- Porque ele não saberia viver sem você. - o moreno afirmou, ainda era doloroso falar sobre a morte do ruivo. - Assim como eu também não saberia.

- Mas não é justo! - o menor soluçou alto, e colocou uma mão em cima do peito, como se pudesse sentir o ruivo em si. - Jungkook-ah. - choramingou o nome do mais novo, pedindo por conforto.

O Jeon sorriu contido e se deitou ao lado do outro ruivo, envolvendo-o em seus braços deixando que a cabeça do mesmo se afundasse em seu peito, logo abaixo do seu pescoço. Fazia um afago gentil nas costas do seu hyung enquanto o ouvia chorar, totalmente perdido e quebrado... assim como o mais novo ficara ao descobrir a verdade.

- Vai ficar tudo bem, Minnie. - fechou os olhos com força e sentiu algumas lágrinhas escaparem do seu controle. - Nós vamos ficar bem.

#

Foi necessário mais uma mês internado para que os médicos liberassem o mais velho, e em todos esses dias, o Park não teve coragem de abrir a carta nem mesmo teve a ousadia de perguntar ao mais novo o que havia escrito na dele. E o moreno não o pressionara, na verdade, o Jeon estava sempre com o menor, dando-lhe atenção e carinho, mostrando-se forte nos momentos de recaídas do mais velho... que infelizmente eram frequentes.

O casal agradeceu aos céus quando finalmente chegaram em casa, porém travaram assim que entraram, eram tantas lembranças... sem pensar muito o mais velho buscou conforto nos braços do mais novo, que lhe abraçou fortemente como se também estivesse precisando da segurança que o corpo do menor lhe proporcionava. Ficaram alguns minutos na mesma posição até que se acharam prontos para encarar todas as emoções que eles sabiam que viriam, de mãos dadas caminharam até o sofá e se sentaram, agradecidos por estarem finalmente a sós sem médicos e enfermeiras para atrapalhar ou fazer perguntas inconvenientes.

E por algum motivo que nem mesmo o mais velho conseguiu entender, sentiu vontade de ler a carta, virou o rosto deparando-se com o mais novo lhe fitando com carinho, quis chorar e agradecer pela paciência e pela força que o moreno estava demonstrando... como também queria se desculpar por ser tão fraco diante a situação onde ambos precisavam de um conforto.

- Me perdoe, Jungkook-ah. - pediu com os olhos já marejados. - Eu queria poder retribuir... mas não sei se consigo. - confessou, mas sem se permitir chorar.

- Shhh... - o moreno puxou o mais velho para o seu colo, fazendo o mesmo sentar de lado sobre as suas coxas. - Você não precisa se desculpar, Minnie... o Tae me pediu para ser forte. - explicou. - E é graças as palavras dele que eu pude cuidar direito de você, hyung.

- Ele lhe disse isso... na carta? - ergueu o rosto, fitando o olhar levemene receoso do mais novo.

Jungkook assentiu e esperou pela reação do mais velho, ou até mesmo por uma recaída, porém surpreendeu-se ao ouvir o pedido amedrontado do menor.

- Fica comigo enquanto eu leio... a minha? - pediu sem tirar os olhos do mais novo, que sorriu e assentiu em resposta. 

Então o Jeon tirou a carta de seu bolso, onde sempre a guardava, pois nunca saberia quando o mais velho iria querer lê-la, entregou o papel cuidadosamente dobrado ao menor e viu o mesmo o encarar, preparando-se para ler o que o ruivo queria lhe dizer. Fitou o moreno que lhe encorajou a abrir a carta, engoliu em seco e a abriu lentamente, desdobrando o papel para enfim encarar a letra do maior. Já quis chorar com o uso do seu apelido, porém mordeu o lábio contendo as lágrimas e voltou a ler.

Park ChimChim,
Você foi e sempre será o meu amor de infância, então eu espero que você me perdoe, pois eu sei que posso ter sido egoísta na minha decisão final, mas entenda que eu jamais viveria feliz sem você ao meu lado. E eu sei que está sendo difícil, como também sei que o nosso dongsaeng está sendo forte por você, então não se permita desistir... lute por nós, pelo o que nós três cultivamos, agarre-se a esse sentimento e siga em frente, sendo essa pessoa brilhante que você sempre foi. Eu sei que você sabe, mas irei repetir quantas vezes forem necessárias, eu te amo, e é por isso que posso ir em paz, sabendo que você viverá com uma parte de mim em si. 


O moreno observou o seu hyung desistir de conter as lágrimas e chorar baixinho enquanto sua mão livre apertava o pedaço de pano em cima do seu coração.

Sinto que devo ser o mais sincero consigo nesta carta e é o que farei... não foi fácil dizer adeus a vocês, e eu sinto muito se a minha caligrafia começar a ficar feia ou se algumas manchas de lágrimas atrapalharem a sua leitura. Por que estou lhe dizendo essas coisas? Porque eu sei que você precisa da verdade, por mais dolorosa que seja, eu lhe conheço há anos e sei que essa sua cabecinha jamais parara de pensar nos meus momentos finais... pois bem, irei lhe contar. Eu tive tanto medo, Chim, medo de morrer, mais ao mesmo tempo eu já me sentia morto por saber que você dificilmente sobreviveria, foi então que tive a ideia e pedi a médica que caso eu morresse... caso isso acontecesse, ela seria responsável pelo seu transplante. Então eu me entregarei aos céus, eu vivi por você, ChimChim, e vou morrer por você... esse é o tamanho do meu amor por ti.

O mais velho já não conseguia conter os soluços altos que escapavam de sua boca, o ruivo o conhecia tão bem... fungou tentando se acalmar para terminar de ler a carta.

Eu só lhe peço que não desista e viva, viva tendo em mente que eu nunca o abandonei, eu vivo em você agora e toda vez que você sentir o seu coração bater... você se sentirá amado e saberá que o meu sacrifício não foi em vão, porque eu realmente não me arrependo e nenhum de vocês deveriam. Eu os amei e continuarei os amando, vigiando-os das estrelas e esperando pelo dia em que vocês envelhecerem e vierem me reencontrar, vou esperar ansiosamente por esse dia, mas enquanto isso eu peço, imploro que viva e que ame, ame com todas as suas forças como sempre fez.

Com amor e muito carinho, TaeTae.

PS: Cuide do nosso dongsaeng.


Então o menor desabou, chorando e chamando pelo maior, tapou o rosto com ambas as mãos e deixou um grito escapar de sua garganta. Doía, Deus, doía como o inferno, mas o Park sabia que essa dor era necessária... pois só assim os dois conseguiriam recomeçar. Sentiu as mãos do moreno lhe tirarem as mãos da cara e beijar o seu nariz com carinho, abriu os olhos encontrando os olhos marejados do mais novo.

- Ele não iria gostar de nos ver chorando, certo? - o mais velho limpou a única lágrima que se atreveu a descer pela bochecha do moreno.

- Nem um pouco. - o mais novo deu uma risadinha, um modo de chutar a dor para longe. - Ele provavelmente faria alguma gracinha.

O Park assentiu enquanto deixava o seu amado lhe enxugar as lágrimas, respirou fundo e fechou os olhos, usando do carinho do mais novo para se distanciar da dor. Sentiu os lábios finos do moreno roçarem em sua boca, entregou-se ao momento, pois havia silenciosamente prometido ao Kim que iria viver e amar. E enquanto o mais velho se perdia nos braços do moreno, Jungkook sentia-se bem por ter cumprido com a sua palavra, assim como o ruivo pedira, o mais novo cuidara do seu hyung e permaneceu forte por ele.

- Eu te amo, Minnie. - proferiu assim que se separaram, colando as testas em seguida.

- Eu amo você, Jungkook-ah. - o outro ruivo respondeu com um sorriso contido enquanto abria os olhos. - Nós vamos ficar bem, não é mesmo? - viu nos olhos do moreno a dor aprisionada. - Você não precisa mais ser o pilar dessa dor, dongsaeng.

O mais novo arregalou os olhos, surpreso pela atitude do seu hyung, porém antes que pudesse se controlar, desatara a chorar, pedindo desculpas por ter se deixado levar, ganhando um abraço caloroso em troca e as palavras que lhe marcariam pelo resto da vida.

- Estamos juntos agora.... nós três. - o menor afirmou ao pegar a mão do moreno e colocar em seu coração, fazendo o mesmo sentir os batimentos fortes do mais velho. 

O moreno assentiu enquanto se permitiu chorar, livrando-se de toda a dor e aceitando em seu coração o amor que os seus hyungs sempre lhe deram e continuariam a lhe dar. E foi assim que passaram a tarde, sentados naquele sofá, deitados juntos conversando sobre o ruivo e relembrando de histórias engraçadas, que eram a especialidade do maior. Também fizeram planos para o futuro assim como juraram dar um passo de cada vez, aproveitando cada minuto e segundo, e amando sem medo do amanhã... afinal, era assim que o ruivo gostaria que fosse, certo?


Notas Finais


Então, eu sei que esse final foi cruel, mas quando eu comecei a escrever essa história eu queria fazer algo "real", e queria sim um tipo de "prova de amor", sinto muito para quem não gostou, mas essa história em especial tinha que ser assim... e pra mim foi muito gratificante escrever. E não, eu não tenho raiva das pessoas que abandonaram a fic... eu respeito a decisão de cada um.
Agora eu quero saber se vocês desejam um epílogo, que seria anos mais tarde e tals, se falaram que sim, eu escrevo em uma semana provavelmente, eu acho ou menos.

Obrigada para quem leu até aqui, Tia Moy ama vocês e está muito agradecida <3


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